A ciência descentralizada, DeSci, é liderada por projetos no setor saúde, com o gerente de conscientização da VitaDAO, coletivo descentralizado que trabalha para prolongar a vida humana, esclarecendo que isso ocorre, em parte, porque tempo e custo de medicamentos inseridos no mercado “encorajam levar a ciência e descoberta de medicamentos ao mercado pelas próprias mãos", justificando que há “sensação crescente” que pesquisa e desenvolvimento biomédicos "falham nos pacientes”, considerando melhoria da tecnologia, tempo e custo de introdução de medicamentos no mercado estão “aumentando exponencialmente” e a classe médica conhece o fenômeno como “Lei de Eroom”, inversão da Lei de Moore, segundo a qual o número de transistores em circuito integrado dobra a cada 2 anos, ao passo que a Lei de Eroom observa efeito oposto, ou, custo da descoberta de medicamentos duplica a cada 9 anos. Daí, considerar que a organização de pesquisa Onchain Foundation examinou 60 projetos científicos descentralizados e descobriu que 61% estavam na saúde, apontando benefícios potenciais do DeSci que trará “medicamentos mais baratos e rápidos”, porque o DeSci é mais eficiente em termos de capital”, com o cofundador da blockchain e ferramenta de diagnóstico IA BitDoctorai, acreditando que a medicina descentralizada tem potencial de melhorar sistemas existentes, ao imaginar que, “ao compartilhar informações sobre desempenho dos ensaios clínicos e usar tais informações como ferramenta colaborativa, a pesquisa clínica pode ser mais eficiente, ao mesmo tempo que mantém privada a propriedade intelectual comercial sensível”, concluindo que, vê aplicações à blockchain na fase de testes clínicos, defendendo que dados dos ensaios clínicos sejam lá registrados, tornando-os imutáveis e com registro data e hora. Destaca 3 áreas onde modelos descentralizados tem impacto positivo, ou, cadeias de abastecimento, recrutamento à ensaios e consentimento, esclarecendo que cuidados de saúde se “prestam a modelos descentralizados devido à importância dos dados precisos e oportunos”, justificando que "estamos vendo impacto positivo na experiência do paciente, em primeiro lugar, pacientes com necessidades médicas insatisfeitas encontram facilmente e acompanhados por ensaios clínicos, partilham registros de saúde eletrônicos”, concluindo que, "por outro lado, empresas farmacêuticas acedem informação para garantir que pacientes certos sejam incluídos nos ensaios clínicos", observando que, o tempo é essencial, pois “inelegibilidade e abandono dos pacientes são causas dos atrasos nos ensaios clínicos”. Por fim, vale dizer que em 2023, o valor da indústria farmacêutica foi de US$ 1,6 bilhão no mundo, aumento de US$ 100 milhões em relação ao ano anterior, citando que a pandemia permitiu gerenciamento de dados, compartilhamento melhorou significativamente “tanto clínica quanto epidemiologicamente”, levando a questões sobre a razão pela qual o modelo não pode ser aplicado de modo mais amplo na totalidade de áreas de doenças, dizendo que, “estamos à beira de onda de colaboração de dados, desencadeada pela pandemia se estendendo as áreas de necessidades médicas não atendidas”, concluindo que, "empresas farmacêuticas e sociedade percebem que colaboração de dados não tem que partilhar segredos da investigação, mas aprendizagem e inteligência no benefício de todos. No futuro, limites entre medicina descentralizada e centralizada devem confundir-se à medida que o setor da saúde adote modelo que melhor se adapta a cada circunstância, que “será perfeitamente integrado”, como a Internet hoje, “ninguém questiona ou interage em termos de financiamento, pois a indústria científica tradicional utilizará o DeSci para reduzir riscos nas fases iniciais e levar a investigação a fase de investimento”, por exemplo, a VitaDAO, arrecadou US$ 4,1 milhões da Pfizer Ventures em janeiro de 2023 considerando que “preferem investir capital num DAO e obter acesso a projetos de investigação que gastar na criação de unidade de investigação interna, campo da ciência ainda em território desconhecido e em grande parte não testado” sendo que “será integrado, carteiras, dados e todas as coisas serão totalmente abstraídas como a Internet hoje, ninguém questiona ou precisa interagir com HTTP.”
Ainda no campo disruptivo, surge conceito de ecolinguística, visão ao futuro da aprendizagem, com artigo publicado em Frontiers of Digital Education defendendo abordagem transformadora ao aprendizado de línguas ao introduzir nova estrutura de ecolinguística enfatizando interação dinâmica entre linguagem, tecnologia e engajamento corporificado em trabalho intitulado "The New Ecolinguistics, Learning as Languageuaging with Digital Technologies". A perspectiva afasta-se dos modelos tradicionais que concentram aquisição de estruturas linguísticas e, em vez disso, enfatiza ações e conhecimentos especializados através de interações com linguagem e ambiente ao redor e, no cerne da estrutura está o conceito de "linguagem" abrangendo formas multifacetadas em que humanos se envolvem, incluindo falar, ouvir, ler, escrever e demais modos de comunicação, sendo que a linguagem não é processo estático confinado à mente, mas atividade dinâmica e incorporada que molda cognição, identidade e agência, envolvendo construção de significado, interpretação, resposta ao mundo e participação em interações sociais. Os autores se basearam em teorias de cognição distribuída e cognição incorporada visando suportar essa perspectiva, teorias que enfatizam interconexão da linguagem, tecnologia, ambiente físico e social em que o aprendizado de línguas não é processo mental isolado, emergindo via interações com outros e contexto em que a tecnologia desempenha papel na extensão das capacidades humanas, no aprimoramento das habilidades de observação e facilitação do desenvolvimento de expertise. O artigo propõe modelo de aprendizagem de línguas integrando aprendizagem estatística, ação hábil e observação de sistemas cognitivos distribuídos, reconhecendo interação entre processos macro e micro, enfatizando importância de experiências de aprendizagem situadas e o papel do contexto na formação da aquisição da linguagem, defende design ricos em tecnologia que promovam ação linguística qualificada e fomentem engajamento com a linguagem, ambientes, que devem ir além da exposição à entrada linguística, em vez disso, fornecer oportunidades a alunos participarem de atividades comunicativas, colaborarem com outros e explorarem acessibilidade da tecnologia. A estrutura ecolinguística implica à educação de idiomas, reavaliação de abordagens tradicionais e desenvolvimento de métodos que alavancam tecnologia para criar experiências de aprendizagem autênticas e envolventes enfatizando importância de observar e refletir uso da própria língua e processo de aprendizagem, fomentando senso de agência e propriedade na jornada de aprendizagem.
Moral da Nota: conferência sobre IA examina impactos em assistência médica, pesquisa e educação, inseridos em medos e benefícios do uso em pesquisa, educação e assistência clínica, centro das atenções na conferência inaugural Innovations in Artificial Intelligence na University of Arkansas for Medical Sciences, UAMS. Mais de 200 professores, funcionários e funcionários da UAMS compareceram transmitido ao vivo à público virtual de 80 pessoas, com a reitora associada de pesquisa na University of Texas School of Health Professions, enfatizando na apresentação, “Inteligência artificial em assistência médica, prática e pesquisa”, que IA “não é assustadora”, “são modelos matemáticos e lógicos complexos conectados”, acrescentando, “a mágica surge” quando é usada em combinação com fontes de dados". O presidente e professor do Departamento de Fisioterapia e Serviços de Reabilitação da Divisão Médica da UT em Galveston, explicou que IA se originou em 1951 com Marvin Minksy, cientista da computação que morreu em 2016, cofundador do laboratório IA do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e construtor da 1ª máquina de aprendizado de rede neural com fiação aleatória, explicando que, "alguém naquela época disse, bem, temos esses pedaços de silício que ligamos e desligamos podendo ser combinados para fazer circuitos básicos de engenharia elétrica, se pegarmos milhares deles e os colocarmos em paralelo, não é inteligência humana, é inteligência artificial". Nos esclarece que o Chat GPT está em uso há 2 anos, mas muitos não percebem que a fonte dos dados era “na World Wide Web desde 2007, com o próximo maior componente de links da web com três ou mais uploads”, alertando que “tudo que colocamos no Chat GPT é canalizado de volta ao modelo” e, é por isso que, é cuidadosa com modelos que usa para pesquisa, enfatizando que utiliza o “Consensus para pesquisa,” referindo-se a mecanismo de busca acadêmica alimentado por IA, quer dizer, “se perguntar, me dará referências para que possa verificar fontes de onde está vindo.” Enfatizou que há diferença entre dados e IA, “Dados são coisas aleatórias, não necessariamente coisas que agregam valor,” e “quando começamos unir dados é quando obtemos informações, então quando pegamos as informações e as agregamos é quando obtemos conhecimento, as coisas começam se encaixar e começamos ver padrões, sabedoria é interpretação, quando adiciono meus preconceitos, minha interpretação clínica, ao que é conhecimento”, e concluiu, “não estamos procurando fazer nada além de aumentar o que podemos fazer.” A subsecretária assistente de saúde na Veterans Health Administration e o gerente de programa científico no National Center for Advancing Translational Sciences no National Institutes of Health em debate, concluíram que, “IA é definitivamente o futuro da assistência médica” e “planejamos outra conferência em 2025.”