sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ásia Pacífico

Pesquisa econômica da ONU sobre ação das mudanças climáticas na Ásia-Pacífico 2025, indica que a região do Cáucaso do Sul sofre impactos moderados das mudanças climáticas comparada a outros países da região, embora apresente perdas anuais estimadas abaixo da média devido fatores climáticos, o estudo identifica fraquezas na capacidade institucional e desenvolvimento financeiro para enfrentar desafios futuros. O relatório recomenda aumentar resiliência climática pela melhor gestão das finanças públicas, redes de segurança social e medidas de estímulo fiscal verde, enfatizando necessidade de abordagens políticas para lidar com impactos das mudanças climáticas e, em comparação com nações do restante da região, o impacto é moderado em relação ao aquecimento global no desenvolvimento econômico, intitulado Estudo Econômico e Social da Ásia e Pacífico 2025, Compreendendo Implicações Macroeconômicas das Mudanças Climáticas, ilumina “nexo macroeconômico e de mudanças climáticas” que moldará o desenvolvimento econômico nas próximas décadas. Destaca que “compreender o nexo em evolução entre macroeconomia e mudanças climáticas necessário para que  formuladores de políticas macroeconômicas alcancem objetivos e metas tradicionais, ao mesmo tempo que apoiam ação climática nacional”, observando ainda que, “à medida que vivenciamos mais desastres climáticos intensificando ação climática, haverá implicações nas sociedades, economias e resultados macroeconômicos”, comparativamente bem posicionados para enfrentar desafios futuros, segundo o relatório, estão Armênia, Azerbaijão e Geórgia, por exemplo, a perda média anual estimada em termos de porcentagem do PIB causada por "fatores climáticos" é de 4,8% nos 30 países abrangidos no relatório da ONU, no entanto, perdas estimadas aos estados do Cáucaso Meridional estão abaixo da média com o Azerbaijão apresentando menor taxa, 3%, já, as perdas estimadas no valor da produção agrícola dos estados do Cáucaso do Sul devido mudanças climáticas estão abaixo da média da Ásia-Pacífico.  O estudo afirma que o aquecimento global e respostas políticas em setores como agricultura, energia e comércio agravarão a pressão inflacionária na região da Ásia-Pacífico, prevendo aumento médio de 1 ponto-base no índice de preços ao consumidor na região decorrente mudanças climáticas até meados do século projetando-se que Armênia, Azerbaijão e Geórgia apresentarão aumentos relacionados ao aquecimento abaixo da taxa média. O estudo da ONU não atribui notas altas à região em termos de capacidade institucional para enfrentar os desafios climáticos e recomenda identificar modos de "aumentar resiliência", incluindo melhorar sistemas de gestão das finanças públicas, aumentar redes de segurança do bem-estar social, expandir base tributária e sistemas de arrecadação de impostos mais eficientes, desenvolver medidas de estímulo fiscal verde e promover nível mais alto de ação conjunta para enfrentar desafios.

Considerada a maior economia do mundo quando se utiliza a métrica PIBPPC, Produto Interno Bruto por Paridade de Poder de Compra, a China se insere em critério que não se baseia apenas na conversão direta do valor da produção econômica ao dólar, como ocorre no PIB nominal, leva em conta o quanto é possível comprar com a moeda local no próprio país, quer dizer, a paridade de poder de compra corrige distorções causadas pelas diferentes taxas de câmbio e custos de vida oferecendo medida mais realista do poder de consumo das populações. A razão à liderança chinesa nesse ranking está no volume de bens e serviços produzidos internamente, aliado a custo de vida relativamente baixo, significando que, mesmo que a renda média dos chineses esteja abaixo de países desenvolvidos o dinheiro no país tem maior poder de compra, assim, o que é produzido e consumido lá representa mais valor econômico quando medido sob essa perspectiva. Possui base populacional gigante, 1,4 bilhão de pessoas, economia diversificada, sendo que a força da indústria, capacidade exportadora e crescimento do mercado interno contribuem à volume de produção que, ajustado pela paridade de poder de compra, supera os EUA, enquanto o PIB nominal coloca os norte americanos  como maior economia, o PIB por PPC mostra que, na prática, a economia chinesa tem maior capacidade produtiva interna. Tal métrica é utilizada por instituições como o FMI e Banco Mundial para realizar comparações entre países com níveis diferentes de desenvolvimento, ao passo que o PIB PPC permite entender melhor o padrão de vida da população e a verdadeira dimensão econômica de países emergentes como a China, por isso, mesmo que a renda per capita seja um desafio, o desempenho econômico chinês medido pela paridade de poder de compra revela posição dominante no cenário global. 

Moral da Nota: alerta da ONU sobre crise de terras agrícolas na Ásia Central em estados que estão enfrentando a degradação do solo, com milhões de acres de terras aráveis ​​perdidos anualmente, crise, causada pelas mudanças climáticas, práticas agrícolas insustentáveis ​​e irrigação ineficiente, já que países ricos não cumpriram compromissos de financiamento na COP29 deixando estados da Ásia Central com dificuldades em lidar com a questão. Terras agrícolas na Ásia Central e Cáucaso estão se degradando a ritmo alarmante, sendo que globalmente, 40% das terras agrícolas são vulneráveis ​​à degradação, conforme o ministro da Agricultura do Azerbaijão, acrescentando que, 12 milhões de acres de terras aráveis ​​no mundo estão se tornando improdutivos a cada ano, questão, particularmente grave no Tajiquistão onde um terço das terras agrícolas está em "condição crítica" e, segundo relatório publicado pela agência de notícias Asia-Plus, desafios como desmatamento, salinização do solo e pastoreio excessivo ameaçam outros países especialmente Quirguistão e Cazaquistão afirmando que 39% da área terrestre da Ásia Central está sofrendo com a seca e, ao apresentar plano para introduzir tecnologias de conservação de água e monitoramento do solo no Uzbequistão, o ministro da Ecologia do país demonstrou senso de urgência. Países em desenvolvimento afirmam que ações climáticas demandarão mais de US$ 1 trilhão/ano em financiamento dos países ricos, no entanto, pós negociações prolongadas, os países ricos concordaram em destinar US$ 300 bilhões anuais à lidar com questões relacionadas ao aquecimento global incluindo degradação do solo, valor que representa aumento aos US$ 100 bilhões que as nações ricas haviam prometido antes para ajudar países em desenvolvimento se adaptarem às condições de aquecimento global. Relatório publicado pela Convenção das Nações Unidas no Combate à Desertificação em 2022 identificou fatores antropogênicos que contribuem à perda de terras agrícolas e pastagens na Ásia Central, incluindo dependência ao cultivo de algodão e práticas de irrigação ineficientes, considerando efeitos da degradação do solo agravando desafios sociais, atuando como "gatilho" à migração do campo às cidades, resultando em aumento da poluição do ar, alertando que um ciclo vicioso de danos sociais se consolida alimentando o declínio dos padrões de vida na Ásia Central. Por fim, o relatório de Riscos de Desastres Interligados de 2025, publicado pelo Instituto do Ambiente e da Segurança Humana da Universidade da ONU, foca diagnóstico de problemas no mapeamento de soluções, inserido na Teoria da Mudança Profunda, ToDC, aborda problemas que o mundo experiencia e investiga causas, identificando estruturas e pressupostos na sociedade que permitem que problemas persistam, por exemplo, quando um rio fica obstruído com resíduos plásticos que causam inundações, as pessoas podem criticar o sistema de gestão de resíduos e pedir mais reciclagem, no entanto, a Teoria da Mudança Profunda vai mais fundo identificando estruturas que permitem que o desperdício se acumule como artigos de utilização única ou sistemas de produção em massa e aprofunda suposições que levam à criação destes sistemas e incentivam sua manutenção, como acreditar que "novo é melhor" ou que a produção e o consumo de materiais são sinal de progresso, daí, propõe 5 mudanças profundas, repensar o desperdício, do lixo ao tesouro, realinhar-se com a natureza, da separação à harmonia, reconsiderar responsabilidade, do eu ao nós, reimaginar o futuro, de segundos a séculos e redefinir o valor, da riqueza econômica à saúde planetária.