domingo, 31 de agosto de 2025

Resíduos

Estudos e monitoramento da presença de resíduos farmacológicos são objeto de pesquisa há mais de 50 anos e, com o desenvolvimento de novas tecnologias e aparelhos, permitem detectar e analisar com precisão moléculas tornando possível mapear consequências e riscos ao ambiente mostrando que o impacto da presença de restos de anticoncepcionais, antibióticos, antidepressivos, analgésicos e outras drogas na natureza atinge regiões diversas. A poluição é provocada pelo despejo de medicamentos de natureza variada, segundo o professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Paris-Saclay e membro da Academia Nacional de Medicina e Academia de Tecnologias, dizendo que, “houveram episódios no passado protagonizados por grandes indústrias com a descoberta que despejavam grandes quantidades de medicamentos no ambiente, ocorrendo hoje em vários países", além da poluição provocada pelo uso cotidiano das moléculas, nos lembra o especialista, ao concluir que, "quando adoecemos tomamos medicamentos e o eliminamos ao esgoto, passando pelo sistema de saneamento”. A questão dos produtos serem ou não biodegradáveis, secundária diante de outras prioridades e, quando cientistas descobrem molécula que combate uma doença ressalta que “o mais importante é que possa tratar o paciente”, concluindo, que “graças à química moderna, possamos fazer com que as substâncias se degradem mais facilmente, questão nunca entre as principais preocupações dos pesquisadores". Nos últimos 15 anos foram realizadas campanhas de análise nos sistemas de tratamento de esgoto na França e, conforme o especialista, mostram que quando a água é tratada, entre 80% e 90% dos resíduos dos medicamentos são eliminados e “quando as estações de tratamento atuam sobre poluentes, ficando traços na água”,  com a preocupação do risco potencial do acúmulo, conhecido como expossoma, conjunto das exposições ambientais que servem de gatilho às pessoas predispostas geneticamente desenvolver doenças, quer dizer,  “são poluentes ao redor, produzidos pela química moderna que geram as consequências” que dependem da molécula. Quanto maior a dose, mais significativo é o impacto, no entanto, o especialista francês alerta que pequenas quantidades de resíduos de medicamentos podem ter efeitos nocivos em que disruptores endócrinos, por exemplo, podem causar danos a longo prazo mesmo em doses baixas, lembrando que, algumas substâncias como antibióticos, atuam sobre micro-organismos podendo levar ao aumento de bactérias nas plantações, enquanto outros produtos afetam insetos ou peixes e, em todos os casos, afirma o especialista, risco e efeitos no descarte dos resíduos devem continuar acompanhados de perto e monitorados.

Ainda em referência aos resíduos, desreguladores endócrinos em resíduos plásticos são ameaça à saúde sendo que a invasão biológica tem implicações na saúde humana, com populações mais pobres, próximas a lixões ou trabalhando no setor informal de reciclagem sofrendo impacto da crise dos resíduos plásticos mesmo revolucionando a vida moderna com a conveniência e acessibilidade, no entanto, gerando crise de saúde invisível e de longo prazo. Sufocam oceanos e entopem aterros sanitários,  se infiltrando por meio do micro plástico e coquetel de produtos químicos desreguladores endócrinos, EDCs, no organismo com evidências preocupantes que essas substâncias interferem em sistemas hormonais, prejudicando saúde reprodutiva e aumentando suscetibilidade a doenças crônicas, incluindo  câncer, sendo que a Índia hoje é o maior gerador mundial de resíduos plásticos, se colocando no epicentro da emergência de saúde pública. Estudo realizado pela Universidade Sharnbasva revelou como conteúdos nocivos interrompem o processo reprodutivo, com os cientistas BD Vishwajit e Mahesh Tanwade trabalhando no Animal House na Universidade Sharnbasva em laboratório pesquisando em ratos e camundongos a toxicidade reprodutiva e compostos desreguladores endócrinos em cosméticos e herbicidas que causam desequilíbrio hormonal interrompendo processo reprodutivo, infertilidade, ciclo menstrual irregular e câncer em alguns casos. Em fase final de pesquisa e desenvolvimento como parte de estudos de doutorado, o trabalho ajudou na condução de testes em camundongos e ratos sobre efeitos nocivos de cosméticos e herbicidas que levam ao desequilíbrio hormonal esclarecendo que os compostos químicos Isobutyal Parabal encontrados em cosméticos e o Acetato de Fenil Mercúrio em herbicidas são uma das causas de distúrbios endócrinos e desequilíbrios hormonais, ao pesquisar 2 gerações sobre o comportamento sexual de camundongos conduzidos no Animal House da Universidade de Sharnbasva. Estudos anteriores revelam que  27 mg/kg/dia de exposição a Isobutyal Parabal em seres humanos via dérmica é suficiente à distúrbios endócrinos e desequilíbrios hormonais levando a infertilidade e complicações de saúde, com o  Prof. Vishwajit afirmando que o Animal House completo estabelecido na Faculdade de Ciências e Tecnologia em 2023, foi o primeiro do gênero aprovado pelo governo federal na região de Kalyana Karnataka se mostrando fonte de renda à universidade e, e m 2024, arrecadou com a venda de ratos e camundongos à outras universidades e instituições de ensino.

Moral da Nota: equipe IA da Microsoft desenvolve pesquisas que demonstram como IA investiga e resolve desafios diagnósticos complexos em  casos que médicos lutam para responder e, comparado com registros de casos do mundo real publicados a cada semana no New England Journal of Medicine, mostram que o Microsoft AI Diagnostic Orchestrator, MAI-DxO, diagnostica até 85% dos procedimentos de casos do NEJM, taxa 4vezes maior que de grupo de médicos experientes e chega ao diagnóstico correto de modo mais econômico. Nos produtos IA ao consumidor da Microsoft como Bing e Copilot há mais de 50 milhões de sessões relacionadas à saúde, no final de 2024, foi lançado esforço dedicado à saúde do consumidor na Microsoft AI liderado por médicos, designers, engenheiros e cientistas IA complementando iniciativas de saúde da Microsoft e se baseando no compromisso com parcerias e inovação em soluções incluindo o RAD-DINO, que acelera e melhora fluxos de trabalho de radiologia e o Microsoft Dragon Copilot assistente IA pioneiro focado em voz à médicos. A IA generativa avança na obtenção de pontuações quase perfeitas em exames que favorecem memorização em detrimento da compreensão profunda e, ao reduzir a medicina a respostas únicas em questões de múltipla escolha, benchmarks superestimam a aparente competência dos sistemas IA e obscurecem suas limitações, nesse processo, o clínico começa com apresentação inicial do paciente, em seguida, seleciona iterativamente questões e testes diagnósticos para chegar a diagnóstico final, por exemplo, um paciente com tosse e febre pode levar o médico a solicitar e revisar exames de sangue e radiografia de tórax antes de se sentir confiante para diagnosticar pneumonia. O New England Journal of Medicine, NEJM, publica Registro de Caso do Hospital Geral de Massachusetts apresentando jornada de cuidado de paciente em formato narrativo, casos entre os mais complexos em termos de diagnóstico e intelectualmente exigentes na medicina clínica,  exigindo especialistas e testes diagnósticos para chegar a diagnóstico definitivo, enquanto o benchmark transforma 304 casos recentes do NEJM em encontros diagnósticos graduais onde modelos ou médicos humanos podem fazer perguntas e solicitar testes à medida que novas informações são disponibilizadas, o modelo ou o médico atualiza seu raciocínio estreitando em direção a diagnóstico final, que pode ser comparado ao resultado padrão-ouro publicado no NEJM. O MAI-DxO é descrito como resposta à crescente demanda por saúde, ao aumento dos custos no setor e à dificuldade de acesso a diagnósticos precisos, com a empresa apontando que mais de 50 milhões de buscas diárias na internet se relacionam à saúde sendo que o  diferencial do estudo é a inclusão do fator custo como parte da análise que pode contribuir à discussão sobre eficiência no uso de recursos na saúde.