A absorção humana de MPs, partículas microplásticas, causa preocupações na saúde com pressão crescente para avaliar riscos associados, embora MPs possam ser ingeridos ou inalados o canal de entrada direto e disponível é a corrente sanguínea, cuja infusão intravenosa procede de frascos plásticos de polipropileno, PP, e filtragem aplicada para limitar contaminação por partículas. Estudo examina o conteúdo de filtrados MPs usando combinação de espectroscopia Raman de superfície aprimorada e microscopia eletrônica de varredura, descobriu que o número de partículas de PP é significativo, 7500 partículas/L, com tamanhos variando de 1 a 62 μm, com media de 8,5 μm, ao passo que 90% das partículas variaram entre 1 e 20 μm em tamanho, com 60% na faixa de 1 a 10 μm. Destaca órgãos à deposição potencial e possíveis efeitos clínicos cujos dados quantitativos são importantes para avaliar riscos de toxicidade associados aos MPs e equilibrar riscos versus benefícios do uso de injeções intravenosas.
O uso plástico quadruplicou nos últimos 30 anos com produção de 380 milhões de toneladas métricas/ano e microplásticos são fragmentos de plástico com 5 mm ou menos de diâmetro e criados à produtos desse tamanho ou resultado da degradação no ambiente encontrados em todos os lugares, da profundidades do oceano a montanhas, ar e água. Metais pesados e contaminantes podem aderir ao microplástico que bioacumulam nos tecidos animais que os ingerem enquanto água engarrafada, frutos do mar, poeira, frutas e vegetais contém microplásticos e os humanos ingerem 50 mil/120 mil fragmentos plásticos anualmente sendo encontrados no sangue humano, pulmões, rins e placenta onde podem causar efeitos adversos à saúde. Desde a década de 1950 mais de 8,3 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas, no total, 9% foram reciclados e o restante incinerado ou jogado em aterros sanitários e, em muitos casos, no ambiente natural, especialmente cursos d'água e oceanos, com os oceanos a caminho de conter mais plástico que peixes em 2050. Nenhum organismo quebra ligações químicas no plástico e quando o lixo plástico acaba no ambiente, não se degrada como papel, matéria orgânica, tecido ou alumínio, que podem se decompor eventualmente e, na presença de sol, calor, água e forças mecânicas de ondas, ventos e marés, os plásticos se quebram em pedaços cada vez menores ou microplásticos sendo encontrados em quase todos os lugares, feitos de polietileno, material da maioria dos sacos e garrafas de plástico, poliestireno, nylon ou PVC. Microplásticos primários já tinham menos de 5 mm de tamanho antes de entrarem em ambientes naturais, pelotas de resina criadas para serem derretidas e fabricar produtos plásticos maiores, microesferas ou fibras têxteis de tecidos sintéticos que apareceram pela primeira vez em produtos de cuidados pessoais há 50 anos e, de acordo com o United National Environment Programme, microfibras parecem com fios de cabelo encontradas em tecidos como roupas, toalhas e pontas de cigarro e, na lavanderia, se desprendem dos tecidos até 700 mil por carga e contaminam águas residuais. Microplásticos Secundários vêm de plásticos maiores, garrafas plásticas de água, canudos plásticos, sacolas plásticas, saquinhos de chá, redes de pesca, pneus de carro, etc. que se degradam respondendo por dois terços dos microplásticos e criados à medida que grandes produtos plásticos se degradam em ambientes naturais como o oceano ao longo do tempo, ou, causados pelo escoamento sobre a terra que carrega fragmentos de aterros sanitários, tintas de estrada, pneus, etc, no entanto, microplásticos podem se quebrar em partículas ainda menores, chamadas nanoplásticos cujo tamanho varia de 1 nanômetro, bilionésimo de metro, a 1 micrômetro, milionésimo de metro, cujos efeitos estão sendo pesquisados.
Moral da Nota: estudo publicado em Environment & Health informa que bolsas de infusão médica podem liberar microplásticos na corrente sanguínea e uma bolsa de infusão médica de 250 mililitros pode liberar no sangue 7.500 partículas de microplásticos com tamanho de 1 a 62 micrômetros de comprimento. Pesquisas anteriores a década de 1970 descobriram que essas bolsas de infusão podem conter partículas sólidas que levou pesquisadores investigar se poderiam ser microplásticos, considerando que são feitas de polipropileno, PP, polietileno, PE, cloreto de polivinila, PVC, elastômeros termoplásticos, TPE, ou etileno vinil acetato, EVA, sendo que o PP é um dos materiais mais comuns porque veda bem, suporta impactos e resiste corrosão química e ao transparente. Os pesquisadores testaram marcas de bolsas de infusão comerciais feitas de PP contendo soluções salinas intravenosas e, após coletar o líquido, filtrou e condensou as amostras para contar e analisar partículas plásticas detectadas em um microscópio, estimando quantidade de microplásticos à cada bolsa de infusão médica inteira e, com base na análise, a equipe determinou que uma bolsa poderia liberar 7.500 partículas de microplásticos na corrente sanguínea em uma infusão.