Apesar dos esforços verde, as emissões globais de carbono atingiram recorde histórico em 2024,ou, 40,8 bilhões de toneladas métricas de emissões de CO2 equivalente, embora o crescimento em energia renovável seja significativo, além de promessas climáticas internacionais, com China, EUA e Índia como os 3 maiores emissores de carbono respondendo coletivamente por mais da metade das emissões globais. Desde 2000, os EUA apresentaram reduções significativas enquanto China e Índia registraram aumentos vinculados ao desenvolvimento econômico e dependência de combustíveis fósseis, embora a energia limpa se expanda, ainda não substitui combustíveis fósseis na escala à reduzir emissões totais indicando que o crescimento da demanda global, ou, o deslocamento de combustíveis fósseis são necessários para que emissões diminuam. O EI, Energy Institute, lançou Revisão Estatística de Energia Mundial de 2025 publicada antes pela BP há mais de 70 anos, confirmando a tendência preocupante, apesar de investimentos históricos em renováveis e promessas zero emissões líquidas das principais economias, as emissões globais de carbono atingiram recorde em 2024, com a revisão dividindo emissões em categorias em que a métrica mais abrangente é o total de equivalentes de CO2, ou, emissões equivalentes de CO₂ que inclui emissões oriundas do uso de energia, queima de gases efeito estufa, processos industriais e metano associado à produção, transporte e distribuição de combustíveis fósseis. Tal abordagem fornece panorama mais completo da contribuição de cada país aos níveis de carbono atmosférico, embora mudanças no uso da terra como o desmatamento, não sejam incluídas e, a inclusão do metano, gás efeito estufa mais potente que o CO2 torna essa medida mais precisa do impacto atmosférico de 40,8 bilhões de toneladas métricas de emissões de CO₂ equivalente, representando aumento em relação aos 40,3 bilhões de toneladas métricas de 2023, 0,5 bilhão de toneladas relativas a 2022, considerando que, na última década, as emissões globais aumentaram em média quase 1%/ano apesar de lista crescente de compromissos climáticos internacionais.
Vale notar que China, EUA e Índia, juntos, respondem por mais da metade das emissões globais, no entanto, cada um seguiu caminho diferente nas últimas décadas e, apesar do aumento populacional de 37% no período, as emissões de carbono dos EUA em 2024 foram menores que em 1990, na última década, diminuíram a taxa média anual de 1 %, quer dizer, nenhum país reduziu sua emissão de carbono mais neste século, considerando ainda que, desde 2000, as emissões norte americanas caíram 913 milhões de toneladas métricas superando a Alemanha, 2ª colocada, com queda de 292 milhões de toneladas métricas. É verdade que os EUA partiram de linha de base de emissões mais alta, escala da redução continua, quer dizer, conquista significativa em que a redução mais significativa nas emissões de carbononorte americana começou em 2007 impulsionada por 2 mudanças, o boom do gás de xisto que tornou o gás natural mais barato e levou concessionárias abandonar o carvão e o crescimento da energia renovável que reduziu mais ainda o domínio do carvão no setor de energia. As emissões de carbono da China quintuplicaram desde 1990 aumentando em 8,8 bilhões de toneladas métricas desde 2000, em 2024, os chineses emitiram 12,5 bilhões de toneladas métricas de CO₂, 31% do total global, mais que as emissões combinadas da América do Norte e Europa e, apesar da liderança global na implantação de energia solar e eólica, a China é a maior consumidora mundial de carvão, contradição na expansão da energia limpa e dependência de combustíveis fósseis que ajuda explicar por que as emissões globais de carbono continuam aumentar, mesmo com o crescimento das renováveis. As emissões da Índia quintuplicaram desde 1990, aumento de 2,2 bilhões de toneladas métricas desde 2000, atrás da China em crescimento absoluto, em 2024, os indianos emitiram emitiram 3,3 bilhões de toneladas métricas, aumento de 24% na última década, intimamente ligado ao desenvolvimento econômico e, à medida que milhões saem da pobreza e ingressam na classe média, a demanda por energia aumenta, daí, situação da Índia reflete o desafio da transição energética global como descarbonizar e, ao mesmo tempo, expandir acesso à energia acessível. Análise regional dos dados mostra desequilíbrios profundos na última década, por exemplo, a África viu emissões aumentarem 25%, as emissões do Oriente Médio aumentaram em 15%, a Ásia-Pacífico, China e Índia, adicionou mais de 9%, a América do Sul e Central, registraram aumento de 9,3% e a América do Norte e Europa apresentaram claro declínio nas emissões que caíram em média 1,4% ao ano ao longo da década, com a UE caindo para 3,7 bilhões de toneladas métricas em 2024, queda de 15% em relação à década anterior, com Alemanha e Reino Unido fazendo progressos através da combinação de políticas, eletrificação e eficiência energética. A energia eólica e solar ganham escala, mas, não estão substituindo combustíveis fósseis em nível necessário para reduzir as emissões totais, daí, as emissões globais continuam aumentar até que o crescimento da demanda global se estabilize, ou, as renováveis comecem substituir combustíveis fósseis em larga escala, enquanto isso, as emissões continuam subindo.
Moral da Nota: até aqui, o ano mais quente já registrado foi 2024, acompanhado pela elevação da temperatura global da superfície do mar que é a temperatura da água do oceano próxima à superfície fazendo com que mais água evapore na atmosfera, levando a nuvens de tempestade, precipitações extremas, furacões, tufões e ciclones, ao passo que, o aquecimento dos oceanos contribui à queda do número de peixes na pesca marinha global, degradação dos recifes de corais e proliferação de algas tóxicas. Florações de algas nocivas em água doce e salgada são afetadas por processos incluindo poluição por nutrientes que promove o rápido crescimento e reprodução, redução do fluxo de água e acidificação dos oceano e, ao longo da costa do Atlântico e Alasca, aumentos da temperatura da superfície do mar particularmente pronunciados com florações de algas nocivas se desenvolvendo, quando o fitoplâncton, algas microscópicas, unicelulares e fotossintéticas, que proliferam em águas quentes e ricas em nutrientes, se reproduzem descontroladamente perturbando ecossistemas, consumindo e esgotando oxigênio produzindo toxinas que afetam a saúde humana. As florações de algas nocivas se expandem em direção aos Polos Norte e Sul desafiando médicos, em surtos de doenças causadas por florações de algas quando faltam opções de vigilância e testes clínicos à tais envenenamentos, contribuindo à doenças como envenenamento paralítico ou neurotóxico por moluscos, mais comuns em pacientes com condições médicas preexistentes, sendo que a toxina, ciguatoxina, pode se acumular em peixes e causar intoxicação por ciguatera, ou, doença não bacteriana transmitida por frutos do mar adquirida pelo consumo de peixes com concentrações baixas quanto 0,1 partes por bilhão, causando sintomas gastrointestinais, dor abdominal, náuseas e vômitos e, neurológicos como parestesias na boca, mãos e pés, cardiovasculares, como bradicardia e hipotensão, dermatológicos, como prurido e urticária, embora a mortalidade seja rara, menor que 1%. Nos EUA, comunidades no Nordeste e ao redor dos Grandes Lagos, descarregam águas residuais contaminadas com Campylobacter, Cryptosporidium ou norovírus em águas costeiras afetando negativamente a pesca, piscicultura e o uso recreativo de águas e, após chuvas extremas quando descargas de esgoto não tratado ou parcialmente tratado desaguam em águas superficiais ultrapassando a capacidade de tratamento de esgoto, tomar banho em águas costeiras nessas regiões aumenta o risco de infecções gastrointestinais, respiratórias, de pele e ouvido, entre outras doenças. A pesca e fazendas de peixes sofrem perdas econômicas devido à contaminação ligada às mudanças climáticas globais com estuários podendo conter Vibrios patogênicos como V cholerae, que podem causar gastroenterite, manifestando-se como diarreia e vômitos.