quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Protocolo de consenso

É real que o blockchain revoluciona serviços de saúde, energia e controle de dados pessoais, emergindo daí, a falta de confidencialidade e limitações na execução. A utilidade limitada possui duas razões principais por conta de concepção e imparcialidade. O consenso se dá através de regras da rede forçando a execução de cada contrato inteligente em cada um dos nós. Quer dizer, no universo de 100 mil nós a capacidade da rede é a mesma como se tivesse apenas um, restringindo o desempenho. Outro fato considerado consiste em contratos inteligentes não poderem garantir confidencialidade, pois foram idealizados para isso mesmo ou, garantir a transparência. 
Por isso surge a Startup Oasis Labs desenvolvedora da tecnologia de contrato inteligente que "preserva a privacidade," diferente da concepção inicial do Ethereum. Através da abordagem de isolar o protocolo de consenso separando-o da execução de contratos inteligentes, se obterá confidencialidade e melhor desempenho. A metodologia se dá através de contratos executados dentro de um hardware isolado chamado enclave seguro, atuando como caixa preta e mantendo privacidade em relação ao restante dos aplicativos, do sistema operacional e propietário.   
Moral da história: a separação da execução do contrato inteligente do protocolo consenso, permite escalonamento independente das diferentes camadas. Importante lembrar que a confidencialidade aqui pensada, se relaciona a dados de saúde visando treinamento de modelos de aprendizagem de máquina em big data. Ari Juels Professor de Ciência da Computação na Cornell Tech University e co-autor da pesquisa, defende tal abordagem como maneira mais prática em obter aplicações de contratos inteligentes mais úteis e "atingir todo o seu potencial."