Dados do NASA GRACE-FO demonstram que os continentes sofreram perdas sem precedentes de AAT, armazenamento de água terrestre, desde 2002, indicador crítico da disponibilidade de água doce, com áreas de seca aumentando 2 vezes o tamanho da Califórnia anualmente, criando regiões de "mega-secagem" no Hemisfério Norte embora a maioria das áreas secas/úmidas do mundo continue ficar mais secas/úmidas, as áreas secas estão secando mais rápido que as áreas úmidas estão se hidratando. As mudanças no AAT são causadas por perdas de água em altas latitudes, secas intensas na América Central/Europa e esgotamento das águas subterrâneas, respondendo por 68% da perda de AAT em regiões continentais não glaciais, com a "secagem continental" tendo profundos impactos globais e, desde 2002, 75% da população vive em 101 países perdendo água doce, além disso, os continentes contribuem com mais água doce à elevação do nível do mar que as camadas de gelo enquanto regiões secas contribuem mais que as geleiras e calotas polares. Daí, observar que pesquisa demonstra que a Índia é o 7º país mais vulnerável às mudanças climáticas destacando enfrentamento de extremos climáticos severos, com 93% dos dias de 2024 marcados por eventos climáticos significativos como ondas de calor, ciclones e inundações tratando-se do mais afetado pelas emissões históricas de gases efeito de estufa, condições que, ameaçam a produtividade agrícola enquanto agências ambientais declararam 2024 o ano mais quente já registrado com países enfrentando eventos climáticos extremos. O Estudo Econômico apresentado no Parlamento indiano destaca suscetibilidade a eventos climáticos extremos, fenômenos de início lento como elevação do nível do mar, perda de biodiversidade e crescente insegurança hídrica, desafios, que afetam de modo desproporcional países em desenvolvimento que sofrem impacto das emissões históricas de gases efeito estufa e não têm recursos para adaptação adequada. Avalia que "o país enfrenta desafios na implantação de energia renovável, devido à falta de tecnologia de armazenamento e acesso a minerais, dada a vulnerabilidade às mudanças climáticas, estratégia de adaptação forte é essencial", apontando que 93% dos dias de 2024 foram marcados por eventos climáticos como ondas de calor, ciclones e inundações, que ameaçam produtividade agrícola, levam à inflação dos alimentos e agitação social com estimativas sugerindo que mudanças climáticas podem reduzir o PIB indiano em 3% a 10% ao ano. O Estudo Econômico destaca que o governo indiano aumentou os gastos com adaptação de 3,7% à 5,6% do PIB entre os anos fiscais de 2016 e 2022, aumento que reflete reconhecimento da necessidade de estratégias robustas de resiliência climática, com especialistas alertando que a meta financeira anual de US$ 300 bilhões definida à adaptação climática até 2035 é insuficiente comparada à necessidade estimada de US$ 5,1 a 6,8 trilhões até 2030. Os compromissos indianos com o crescimento de baixo carbono às emissões líquidas zero até 2070, segundo o estudo, exigem estratégias inovadoras e investimentos em infraestrutura, com destaque ao impacto desproporcional das mudanças climáticas sobre as mulheres em áreas rurais onde os meios de subsistência estão ameaçados, além do foco em grupos de autoajuda, GAAs, para criar meios de subsistência às mulheres em setores como agricultura e microempresas.
Neste contexto, emergem preocupações na mudança dos padrões de chuva considerando que a Cúpula do Calor indiano 2025 debate a questão do aumento das temperaturas e soluções compartilhadas, aconselhando o governo sobre medidas de longo prazo para lidar com seu impacto, já que, várias regiões registraram na última década aumento de precipitação de até 30%, de modo não uniforme ao longo da temporada, resultado direto das mudanças climáticas. O estresse térmico emerge como maior preocupação inserido na perspectiva de calor extremo determinando mudanças rápidas e generalizadas nas temperaturas dos oceanos, combinadas ao aumento constante da retenção de calor na atmosfera, daí o debate da questão do aumento das temperaturas e soluções compartilhada deliberando em questões relacionadas às chuvas fora de época e às chuvas fortes e frequentes nas regiões ocidentais indianas, incluindo chuvas em Mumbai quebrando recorde de 100 anos, preocupando ambientalistas incidentes frequentes de chuvas de alta intensidade em curto período. Estudos mostram que regiões como Rajastão, Gujarat, Maharashtra central e Karnataka registraram aumento de 30% nas chuvas na última década comparado com a média dos últimos 30 anos, aumento que não se distribui de modo uniforme ao longo da estação, em vez disso, é marcado por chuvas curtas e intensas como observadas em Mumbai resultado do comportamento cada vez mais irregular das monções. Ambientalistas concordam que os padrões climáticos extremos resultam das mudanças climáticas apontando à lacunas na governança, com a Climate Trends, observando que o aquecimento oceânico carrega mais umidade resultando em chuvas intensas e irregulares, enfatizam que as cidades estão mal preparadas à tais eventos carecendo infraestrutura resiliente para transporte, saúde pública e emergências, avaliando que o início precoce das chuvas é sinal de alerta, daí, necessidade de integração dos dados meteorológicos ao planejamento urbano para proteger populações vulneráveis. O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão científico climático da ONU, informa que a Índia está projetada para ser uma das regiões mais vulneráveis a ondas de calor crescentes, estresse por calor úmido e demais eventos climáticos extremos em um mundo 1,5°C mais quente cujas ameaças podem trazer consequências irreversíveis com mais de 90% da força de trabalho informal no país mais densamente povoado do mundo enfrentando maior exposição aos perigos físicos e riscos econômicos do crescente estresse térmico. O país tem registrado temperaturas recordes ano pós ano, com o início do verão chegando já em fevereiro ou março enquanto as ondas de calor tornaram mais frequentes, prolongadas e intensas com temperaturas chegando aos 50°C nos últimos anos levando a aumento de doenças especialmente em grupos vulneráveis como idosos, crianças e trabalhadores ao ar livre, com o detalhe que, o país abrange 5 zonas climáticas distintas, tropical, árida, semiárida, temperada e alpina, todas, passando por graves perturbações devido ao aumento das temperaturas. No norte, o derretimento acelerado das geleiras e a formação de lagos glaciais com riscos de inundações, incêndios florestais e a escassez de água pressionam ecossistemas montanhosos, nas regiões áridas e semiáridas padrões de chuva irregulares alterando ciclos agrícolas com inversão de zonas climáticas tradicionais com áreas propensas a inundações enfrentando secas e vice-versa, no litoral testemunham aumento da ciclogênese, ou, formação ou intensificação de ciclone, área de baixa pressão atmosférica, levando a tempestades mais fortes e frequentes, intrusão de água salgada, ondas de calor úmidas afetando pesca e riscos de aumento do nível do mar. Por fim, o impacto econômico e social das condições extremas levam o Banco da Reserva da Índia estimar que o calor e a umidade extremas podem levar a perda de 4,5% no PIB até 2030 devido redução da produtividade do trabalho, mudanças nos padrões das monções e aumento das temperaturas podendo reduzir mais o PIB em 2,8% até 2030 diminuindo padrão de vida da metade da população até 2050, quer dizer, perdas anuais do PIB de 3% a 10% até 2100, com especialistas projetando aumento de 9 a 10% na demanda de energia em 2025, em parte, por aumento nas vendas de aparelhos de ar condicionado.
Moral da Nota: debate indiano sobre padrões de emissões defende ajuste nas normas de SO₂, justificado por estudos do IIT e NEERI, com o governo central defendendo controversa medida para flexibilizar normas de emissão de dióxido de enxofre, SO₂, à usinas termelétricas, afirmando que as regras revisadas foram em análises científicas detalhadas, criticou reportagens da mídia que chamaram a medida de "diluição regulatória", afirmando que, "interpretaram mal" a intenção e a lógica da política em resposta às críticas pós notificação do Ministério do Meio Ambiente que estendeu prazos de emissão além de isentar usinas a carvão classificadas como Categoria C da instalação de unidades de dessulfurização de gases de combustão, FGD, O comunicado do governo indiano diz que "relatos da mídia deturpam evidências científicas e a lógica da política ambiental subjacente à notificação revisada", enfatizando que a decisão decorre pós consultas com interessados e instituições de pesquisa, incluindo o IIT Delhi, Instituto Nacional de Estudos Avançados, NIAS, o Instituto Nacional de Pesquisa em Engenharia Ambiental, NEERI, e o Conselho Central de Controle da Poluição, CPCB, informando que "ao contrário das alegações de diluição regulatória, a decisão do ministério representa recalibração racional baseada em evidências, ancorada em dados atuais de qualidade do ar ambiente, tendências de emissões setoriais e imperativos de sustentabilidade mais amplos". Rebateu sugestões que Padrões Nacionais de Qualidade do Ar Ambiente, NAAQS, da Índia para SO₂ revisados pela última vez em 2009 estão desatualizados, chamando as alegações de "cientificamente infundadas", afirmando que qualquer revisão dos limites de SO₂ deve se basear nas contribuições aos níveis PM2,5 e impactos associados à saúde, em vez de "afirmações retóricas", com o ministério citando estudo do IIT Delhi mostrando que o sulfato formado a partir de SO₂ contribuiu com 0,96% a 5,21% de PM2,5 e 0,57% a 3,67% de PM10, em cidades próximas a usinas termelétricas. O ministério alega que a alegação que compostos de enxofre contribuem com 12 a 30% à PM2,5 eram "infundadas" e sem respaldo por nenhum estudo indiano rigoroso afirmando que os "níveis atuais de exposição não fornecem evidências confiáveis para sugerir que o SO₂, nas condições ambientais prevalentes, seja um grande problema de saúde pública", valendo considerar que a notificação revisada mantém o prazo de conformidade de dezembro de 2027 à usinas Categoria A, localizadas em raio de 10 km da Região da Capital Nacional ou cidades com população superior a 1 milhão, enquanto as Categoria B, próximas a áreas criticamente poluídas ou cidades que não cumprem os requisitos, o ministério mudou de um prazo fixo de 2025 à abordagem de avaliação caso a caso. No entanto, a mudança mais abrangente se aplica à Categoria C compondo a maior parte da frota térmica da Índia, unidades isentas da instalação de unidades FGD desde que cumpram normas de altura de chaminé prescritas até 31 de dezembro de 2029 cujo prazo anterior era dezembro de 2026, daí, de 600 unidades termelétricas na Índia, 462 estão na Categoria C e 72 na Categoria B, segundo o ministério. Para concluir, a Índia anunciou padrões de emissão de SO₂ à usinas termelétricas a carvão em dezembro de 2015, exigindo instalação de FGD em até 2 anos, quase uma década e 4 prorrogações depois 92% das usinas não estão em conformidade, com ambientalistas expressando preocupação que a reversão agrava a crise de poluição atmosférica na Índia com médicos há muito tempo associando exposição ao SO₂ e formação secundária de PM2,5 a doenças respiratórias e cardiovasculares, no entanto, o governo indiano insistiu que seus padrões revisados encontrasse equilíbrio entre objetivos ambientais e realidades do setor energético com o ministério afirmando que "não se trata de diluição, mas, de recalibração estratégica em evidências científicas e setoriais em evolução".