Na China os caminhões a diesel estão sendo substituídos por caminhões elétricos, o que pode alterar demanda global por GNL e diesel, com empresa britânica prevendo que caminhões elétricos representarão 46% das novas vendas em 2025 de veículos pesados. Quer dizer, pesquisa desenvolvida revela que embora caminhões elétricos tenham custo inicial mais alto, sua melhor eficiência energética e despesas mais baixas geram economia de 10% a 26% aos proprietários ao longo da vida útil do veículo, sendo que o consumo de diesel chinês, segundo maior consumidor depois dos EUA, começa a cair. A China substitui seus caminhões a diesel por modelos elétricos mais rápido que esperado, medida, considerada adequada ao clima, à poluição do ar e que pode remodelar demanda global de combustível e o futuro do transporte pesado, ao considerar que em 2020 quase todos os caminhões novos chineses eram movidos a diesel e 5 anos depois, no 1º semestre de 2025, caminhões elétricos representavam 22% das vendas de caminhões pesados novos, representando, segundo a Commercial Vehicle World, empresa de dados do setor de caminhões sediada em Pequim, aumento em relação aos 9,2% registrados no mesmo período de 2024. A BMI, empresa britânica de pesquisa, prevê que caminhões elétricos atingirão quase 46% das vendas dos novos em 2025 e 60% em 2026, enfatizando-os como força crucial das economias modernas, contribuindo às emissões globais de CO2 e, em 2019, o transporte rodoviário de cargas gerou um terço das emissões de carbono relacionadas ao transporte, considerado o setor mais difícil de descarbonizar uma vez que os caminhões elétricos precisam de baterias pesadas e podem transportar menos carga que os movidos a diesel, combustível de alta densidade energética. Christopher Doleman, analista do Instituto de Economia Energética e Análise Financeira, avisa que defensores do gás natural liquefeito o consideram opção menos poluente enquanto a tecnologia à veículos pesados elétricos não se consolida, sendo o GNL gás natural resfriado até tornar-se líquido para facilitar armazenamento e transporte, considerando ainda que, demanda por combustíveis para transporte se estabiliza, dados, da Agência Internacional de Energia, enquanto o uso de diesel na China diminui rapidamente, concliuindo que, caminhões elétricos chineses já superam em vendas modelos movidos a GNL, Gás Natural Liquefeito,sendo que a demanda por combustíveis fósseis pode cair enquanto "em outros países, essa tendência pode nunca decolar".
Relatório McKinsey & Company, entre 2021 e 2023, avalia que as exportações chinesas de caminhões pesados, incluindo elétricos, ao Oriente Médio e Norte da África cresceram 73%/ano, enquanto remessas à América Latina aumentaram 46%, a participação dos veículos elétricos deve crescer embora a infraestrutura de recarga seja limitada representando desafio. A chinesa Sany Heavy Industry anunciou que começa exportar caminhões elétricos à Europa em 2026, já exportou alguns aos EUA, Tailândia, Índia e Emirados Árabes Unidos entre outros, em junho de 2025, a chinesa de veículos elétricos BYD iniciou construção de fábrica de caminhões e ônibus elétricos na Hungria, focada na meta europeia de reduzir emissões de carbono de novos caminhões em 90% até 2040 comparados com níveis de 2019. Vale a nota que estudo da McKinsey previsto para 2024, indica que preços dos caminhões com emissão zero na Europa precisam ser reduzidos pela metade para tornarem alternativas acessíveis ao diesel, com a Volvo informando que, acolhe com satisfação "a concorrência em termos justos". Existe um detalhe forte em relação ao fóssil, o lobby a favor da poluição, aquecimento global, eventos extremos, etc, daí, vendas iniciais motrizes chinesas serem empurradas por generosos incentivos governamentais, como programa de 2024 à proprietários de caminhões trocarem seus veículos antigos em que proprietários podem receber até US$ 19 mil para substituir caminhões antigos por modelos elétricos. Outra questão são investimentos em infraestrutura de recarga também impulsionados pela demanda por caminhões elétricos, com os principais centros logísticos incluindo os do Delta do Yangtzé, adicionando estações de carregamento ao longo das rotas de transporte de carga, com Pequim e Xangai construindo centros de carregamento à veículos pesados ao longo de rodovias capazes de carregarem caminhões em minutos. Por fim, a CATL, maior fabricante mundial de baterias à veículos elétricos, lançou sistema de troca de baterias à caminhões pesados que economiza tempo afirmando que planeja uma rede nacional de estações de troca cobrindo 150 mil km dos 184 mil km de rodovias da China.
Moral da Nota: previsão da Shell ao mercado GNL em 2025 projeta que a demanda pela China, maior importador mundial de GNL, continua crescer, em parte, devido caminhões movidos a GNL e, sugere que o transporte GNL por caminhão deverá se expandir à outros mercados como Índia, com a empresa de pesquisa Rhodium Group sediada em Nova York, estimando que caminhões elétricos chineses estão reduzindo demanda de petróleo a mais de 1 milhão de barris/dia. A China planeja novos padrões de emissão à veículos que limitarão múltiplos poluentes e estabelecerão metas médias de gases efeito estufa à toda frota de um fabricante, o que tornará "quase impossível" à empresas que dependem de veículos movidos a combustíveis fósseis cumprirem as normas. Estudo do ICCT de 2020 avalia que caminhões movidos a GNL reduzem emissões em 2% a 9% ao longo de 100 anos, podendo ser mais poluentes a curto prazo devido vazamentos de metano, potente gás que contribui ao aquecimento global e pode reter mais de 80 vezes o calor na atmosfera em curto prazo que o CO2. Um detalhe, segundo Bill Russo, fundador e CEO da consultoria Automobility Limited, sediada em Xangai, avalia que montadoras chinesas conseguiram manter custos baixos e acelerar fabricação de caminhões, garantindo que diferentes peças funcionem juntas, com produção interna da maioria dos componentes, de baterias e motores a componentes eletrônicos.