Abordagens matemática ganham impulso na oncologia fornecendo informações sobre evolução e oportunidades terapêuticas, assim, dados a partir de análises matemáticas apoiam achados histológicos e resultados genomônicos, em que a teoria dos jogos, por exemplo, auxilia compreender interações “sociais” entre células malignas e, com esta perspectiva a comunidade científica compreende eventos que interagem na doença, em realidade, considera o tumor como coletividade regida por regras pré definidas, abrindo assim, possibilidades terapêuticas aos pacientes. Daí, estudo intitulado “Insights sobre heterogeneidade intratumoral”, publicado na Trends in Cancer, com participação do Instituto Biocruces do País Basco, Hospital San Giovanni Bosco de Turim e PUC, Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica, do Brasil, apóia o conceito que seria aconselhável aplicar terapêuticas para manter níveis de heterogeneidade celular em um tumor, buscando retardar a progressão e melhorar sobrevivência. Inserido na teoria dos jogos estudada por Nash, o jogo falcão-pomba é ferramenta matemática desenvolvida para analisar a cooperação e competição em biologia e, quando aplicado a coletividades de células malignas, explica comportamentos tumorais competindo por recurso externo, conforme o professor Ikerbasque Annick Laruelle, especialista em teoria dos jogos do Departamento de Análise Econômica da Universidade do País Basco, “é teoria de decisão onde o resultado não depende da própria decisão, mas da decisão dos outros atores” e, no jogo, células podem agir de modo agressivo como um falcão, ou, passivo como uma pomba, para adquirir recurso.” Utilizou o jogo para analisar interações celulares bilaterais em carcinomas renais de células claras agressivos em 2 cenários, de baixa heterogeneidade tumoral, quando 2 tipos de células competem por um recurso e outro de alta heterogeneidade, quando a competição ocorre entre 3 tipos de células tumorais, ao passo que carcinoma de células renais de células claras tem esse nome porque as células tumorais parecem claras e, para o estudo, tomaram esse tipo de carcinoma como caso representativo por se tratar de paradigma estudado de heterogeneidade intratumoral referindo-se à coexistência de subpopulações celulares em um mesmo tumor. Mostraram assim, como fundamentos da heterogeneidade intratumoral, corroborados do ponto de vista histológico e genomônico, são apoiados pela matemática usando o jogo falcão-pomba considerando que convergência de resultados em disciplinas diversas reforça o papel da investigação médica conferindo à heterogeneidade intratumoral posição central na abordagem de estratégias terapêuticas” conjecturando que “heterogeneidade intratumoral se comporta conforme trilhas semelhantes em outros tumores.” Em resumo, a questão tem consequências práticas no tratamento de tumores malignos, já que a chegada de novas moléculas enriquece oportunidades de tratamento do câncer na oncologia de precisão, contudo, investigadores afirmam que “descobrir nova molécula é encontrar melhor estratégia à utilizar, até agora, a abordagem proposta baseia-se na administração da dose máxima tolerável ao paciente, no entanto, obriga células tumorais desenvolverem resistência transformando o tumor original em neoplasia com baixa heterogeneidade intratumoral composta por células resistentes”, portanto, terapia destinada preservar a elevada heterogeneidade intratumoral pode fazer sentido conforme a abordagem teórica, uma vez que pode retardar crescimento do câncer e obter sobrevida mais longa, perspectiva que ganha interesse na oncologia.
No conceito de transformação, capturar CO2 e transformá-lo em nanofibras de carbono ganha força no combate ao aquecimento global, enquanto o armazenamento de CO2 e conversões de CO2 produzem produtos químicos ou combustíveis à base de carbono cuja utilização liberta CO2 de volta à atmosfera. Sob o título "Fixação de CO2 em nanofibras de carbono usando catálise eletroquímica-termoquímica em tandem", pesquisa publicada na r Nature Catalysis desenvolvida pela equipe da Universidade de Columbia em Nova York e pelo Laboratório Nacional de Brookhaven esclarece o modo de converter CO2 em nanofibras de carbono, classe de materiais com ampla gama de propriedades e usos potenciais a longo prazo, sendo que o método usa reações eletroquímicas e termoquímicas que ocorrem em temperaturas e pressão ambiente relativamente baixas. Permite que o CO2 na atmosfera seja convertido em nanofibras de carbono por reações eletrocatalíticas e termocatalíticas em conjunto para converter CO2 em nanofibras de carbono "fixas", produzindo hidrogênio como um subproduto benéfico, ao passo que nanofibras de carbono seriam usadas para reforçar materiais de construção como cimento e reter carbono no cimento. A abordagem poderia capturar carbono em forma sólida, útil para mitigar aumento líquido de CO2 na atmosfera, ou alcançar diminuição líquida, por exemplo, nanofibras de carbono poderiam ser introduzidas no cimento para reforçá-lo, desta forma, o carbono ficaria retido no concreto por 50 anos ou mais e depois desse tempo, o mundo certamente já utilizaria fontes renováveis que não emitem carbono, sendo que o método produz hidrogênio, H2, combustível alternativo promissor que, quando utilizado, não gera emissões poluentes.
Moral da Nota: no Oceano Ártico, uma classe de produtos químicos nocivos denominados “produtos químicos eternos”, PFAS, em que estudo da Universidade de Rhode Island, nos EUA, intitulado “Perfis derivados de amostradores passivos e fluxos de massa de substâncias alquil perfluoradas, PFASs, através do Estreito de Fram no Atlântico Norte” e publicado na Environmental Science & Technology Letters, da American Chemical Society, revela impossibilidade de reter compostos conhecidos como substâncias per e polifluoroalquil, PFAS, indefinidamente, que vagam mesmo em regiões mais povoadas que o Ártico. O estudo indica que os PFAS são transportados em ciclo de feedback, com o Oceano Ártico potencialmente exportando tantos PFAS quanto recebe ao Oceano Atlântico Norte, de modo que os compostos têm itinerário que os leva ao redor do mundo e, para chegar ao Ártico, alguns PFAS viajam pelo ar e pousam na superfície do oceano enquanto outros entram por oceanos adjacentes. O impacto potencial nos organismos marinhos depende de quais PFAS estão presentes e em que quantidades, considerando que estão em constante mudança à medida que a água flui entre o Ártico e o Atlântico Norte, ao passo que estas massas de água estão ligadas pelo Estreito de Fram, a nordeste da Gronelândia, perto do arquipélago de Svalbard, enquanto a água quente viaja ao norte no lado oriental do estreito e a água fria flui ao sul no lado oeste, proporcionando acesso dinâmico ao transporte PFAS. Os pesquisadores implantaram sistemas de amostragem passivos que capturaram PFAS em membrana microporosa à medida que flui a água com sistemas em 3 locais no Estreito de Fram e em 4 profundidades em cada local e, após um ano, recuperou os sistemas e mediu os PFAS coletados usando cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa, observando que 10 PFAS foram detectados em pelo menos um amostrador passivo e não foi encontrada substância que havia sido detectada na área por equipes de pesquisa anterior, 2 compostos conhecidos, ácido perfluorooctanóico, PFOA, e perfluorooctano sulfonato, PFOS, em fase de eliminação progressiva estavam presentes em níveis mais elevados. PFAS foram encontrados em águas abaixo de 1 km de profundidade sugerindo que poderiam ter chegado lá ao se fixarem em partículas que caíam no fundo do mar, levando ao cálculo de quantidades de PFAS que fluem em cada direção através do Estreito de Fram, mostrando que, em um ano, 123 toneladas viajaram ao Ártico e 110 toneladas ao Atlântico, valores de contaminantes mais altos registrados no Estreito demonstrando quão significativa é a circulação de ida e volta de PFAS no Ártico.