quinta-feira, 13 de março de 2025

Futuro e Tokenização

A adoção da tokenização impulsiona tanto fintechs quanto instituições financeiras tradicionais, tornando soluções de pagamento mais acessíveis e eficientes, cuja transformação digital da economia muda como as transações financeiras são realizadas em escala nacional e global, neste contexto, tokenização e tokens RWA, Real World Assets, surgem como protagonistas do futuro da segurança dos pagamentos oferecendo abordagem inovadora e eficiente no enfrentar desafios ao setor financeiro. O diretor geral do ThePayGroup avalia que “tokenização é processo de conversão de ativos em tokens digitais cada vez mais presente no mercado, ao digitalizar ativos e representá-los como tokens, simplifica conexões entre redes e parceiros acelerando e garantindo segurança das transações, não apenas eficiência, mas redução de custos nas movimentações internacionais proporcionando vantagens tanto à empresas quanto consumidores”. Acrescenta que, paralelamente, projetos privados de stablecoin, forma de moeda digital projetada com valor estável em relação a moeda fiduciária ou a índice de commodities, desempenham papel crucial para garantir estabilidade e segurança das transações internacionais e, atualmente, dados do DeFiLlama, mostram mais de US$ 146 bilhões tokenizados em stablecoins ao passo que a modalidade atende requisitos regulatórios como políticas de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo decorrente natureza transparente e rastreável. Conclui que “a tokenização e stablecoins remodelam o cenário dos pagamentos aproveitando inovação e abrindo oportunidades à negócios globais em que organizações na vanguarda de soluções inovadoras marcam início de revolução financeira que está mudando a forma como negociações internacionais são realizadas”. Estudo do Atlantic Council mostra que 130 países, 98% da economia global, tokeniza suas moedas nacionais convertendo-as em CBDCs, caso do Brasil com Drex cujo objetivo é criar ambiente para expandir tokenização às empresas, fintechs e bancos e que a adoção destas tecnologias é impulsionada tanto pelas fintechs como por instituições financeiras tradicionais, tornando soluções de pagamentos internacionais mais acessíveis e eficientes permitindo empresas se beneficiarem de transações mais rápidas, seguras e baratas.

Neste ecossistema, blockchain aponta à criptografia, imutabilidade e descentralização em que segurança criptográfica e impossibilidade de modificar dados sem conhecimento de outros participantes, mostra blockchain definitivamente seguro, no entanto, não significa que não seja vulnerável a ataques cibernéticos e fraudes de segurança decorrente exploração de vulnerabilidades de segurança em que exemplos de ataques são notícia de tempos em tempos.  O roubo de Bitcoins da Bitfinex sediada em Hong Kong, mostra que o custo estimado dos Bitcoins foi  de US$ 73 milhões com especialistas apontando que chaves privadas roubadas ou assinaturas digitais pessoais foram a causa mais provável do evento, com a Organização Autônoma Descentralizada, DAO, fundo de capital de risco que trabalha na fundação de blockchain descentralizada e, curiosamente, muitos consideram que a DAO é inspirada no Bitcoin, acusando roubo de US$ 60 milhões de Ether já que foi responsável por quase um terço do seu valor total enquanto a exploração de código serviu como culpado pelo evento e mostrou vulnerabilidade blockchain.  Outro exemplo de segurança blockchain é o Bithumb, uma das maiores exchanges de criptomoedas à Bitcoin e Ethereum em que Hackers acessaram dados de 30 mil usuários, além de roubar US$ 870 mil em Bitcoin, curiosamente, os servidores estavam intactos e um computador de funcionário comprometido foi o principal culpado, no entanto, não nega que blockchain tem armadilhas em segurança, sendo importante entender cada detalhe que influencia sua segurança. Para a segurança blockchain em 2025, deve-se atentar ao poder de computação crucial para obter controle majoritário sobre a taxa de hash de uma blockchain via entidades maliciosas, portanto, blockchains comprometidos podem resultar na reversão de transações junto com gastos duplos, por exemplo, em 2018, plataformas de criptomoedas tiveram problemas com ataques 51%, Ethereum Classic, ZenCash e Verge, além disso, perderam US$ 20 milhões anualmente devido aos ataques. Outro exemplo de risco de segurança blockchain se refere à vulnerabilidade de endpoints blockchain, por exemplo, investimento ou negociação Bitcoin pode resultar em grande quantidade de Bitcoin armazenada em uma conta poupança virtual, sendo que os blocos reais são seguros contra hackers, por outro lado, as contas de carteira não são seguras, além disso, fornecedores terceirizados são importantes para facilitar transações blockchain e podem aumentar a vulnerabilidade a hackers devido segurança mais fraca em aplicativos e sites. A próxima preocupação em questões de segurança e privacidade blockchain se refere a ataques de roteamento, Redes e aplicativos blockchain que dependem do volume massivo de transferência de dados em tempo real em que hackers podem interceptar dados no curso da transmissão à provedores de serviços internet cujo anonimato é o aspecto perigoso dos ataques de roteamento na segurança blockchain. Ataques phishing é uma das técnicas mais comuns usadas por hackers, basicamente uma tentativa de golpe para obter credenciais de um usuário enviando e-mails à proprietários de chaves de carteira se passando por fonte autêntica e autorizada, esses tipos de e-mails solicitam informações sobre credenciais de usuários via hiperlinks falsos e, quando hackers acessam credenciais e informações confidenciais de um usuário, usuários e rede blockchain ficam abertos a ataques subsequentes. Por fim, o vazamento de privacidade de transações sendo que comportamentos do usuário são rastreáveis ​​em redes blockchain, portanto, os sistemas blockchain devem proteger privacidade das transações aos usuários, basicamente, os usuários devem atribuir uma chave privada à cada transação e, como resultado, os hackers não conseguem determinar se um único usuário está recebendo criptomoeda em diferentes transações, pelo contrário, a proteção de privacidade blockchain não se desenvolveu completamente com pesquisas mostrando que 66% das transações amostradas não têm chaff coins ou mixins, que podem restringir habilidades hacker de determinar associação entre moedas gastas na transação.

Moral da Nota: a Meta Pool DAO se associou ao Centro Blockchain da Universidade de Zurique para trabalhar com estudantes do México e Argentina, resultado de programa de subvenções do DAO, garantindo ser a primeira DAO outorgar estudantes latino-americanos sendo que a iniciativa é produzida no marco de programa de subvenções DAO. Trata-se  da primeira organização autônoma descentralizada, DAO, abrir fundo ao aprendizado de estudantes latino-americanos através de programa de subvenções para apoiar projetos cripto em economias emergentes, sendo uma dessas iniciativas o fundo de becas à estudantes latino-americanos. Estreou em 2023 seu programa de subvenções por meio de qualquer voto da comunidade para atribuir capital a projetos diversos que prometem dar oportunidade a empreendedores, desenvolver e avançar no âmbito das moedas digitais e Blockchain, sendo que o capital fornece tarifas geradas na plataforma de piquetagem líquida homônima, com o cofundador de Meta Pool esclarecendo que “um dos principais objetivos do Meta Pool é apoiar os empreendedores cripto, fomentando o empreendedorismo que nos define como mercados fronteiriços, além de decidir regiões onde a adoção massiva de criptografia acontece de forma acelerada como na América Latina“. Lançado inicialmente no ecossistema do Protocolo NEAR, o Meta Pool é solução de piquetagem líquida que permite usuários participar do processo de participação de criptomoedas enquanto mantêm a liquidez dos ativos, tendo se expandido à conversão em uma DAO multicadeia, com atividade em Ehtereum, Solana, Aurora e Q Network, como uma DAO, comunidade nativa da Internet codificada em contratos inteligentes na Blockchain, o Meta Pool permite usuários participarem na tomada de decisões e governança do protocolo significando que qualquer mudança no protocolo ou na distribuição de recompensas é decidida pela comunidade.