Pesquisas mostram que estilo de vida saudável reduz chances de desenvolver demência, mesmo para pessoas cujos genes as colocam em maior risco considerando que mais de 55 milhões vivem com demência, uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo além de, iniciativa do Wef, Davos Alzheimer's Collaborative, investindo US$ 700 milhões em 6 anos no desenvolvimento de medicamentos e diagnósticos de saúde para combater a doença. Descobriram que os genes as colocam em risco de demência podendo reduzir chances de desenvolvê-la se seguirem hábitos de vida saudável, com a OMS esclarecendo que a demência é a 7ª principal causa de morte entre doenças no mundo respondendo por milhões de idosos em incapacidade e dependência, cuja proporção aumenta nos países com a Alzheimer's Disease International esperando que os casos de demência aumentem para 139 milhões até 2050. Estudo da Academia Americana de Neurologia investigou se o risco genético poderia reduzir chances de desenvolver a doença ao acompanhar 12 mil pessoas por 30 anos pontuando conforme seguiam o Life's Simple 7 da American Heart Association, AHA, lista de hábitos de estilo de vida ligados à boa saúde cardiovascular que adicionou um 8º hábito, o sono, e a lista agora é chamada de Life's Essential 8. Os hábitos são, controle da pressão arterial na faixa saudável reduzindo pressão sobre coração, artérias e rins, controle do colesterol, redução da glicose no sangue, atividade aumentando duração e qualidade de vida, dieta saudável como prevenção de doenças cardiovasculares, perda de peso reduzindo carga sobre coração, pulmões, vasos sanguíneos e esqueleto, não fumar prevenindo doenças cardíacas. Os participantes do estudo de demência foram solicitados se pontuarem em escala de 0 a 14, dependendo dos 7 hábitos saudáveis, enquanto pesquisadores calcularam risco genético, com base se tinham variantes ligadas a chance maior ou menor de ter Alzheimer, uma das principais causas de demência, sendo que os participantes tinham idade média de 54 anos quando a pesquisa começou, cerca de 9 mil tinham ascendência europeia e 3 mil ascendência africana. No final do estudo, 1.603 pessoas com ascendência europeia e 631 pessoas com ascendência africana desenvolveram demência enquanto aqueles com maiores pontuações para seguir estilo de vida saudável eram menos propensos a demência, incluindo participantes que tinham variantes genéticas ligadas ao Alzheimer, no entanto, há ainda estudo mais recente identificando que tratar problemas de visão e colesterol pode diminuir risco de desenvolver demência.
A taxa de mortalidade por doença de Alzheimer nos EUA de 2000 a 2021 por 100 mil habitantes coloca a demência entre as 10 principais causas de morte e, naqueles com ascendência europeia, os participantes com maiores pontuações à vida saudável tiveram até 43% menos probabilidade de ter demência que aqueles com pontuações mais baixas, enquanto aqueles com ascendência africana, seguir hábitos saudáveis foi associado a risco 17% menor de desenvolver a condição, embora autores do estudo falem que o menor número de pessoas com herança africana participando significa que as descobertas são menos certas para este grupo, necessitando mais pesquisas. A pesquisadora, Rosa Sancho, da Alzheimer's Research UK, esclarece que, “o risco de demência depende de muitos fatores, alguns, como idade e constituição genética, enquanto outros, como dieta e exercícios, que podemos mudar, com o estudo apoiando o conceito que o que é bom para o coração também o é ao cérebro .” Adotar hábitos saudáveis, tratar visão e colesterol alto pode reduzir o número de pessoas com demência, não apenas os indivíduos que se beneficiarão já que a OMS diz que a demência também tem altos custos sociais e econômicos globais em que 'Cuidadores Informais' incluindo familiares e amigos passam uma média de 5 horas por dia cuidando dos doentes e a conta financeira global deve chegar a US$ 2 trilhões até 2030, com organizações ao redor do mundo trabalhando para acelerar avanços na prevenção e tratamento da doença com a Davos Alzheimer's Collaborative liderada pelo Fórum Econômico Mundial e pela Global CEO Initiative on Alzheimer's Disease investindo na pesquisa e diagnóstico.
Moral da Nota: critérios revisados ao diagnóstico e estadiamento da doença de Alzheimer, DA, do Alzheimer's Association Workgroup em que DA era o diagnóstico que permanecia depois do descarte de outras causas de demência com exames de sangue e imagens e, de acordo com artigo recente, DA será descartada usando biomarcadores no sangue quando pacientes vierem preocupados com comprometimento cognitivo leve, CCL, ou demência leve. Dois anticorpos monoclonais aprovados pela FDA retardam a progressão do comprometimento cognitivo em indivíduos com DCL ou demência leve por DA, e outros medicamentos em desenvolvimento à DA nas três fases, pré-clínica, sem sintomas, DCL, indivíduo com comprometimento cognitivo que não interfere nas atividades diárias e demência com comprometimento cognitivo que interfere nas atividades diárias. O princípio-chave estabelece que DA é definida pela biologia como alterações neuropatológicas no cérebro como deposição de proteína amiloide e tau, antes, descobertas que só podiam ser vistas na autópsia e, atualmente, biomarcadores para diagnóstico preciso estão disponíveis através de testes de fluido cerebrospinal que requer punção lombar ou tomografia por emissão de pósitrons, PET scan, sendo que esses testes podem ser invasivos e caros exigindo encaminhamento a especialista, agora, teremos biomarcadores no sangue que permitirão diagnosticar DA com alto grau de precisão incluindo o Beta-amiloide 42, Beta-amiloide híbrido 42/40 e a Proteína tau fosforilada, p-tau. Artigo recente no JAMA mostrou que biomarcadores no sangue, usando a proporção de 2 proteínas tau e 2 proteínas amiloides foram precisos na identificação da DA em mais de 90% das vezes com valores preditivos positivos e negativos excedendo 90%. A importância dos testes em sangue para resultados depende do contexto clínico no qual o teste é solicitado, testes não recomendados para uso em indivíduos assintomáticos.