quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Marco jurídico

Os EAU, Emirados Árabes Unidos, lançam estrutura regulatória à DAOs, organizações autônomas descentralizadas, permitindo operações legais, propriedade de ativos e interações bancárias na zona franca do Digital Assets Oasis, região de RAK, Ras Al-Khaimah, com estrutura regulatória abrangente adaptada, cujo recém-introduzido DARe, DAO Association Regime, fornece infraestrutura legal para operar na zona franca RAK Digital Assets Oasis da região. A estrutura permite que DAOs interajam com entidades off-chain, como abrir contas bancárias e possuir ativos on-chain e off-chain, garantindo ambiente seguro e compatível com operações descentralizadas sendo que um dos aspectos significativos do Regime de Associação DAO é o fornecimento de estrutura legal estruturada, questão crítica à DAOs que operam em ecossistemas descentralizados, no conceito que DAOs, governados por contratos inteligentes em vez de estruturas hierárquicas tradicionais, que enfrentam desafios ao interagir com sistemas financeiros do mundo real decorrentes ausência de reconhecimento legal, limitando capacidade de envolvimento com instituições bancárias tradicionais ou manter ativos fora da blockchain. O lançamento do DARe permite a RAK Digital Assets Oasis abordar essas limitações, em que DAOs operam com privilégios legais e financeiros similares as organizações tradicionais, além de oferecer capacidade de abrir contas bancárias, a nova estrutura regulatória permite organizações blockchain possuírem ativos on-chain e off-chain, desenvolvimento significativo que remove barreiras que restringiram as DAOs de participar de ecossistemas financeiros mais amplos, além de introduzir 2 modelos adaptados à estágios do desenvolvimento. DAOs emergentes com menos de 100 membros se beneficiarão de processo simplificado, contrastando a DAOs com tesourarias excedendo US$ 1 milhão e governados por regras projetadas para lidar com complexidades de organizações maiores, estrutura de abordagem dupla visando fornecer flexibilidade e escalabilidade, permitindo que prosperem em ambiente regulamentado. A iniciativa atrai organizações blockchain criando ambiente onde colaboram com instituições financeiras tradicionais e empresas, com a zona franca RAK Digital Assets Oasis oferecendo ambiente à desenvolver ativos digitais blockchain e integrá-los ao sistema financeiro mais amplo, daí, a introdução DAO Association Regime é sinal que os EAU criam ecossistema onde projetos digitais descentralizados prosperem em ambiente regulamentado e seguro. Em suma, o Ras Al Khaimah Digital Assets Oasis, RAK DAO, é zona econômica livre nos EAU focada em ativos digitais, introduzindo quadro jurídico à organizações autônomas descentralizadas, DAOs, observando que a estrutura abordará requisitos legais e de governança incluindo estrutura legal.

Dados da DefiLlama avaliam que a Lightning Network vale mais de US$ 346 milhões em valor bloqueado, terceiro maior protocolo construído na rede Bitcoin, com relatório avisando que o Valor da Lightning Network é diretamente correlacionado ao preço do BTC, com o CEO da Amboss Technologies avisando que “a Lightning Network está otimizada à micropagamentos e, à medida que o preço do bitcoin aumenta, a infraestrutura de pagamentos acompanha o preço”. Argumenta que o pico de fluxo que mede a capacidade máxima de transação da rede é a métrica chave para avaliar o valor da Lightning Network significando que sobe com a valorização do preço do bitcoin, esclarecendo que “a Lightning otimizada à micropagamentos com a valorização bitcoin a infraestrutura de pagamentos aumenta acompanhando o preço, quer dizer, “pagamentos em dólares começam funcionar como micropagamentos de alto rendimento comparados a canais Lightning cada vez mais valiosos”. Fluxos de pico tornar-se-ão fundamentais para medir valor crescente da Lightning Network já que métricas tradicionais como contagens de nós e canais são medidas incompletas à camada de escalabilidade Bitcoin, dito pelo relatório de pesquisa compartilhado pela Boths Technologies, empresa que constrói Lightning Infraestrutura de rede, sendo que o fluxo máximo auxilia avaliar confiabilidade do pagamento da rede, mostrando como a probabilidade de sucesso de uma transação muda com diferentes tamanhos de pagamento porque a contagem de nós não mede com precisão a eficiência com que pagamentos Bitcoin fluem na Lightning, o que torna o L2 valiosa. O relatório avalia que a probabilidade de sucesso de uma transação, pico de fluxo que avalia distribuição de liquidez e identifica gargalos, em última análise, melhora o desempenho geral da rede, “por exemplo, se um canal tiver 0,1 BTC e o bitcoin tiver preço de US$ 50 mil, o canal pode encaminhar pagamento de US$ 5 mil, se o preço do bitcoin dobrar à US$ 100 mil esse mesmo canal pode movimentar US$ 10 mil sem alteração na infraestrutura subjacente, quer dizer, a capacidade crescente da Lightning Network poderia atrair mais fluxos institucionais on-chain. Instituições podem começar a migrar à Lightning Network, graças à crescente capacidade de pipeline da rede, ilustrada pela métrica de pico de fluxo, já que, “à medida que a capacidade do canal cresce e a liquidez é melhor distribuída pela rede, veremos mais fluxos institucionais alavancando a Lightning Network”, considerando que o crescente pico de fluxo da Lightning Network reduziria custos e facilitaria transações às instituições, concluindo que, “o aumento da capacidade do canal significa que as instituições podem encaminhar pagamentos maiores com taxas mais baixas sem exigir transações frequentes em cadeia, o que “reduz custos e atritos, levando potencialmente a aumento da atividade institucional fora da cadeia à medida que as instituições usam o Lightning para fins de liquidação.”

Moral da Nota: crença difundida no ocidente diz que estudantes chineses são educados por aprendizado mecânico e passivo, sistema educacional que produz trabalhadores dóceis, sem inovação ou criatividade, na verdade, o sistema educacional chinês produz estudantes altamente bem-sucedidos e força de trabalho qualificada e criativa. O CEO da Apple, Tim Cook, destacou a concentração única de mão de obra qualificada que atraiu operações de fabricação à China considerando que "nos EUA, poderia ter uma reunião de engenheiros de ferramentas sem a certeza se conseguiríamos encher a sala, na China, poderia encher vários campos de futebol", com o CEO da Tesla, Elon Musk, respondendo rapidamente no X: "Verdade" e, quando o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa visitou a sede da fabricante de veículos elétricos BYD em Shenzhen no início de 2024, ficou surpreso ao saber que a empresa planejava dobrar a força-tarefa de engenharia de 100 mil funcionários na próxima década, inseridas no fato que universidades chinesas produzem mais de dez milhões de graduados anualmente, base à supereconomia. Alunos chineses alcançam níveis de sucesso comparados aos colegas ocidentais, ou, de ascendência não confucionista, e desde que Xangai participou pela 1ª vez da avaliação educacional do PISA em 2009, jovens de 15 anos na China lideraram a tabela 3 em cada 4 vezes em leitura, matemática e ciências, quer dizer, como um sistema supostamente passivo e rotineiro superar equivalentes enquanto acadêmicos australianos estudam o "paradoxo do aprendiz chinês" desde a década de 1990, com pesquisa australiana mostrando que percepções comuns sobre estudantes chineses e outros asiáticos estão erradas, por exemplo, repetição e aprendizagem significativa não são mutuamente exclusivas, conforme o ditado chinês, "o significado se revela quando você lê algo muitas vezes". Ênfase na educação é característica da cultura chinesa e desde que Confúncio tornou-se doutrina sancionada pelo estado na Dinastia Han, 202 a.C.–220 d.C, a educação entrou na sociedade chinesa tornando verdadeiro a institucionalização do sistema Keju de exames ao serviço público na Dinastia Sui, 581 d.C.–618 d.C, hoje, o exame de admissão à universidade de Gaokao é equivalente moderno de Keju com milhões de concluintes da escola fazendo exame anualmente durante 3 dias, todo mês de julho, a sociedade chinesa em grande parte paralisa para o Gaokao. Há 2 princípios centrais ao sucesso educacional chinês, em nível do aluno quanto do sistema com 2 expressões idiomáticas chinesas para ilustrá-los, a primeira "progresso ordenado e gradual", princípio que enfatiza aprendizado paciente, passo a passo e sequenciado, sustentado na coragem e gratificação tardia, enquanto a 2ª ou "acumulação espessa antes da produção fina" enfatizando importância das 2 coisas, quer dizer, base abrangente através da acumulação de conhecimentos e competências básicas, com assimilação, integração e criatividade produtiva depois dessa base firme. O progresso ordenado e gradual é modo como a caligrafia é aprendida, do fácil ao difícil, do simples ao complexo, da imitação à escrita livre, da técnica à arte e, desde 2013, é aula semanal obrigatória nas escolas primárias e médias da China, sendo que a arte da escrita chinesa incorpora paciência, diligência, respiração, concentração e apreciação da beleza natural do ritmo ensinando valores chineses de harmonia e estética. A ênfase no progresso gradual e constante no acúmulo de conhecimento e habilidades básicas parece processo lento, monótono e pouco inspirador, fonte da origem dos mitos sobre aprendizado do chinês, na realidade, se resume em argumento simples, sem massa crítica de conhecimento e habilidades básicas, há pouco para assimilar e integrar na criatividade produtiva.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Neutros em Carbono

Na COP29 quatro países lançaram aliança que poucos no mundo podem aderir, ou, dos países neutros em emissões de carbono, ou, com balanço negativo, aí, se inserem, Butão, Suriname, Panamá e Madagascar, batizada G-Zero, pedindo status oficial na ONU e recursos à se manter na condição G-zero, com Madagascar correndo risco de perder a condição de sumidouro de carbono, ou seja, mais absorve que emite CO2 e gases equivalentes na atmosfera. O maiores emissores, quer dizer, maiores potencias da terra, negociam Novo Objetivo Coletivo Quantificado, maior desafio da COP atual, inseridos em apelo de países menores com pouca influência diplomática, econômica e demográfica chamando atenção, e quando se trata de clima, os últimos da lista podem ser os melhores exemplos, considerando que as Conferências do Clima servem para que vozes inaudíveis, sejam ouvidas, em par de igualdade com as habituadas dominar o debate. A neutralidade de carbono ilustra  a questão, no propósito de inverter a curva das emissões de gases efeito estufa emitidos por atividades humanas e estabilizar o clima na Terra, dura missão envolvendo proteção e desenvolvimento de sumidouros naturais de carbono, como solos, florestas, manguezais, corais e oceanos que absorvem mais que emitem, valendo a ideia que, muitos países almejam tal equilíbrio até 2050 e, aqueles que o fazem hoje, em 2024, alegam que merecem reconhecimento, considerando que Butão, Panamá, Suriname e Madagascar absorvem mais CO2 que emitem, em Baku, lançaram o clube G-Zero, cuja presidência  rotativa e o secretariado permanente é sediado no Butão, com objetivo de ser oficialmente reconhecido como Estados-Parte da Convenção do Clima da ONU, atualmente, não existe designação da ONU à países neutros ou negativos em emissões de carbono, com este status terão voz diplomática com maior influência e legitimidade para receber remuneração pelos serviços prestados ao planeta. Dados oficiais indicam que 760 mil butaneses e suas atividades emitiram 3,8 milhões de toneladas de CO2 em 2015,  que as florestas sequestraram 9,4 milhões de toneladas dos gases poluentes, com o reino do Himalaia se autodenominando negativo em carbono desde 2009, sendo que 4 outras nações poderiam reivindicar a mesma situação, ou, Gabão, Comores, Guiana e ilha de Niue, valendo considerar o ministro do Meio Ambiente madagascarense, ao dizer que, “tínhamos que unir forças à influenciar o debate e alertar parceiros da importância em manter o status nos 4 países, porque se seguirmos a atual trajetória de crescimento demográfico e de industrialização, corremos risco de perdê-lo”, concluindo que, “há países com natureza incrível, mas que se tornaram emissores”. O objetivo da neutralidade de carbono, mais fácil de obter quando a população é menor que 5 milhões de habitantes, caso do Panamá, e o território coberto por florestas, caso do Suriname, 90% da área, ou, o Panamá, 68% em 2021, aumento de 3% em 10 anos, além disso, tratam-se de florestas primárias mais eficientes na captura de carbono,considerando ainda que desde 2008, a Constituição do Butão por exemplo, exige pelo menos 60% de cobertura florestal no país em detrimento do desenvolvimento da agricultura nacional, que em 2016, afirmou que a identidade butanesa é preservar o meio ambiente. O desenvolvimento sustentável é contínuo na política do Butão há mais de meio século, favorecido por tradição cultural e espiritual no respeito e cuidado da natureza, onde surgiu o índice de crescimento não econômico, o FIB, Felicidade Interna Bruta, declarado pelo rei Jigme Sinye Wangchuck em 1972, ano da publicação do relatório Meadows sobre  limites do planeta Terra por cientistas do MIT, sendo que ecologia é pilar da FIB, única no mundo e constitucional no país e, para financiar o modelo, o reino cobra imposto sobre o turismo sustentável e, graças aos glaciares, o estado asiático tornou-se gigante em energia hidroelétrica exportada aos vizinhos Índia e Bangladesh lhe permitindo renda a longo prazo. Nada é garantido e as mudanças climáticas no futuro podem fazer a sorte virar, considerando que o Butão está exposto, pela 1ª vez, ao derretimento das massas glaciais do Himalaia ameaçando transbordar lagos de grande altitude, sofrendo com o aumento das temperaturas, as mais elevadas já vistas por lá, suscitando receios quanto ao ressurgimento de doenças e pragas, já que o padrão das monções pode tornar-se menos previsível e perturbar a agricultura.

No 1º dia da COP29 a presidência do evento anunciou que os países participantes chegaram a acordo para definir regras de funcionamento, sob supervisão da ONU, de mercado de créditos de carbono, com observadores da sociedade civil e governos mais vulneráveis temendo que disperse a discussão sobre financiamento climático que os países desenvolvidos devem entregar às nações em desenvolvimento, envolvendo países ou empresas de emissões de CO₂ previstas no artigo 6 do Acordo de Paris sobre Clima, sendo que o objetivo é estimular ações que reduzam emissões de gases efeito estufa ou capturem CO2 e equivalentes da atmosfera, como reflorestamento, no entanto, discordam até aqui sobre o mecanismo, de modo garantir  eficiência, transparência e credibilidade, e assim, tornar-se  ferramenta confiável para limitar o aquecimento do planeta. Espera que contribua para cortar custos de implementação dos planos climáticos pelos países, de US$ 250 bilhões/ano, que pode chegar a US$ 1 trilhão/ano até 2050, caso seja eficaz, com a presidente do Comitê Supervisor do Artigo 6.4, celebrando o avanço pós quase 10 anos de negociações, considerando que um dos receios de países vulneráveis, comoTuvalu e ONGs  que acompanham as negociações é que os valores negociados na forma de créditos de carbono acabem por entrar na conta do financiamento climático cujos países deveriam chegar a acordo sobre qual valor destinado pelas nações desenvolvidas às em desenvolvimento a partir de 2026, com cifras mais baixas avaliando US$ 1,5 trilhão/ano. Transações de créditos de CO₂ são operacionais no setor privado, mas não são contabilizadas nas metas de redução de emissões de um país e, países cuja economia depende da exploração dos combustíveis fósseis, como os do Golfo, estão entre interessados na formalização do mercado de carbono, neste exemplo, financiariam plantação de árvores em país florestal cuja captura natural de CO₂ compensa parte das emissões geradas pela indústria petroleira, nesta ideia, Baku busca assegurar que não haverá dupla contagem de créditos no balanço nacional de emissões, tanto pelo país que deixou de emitir, quanto pelo que comprou os créditos.

Moral da Nota: crescimento econômico gera desafios de ordem ambiental e, para abordar o tema, modelo chamado GSFCM foi desenvolvido para analisar interação entre fatores econômicos, sociais e ambientais no delta do Yangtze e, entre 2015 e 2020, notou aumento no status socioeconômico e ambiental das 41 cidades da região com desigualdades, cidades como Hangzhou, Xangai e Zhoushan notaram alta coordenação de acoplamento, ou, união do eixo-motriz e o eixo acionado, enquanto Bozhou, Suzhou e Fuyang mostraram menores índices, considerando que, fatores socioeconômicos foram identificados como os mais influentes contribuindo com 82% no aprimoramento da coordenação, contra 11% dos fatores ambientais, daí, o PIB per capita, do valor agregado da indústria terciária e a concentração de PM 2,5 são os principais determinantes do acoplamento e,  para promover equilíbrio entre crescimento econômico e proteção ambiental, recomendam-se políticas de colaboração regional, atualização industrial e investimento em infraestrutura ambiental com a expectativa que essas informações auxiliem formulação de políticas de desenvolvimento sustentável. A urbanização está em rápida ascensão, prevendo-se até 2030, que 60% da população mundial viva em áreas urbanas, com a China alcançando 65% em 2022, embora com benefícios econômicos e melhoria na qualidade de vida, gera desafios como esgotamento de recursos, poluição e redução da biodiversidade que ameaçam desenvolvimento sustentável, daí, políticas são necessárias para gerenciar interação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental em áreas ecologicamente frágeis, com a Região do Delta do Rio Yangtze, exemplo de desenvolvimento sustentável na China, enfrentando problemas ambientais como poluição e degradação do solo, pedindo estratégias à promoção do crescimento ao mesmo tempo que se preserva o meio ambiente. A ideia de combinação de pesos baseada na teoria dos jogos é o equilíbrio de Nash, usado para prever perfil de estratégia à determinado jogo, ou, interação entre tomadores de decisão, em um jogo de tomada de decisão em que jogadores têm opção de adotar estratégia mista, uma distribuição probabilística das estratégias do jogador, um equilíbrio de Nash em estratégias mistas incorpora estado de interdependência estratégica onde a estratégia probabilística do jogador maximiza retorno esperado dadas estratégias mistas de outros jogadores, resultando em resultado estável onde nenhum jogador tem incentivo para alterar sozinho sua estratégia à retornos maiores. Quer dizer, no estudo, o equilíbrio de Nash é usado para coordenar conflitos e maximizar benefícios considerando relação entre indicadores, equilibrando pesos subjetivos e objetivos e otimizando valores de peso de indicadores, em que 5 métodos de ponderação são empregados como estratégias na estrutura da teoria dos jogos.