quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Ghana

O relatório anual dos Distritos de Gary e Tempane em Ghana, informa que entre novembro de 2013 e abril de 2014 grande parte da população local migrou em busca de trabalho. 53% das mulheres migraram para o sul do país em busca de trabalhos domésticos. Com uma área de 1.230 km² e 123 mil hectares com grandes áreas atingidas pela desertificação devido ao desmatamento e extração indiscriminada de madeira. Daí, redução dos ciclos de água, evaporação, condensação e precipitação pluviométrica provocando a improdutividade da terra. O Ghana Poverty Map, por sua vez, avisa que 54,5% ou 70.087 pessoas vivem na pobreza, em comunidades agrícolas completando renda fabricando carvão para venda nos centros regionais. 
Neste ambiente, surge a World Vision International (WVI) lançando o programa Regeneração Natural Gerenciada por Agricultores (FMNR), utilizando uma técnica de recuperação do solo de baixo custo. A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, informa que Ghana adotou a neutralidade da degradação da terra (NDT), com contribuições determinadas nacionalmente (CDN) visando os compromissos para conter até 2030 as alterações climáticas. Comprometeu reflorestar 20 mil hectares degradados por ano identificando áreas com maior dano, criando uma base de referência aumentando a cobertura vegetal. 
Moral da nota: comunidades compostas básicamente por agricultores escolheram solos degradados para viver, óbviamente não foram jogados a própria sorte, solicitadas a não destruir arbustos e sim protegê-los. Foram treinados em poda periódica de hastes frágeis visando fortalecimento e recomendadas a deixar os animais pastar para fortalecer a fertilização. 
Em tempo: por conta da forte onda de calor na Europa e consequente danos agrícolas, a discussão ainda está à nível do imediato repartindo o prejuízo, ficando as questões mais centrais para outra onda de calor extremo.