Incêndios florestais canadenses percorreram mais de 5 mil km até Europa, com especialistas alertando ao aumento de eventos de fumaça transcontinental devido mudanças climáticas, fumaça, que atravessa o Atlântico atingindo partes do continente europeu cobrindo cidades com neblina e fuligem ou carbono negro, gerando preocupações sobre efeitos de longo alcance das emissões. A atividade de incêndios nos Territórios Central e Norte do Canadá, particularmente Manitoba, Saskatchewan e Territórios do Noroeste, visto por modelos de satélite que confirmaram coluna de fumaça chegando à Europa Ocidental, com com mais de 6,6 milhões de hectares queimados, 140% a mais que a área queimada em 2024 e com meteorologistas dizendo que a corrente de jato e sistemas de alta pressão desempenharam papel no transporte da fumaça através do Atlântico em altitudes de 9 mil metros, com o Met Office Reino Unido, em atualização nas redes sociais, reconhecendo a neblina, explicando que "não são apenas nuvens altas oriundas do oeste, a fumaça dos incêndios florestais canadenses viajaram milhares de kms afetando os céus da Europa, lembrete de como a atmosfera é interconectada." No entanto, não degradou gravemente a qualidade do ar na superfície, mas produziu efeitos visualmente dramáticos em cidades europeias, com moradores relatando nasceres e pores do sol laranja-avermelhados, incomuns, e queda perceptível na visibilidade devido neblina persistente, marcando o 2º grande evento de fumaça transatlântica em 2025 pós incursão semelhante em junho, com meses restantes na temporada de incêndios florestais em que especialistas alertam que 2025 pode se tornar um dos piores anos já registrados perdendo para os incêndios de 2023 em termos de área queimada e emissões de carbono. A NASA e o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus monitoram fumaça com altos níveis de carbono negro, fuligem, poluente que causa o aquecimento global, embora o impacto geral na qualidade do ar da superfície na Europa permaneça moderado com autoridades aconselhando grupos vulneráveis com problemas respiratórios, monitorar alertas locais de qualidade do ar e, à medida que eventos de fumaça tornam-se mais comuns, especialistas dizem que refletem nova era na conectividade atmosférica onde a atividade de incêndios florestais em continente impacta outro, fenômeno que mostra implicações globais das temporadas de incêndios causadas pelo clima destacando necessidade de respostas coordenadas à mitigação e resiliência climática.
Ainda relativo ao Canadá, a fumaça dos incêndios florestais se espalham por um terço dos EUA com má qualidade do ar em Nova York, Nova Inglaterra e Centro-Oeste, enquanto especialistas alertam que a fumaça contém partículas nocivas e o Canadá luta contra mais de 200 incêndios ativos, muitos, fora de controle já que a fumaça se originou de centenas de incêndios florestais desde o início de maio. A neblina trouxe perigosos níveis de poluição por partículas para Minnesota estendendo-se a Dakota, passando pelo Vale do Ohio até Nordeste chegando ao sul na Geórgia e, conforme, o Centro de Previsão do Tempo do Serviço Nacional de Meteorologia em College Park, Maryland, era especialmente espessa em Nova York e Nova Inglaterra, com Marc. Chenard, do Serviço Nacional de Meteorologia informando que "parte da fumaça está no ar, na atmosfera superior, então em muitas áreas não há problemas de qualidade do ar", concluindo, "mas há problemas de qualidade do ar em lugares tão ao sul quanto Nova York e Connecticut onde é mais denso e está na baixa atmosfera." Mais de 212 incêndios estavam ativos no Canadá desde maio, metade deles fora de controle, segundo o Centro Canadense Inter-agências de Incêndios Florestais com os piores nas províncias de Manitoba, Saskatchewan e Alberta e, até agora, 2 milhões de hectares foram queimados, com Yang Liu, professor de saúde ambiental da Universidade Emory, em Atlanta, dizendo que "afetará todos em algum nível, em todas as esferas da vida", esclarece que contém partículas tóxicas menores que 1/40 de um fio de cabelo humano que podem entrar nos pulmões e atingir a corrente sanguínea, sendo pior que a qualidade em Williamstown, Massachusetts, perto da divisa de Vermont e Nova York, registrou pontuação "muito insalubre" de 228, conforme o IQAir, que monitora a qualidade do ar global e, uma pontuação abaixo de 50 é considerada boa enquanto qualquer pontuação acima de 100 é considerada insalubre, sendo que Ely, perto da fronteira de Minnesota com Manitoba, registrou leitura "moderada" de 65 e, Minneapolis, classificada como a 3ª pior cidade do mundo em qualidade do ar no pico dos incêndios com leitura de 168.
Moral da Nota: em 2024, a Espanha perdeu mais de 42 mil hectares de floresta para incêndios, 7 vezes a área de Manhattan e uma melhoria em relação aos 89 mil hectares de 2023, ainda inaceitável, além disso, os incêndios tendem se concentrar nas mesmas áreas e, mais de 95% são causados por humanos, muitos deles intencionais. No exterior, em 2024, os EUA registraram 64.897 incêndios que queimaram 3,6 milhões de hectares, 127% acima da média dos últimos 10 anos, o Canadá, queimou como nunca, ou, 17 milhões de hectares em 2023, recorde histórico e, outros 5,3 milhões em 2024, apesar dos reforços mobilizados, a Carolina do Norte, por exemplo, tornou-se barril de pólvora climático em que a emergência climática prolonga estações, seca o combustível vegetal e transforma cada faísca em tempestade de fogo incontrolável e, pior, os mega-incêndios estão se tornando norma nos países com florestas densas, são, na maioria, evitáveis e, nos EUA entre 85% e 97% dos incêndios são causados pela atividade humana.