segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O futuro do trabalho

O Fórum Econômico Mundial sediado na Suíça, reúne líderes empresariais, políticos, economistas, celebridades e jornalistas para discutir questões globais. O "futuro do trabalho" era o grande problema antes da pandemia e, segundo o WEF, automação e mudanças tecnológicas associadas ao Covid-19 afetaram drásticamente o mercado de trabalho. Saadia Zahidi, do Fórum Econômico Mundial, WEF, avisa que "O número de horas de trabalho perdidas pelo fechamento de postos de trabalho será equivalente à perda de 345 milhões de empregos". Estatísticas incompreensivelmente grandes vista no The Jobs Reset Summit 2020, evento online de quatro dias sobre o futuro do trabalho e o mercado de trabalho global, mostram ao mesmo tempo adaptação a nova era do teletrabalho. O objetivo declarado do Jobs Reset Summit é tentar “moldar de forma proativa, economias, organizações, sociedades e locais de trabalho mais inclusivos, justos e sustentáveis”. Já artigo na Forbes, cita como ‘empregos do futuro’ com maior demanda no curto prazo, cibersegurança, Inteligência artificial, análise de dados e gerenciamento de projetos, acelerados pelo confinamento decorrente a pandemia. Por sua vez, profissões com menor demanda estarão relacionadas à captura de dados, secretárias administrativas e executivas, escrituração, contabilidade da folha de pagamento, auditores, trabalhadores da informação e atendimento ao cliente.

O CEO da BEDU e membro do Fórum Econômico Mundial, lança nos finais de ano estudo de comportamento da economia do ano em curso determinando o que deve acontecer no curto prazo em matéria trabalhista. Com base no Linkedin, ADP e Future Fit, plataformas que refletem necessidades do ecossistema de trabalho, fala que em 2020 houve avanços na integração da tecnologia no modo de trabalhar com 44% da força de trabalho dando continuidade ao trabalho remoto demonstrando que o híbrido é possível, sendo que a manutenção do 'home ofice' “depende do tipo e cultura da empresa” além de situações que o trabalho presencial é fundamental. Por conta da pandemia as empresas investirão em fatores-chave buscando altos níveis de produtividade e, segundo o autor, a questão é mais humana que tecnológica com altas taxas de investimento em tecnologia e problemas de talento e adaptação. O investimento em talento pode ser buscado externamente, no entanto, formar o existente gera melhor retorno à empresas. No curto prazo, habilidades e aptidões mais procuradas pelos empregadores serão resolução de problemas complexos, habilidades de aprendizado, pensamento analítico e inovação, pensamento crítico, design e programação de tecnologia. Oportunidade aos detentores dessas habilidades e perfil desejável ao setor, embora haver contração na parte transacional de quantas pessoas a empresa precisa para operar.

Moral da Nota: o relatório “Futuro do Emprego” publicado pelo WEF, mostra que robôs e automação eliminarão 85 milhões de empregos nos próximos cinco anos, sendo que 300 empresas entrevistadas e 80% dos executivos disseram que aceleram a implementação de planos à novas tecnologias nos negócios tornando obsoletos vários empregos existentes. No entanto nem tudo são más notícias aos trabalhadores, o relatório afirma que muitos trabalhadores aprenderão novas habilidades para permanecer nos empregos após 2025, prevendo que 100 milhões de novos empregos surgirão em setores como inteligência artificial, economia verde e a tecnologia chamada de “economia do cuidado”. A inclusão da tecnologia pela automação ameaça trabalhadores com perda de emprego e, “em termos líquidos, são criados mais empregos que destruídos” devendo exacerbar desigualdades de modo que há perfis desejados pelas empresas enquanto outros permanecem obsoletos.