sexta-feira, 27 de junho de 2025

Energia Limpa

Em 2024, os EUA produziram 3 vezes mais energia solar, eólica e geotérmica que em 2015, conforme painel interativo lançado pelo Environment America Research & Policy Center e Frontier Group, ferramenta, chamada "O Estado da Energia Renovável 2025", que monitora seu crescimento e de veículos elétricos nos 50 estados norte americanos mostrando que houve progresso. O presidente do Centro de Pesquisa e Políticas da Environment America esclarece que “abastecer os EUA com energia renovável é ideia cuja hora chegou”, considerando que, “os americanos percebem a verdade sobre energia renovável e que a energia do sol e vento não polui, não acaba e, é de graça”, considerando ainda que o painel analisa o progresso em áreas importantes ao futuro da energia limpa, ou, eólica, solar, veículos elétricos, carregamento de veículos elétricos, eficiência energética e armazenamento de baterias. Energia eólica, solar e geotérmica representaram 19% das vendas nacionais de eletricidade no varejo em 2024, acima dos 7% em 2015 com Dakota do Sul assumindo liderança e gerando 92% da sua eletricidade de varejo a partir de energia eólica, solar ou geotérmica, além de Texas, Califórnia, Iowa, Oklahoma e Kansas como estados com maior geração total de energia renovável já que 15 estados obtiveram 30% da sua eletricidade de fontes renováveis ​em 2015 com o Sudeste incluindo Alabama, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia gerando 27 vezes mais energia solar que em 2015, suficiente para abastecer 5,5 milhões de residências, considerando que nos EUA energia solar  abasteceu 28 milhões de casas em 2024, representando 7,7 vezes mais que em 2015, com energia eólica devendo abastecer mais de 42 milhões de casas, aumento de 2,4 vezes comparados a 2015. O armazenamento em baterias apresenta crescimento explosivo já que os EUA tinham 26 gigawatts de capacidade de armazenamento em baterias no final de 2024, ou, 89 vezes mais que em 2015, aumento de 63% em relação a 2023, que ajuda manter luzes acesas em condições extremas tornando renováveis ​​mais confiáveis, retendo energia quando o sol não está brilhando ou o vento não está soprando, em ambiente que veículos elétricos disseminam, sendo que em 2023 havia 3,3 milhões de veículos elétricos nas estradas dos EUA, ou, 25 vezes mais que há uma década, atualmente existem mais de 218 mil pontos de recarga públicos à veículos elétricos ou 6 vezes mais  que em 2015, ou, 24% mais que em 2014. No entanto, há preocupações com desafios futuros decorrente hostilidade do governo federal em relação às renováveis ​​e veículos elétricos, já que na conferência Inter solar 2025, em Munique, o CEO da Associação das Indústrias de Energia Solar destacou incerteza que o mercado americano enfrenta dizendo que "que nunca houve momento de maior incerteza no mercado americano como o atual, por conta de tarifas como uma delas e incerteza nos incentivos fiscais sendo outra, já que em 2023, 3,4 milhões de americanos reivindicaram créditos fiscais à melhorias de energia limpa ou eficiência energética em suas casas economizando mais de US$ 8 bilhões às famílias, ao passo que créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação deverão ser alvo na tentativa de cortar gastos no Congresso e não estando claro quais créditos fiscais estão em risco.

A discrepância entre o que pesquisas mostram sobre a "corrida" ao zero líquido especialmente Europa e a insatisfação evidente com seus efeitos levam eleitores ligar os pontos nas urnas, na realidade, a discrepância é que pesquisadores raramente fazem pergunta complementar, ou, se acreditamos inserir política, no caso, zero líquido, quanto de dinheiro está disposto pagar ou abrir mão para que seja implementado, havendo sinais de alerta que quando o zero líquido começa afetar, os eleitores reagem. Pesquisas mostram apoio público ao zero líquido mas entusiasmo limitado em pagar por ele conforme pesquisa da Ipsos em 20 países publicada em 2023, em que 30% das pessoas, 25% nos EUA, estariam dispostas pagar “mais” de sua renda em impostos “para ajudar prevenir mudanças climáticas” e a conta do zero líquido seria paga não apenas em impostos mais altos mas em custo de vida mais alto, no entanto, 55% dos entrevistados em  pesquisa da YouGov realizada no Reino Unido em 2024 apoiariam políticas para reduzir emissões de carbono “se não resultarem em custos adicionais às pessoas comuns”, na mesma época, metade dos americanos entrevistados pelo AP-NORC Center e pelo Energy Policy Institute da Universidade de Chicago disseram que apoiariam taxa mensal de carbono sobre o uso de energia e, daqueles que eram a favor, um quinto disse que a cobrança não deveria ser maior que um dólar. O partido Reformista de Nigel Farage na Inglaterra teve sucesso nas eleições por conta do descontentamento com políticas de zero líquido, preocupação em país onde o zero líquido sob a direção do secretário de "energia" se busca com abordagem que combina fanatismo, futilidade e desperdício de modo que lembra  plano quinquenal soviético, com Michael Deacon, no Daily Telegraph esclarecendo que muitos analistas estavam convencidos que a oposição de Nigel Farage à neutralidade carbônica lhe custaria votos e um especialista em pesquisas chegou a declarar que poderia ser o calcanhar de Aquiles da Reforma. A empresa de pesquisa chamada Merlin Strategy perguntou aos eleitores sobre o combate às mudanças climáticas, ou, o que era mais importante, ações para atingir o zero líquido, ou, redução do custo de vida e quase 60% escolheram redução do custo de vida, enquanto 13% o zero líquido, algo que defensores do zero líquido têm plena consciência, daí, censurar "desinformação" climática nas redes sociais e esforços que fazem para tirar decisões sobre políticas climáticas do eleitorado e entregá-la aos tribunais, organizações transnacionais, reguladores, autoridades delegadas ou ESG/stakeholders.

Moral da Nota: a NOAA, Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, além de demissões de funcionários e cortes no financiamento pelo governo federal deixa de monitorar custo dos desastres climáticos decorrente a crise climática incluindo ondas de calor, inundações e incêndios florestais. As atualizações não serão mais feitas em seu banco de dados de desastres climáticos e meteorológicos de bilhões de dólares pelos NCEI, Centros Nacionais de Informações Ambientais, e que as informações que remontam 45 anos seriam arquivadas, com o The Washington Post dizendo que o "governo acha que se pararem de trabalhar na identificação de mudanças climáticas, elas desaparecerão", segundo o representante democrata de Illinois Eric Sorensen, meteorologista de radiodifusão. A NOAA disse que não houve desastres de bilhões de dólares até 8 de abril de 2025, no entanto, cientistas do NCEI, que mantêm o banco de dados sugerem que 6 a 8 já ocorreram em 2025, dentre eles, incêndios florestais que dizimaram partes de Los Angeles no início do ano e destruíram US$ 150 bilhões em propriedades e infraestrutura, ou, o desastre mais caro da história dos EUA, além de tempestades incluindo tornados e inundações que causaram danos em 2025, ao passo que o tipo mais caro de desastre climático são as tempestades que trazem ventos fortes e granizo respondendo ​​por 75% do recordes de US$ 28 bilhões nos EUA em 2023. O porta-voz da NOAA afirmou que a decisão de parar de atualizar o banco de dados de desastres de bilhões de dólares foi devido "prioridades em evolução, mandatos estatutários e mudanças de pessoal", já que para estimar perdas de desastres individuais, o banco de dados usa informações da FEMA, Agência Federal de Gestão de Emergências, agências estaduais e organizações de seguros, entre outras fontes.