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terça-feira, 30 de julho de 2024

Saúde pública

O cirurgião-geral norte americano, Vivek Murthy, declarou que a violência armada representa crise de saúde pública nos EUA, em meio a aumento recorde no número de mortes relacionadas a armas, disse através da rede social 'X' que “pela primeira vez na história do escritório, estou emitindo Aviso do Cirurgião Geral sobre violência armada, uma crise de saúde pública representando ameaça à saúde e ao bem-estar do país", isso foi dito pois em 2022, 79% dos homicídios, 19.651 de 24.849 e 55% dos suicídios, 27.032 de 49.476, foram cometidos com arma de fogo. Explicou que espera transmitir impacto mais amplo da violência armada no país e a necessidade de resposta da saúde pública à medida que mortes e ferimentos por armas de fogo pontuam a vida diária na América, até agora, quase todos os dias de 2024, rajada de tiros atinge pelo menos 4 pessoas em algum lugar do país e, apelando aos decisores políticos considerarem medidas de segurança de armas, como proibição de armas de assalto e carregadores de munições de alta capacidade e verificações universais de antecedentes às compras de armas de fogo, pede, “aumento significativo” no financiamento à pesquisas sobre ferimentos e mortes por armas de fogo bem como acesso a cuidados de saúde mental e recursos informados sobre traumas à pessoas que sofreram violência com armas de fogo. Em 2022, 48 mil pessoas foram mortas por armas de fogo nos EUA, ou, 132 pessoas por dia, enquanto os suicídios responderam por mais de metade dessas mortes, dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, ao passo que 200 norte americanos procuram diariamente atendimento de emergência por ferimentos causados ​​por armas de fogo, conforme estimativas da pesquisa da Universidade Johns Hopkins, já que, nenhum banco de dados federal registra ferimentos não fatais por arma de fogo. Murthy, um médico, pertence ao Gabinete do Cirurgião Geral que não define nem executa políticas sobre armas, mas historicamente seus relatórios e advertências incita decisores políticos e legisladores agir, disse que esperava transmitir o impacto mais amplo da violência armada no país e a necessidade de resposta urgente de saúde pública, citando aumento do número de mortes por armas de fogo entre crianças e adolescentes observando que “o impacto da violência armada na saúde mental é mais profundo e generalizado que muitos de nós reconhece”, esclarecendo que “a cada dia, perdemos mais crianças devido à violência armada” e, concluindo que, “quanto mais crianças testemunham episódios de violência armada, mais crianças são baleadas e sobrevivem, enfrentarão uma vida inteira de impactos na saúde física e mental. ” Estudo mostra que as armas são a principal causa de morte de crianças e adolescentes, com taxas de mortalidade mais elevadas entre jovens negros e hispânicos e com pesquisadores da Universidade de Boston avaliando que no auge da pandemia, as crianças negras tinham 100 vezes mais probabilidade de sofrer ferimentos por arma de fogo que as crianças brancas e as crianças hispânicas e asiáticas registraram nesse período aumentos nos ferimentos por armas de fogo. O vice-presidente executivo de cirurgia do Hospital John Hopkins em Baltimore e diretor médico do Brady United Against Gun Violence, Joseph Sakran, avalia que a declaração do cirurgião-geral é “momento histórico soando alarme à todos os norte americanos”, acrescentando que “não pode parar aqui, temos que usar isto como mais um passo na direção certa já que ninguém quer ver mais crianças mortas a tiros.” A violência armada deveria ser enquadrada como questão de saúde argumentando que a abordagem tem sido bem sucedida no combate a problemas sociais significativos, citando esforços de controle do tabaco que se concretizaram após o relatório histórico do então cirurgião-geral de 1964, concluindo que fumar cigarros causa câncer de pulmão e outras doenças, concluindo, o Cirurgião Geral diz que “salvamos vidas e é isso que podemos fazer aqui também”, no entanto, a maioria das medidas relacionadas a armas permanecem inaceitáveis ​​no Congresso, com autoridades federais permitindo que estados usem dólares do Medicaid para pagar prevenção da violência armada e a Casa Branca apelou aos executivos dos hospitais e aos médicos recolherem dados sobre ferimentos por arma de fogo e aconselharem pacientes sobre sua utilização segura. Vale dizer que o apoio de Murthy à proibição federal da venda de armas de assalto e munições e às restrições adicionais à compra de armas atraiu ira da Associação Nacional do Rifle, dos republicanos e alguns democratas no Congresso, com o Senado norte americano confirmando Murthy no cargo por margem estreita em dezembro de 2014, mais de um ano após sua nomeação, valendo dizer que, Murthy já emitiu avisos sobre isolamento social e solidão, saúde mental dos jovens e bem-estar dos profissionais de saúde dizendo que a violência armada surge em muitas de suas conversas com jovens sobre desafios de saúde mental que enfrentam.

A violência armada explodiu nos EUA nos últimos anos desde tiroteios em massa em concertos e supermercados a brigas em escolas resolvidas a bala, quase todos os dias de 2024 há notícias de violência, em 14 de fevereiro, eclodiram tiros no desfile do Super Bowl em Kansas City, matando uma mulher e ferindo outras 22, com a maioria dos eventos atraindo pouca atenção enquanto se acumulam feridos e número de vítimas. A violência armada está entre as mais mortíferas crises de saúde pública, ao contrário de doenças como câncer e AIDS o acidentes automobilísticos e tabaco, escasso financiamento federal é destinado ao estudo da violência armada ou sua prevenção, devendo-se a alteração de frase no projeto de lei orçamentário do Congresso de 1996, ou, “nenhum dos fundos disponibilizados à prevenção e controle de lesões nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças pode ser usado para defender ou promover o controle de armas”, de autoria de Jay Dickey, republicano do Arkansas que se autodenominava o “homem de ponta” da National Rifle Association no Capitólio e, por quase 25 anos, a alteração foi vista como ameaça e paralisou apoio e estudo da violência armada por parte do CDC (Centro de Controle de Doenças). Um grupo de acadêmicos trabalha para documentar como a violência armada percorre comunidades com resultados trágicos, fornecendo luz à medida que funcionários e comunidades desenvolvem políticas, na sua maioria, no escuro, inspirou nova geração de investigadores entrar neste campo em que pessoas que cresceram com tiroteios em massa estão determinadas investigar danos causados ​​por armas de fogo, havendo impulso, em época de aumento de ferimentos e mortes por armas de fogo. As vendas de armas atingiram níveis recordes em 2019 e 2020 quando os tiroteios dispararam, em 2021, mais pessoas morreram por incidentes com armas de fogo, 48.830, do que em qualquer ano registrado, conforme análise da Universidade Johns Hopkins decorrente dados do CDC em que armas tornaram-se principal causa de morte de crianças e adolescentes e os suicídios responderam ​​por mais da metade das mortes e os homicídios associados a 4 em cada 10, com negros 14 vezes com maior probabilidade de morrer por violência armada que os brancos e armas respondendo ​​por metade das mortes de adolescentes negros entre 15 e 19 anos em 2021, dito, pelos dados. Pesquisa de Harvard publicada no JAMA em 2022 estima que ferimentos ​​por armas de fogo se traduzem em perdas econômicas de US$ 557 bilhões de dólares anualmente, ou, 2,6% do PIB dos EUA, com violência armada afetando todos os cantos do país, com inquéritos mostrando que os norte americanos qualquer que seja a sua filiação política ou se possuem ou não armas apoiam políticas que reduzam a violência, sendo que não é segredo que estratégias propostas hoje, de detectores de metais nas escolas a policiamento reforçado, momento e forma ideais de armazenamento seguro de armas, a restrições à venda de armas têm lastro científico limitado decorrente falta de dados.

Moral da Nota: o Senado dos EUA recomenda blockchain em testes de segurança nacional, através do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA o Departamento de Defesa deve explorar blockchain em aplicações de segurança nacional, incluindo gerenciamento da cadeia de suprimentos, com o Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA instruindo o Secretário de Defesa, General Lloyd Austin, testar aplicações potenciais da blockchain no gerenciamento da cadeia de suprimentos e outras aplicações de segurança nacional no Departamento de Defesa, DOD dos EUA. Emitiu relatório à Lei de Autorização de Defesa Nacional, NDAA, do Ano Fiscal de 2025 incluindo autorizações específicas à programas do Exército, Marinha, Aeronáutica e Defesa em geral, reconhecendo potencial da tecnologia para melhorar cadeias de abastecimento de defesa nacional dos EUA e competitividade econômica, textualmente, “o comitê observa que blockchain tem potencial de melhorar integridade criptográfica da cadeia de fornecimento de defesa, melhorar integridade dos dados e reduzir risco de manipulação ou corrupção de certos tipos de dados por concorrentes próximos.” Deseja que o DOD explore casos de uso blockchain “para atingir objetivos de segurança nacional e criar dados seguros, transparentes, responsáveis ​​e auditáveis ​​relacionados às cadeias de abastecimento”, sendo que o relatório do comitê instrui Austin fornecer relatório até 1º de abril de 2025, devendo incluir 6 conclusões principais, ou, “um plano à programas piloto ou esforços de pesquisa e desenvolvimento para explorar tecnologia blockchain em aplicações de segurança nacional, incluindo gestão da cadeia de suprimentos, segurança cibernética à ativos de infraestrutura crítica e auditabilidade de compras.” Inclui ainda identificação dos benefícios e riscos blockchain no rastreamento e gerenciamento da cadeia de suprimentos, análise atual da adoção blockchain na indústria da cadeia de suprimentos e em países estrangeiros, como China e Rússia, e identificação de viabilidade e estimativas de custos, ao passo que membros do comitê do Senado dos EUA consideram adoção blockchain em futuro próximo, os políticos norte americanos começam defender a adoção do Bitcoin, BTC, e das criptomoedas.


quarta-feira, 24 de julho de 2024

A Tattoo on My Brain

Daniel Gibbs, MD, PhD, 73 anos, neurologista, diagnosticado com Doença de Alzheimer cujo primeiro sintoma ocorreu em 2006 quando começou a perder o olfato, na época, atribuiu ao envelhecimento normal, 6 anos depois fez teste de DNA buscando informar pesquisa genealógica da esposa e descobriu que tinha 2 cópias do alelo ε4 da apolipoproteína E, APOE, e, como neurologista praticante, sabia que a homozigose para APOE4 significava que tinha risco elevado de desenvolver Alzheimer. Após o diagnóstico, aposentou da Oregon Health & Science University, OHSU, mas, continua ensinar sobre doença por meio de escritos e palestras e, em conversa com o JAMA Medical News, quando seu livro sobre como viver com Alzheimer, A Tattoo on My Brain e recentemente a coleção de ensaios intitulada Dispatches From the Land of Alzheimer’s, em ritmo lento, sua capacidade cognitiva diminui, diz ele, pois não consegue se lembrar das 5 palavras que seu neurologista lhe disse minutos antes, entregou o talão de cheques à esposa, que às vezes refaz seus passos pela casa para ver se desligou as luzes e a água. Na conversa com o JAMA esclareceu conceitos equivocados sobre Alzheimer e o que está fazendo na esperança de evitar a doença e para ajudá-lo se preparar à entrevista, editada para maior clareza e extensão, as perguntas foram antecipadamente fornecidas e, em resumo, disse que MoCA significa Avaliação Cognitiva de Montreal, um dos seus testes de triagem favorito, no entanto, a questão é que depois de aplicá-lo algumas vezes, o paciente aprende as respostas, esclarecendo que a memória de curto prazo piora, mas não de modo alarmante, perde coisas com mais de frequência, lê menos livros porque a velocidade de leitura diminui e tem que voltar para reler páginas anteriores, mas, ainda gosta de ler, começando uma leitura leve, Uneasy Money de PG Wodehouse, divertido, fáceis e curtos, têm menos caracteres e, de modo geral, não reclama, a pontuação no MoCA na consulta semestral como neurologista foi de 22 em 30 nos últimos 2 anos.

Esclarece a concepção errônea que Alzheimer é distúrbio rapidamente progressivo, pensava que 8 anos pós diagnóstico você estaria morto e a razão pela qual isso não é verdade é que alargou-se a definição de doença de Alzheimer e demência de Alzheimer, com cientistas descobrindo que a patologia cerebral da doença de Alzheimer começa 20 anos muito antes do comprometimento cognitivo e, o primeiro estágio perceptível, comprometimento cognitivo leve, nem sequer costumava ser chamado de doença de Alzheimer. Descobrir 2 cópias do alelo APOE4 foi revelador e o fez concentrar em coisas que poderia fazer para retardar a progressão da doença, correr é ótimo, mas a maioria aos 70 anos pode não estar mais correndo, então apenas andando, sigo dieta mediterrânea chamada MIND, que contém nozes e frutas vermelhas adicionais em comparação com a dieta mediterrânea geral, procuro manter-me intelectual e socialmente ativo e parece que dormir menos de 7 horas e meia por noite aumenta o risco de Alzheimer, além de risco cardiovascular, porque o que faz mal ao coração faz mal ao cérebro, tomo 2 medicamentos e uma dieta em vegetais para manter lipídios baixos, ao passo que o álcool é controvérsia porque o pêndulo oscila no sentido de não recomendar álcool, devo dizer que não sigo essa recomendação porque tomar uma taça de vinho no jantar é, francamente, um dos meus poucos prazeres na vida, vou continuar, reconhecendo que pode não ser bom à progressão do Alzheimer. Escrever blogs tornou-se difícil, se eu ver um artigo de jornal e não anotar, nunca lembrarei que li aquilo, tenho postagens de blog filtradas na minha mente e preciso me ocupar com isso porque, no mínimo, quero ter um, espero, 2 postagens por mês, comecei a fazê-los semanalmente mas não tenho o suficiente para dizer neste momento, devemos ter cuidado com a apatia, mas não irei a um coquetel a menos que seja necessário, porque não consigo desligar as múltiplas conversas, tudo se mistura em cacofonia, não é realmente uma forma de apatia, mas um motivo para ser anti-social podendo parecer contrário o fato de ter dito que adoro conversar com grandes grupos, mas apenas um está me respondendo por vez, e isso funciona bem, com a apatia, o desconforto em situações sociais e parte é apenas mudança no cérebro, não é a mesma coisa, certamente parente próximo da depressão, comecei tomar antidepressivo e fez grande diferença, no entanto, a maioria dos medicamentos que tomo são para hiperlipidemia. O cheiro certamente aumenta o prazer da comida, então toda comida tem praticamente o mesmo gosto para mim agora, acabei de me adaptar a isso e coloquei muito tempero porque isso ativa os sensores de sabor o que pode enganar o cérebro fazendo-o pensar que você está sentindo algum cheiro, acho que as pessoas que perdem o olfato, por exemplo, com COVID-19, ficam mais preocupadas com isso, no entanto, minha mudança foi gradual. Tudo que é novo na medicina envolve equilíbrio entre risco e benefício e as drogas para a doença ainda não são boas para fazer o que queremos, no entanto, eliminam o amiloide, são ótimos nisso, até agora, mais de 35% de desaceleração na progressão do Alzheimer e, o que espero e creio que seja palpite razoável, que os efeitos secundários destes medicamentos sejam menos onerosos nas doenças pré-sintomáticas, Infelizmente, não podemos fazer tanto em relação à reserva cognitiva, algo que tenho por causa da minha educação e talvez meus genes, no entanto, ter reserva cognitiva mais elevada protege o cérebro sugerindo que, uma vez esgotada, a doença progride rapidamente e acaba no mesmo lugar que alguém com baixa reserva cognitiva, pelo menos esse é um modelo de como a reserva cognitiva pode funcionar, mas agora, estou vivendo um dia de cada vez e aproveitando a vida como posso.

Moral da Nota: modelos IA tornam-se ferramentas no diagnóstico médico, análise de imagens como raios-X em investigação do MIT revela que modelos nem sempre são equitativos no desempenho, mostram lacunas de precisão em diferentes grupos demográficos ao descobrirem em 2022 que os modelos IA podem prever com precisão a raça de um paciente a partir de radiografias de tórax, algo que nem radiologistas mais experientes conseguem fazer, no entanto, estudo recente revela que os modelos mais precisos na elaboração de previsões demográficas são também os com maiores “lacunas de equidade” no diagnóstico. A professora associada do MIT e autora do estudo, explica que os modelos podem utilizar “atalhos demográficos” para fazer avaliações diagnósticas significando que podem se basear em atributos demográficos em vez de características relevantes das imagens, levando a resultados incorretos à mulheres, negros e outros grupos, ao testar duas abordagens para melhorar a justiça dos modelos, ou, robustez do Subgrupo, método que recompensa modelos por melhorarem desempenho no subgrupo com pior desempenho e os penaliza se a taxa de erro for maior à determinado grupo, a outra são abordagens adversas de grupo em que modelos são treinados para remover informação demográfica das imagens sendo que em ambas estratégias tiveram desempenho bom quando testadas com dados semelhantes a seus dados de treinamento, contudo, quando aplicado a pacientes de outros hospitais, lacunas de equidade reapareceram, sugerindo que nem sempre é eficaz em novos conjuntos de dados. Destaca importância de avaliar modelos IA nos dados do próprio hospital antes de usá-los, crucial porque as garantias de justiça nos dados de formação nem sempre são transferidas à outras populações, com o estudo mostrando que hospitais devem ser cautelosos ao adotar modelos IA desenvolvidos em outras instituições enfatizando necessidade de treinar modelos com dados próprios sempre que possível.


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Imagem e redes híbridas

A classificação dos pacientes com tumor cerebral é baseada em achados histológicos que identificam o tipo de malignidade, ao passo que o uso de imagens permite análise minuciosa do tecido tumoral, essencial para determinar, tipo, grau e extensão do tumor, bem como rastrear resposta ao tratamento avaliando com precisão o estado do paciente examinando micro fotografias de tecido, daí, o diagnóstico histopatológico automático em visão computacional pode ajudar os patologistas. Avanços tecnológicos facilitaram o uso de imagens histopatológicas em diversas aplicações, em contraste com as lâminas de vidro tradicionais, as imagens de lâmina inteira, WSI, são reproduções numéricas de materiais de amostras coradas e, devido facilidade de compartilhamento e arquivamento de dados que proporcionam, impactam o procedimento diagnóstico patológico enquanto a análise WSI dá compreensão do conteúdo dos dados possibilitando diagnosticar tumores e subtipos de câncer com precisão sendo que a segmentação e classificação WSI são abordadas utilizando metodologias já que experimentos concentram-se no aprendizado de aspectos superficiais como textura e reconhecimento de padrões, daí, o diagnóstico e tratamento eficaz de tumores cerebrais depende de análise e extração de informações WSI sendo que a detecção e classificação precoces são cruciais no tratamento rápido e eficiente do paciente. Gliomas são tumores cerebrais primários em células cerebrais chamadas de gliais cuja classificação remetem ao prognóstico e planejamento do tratamento, no entanto, o aprendizado profundo, DL, pode melhorar a investigação patológica digital através de modelo preditivo de classificação em imagens histopatológicas orientando profissionais e enfatizando características e heterogeneidade nas previsões.  Daí, emerge o modelo híbrido baseado em YOLOv5 e ResNet50, sendo que a função do YOLOv5 é localizar e classificar o tumor em imagens histopatológicas incorporando a ResNet na extração de características da estrutura YOLOv5 sendo que os resultados mostram que a rede híbrida é eficaz para identificar tumores cerebrais a partir de imagens histopatológicas.  Características de alta dimensão e interações não lineares nas imagens histopatológicas são tratadas por este classificador utilizando aprendizado profundo, usadas em sistemas anteriores de diagnóstico e auxiliado por computador no diagnóstico de tumor cerebral e, ao combinar arquiteturas YOLOv5 e ResNet50 em modelo híbrido projetado para localização precisa de tumores e classificação preditiva histopatológica, surge nova abordagem de investigação. As vantagens de ambos os modelos vão além das técnicas tradicionais para produzir maior precisão na localização do tumor e extração completa de características, além disso, garante dinâmica de treinamento estável e forte desempenho do modelo, integrando o ResNet50 à estrutura YOLOv5.  A técnica proposta é testada usando conjunto de dados do atlas do genoma do câncer cujos resultados indicam que o modelo híbrido impacta a discriminação de subtipos tumorais entre gliomas de baixo grau, LGG II e LGG III e, com 97,2% de acurácia, 97,8% de precisão, 98,6% de sensibilidade e coeficiente de similaridade de dados de 97%, sendo que o modelo proposto tem bom desempenho na classificação de 4 graus superando as abordagens atuais para identificar LGG de glioma de alto grau e fornecerem desempenho competitivo na classificação de 4 categorias de glioma na literatura.

Nestes conceitos, foram criados sistemas de diagnóstico auxiliado por computador, CAD, para classificação de tumores cerebrais que permite o especialista visualizar e categorizar diferentes formas de tumores podendo ser benéficos quando patologistas necessitam de exame visual mais completo ou não têm certeza da natureza do tumor. A Pesquisa em processamento de imagens e visão computacional se concentra no desenvolvimento de algoritmos precisos e eficazes para segmentação, classificação e identificação automática de tumores cujo objetivo é fornecer recursos fiáveis em diagnósticos precisos e proporcionarem tratamento rápido e eficiente. CAD é um método de detecção clínica de rotina utilizado em locais de triagem e hospitais, campo essencial de pesquisa em diagnóstico por imagem, e devido avanços na preservação digital de pesquisas histopatológicas digitalizadas, tecidos são utilizados com sistemas CAD para melhorar a categorização de doenças já que o método tradicional de avaliação que emprega imagens histopatológicas precisa ser apoiado adequadamente porque muitas atividades estão sujeitas a questões relacionadas a análise. Ao diagnosticar e compreender causas de uma determinada doença, a análise quantitativa das imagens patológicas é essencial e modelos de redes neurais convolucionais, CNN, demonstram sucesso em tarefas de reconhecimento e classificação de objetos nos últimos anos cuja principal vantagem é a capacidade de extrair características robustas e resistentes a diversos graus de distorção e luz. Poucos estudos foram realizados para determinar o grau de um tumor cerebral, por outro lado, sistemas automatizados auxiliam patologistas na categorização do grau do tumor e dependem de ferramentas de recursos criadas por humanos que sobrecarregam desenvolvedores e, além da riqueza e complexidade das características recuperadas, esses métodos são sensíveis a ruído, contraste e coloração em imagens histológicas digitais. 

Moral da Nota:  o sistema CAD baseado no modelo híbrido YOLO e RestNet50 DL tem vantagem de integração entre yolov5 e resnet50 na robustez a variações em qualidade da imagem, tamanho do tumor e localização que abordam limitação de alguns trabalhos relacionados. YOLOv5 é modelo da família You Only Look Once, YOLO, de modelos de visão computacional usado para detectar objetos, em 4 versões, pequeno, s, médio, m, grande, l, e extra grande, x, oferecendo taxas de precisão mais altas.  ResNet é rede neural residual, modelo de aprendizado profundo no qual camadas de peso aprendem funções residuais com referência às entradas da camada permitindo que modelos de aprendizado profundo com dezenas ou centenas de camadas sejam treinados facilmente e tenham melhor precisão ao se aprofundar.


sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Prevalência

A ausência de medo interpessoal é o conceito de segurança psicológica ou sentir-se psicologicamente seguro obtendo o melhor desempenho em casa,  escola ou trabalho. Supondo-se o espaço de tempo que alguém se orgulha ao se lembrar do ambiente, seja o trabalho atual, na universidade, quando havia um orientador para ajudar no cronograma do curso, ou, quando os pais pagavam as contas. Significa sentir-se seguro para assumir riscos, falar, discordar, expor preocupações sem medo de repercussões negativas ou pressão das más notícias, nutre ambiente onde encoraja compartilhar ideias criativas sem medo de julgamento pessoal, nesse tipo de ambiente, é seguro compartilhar feedback com o outro, incluindo feedback negativo aos líderes sobre onde melhorias ou mudanças necessárias, sem a problemática em admitir erros, ser vulnerável e falar verdade ao poder, quando presente no local de trabalho ou em casa, criando comunidade inovadora e forte.

O termo foi cunhado pela professora da Harvard Business School, Amy Edmondson, em 1999, sendo que os benefícios da segurança psicológica no local de trabalho foram bem estabelecidos, conforme pesquisa da McKinsey, em que 89% dos entrevistados disseram crer que segurança psicológica no local de trabalho é essencial. Não apenas ajuda pessoas se sentirem bem no trabalho, promove ambiente diversificado e inclusivo, sendo que o impacto da segurança psicológica vai além das coisas leves, contribui à eficácia da equipe, aprendizado, retenção de funcionários e, mais importante, melhores decisões e desempenho. Pesquisas desde equipes em hospitais a equipes de desenvolvimento de software em grandes empresas de tecnologia, mostram que a segurança psicológica é um dos mais fortes preditores de desempenho, produtividade, qualidade, segurança, criatividade e inovação, preditivo de resultados de saúde, confirmado por psicólogos sociais e neurocientistas. Não é dado e não é norma nas equipes, na verdade, pesquisa na pandemia indica que comportamentos que criam ambiente psicologicamente seguro são distantes entre equipes de liderança e organizações em geral. Funcionários que relatam que organizações investem no desenvolvimento de liderança, têm 64% mais chances de classificar líderes seniores como mais inclusivos desenvolvendo habilidades de diálogo aberto, que exploram divergências e conversas sobre tensões ou permitem sucesso dos outros antes do seu próprio, humildade situacional, que ensina líderes a desenvolver curiosidade e mentalidade de crescimento pessoal A liderança consultiva tem efeitos diretos e indiretos na segurança psicológica com líderes que praticam esse estilo de liderança consultam os membros da equipe, pedem opinião e consideram seus pontos de vista, tem efeito indireto na segurança psicológica, ajudando criar clima positivo. Preocupações com saúde comportamental são devastadoras às pessoas, na pandemia 9 em cada 10 empregadores pesquisados citaram estresse à pandemia como afetando saúde comportamental e produtividade da força de trabalho, com 6 possíveis ações que os empregadores consideram para enfrentar desafios de saúde comportamental na força de trabalho, ou, reduzir o estigma, 75% dos empregadores reconhecem em pesquisa a presença de estigma nos locais de trabalho, implementação e apoio a   programas no local de trabalho promovendo saúde mental, garantir serviços de saúde comportamental e física acessíveis, habilitar acesso digital, integrar prestação de cuidados de saúde sendo que serviços de crise baseados ou apoiados por pares e melhor acesso a tratamentos em evidências, incluindo terapia cognitivo-comportamental.

Moral da Nota: em paralelo, pesquisas mostram que áreas leste e sudeste dos EUA têm taxas mais altas de doença de Alzheimer, DA. Investigadores da Rush University em Chicago, observaram prevalência de AD maior em Maryland, Nova York, Mississippi e Flórida e, à nível do condado, Miami-Dade na Flórida, Baltimore em Maryland e o Bronx em Nova York estavam entre os condados com maior prevalência da doença. O investigador do estudo Kumar Rajan, PhD, professor de Medicina e diretor do Rush Institute for Healthy Aging, Rush University Medical Center, em Chicago, explica que as variações geográficas podem ser devidas à composição das populações regionais. Estima-se que 6,7 milhões de americanos vivem com DA, número que deve dobrar até 2050 e estimar prevalência da doença de Alzheimer nos condados dos estados fornecendo compreensão da carga de doenças específicas da região e implicações políticas à alocação de recursos. A determinação da prevalência de AD específica do estado e condado, decorre da aplicação de dados de AD do Chicago Health and Aging Project, CHAP,  estudo de base populacional com 60% de afro-americanos, a dados em nível de condado e estadual de Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, NCHS. De 3.142 condados em 50 estados, as regiões leste e sudeste dos EUA tiveram a maior prevalência de DA e, para os estados, as taxas mais altas foram em Maryland, 12,9%, Nova York, 12,7%, Mississippi, 12,5% e Flórida, 12,5%, sendo que Califórnia e Illinois estavam entre os 10 principais estados com a maior prevalência de Alzheimer. Além da idade avançada, o que provavelmente está impulsionando a prevalência elevada de DA nessas áreas é a proporção maior de populações minoritárias que correm maior risco de DA devido a disparidades de saúde, sendo que essas descobertas podem ajudar médicos que tratam ou cuidam de populações minoritárias "entender como é a doença"

        

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Tecnologia e saúde

Embora sejam necessários mais dados para revelar se os programas de conformidade obrigatórios desenvolvidos nos EUA diminuem o desvio de prescrições de opioides e em compras de medicamentos, novos estudos da ONC mostram “crescimento substancial” e  “uso generalizado” de PDMPs e EPCS em 2021. Relatório do Escritório do Coordenador Nacional de Dados de Tecnologia da Informação em Saúde do EUA, ONC, diz que um terço dos prescritores acessa programas de monitoramento de medicamentos via registros eletrônicos de saúde e 62% relataram que usaram tecnologias de prescrição eletrônica de substâncias controladas com frequência, ou, acima de 37 % em 2019. O sistema tradicional tem  dificuldades no rastreamento e monitoramento de medicamentos, levando a possibilidade de falsificação. A intervenção manual leva ao manuseio incorreto de dados resultando em remessa de produtos vencidos, rotulagem incorreta de medicamentos ou entrega de medicamentos contaminados. O gerenciamento inadequado de estoque leva a falta ou excesso, com casos crescentes de dados de ensaios clínicos violados e informações em risco, sendo que a blockchain tem potencial de proteger os dados do ensaio clínico onde o acesso às informações da pesquisa é quase impossível. A cadeia de suprimentos habilitada à blockchain oferece transparência e visibilidade a rede, permitindo rastreamento de medicamentos, reduzindo possibilidade de falsificação com contratos inteligentes e automatizando o processo que oferece tratamento adequado aos dados reduzindo erros manuais. Com blockchain, fabricantes protegem informações confidenciais como fórmulas de medicamentos, armazenando criptografado no bloco, gerenciando estoque adequadamente garantindo demanda e fornecimento sincronizado de medicamentos.

Publicação no HealthIT, avalia que “o uso da tecnologia, PDMPs, e prescrição eletrônica de substâncias controladas, EPCS, é fundamental para melhorar práticas de prescrição de opioides, informar decisões de tratamento e apoiar cuidado seguro e eficaz do paciente”. Avalia que novos dados se somam às análises anteriores demonstrando benefícios do sistema, mostrando maior frequência e facilidade de uso entre médicos com PDMPs integrados aos EHRs, “Electronic Health Record ou registro eletrônicos de saúde, sendo que  71% dos prescritores médicos usaram EPCS em 2021, 62% relataram que usaram com frequência demonstrando "aumento de 37%  dos prescritores que relataram usar EPCS 'frequentemente' em 2019". O uso de PDMP foi estável entre 2019 e 2021 com 78% dos médicos prescritores, indicando que verificaram o PDMP de seu estado antes de prescrever substâncias controladas como opioides ao paciente pela primeira vez. A integração de dados é desafio ao uso generalizado de PDMPs e uma das razões pelas quais não são considerados tão eficazes quanto poderiam ser, sem identificadores únicos de pacientes que podem vincular registros em várias farmácias e sem acesso a dados além das fronteiras estaduais, sendo que os dados recebidos sobre a atividade de um paciente 'no estado' podem ser apenas imagem de algumas das prescrições do paciente. Além disso, os estados variam em como determinam ou recomendam que hospitais e grupos médicos usem e contribuam com dados para PDMPs, apesar de ser intensivo e adicionar fardos aos médicos e ser imperfeito, são considerados ferramenta importante para reduzir estatísticas de abuso de drogas e overdose de opioides, no caso dos EUA. Estudo da ONC olhando  impacto da política que exigia o uso de EPCS no estado de Nova York mostrou que a prescrição de opioides caiu quase 6% após a adoção do EPCS”, observando que análises adicionais confirmarão ainda mais o impacto de EPCS na prescrição de opioides. “É importante garantir que a integração gere valor ao incorporar dados nos fluxos de trabalho dos médicos e capacitar ferramentas de suporte à decisão de combater a crise dos opioides”.

Moral da Nota: cerca de 15% em média dos equipamentos médicos e medicamentos nos hospitais são jogados fora ou perdidos como resultado de pedidos excessivos, com procedimentos médicos adiados decorrente a  falta de estoque real. Nesta ideia, emerge a primeira “sala de cirurgia inteligente” do mundo no Galilee Medical Center em Nahariya, Israel, que gerencia e rastreia estoque, reduz desperdício, realiza recalls de segurança do paciente e emite avisos de expiração. A tecnologia autônoma, baseada em camadas de tecnologia, permite aplicação modular do sistema consoante espaço e equipamentos médicos que se pretende gerir. Rastreia o uso de estoque por procedimento para gerenciar orçamento e cobrança com mais eficiência; evita esgotamento de suprimentos críticos e reordena automaticamente com recalls de segurança do paciente em tempo real, emitindo avisos automatizados às próximas datas de vencimento. Permitirá otimização do trabalho da equipe de cirurgia do Galilee Medical Center e economia de 15% nos custos de equipamentos médicos e medicamentos por ano, além de rastrear itens atribuídos a equipe médica e a um caso médico, sem ajuda de um usuário final, levando à otimização dos recursos hospitalares. Lançada pela empresa Autonomi em cooperação com a Sarel,  Organização de Compras do Grupo, GPO, de Israel para hospitais do governo, a sala de cirurgia inclui sistema exclusivo para gerenciamento de estoque. A Autonomi se dedica transformar o rastreamento de suprimentos obsoleto e ineficiente em sistemas de gerenciamento de estoque autônomo de última geração; maior eficiência para garantir que os suprimentos estejam no lugar adequado com desperdício e uso indevido reduzidos, além de relatórios e análises de inventário precisos e em tempo real.  A tecnologia da empresa reduz dependência da equipe hospitalar e realiza processos de modo autônomo e sem participação humana, tanto da equipe médica quanto dos prestadores.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

IA e Saúde

Ciência de dados na saúde gera mudanças de paradigma e, no caso da Argentina, seu sistema de saúde produz condições ótimas à sua aplicação, somando crescente impulso de profissionais voltados ao setor. O aumento da coleta de dados na saúde, por parte dos atores que para ela contribuem, aumenta exponencialmente e somada a tecnologias que  surgem tanto em software quanto hardware, permitindo processamento,  com computadores quânticos com variáveis ​​interligadas de modo multidimensional, acessível a todos os setores. Estima-se  que a inteligência artificial alcance US$ 360,36 bilhões em receita até  2028, com o mercado IA incluindo aplicativos como processamento de linguagem natural, automação de processos robóticos e aprendizado de máquina. As soluções e processos em IA transformaram setores que incluem saúde, tecnologia da informação, agricultura, educação, eletrônica, além de  maximização de lucros, gerenciamento de custos, agilidade, fidelidade e retenção de clientes.

Aplicações da ciência de dados revolucionam a medicina de precisão permitindo geração de tratamento personalizado a partir dos dados pessoais, através da informação genética gerando medicamentos eficazes,  daí, redução dos efeitos adversos e porcentagem de eficácia maior. A pandemia permitiu o rastreamento da evolução ao lado de endemias cuja maior eficácia foi sobre os que usaram Inteligência Artificial e análise de dados nas possíveis infecções ou fontes de infecção. A ciência de dados gera padrões que relacionam sazonalidade a determinadas doenças, mesmo em épocas de maior movimento e através de análise de dados históricos, o sistema de saúde fornece épocas do ano, locais, preparando o sistema e tornando-o eficiente além de identificar o setor de risco. A correlação de dados é  ciência que torna fácil encontrar relação ambiental em doenças raras,  facilitando busca ou análise de fatores que  correlacionam doenças, em lugares diferentes. A ciência de dados gera sistema de saúde baseado na pessoa com tratamentos personalizados, eficientes favorecendo a todos de forma equitativa e aumentando precisão dos tratamentos tornando o sistema mais inclusivo. 

Moral da Nota: especialistas usam grandes quantidades de dados para avaliar o que funciona melhor, isto é, a abordagem da ciência de dados na saúde permitindo aplicar análises de dados agregadas de vários campos para impulsionar o setor. A ciência de dados muda o setor de saúde desde tecnologias como IA  e DevOps para rastreamento até agendamento de turnos de enfermagem,  respaldando abordagem em dados baseada em valor permitindo otimizar a força de trabalho e rendimento,  melhorando a satisfação dos destinatários dos cuidados, equilibrando oferta e permitindo  reduzir custos e readmissões. Acelera operações e ajuda na recuperação de pacientes de várias doenças, incluindo Covid e à medida que a indústria navega no cenário pós-pandemia, não mostra sinais de desaceleração. Tendências de ciência de dados avançam ao surgimento de plataformas híbridas: permitindo consolidar dados de saúde e recursos de análise, requerendo a construção de estratégia de plataforma onde as organizações  alavancam recursos internos.  A construção de um hub de análise para big data, onde ferramentas são criadas para gerenciar e processar o ciclo de vida da ciência de dados, dá maior visibilidade a inteligência artificial e aprendizado de máquina que provaram ser fundamentais para acelerar a comunicação e gerenciamento de dados na área da saúde.  A inteligência artificial é usada para diagnosticar doenças usando visão computacional e aprendizado profundo para entender imagens de varreduras como certos tipos de câncer, encontradas e tratadas mais cedo, significando taxa de sobrevivência maior aos pacientes. O DevOps desempenha papel vital, na área de produtos farmacêuticos e ajuda empresas do setor reduzir custos, alcançar conformidade mais rapidamente e manter a produtividade.  Os gêmeos digitais avançam nos dados de saúde, impulsionando recuperação pós-pandemia do setor, permitindo que organizações tomem decisões mais rápidas com auxílio de modelagem e simulação.  Decompor processos diários em informações numéricas, coisas como tempos de espera, número de funcionários, disponibilidade de recursos, plantas baixas e horários de picos de demanda é onde a ciência de dados na saúde contribui à excelência do processo. Esses dados fornecem blocos sobre os quais construir réplica digital ou gêmea  e, nesse playground virtual,  experimenta e otimiza executando simulações de equipamentos de monitoramento domiciliar significando que os serviços de saúde têm vastos estoques de dados estruturados.  Por fim, o  Ministério da Saúde britânico anunciou que o número de pacientes com poucas ou nenhuma sequela pós acidente vascular cerebral  foi multiplicado por três,  graças à inteligência artificial. O sistema Brainomix e-Stroke, desenvolvido por empresa de Oxford,  reduz o diagnóstico em mais de uma hora e permite escolha rápida do tratamento mais adequado, utilizado em  111 mil casos suspeitos de AVC, aumentou de 16% à 48% a taxa de pacientes com nenhuma ou leve incapacidade. A IA fornece apoio à tomada de decisão na interpretação de exames cerebrais, permitindo que o paciente "tenha tratamento certo, no lugar certo, na hora certa". Mais de 85 mil pessoas na Inglaterra têm um AVC a cada ano. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Saúde mental

Pesquisas do Canadá, Reino Unido e países de alta renda mostram que os requerentes de asilo experimentam taxas mais altas de problemas graves de saúde mental, enquanto aguardam processamento dos  pedidos  de  status de imigração permanente.  Pesquisadores descobriram que deslocados à força podem ser “desproporcionalmente afetados” pelo risco de suicídio consequente  a períodos prolongados de incerteza sobre o futuro, separação familiar e pobreza. A Dra. Michaela Beder, psiquiatra de Toronto, especialista em imigração e doenças mentais graves, explica necessidade de  “repensar o que estamos fazendo no sistema que leva as pessoas a angústia imensa  e que pensariam no suicídio como única opção”, continua explicando que,  “o processo de determinação de refugiados é extremamente estressante e o preço que isso afeta a saúde mental é significativo”. Outro estudo publicado em 2016 por pesquisadores canadenses, descobriu que requerentes de asilo eram mais propensos a sofrer depressão maior e menor após o parto. Ao analisaram amostra de 1.125 mulheres que vivem no Canadá em diferentes estágios do processo de imigração, requerentes de asilo sem status, refugiados com status, imigrantes econômicos e mulheres nascidas no Canadá e comparam taxas de doença mental entre grupos de pessoas com diferentes status de imigração estabelece que certos grupos estão em maior risco de doença mental que outros. Descobriu que requerentes de asilo eram três vezes mais propensos apresentar sintomas de depressão 16 semanas pós-parto que mulheres nascidas no Canadá e, que os requerentes de asilo eram seis vezes e meia mais propensos relatar atos de automutilação que mulheres nascidas no Canadá 16 semanas pós-parto.

Nesta linha ao deslocarmos à Ucrânia, nos oito meses de guerra, a OMS confirmou quase 600 ataques a instalações de saúde com hospitais e infraestrutura crítica danificadas ou destruídas. Alerta que quase 10 milhões de pessoas estão potencialmente em risco de condições como estresse agudo, ansiedade, depressão,  transtorno de estresse pós-traumático, TEPT, abuso de opióides e similares.  A Ucrânia intensificou investimento e prestação de serviços de saúde mental que poderia servir de exemplo ao resto da Europa, como resposta imediata a questão, sendo possivelmente este, o legado mais prejudicial da guerra, ou,  impacto na saúde mental em escala sem precedentes na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Globalmente, estima-se que uma em cada cinco pessoas em ambientes de conflito tenha uma condição de saúde mental,  sendo que 22% da população da Ucrânia por exemplo, vive  em áreas afetadas por conflitos, a qualquer momento em período de 10 anos, provavelmente terá algum tipo de problema de saúde mental, sendo que,  uma em cada 10 pessoas sofrerá uma condição moderada ou grave como depressão, comportamento suicida ou psicose. Pessoas com problemas de saúde mental pré-existentes que antes dependiam de saúde mental pública e assistência social, enfrentam desafios adicionais no acesso aos serviços que precisam. Populações em partes mais seguras da Ucrânia por exemplo, são afetadas pela ansiedade ou tristeza, dificuldade para dormir, fadiga, raiva e sintomas somáticos inexplicáveis, reações normais a situações anormais e, para a maioria das pessoas, esses sintomas melhoram com o tempo,  se puderem atender necessidades básicas e acessar apoio social, desafio neste momento. Mesmo antes da guerra, a Ucrânia havia embarcado em ambicioso processo de reforma da saúde incluindo esforços para fortalecer serviços de saúde mental, permitindo que o sistema de saúde mental fosse mais amplo e respondesse rapidamente à emergência em andamento dada a crescente inclusão no ecossistema de saúde pública mais amplo, permitindo melhores ligações entre a atenção primária à saúde e a saúde mental.

Moral da Nota: estudo mais recente da ONU mostra quase 100 milhões de pessoas deslocadas à força no mundo no final de 2021, daí, intervenções psicológicas e manejo clínico das condições de saúde mental devem ser ampliados.  O Mental Health Gap Action Program, mhGAP,  estabelece protocolos clínicos para ambientes não especializados, como cuidados primários de saúde permitindo que médicos de família e enfermeiros identifiquem e gerenciem condições comuns de saúde mental incluindo as relacionadas ao estresse. 


sexta-feira, 24 de junho de 2022

Saúde e interoperabilidade

A interoperabilidade remete à capacidade de comunicar e integrar sistemas ou organizações diversas, possibilitando desenvolvimento de informações sem intervenção humana. Conceitualmente é a capacidade que os sistemas, softwares, aplicativos e plataformas apresentam para operar de modo integrado, trocas de informações executando ações conjuntas sem necessidade de ação humana, em outras palavras, consiste na operação harmônica do ecossistema digital abrindo portas para melhor aproveitamento das potencialidades. Na Saúde, complementa tendência de digitalização acelerada pelo contexto pandêmico, complementando interação entre sistemas, colaborando em processos ágeis com menor risco de erros, por exemplo, na integração de sistemas de prontuários de pacientes e atestados e, segundo o relatório International Data Corporation, superará entre nós R$ 10 bilhões em 2022.

A interoperabilidade na saúde envolve Dados de 43,2 milhões de usuários em planos de assistência médica, crescimento no Brasil de 620 mil usuários no primeiro semestre de 2021. Na busca por eficiência a interoperabilidade promove aperfeiçoamento migrando processos físicos aos digitais em sistemas de modo integrado, estabelecendo comunicação trocando informações sem necessidade de intervenção dispensando uso humano na transferência de um sistema a outro, isto é, a automatização é significativamente mais rápida e menos sujeita a erros. A integração entre sistemas de prontuários dos pacientes, atestados, prescrições e exames laboratoriais e radiológicos, permite construir histórico do paciente tornando o atendimento mais assertivo e a experiência do usuário aprimorada abrindo acesso a novos dados sobre usuários facilitando decisões de gestão. Os sistemas de gestão apresentam interoperabilidade com impactos na otimização do desempenho da empresa integrando sistemas de gestão financeira, de gestão de compras, gestão comercial, gestão fiscal e etc, com benefícios desde a automação na emissão de documentos como notas fiscais até relatórios gerenciais detalhados apoiando decisões estratégicas.

Moral da Nota: a digitalização dos processos e a interoperabilidade dos sistemas permitem que dados de informações sensíveis, dos pacientes individualmente ou estratégicos da empresa, transitem sem controle direto necessitando mecanismos que mitiguem riscos potenciais de vazamentos e acesso não autorizado, envolvendo soluções de identidade digital a exemplo dos Certificados Digitais. Os Certificados Digitais comprovam identidade da empresa e validam autenticidade de transações realizadas e documentos emitidos, podendo ser utilizados à realizar controle de acesso aos sistemas limitando visualização e manipulação de dados.


quinta-feira, 3 de junho de 2021

Blockchain e Saúde

A Blockchain surgiu em 2009 como registro online de transações, sendo o Bitcoin introduzido como primeira moeda. É tecnologia descentralizada e livro-razão digitalizado que armazena informações em blocos, constituindo solução aos problemas de proteção de dados relativos ao setor de saúde. Os dados podem ser compartilhados em rede que minimiza ou elimina violações e cada transação na blockchain é conduzida por blocos com o razão mantendo  controle sem possibilidade de erros. Como as transações inseridas na razão distribuída, não há intermediário como brecha no sistema e o setor médico aproveita essa capacidade tornando seu sistema de pagamento mais seguro, com ativos digitais usados ​​para fazer pagamentos seguros. Aplicativos blockchain na indústria médica envolvem confidencialidade médico-paciente, recursos de contabilidade, pesquisa e prática enquanto empresas de Big Data, inteligência artificial e cibersegurança estendem recursos blockchain para manter dados protegidos. Características significativas blockchain transformam o setor de saúde no enfrentamento dos desafios, como o gerenciamento de dados acumulados diariamente de difícil manutenção em controle centralizado. 

Testemunhamos o uso generalizado blockchain em todos os setores, como jogos, finanças, engenharia e agricultura, com o setor de saúde incluído na lista. É importante garantir que as informações sejam protegidas entre médico e paciente, sendo que a preservação da confidencialidade deixa no sistema centralizado lacunas que afetam a integridade das informações, sendo a chance de hackear dados real e profissionais sofrem com a violação de registros de saúde. A Blockchain, além do registro de pacientes, permite que decidam com quem seus dados podem ser compartilhados mantendo confidencialidade, sendo que eventos hacks podem ser rastreados e o acesso não autorizado negado. Estudo na John Hopkins nos EUA com 250 mil óbitos ocorridos por erro médico, torna preocupante quando 67% dos casos relacionados à principal causa de morte nos EUA, doenças cardíacas, são causadas ​​por erros em relatórios tornando objetivo minimizá-los. Na Blockchain os dados são adicionados e nunca apagados permitindo acesso aos médicos do histórico do paciente, desde o início, sendo que cada dado é armazenado em sistema descentralizado que não deixa erros ou alterações. Profissionais médicos trabalham em inovação melhorando atendimento ao paciente, tornando a pesquisa foco na realização de testes clínicos abrindo caminho à próxima revolução médica. As pesquisas não têm um sistema central que permita armazenamento ou compartilhamento dos dados, embora haja método de segregação apropriado, necesitando de sistema de comparação dos ensaios ou sistema digital de gerenciamento. A tecnologia blockchain é solução ao gerenciamento da pesquisa médica com a possibilidade de sistema digital de saúde armazenando e compartilhando dados podendo acessar com permissão ao objetivo da investigação, sendo que prontuários eletrônicos de saúde podem trazer inovações ao setor.

Moral da Nota: relatório da Bisresearch informa que Blockchain no setor de saúde economizará US$ 100 bilhões/ano nos próximos cinco anos. Os pagamentos adquirem segurança com a tokenização, eliminando clientes de terceiros e software malicioso, trazendo transparência e responsabilidade aos pagamentos médicos e economizando dinheiro à indústria. A OMS e IBM são parceiras no Center for Disease Control em projeto de colaboração blockchain, para armazenar, rastrear e distribuir dados confidenciais em tempo real com gerenciamento adequado de pandemias. Todos os registros médicos digitais dos pacientes podem ser armazenados na blockchain e usadas posteriormente para fins de pesquisa.


sexta-feira, 23 de abril de 2021

Blockchain e saúde

A rede SKALE oferece vantagens da blockchain pública necessária na área de saúde, a custo e velocidade de rede blockchain privada com o paciente ao centro. Seus criadores falam em plataforma “elástica” e interoperável com o Ethereum, sendo que os usuários tiram proveito da arquitetura modular para lançar dApps em ambiente de baixo custo, escalável e seguro. Os benefícios blockchain na área de saúde apresentam desafios na escalabilidade e velocidades de processamento, sendo que a colaboração com a Rede SKALE resolve algumas dessas preocupações e acelera a adoção. A abordagem SKALE Network resolve dilemas e acelera estratégias de expansão global com a Solve.Care como membro do BRI, Blockchain Research Institute, redefinindo cuidados de saúde e alcançando melhores serviços e resultados.

Nesta ideia de blockchain relacionada a saúde, Cingapura alcança padrão blockchain na verificação de testes Covid-19 tornando mais fácil ao governo verificar documentos dentro de suas fronteiras, solução desenvolvida pela GovTech, Agência de Tecnologia do Governo de Cingapura e MS, Ministério da Saúde. A Ministra da Iniciativa Nação Inteligente de Cingapura disse que o desenvolvimento dos padrões digitais blockchain na emissão de resultados de teste Covid-19 conhecida como HealthCerts, escala a tecnologia criando padrão digital imutável. A HealthCerts é compatível com os padrões locais e globais, projetada para acelerar o processo de imigração dos viajantes nas fronteiras locais e estrangeiras, sendo que viajantes dentro de Cingapura submetidos a testes COVID 19 antes da partida receberão os resultados através de certificados digitais emitidos pela HealthCert na forma de um link ou anexo, sendo que o teste negativo inplica carregar os certificados digitais da clínica em um site da Notarise. O Notarise permite certificados digitais verificados e reconhecidos em aeroportos locais e estrangeiros, com cópia digital autenticada contendo código QR. Os resultados do teste são disponibilizados no aplicativo móvel SingPass de identidade móvel de Cingapura.

Moral da Nota: o HealthCerts é construído em estrutura de código aberto blockchain chamada OpenAttestation e verifica informações sem necessidade de software de terceiros. O governo de Cingapura considera estender o caso de uso do HealthCert aos certificados de vacinas, com a implantação em andamento há necessidade de verificar exames e vacinação de modo adequado, sendo que a capacidade blockchain de verificar dados e sua imutabilidade permitem implementação em diferentes soluções. Várias companhias aéreas, incluindo Emirates e Air France, testaram aplicativos móveis blockchain nos requisitos de viagem covid-19.


quinta-feira, 4 de março de 2021

Blockchain saúde

Empresas investem bilhões de dólares na rede blockchain, que além de liderar em 2020 a lista do Linkedin de habilidades difíceis em demanda, mostra artigos sobre seu potencial no universo das finanças. Relatório da Forbes revelou que foram roubados, perdidos ou comprometidos em 2015 até 112 milhões de registros de saúde sem a correta avaliação das consequências, dados sensíveis, exigindo soluções examinadas de modo cuidadoso. Potenciais blockchain revelam outra medicina com soluções à questões de longa data, sendo que a falta de compreensão prejudica seu potencial. 

Pacientes, prestadores de serviços e pesquisadores geram dados desde o histórico a resultados de testes, imagens ou medicamentos que precisam de constante atualização. O cofundador da Ethereum cunhou o termo “trilema blockchain,” descrevendo inviabilidade em obter três propriedades desejáveis ​​em qualquer blockchain, ou, descentralização, segurança e escalabilidade, considerando difícil os três em um projeto e, segundo ele, um deve se sacrificar pelos outros dois. A digitalização de dados de saúde é uma coisa e transferir ao banco de dados criptografado publicamente é outra e, na maior parte, a blockchain baseia em descentralização e segurança, daí, escalabilidade tornar-se preferida ao sacrifício. A quantidade de dados processados ​​por segundo é limitada por desenvolvedores no intuito de proteger determinanda rede blockchain e em redes de crescimento exponencial, este problema limita o processamento em tempo real inadequado aos cuidados de emergência.

Moral da Nota: a blockchain economizará no longo prazo para pacientes e profissionais de saúde, cadeias de suprimentos em produtos farmacêuticos, registros e seguro saúde. Pesquisa do BIS sugere que a tecnologia economizaria até US$ 100 bilhões em oito anos e sua adoção não será fácil em custos, aí, construção de aplicativos, reorientação de partes interessadas ao novo sistema, segurança e manutenção. A introdução blockchain, método novo, passaria por rodadas de revisões de políticas expondo profissionais de saúde a processos judiciais, estes, podendo não serem receptivos à tecnologia.