Remonta à década de 1980 o conceito de moeda digital quando métodos criptográficos foram propostos à transações online seguras, no entanto, em 2009 que a moeda digital mais proeminente, o Bitcoin, introduzida por Satoshi Nakamoto abriu caminho à outras criptomoedas como Ethereum, Ripple e Litecoin, cada uma oferecendo recursos e capacidades próprios, podendo ser categorizadas em 3 tipos, ou, criptomoedas, moedas digitais do banco central, CBDCs, e moedas virtuais, sendo que criptomoedas como Bitcoin e Ethereum são descentralizadas e operam na blockchain ao passo que CBDCs são versões digitais de moedas fiduciárias tradicionais emitidas e regulamentadas por bancos centrais e as moedas virtuais, por outro lado, são usadas em comunidades virtuais específicas como plataformas de jogos. O Bitcoin, primeira e mais conhecida moeda digital, é referida como ouro digital decorrente fornecimento limitado e natureza descentralizada, enquanto Ethereum, com recursos de contrato inteligente, permitiu desenvolvimento de DApps, aplicativos descentralizados, enquanto que outras moedas digitais incluem Ripple, Polygon, Polkadot, Chainlink, Cardano, Solana e etc, valendo dizer que, a compra de moeda digital oferece vantagens como oportunidade de investimento e possíveis ganhos financeiros, pois o valor de algumas moedas digitais aumentou ao longo do tempo e, em segundo lugar, moedas digitais oferecem transações rápidas e seguras reduzindo necessidade de intermediários e taxas associadas, além disso, proporcionam inclusão financeira à população desbancarizada em países em desenvolvimento e, por fim, moedas digitais oferecem transparência e rastreabilidade aumentando confiança nas transações financeiras. A tecnologia blockchain tem potencial de revolucionar vários setores incluindo o financeiro, sendo improvável que substitua totalmente os bancos mas pode agilizar e aprimorar processos bancários existentes, melhorando segurança, transparência e eficiência, no entanto, os bancos desempenham papel importante no fornecimento de serviços financeiros como empréstimos, criação de crédito e conformidade regulatória, em vez disso, é mais provável que vejamos relação simbiótica entre blockchain e sistemas bancários tradicionais já que a história da moeda digital mostra evolução e impacto transformador no cenário financeiro com vários tipos de moedas digitais disponíveis e crescente adoção, ficando claro que a moeda digital veio para ficar, embora blockchain tenha potencial de remodelar o setor bancário, as instituições financeiras tradicionais permanecem em um mundo impulsionado pela moeda digital.
O movimento de capital entre mutuários e credores é elemento na promoção de economia dinâmica em que Indivíduos com ativos excedentes têm oportunidade de emprestá-los, permitindo que o capital ocioso gere retornos, ao mesmo tempo, os que precisam fundos para expandir negócios ou cobrir despesas podem acessar o capital necessário em que mercados monetários servem como plataformas onde tomadores de empréstimo e credores convergem, sendo que esses mercados desempenham papel na condução das atividades econômicas ao longo da história, embora a estrutura dos mercados monetários tenha evoluído ao longo do tempo o objetivo de conectar tomadores de empréstimos e credores permanece. Credores contribuem com ativos criptográficos à pool compartilhado e, em troca, recebem ganhos de juros gerados pelos mutuários e, para representar sua parte nos ativos fornecidos, recebem tokens que podem ser resgatados quando desejado para recuperar fundos, sendo que os tokens contribuídos ao pool de empréstimos servem como recursos que mutuários utilizam para garantir fundos emprestados, sendo obrigados fornecer garantias na forma de criptoativos e, ao pagar o empréstimo, recuperam acesso à garantias, no entanto, se não cumprir a obrigação de reembolso e o valor da garantia depreciar, poderá enfrentar o risco de liquidação e, normalmente, outro usuário intervem e liquida parte do empréstimo em troca de tokens com desconto e, os mutuários garantem que suas posições de empréstimo mantenham valor de garantia maior que o valor emprestado para evitar a liquidação. O empréstimo em DeFi requer excesso de garantia significando que os mutuários podem emprestar apenas fração do valor da garantia e consequentemente, se o valor cair em relação ao do empréstimo, existe o risco de perda dos ativos depositados, por exemplo, depositar ETH como garantia e emprestar DAI expõe a posição à liquidação se houver uma queda substancial no preço do ETH e, cada protocolo tem seu próprio índice máximo de empréstimo para valor, LTV, exceder esse limite pode resultar na perda de ativos depositados. Riscos de contratos inteligente, como qualquer protocolo DeFi os mercados monetários carregam riscos de contratos inteligentes sendo crucial realizar pesquisa completa, DYOR, Do Your Own Research, antes de participar e revisar relatórios de auditoria do protocolo do mercado monetário e considerar aderir a projetos que tenham comunidade estabelecida e histórico sólido. Por fim, o desequilíbrio de utilização em que pools de empréstimos em DeFi podem sofrer super ou subutilização com base no equilíbrio entre demanda e oferta de fundos para empréstimos e se um pool de empréstimos for super utilizado, significa que os mutuários quase esgotaram os fundos fornecidos pelos credores e novos usuários podem enfrentar dificuldades à tomar empréstimos ou resgatar, por outro lado, pools de empréstimos subutilizados resultam em rendimento reduzido aos credores pois há excesso de fundos no pool mas demanda limitada de empréstimos.
Moral da Nota: a Aave, protocolo de empréstimo, estabeleceu seu domínio no espaço DeFi comum com valor total bloqueado, TVL, superior a US$ 5 bilhões, tornando-o o 3º maior aplicativo DeFi em termos de TVL e, este mercado financeiro DeFi líder, está acessível em redes como Ethereum, Optimism e Polygon, oferecendo ampla gama de opções e tendo sido lançado o Aave V3 apresentando melhorias incluindo taxas de gás reduzidas, implementação de modos isolados para aumentar segurança e evitar manipulações de oráculos de preços, introdução de limites de oferta e empréstimo e a inclusão de modo de eficiência entre os recursos introduzidos. A Compound Finance como a Aave, é player nos mercados DeFi com valor total bloqueado, TVL, de US$ 1,8 bilhão e, atualmente, está implantada em 3 redes diferentes, ou, Arbitrum, Ethereum e Polygon, tendo sido lançado em 2018 seguido pelo lançamento da 2ª versão em 2019 e, em 2022, após proposta de governança, o Compound apresentou a 3ª versão conhecida como 'Comet' permitindo a Compound fazer a transição de um modelo de risco agrupado em que qualquer ativo poderia ser emprestado e, ao contrário do Aave e outros mercados financeiros populares, a 3ª versão do Compound restringe empréstimos ao USDC permitindo que ativos como ETH, WBTC ou LINK sejam usados como garantia, sendo que o mecanismo de liquidação foi redesenhado para priorizar segurança e melhorar facilidade de empréstimo alinhando-se com os objetivos do protocolo. Os protocolos de empréstimo DeFi representam o futuro dos mercados monetários permitindo acesso contínuo a serviços de empréstimos e empréstimos à todos, sem limitações, sendo que o cenário de empréstimos DeFi continuará testemunhar inovações contínuas e, à medida que esses protocolos ganham mais resiliência com a experiência estão preparados à adoção mais ampla nos próximos tempos.