sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Previsibilidade

Decifrado o código matemático das mudanças climáticas buscando melhorar a previsão, avanço que não se limita a ciência climática, cujas equações podem aprimorar técnicas de imagem médica como ultrassom ou ressonância magnética baseando-se na interpretação de como ondas se espalham no corpo, ao abordar falha crítica nos cálculos atuais em que modelos climáticos foram baseados em equações concebidas à partículas esféricas, apesar da maioria dos aerossóis serem irregulares no mundo real. O professor associado Stuart Hawkins, matemático da Universidade Macquarie, decifrou quebra-cabeça de 15 anos na ciência climática desenvolvendo equações que podem transformar o modo como prevemos o aquecimento global considerando partículas atmosféricas de formato irregular, inspirado em palestra de 2008 sobre lacunas na modelagem climática que aborda falha crítica nos cálculos atuais, ou, incapacidade de medir com precisão como partículas não esféricas como poeira do deserto, fuligem industrial e cinzas de incêndios florestais espalham luz solar. A poeira mineral irregular do deserto de Thar, na Índia, pequenos aerosóis atmosféricos ou cinzas da poluição atmosférica de Nova Déli ou a fuligem da queima de biomassa, resfriam ou aquecem o planeta dependendo da forma e composição, até hoje, os modelos climáticos dependiam de equações projetadas às partículas esféricas, apesar da maioria dos aerossóis do mundo real serem irregulares, conforme nos explica Hawkins, "essas partículas podem resfriar a Terra refletindo luz no espaço ou aquecê-la retendo calor", concluindo que, "sem modelos precisos às suas formas reais, as previsões apresentavam lacuna significativa." Inspirado  pela palestra do físico atmosférico Michael Box que destacou esse ponto cego, em que modelos tradicionais enfrentavam dificuldades com a física complexa da dispersão da luz por partículas não esféricas gerando incertezas nas projeções climáticas e, ao longo de uma década e meia, Hawkins refinou técnicas matemáticas para modelar tais formas irregulares combinando métodos computacionais avançados com informações da teoria da dispersão de ondas. No entanto, o avanço não se limita à ciência climática, além de aprimorar técnicas de imagem médica, poderiam auxiliar no desenvolvimento de materiais avançados como revestimentos que manipulam luz ou som, com Hawkins dizendo que, "os princípios se aplicam a qualquer lugar onde ocorra dispersão", com a ressalva que, em regiões como a Índia onde os aerossóis não esféricos dominam, desde a poeira mineral do Rajastão as emissões industriais de Mumbai, o  trabalho pode refinar previsões climáticas locais, já que, modelos aprimorados podem prever melhor ondas de calor, mudanças de monções ou impactos da poluição, informando políticas e estratégias de mitigação. As equações de Hawkins, integradas às estruturas climáticas globais marcam avanço na compreensão do equilíbrio energético da Terra, concluindo que, "não se trata de fechar uma lacuna, e sim, de reconstruir a base de como modelamos o futuro do planeta" e, à medida que se intensificam as crises climáticas, a precisão pode ser vital em direcionar a humanidade rumo a horizontes mais seguros.

O pior ano já registrado para Inglaterra nos derrames de esgotos foi 2023 permanecendo em níveis quase recordes, apesar das promessas do governo e indústria da água de reduzir poluição despejada em rios, lagos e mares, considerando que empresas descarregaram esgoto bruto por 3,6 milhões de horas e causaram mais de 464 mil derrames, daí, o aumento da poluição foi atribuído ao fato de 2023 ter sido o 4º ano mais chuvoso no país, com válvulas de alívio regularmente utilizadas já que as chuvas frequentemente sobrecarregavam a capacidade do esgoto. No entanto, o The Times entende que os números de 2024 mostrarão apenas declínio muito pequeno na duração e número de derramamentos de esgoto, considerando que o ano foi chuvoso e um pouco mais seco que 2023, classificado como o 8º mais úmido em registros desde 1836, quer dizer, os números finais exatos aos derramamentos estavam sendo “garantidos” pela Agência Ambiental antes de sua publicação oficial. Ainda no quesito saúde, pesquisadores de Hong Kong desenvolveram IA capaz de identificar riscos de Alzheimer a partir de imagens da retina e, segundo a publicação, a ferramenta detecta sinais precoces da doença de 88% a 92% de precisão em populações multiétnicas de vários países cujo sistema utiliza dados de fundo de olho detectando alterações precoces nos vasos sanguíneos e nervos da retina que podem estar associados ao Alzheimer, quer dizer, a IA foi validada sob um conjunto de dados incluindo 13 mil fundoscopias, ou, exames de fundo de olho de 648 pacientes diagnosticados com Alzheimer com mais de 3 mil de cognição normal. Para concluir, mortes por overdose de drogas nos EUA caíram quase 27% em 2024, de 110 mil mortes em 2023 à 80.400 em 2024, dados ainda provisórios dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, com quase todos os estados experimentando declínios, excluindo Dakota do Sul e Nevada, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde. As mortes por opioides diminuíram no mesmo período, de 83.100 à 54.700, sendo que mortes por overdose de cocaína e psico-estimulantes, como metanfetamina, também caíram, considerando que o aumento da distribuição de naloxona e melhor acesso ao tratamento à transtornos por uso de substâncias, entre outros fatores, contribuíram aos declínios, dito pelo CDC em fevereiro, outro relatório do CDC descobriu que overdoses não fatais suspeitas de envolver fentanil também diminuíram e análise das visitas ao departamento de emergência descobriu que overdoses não fatais envolvendo fentanil apresentaram tendência de queda de 11% por trimestre até o início de 2024, pós aumentar em 9% a cada 3 meses, do fim de 2020 a meados de 2023.

Moral da Nota: o IBEDEC, Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo está processando na Justiça de Brasília, a Nestlé, responsável pelas marcas de café Nespresso e Dolce Gusto e, a 3 Corações, baseada na acusação que as marcas não informam prazo de validade e lote nas unidades de cápsulas de café vendidas em mercados, quer dizer, a data de validade, por exemplo, está presente só nas caixas com diversas cápsulas, porém, a informação não se encontra em cada unidade, segundo o IBEDEC. O argumentou é que a maioria dos consumidores joga fora as caixas das embalagens e perdem informações ao consumo seguro dos alimentos e cada marca foi alvo de uma ação civil pública, cujos processos atualmente tramitam no TJDFT, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, solicitando que as empresas sejam obrigadas a gravar nas cápsulas informações como prazo de validade e número de lote. A Nestlé disse através de nota que  “assegura realização de controle nas etapas de fabricação em compromisso com a qualidade dos produtos e, sobre a ação, apresentará defesa”, enquanto a  3 Corações avisou concordar com as regras mostrando  dados de comprovação que não vende cápsulas de café individuais, quer dizer,  “as informações essenciais e obrigatórias referentes à rotulagem constam na embalagem do produto, ou, a unidade comercializada, concluindo a nota que, a empresa está atenta às discussões do setor a respeito do tema e mantém aberto diálogo com o IBEDEC”.