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sábado, 8 de agosto de 2020

Perigos Climáticos

Perigos climáticos já afetam o velho continente, é o que mostram mapas publicados pela Agência Ambiental Européia, AEA. Em diferentes cenários de emissão de gases efeito estufa e modelos climáticos, só serão reduzidos, caso o aumento da temperatura global fique abaixo de 2°C conforme o Acordo de Paris. Os mapas focam cenários interconectados de secas crescentes, insegurança alimentar, enchurradas, inundações repentinas, incêndios florestais e elevação do nível marinho. O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, no quesito oceano e criosfera projetou aumento no nível do mar no século XXI entre 0,29m e 1,10m. Áreas críticas incluem costa da Bélgica, Holanda, noroeste da Alemanha, Dinamarca, sul da Suécia, sul e oeste da França e nordeste da Itália incluindo Veneza, aqui, dispensando qualquer comentário bastando assistir os noticiários.
Esta questão remete a mudanças no setor agrícola, embora no momento, a segurança alimentar européia não esteja sob risco, no entanto, impactos em cascata fora da Europa, segundo a AEA, afetarão ainda mais a renda agrícola e níveis de preços na Europa com mudanças nos padrões comerciais. A renda do agricultor, segundo eles, é influenciada por políticas em vigor podendo se proteger, por exemplo, adaptando variedades de culturas ou alterando datas de semeadura ou melhorias na irrigação. Parece que a forte intensidade de chuvas na maior parte da Europa, assume riscos de inundações mais intensas na Europa Central e Oriental em até 35% seguidos pelo Sul com 25%. Outro fator de influência crítica são os incêndios florestais sem precedentes em vários países europeus em 2017/2018, coincidindo com secas e ondas de calor recordes. Há projeção de aumento dos incêndios no sul da Europa em 30 a 40%, mesmo em cenário de baixas emissões, daí, a urgente prevenção e supressão eficaz de incêndios. Fala-se em aumento do nível do mar como algo distante e de impactos em outras gerações, mas no atual momento há nas regiões costeiras da Europa aumento a nível absoluto em relação à terra. 
Moral da Nota: a maior parte da Europa sofreu mais secas ao longo do século XXI, tanto meteorológicas quanto hidrológicas. O aquecimento global já impacta de modo adverso em aspectos sociais europeus. O maior aumento futuro é projetado ao sul da Europa, "onde aumentará concorrência entre usuários de água, agricultura, indústria, turismo e famílias causando perdas agrícolas significativas". Medidas de adaptação "minimizando riscos de mudanças climáticas globais requerem ações direcionadas à adaptação aos impactos climáticos, além de ações reduzindo emissões de gases efeito estufa”, dito, pela a AEA.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

África e América Latina

O sistema de pagamento africano, considerado um dos mais complexos do mundo, em muitos países drena renda e remessas pessoais que os habitantes locais recebem de familiares vivendo no exterior, considerando ainda grande número de comunidades carentes e ausência de bancos. Neste contexto emerge o Oduwa Coin, criptomoeda em ecossistema de pagamento digital e solução fintech aos problemas financeiros africanos via tecnologia ponto a ponto com transações liquidadas na rede. A moeda Oduwa é projetada para funcionar como dinheiro digital na tecnologia peer to peer liquidando transações na própria rede blockchain, podendo ser extraída por quem ingressar nos nós da rede onde a blockchain foi construída no mecanismo de prova de consenso de estaca gerando recompensa aos participantes. Trata-se de projeto de código aberto gratuito derivado de estruturas colaborativas blockchain superando armadilhas do Bitcoin, através de sistema de pagamento digital de última geração e solução inovadora com vantagens às comunidades carentes. Em torno de princípios de autogovernança e descentralização tal tecnologia híbrida blockchain valoriza privacidade, eficiência e segurança, com proteção de ativos que o bloco fornece ao usuário popularizado pela iniciativa comunitária.
O Valor Econômico avisa que o JP Morgan com olhos na América Latina, investe em fintech brasileira de pagamentos expandindo atuação entre nós com aporte de pagamentos FitBank, primeiro investimento estratégico do banco na América Latina. Com isto, o banco terá participação minoritária na fintech, assento no conselho via diretora de pagamentos à clientes do atacado, podendo acionar o FitBank para desenvolver produtos no Brasil e exterior, como braço pagamentos. O FitBank com o investimento do JP Morgan, ampliará seu portfólio na expansão internacional visando tornar-se "big tech financeira". Fundado em 2014 como plataforma de pagamentos "white label", oferece a bancos e fintechs possibilidade de contas e serviços digitais a partir da tecnologia. Aguarda licença do Banco Central para atuar como instituição de pagamentos, sendo que abriu 180 mil contas para 96 clientes com transações que superam R$ 1 bilhão por mês.
Moral da Nota: na comunidade Oduwa, todos podem comprar, vender, pagar, doar e ganhar recompensas minerando moedas Oduwa. O objetivo da Oduwa é fornecer porta de entrada à comunidades carentes no mundo, dando oportunidade de proteção dos ativos contra volatilidade futura. A Oduwa pretende mudar o modo como a África faz negócios com o resto do mundo, liderando o caminho de pagamentos sem fronteiras, sem dinheiro e com acordos comerciais à comunidades carentes do mundo. Quanto ao FitBank já teve mais duas rodadas de investimentos atraindo três ex-sócios da XP em 2016, e em 2018, outra rodada trouxe ao conselho mais dois ex-executivos do Goldman Sachs.

domingo, 27 de outubro de 2019

Europa e África

Em maio de 2018 a Comissão Européia processou França, Alemanha e Reino Unido por desrespeito aos limites de dióxido de Notrogênio, NO2, poluente associado ao óleo diesel relacionado ao transporte rodoviário. Em acórdão o TJUE "julga a ação da Comissão procedente e condena a França por incumprimento das obrigações decorrentes da diretiva qualidade do ar". Considerou excedidos por sete anos consecutivos, os valores-limites anuais em 24 zonas francesas e valores limites de horários em três zonas. Concluiu que a França não implementou "no menor tempo possível", medidas eficazes ao período de excesso dos valores limites de NO2. A manutenção de incumprimento das regras ambientais pela França, acarretará por Bruxelas novo processo incluindo sanções.
Em processo evolutivo da emergência climática, Estudos do Centro de Risco Climático de Santa Barbara da Universidade da Califórnia concluiu que na Somalilândia islâmica, que se separou da Somália em 1991 e não reconhecida como país, temperaturas médias máximas diárias aumentaram um grau nos últimos 30 anos até atingir 34º C. Em paralelo, houve em 20 anos aumento do número de estações secas com apenas três estações chuvosas de março a maio. Fato prejudicial às plantações e rebanhos de cabras, camelos, ovelhas e vacas, pilar da economia da região. O Comitê Voluntário da Juventude da Havoyoco criou um banco comunitário de sementes distribuindo milho, sorgo e tomate resistentes à seca e imunes a doenças. A questão é agravada pela pobreza e infraestrutura precária, poucos meios de transporte e estradas inserido em PIB de US$ 646 per capita, entre os 10 países mais pobres do mundo com 50% da população urbana e 64% rural constituída por pessoas em risco de insegurança alimentar. A Somalilândia controla 760 kms de costa no Golfo de Áden.
Moral da Nota: o padre Antonio Vieira quando escreveu “Memorial a favor da gente da Nação” relacionando a questão dos cristãos novos a injustiça, escreveu: “o ódio da virtude faz pecado, da verdade faz mentira, castiga a inocência e livra a culpa”. Palavras atuais em todo o contexto moderno, inclusive ambiental.