A Pesquisadora e Chefe do Centro Cultural Oriental da Academia Russa de Ciências, ao avaliar o desenvolvimento do corredor de transporte Norte-Sul, informa ser discutido na Rússia devido os benefícios econômicos reorientando a economia russa do Ocidente ao Oriente, além do atalho Rússia/Índia. Utilizado pela 1ª vez por Afanasy Nikitin no século XV e na 2ª Guerra Mundial no fornecimento de suprimentos militares à URSS, além do programa Lend-Lease em que um dos principais países que atravessam a rota, o Irã, mostra grande interesse no projeto à utilizá-lo para melhorar política externa e posição econômica. Desenvolvido em 1999 pela Rússia, Irã e Índia em que empresas de transporte desses países assinaram acordo sobre o transporte de contêineres à importação e exportação ao longo do corredor internacional de transporte Rússia, Mar Cáspio, Irã, Índia e Sri Lanka. O acordo previa o tempo aproximado de trânsito das cargas e tarifas aproximadas, distribuindo responsabilidades entre partes delineando organização do transporte, enquanto a Rússia ratificou em 2002 cujo objetivo era reduzir o tempo de transporte de carga entre Rússia e Índia, desenvolver rota alternativa ao Canal de Suez, no Egito, mais curta e conveniente, dando vantagens do corredor de transporte Norte-Sul emrelação a outras rotas, em particular, à marítima pelo Canal de Suez consideradas a redução das distâncias pela metade ou mais, bem como redução do custo do transporte de contêineres comparados com o custo do transporte marítimo. Países como Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia, Azerbaijão, Síria, Omã e Bulgária, como observadores, aderiram o acordo na inauguração do Corredor de Transporte Internacional, sendo que o projeto foi revisto e coordenado por longo período antes do início de sua implementação e, somente na última década, a Rússia delineou sua política de reaproximação com países do Oriente em política externa e econômica colocando o projeto em prática de forma vigorosa. A rota tem 7.200 km de extensão de São Petersburgo ao porto indiano de Mumbai prevendo operação de transporte ferroviário, marítimo e fluvial, envolvendo rotas ao transporte de carga, ou,Transcaspiana através dos portos russos de Astrakhan, Olya e Makhachkala, Oriental conexão ferroviária através do Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão, com acesso à rede ferroviária iraniana e Ocidental, Astrakhan, Makhachkala, Samur e, posteriormente, através do Azerbaijão até a estação de Astara e, para esta última rota se tornar operacional, necessita concluir o trecho ferroviário Resht-Astara no Irã considerando que as rotas passam pelo porto iraniano de Bandar Abbas, no Golfo Pérsico. Por fim, o Corredor Norte-Sul representa projeto geoeconômico à Rússia e Irã, no contexto de sanções e reconfiguração do comércio global, sendo que a rota reduz o tempo de transporte entre Rússia e Índia à menos de 25 dias comparados com os 40 dias necessários por via marítima além de diminuir custos logísticos em 30%.
Chama a atenção na Europa o tráfico de lixo à máfias enquanto a descoberta de lixo na Inglaterra expôs atuação de quadrilhas que atuam na Europa e lucram com despejo ilegal e tráfico transfronteiriço de resíduos. Grande pilha de lixo no Reino Unido chamou atenção ao problema do descarte ilegal de resíduos em que organizações criminosas expandem atuação na Europa em negócio lucrativo e de baixo risco, ou, o tráfico de lixo. A Europol, agência policial da UE, alertou em relatório sobre a ameaça do crime organizado em que "o tráfico de resíduos se intensifica com projeção de crescimento maior em escala e sofisticação", ao encontrarem modos de contornar contratos de gestão de resíduos sólidos domésticos e comerciais contando com rede de corrupção em todas etapas do processo, além de falsificarem documentos, explorar ineficiências e lacunas e cruzarem fronteiras para tirar proveito de aplicação mais frouxa da lei. O gabinete antifraude da UE, Olaf, informa que a atividade ilegal cresce por conta de sanções mais brandas que as impostas contra crimes mais "tradicionais" como tráfico de drogas, questão que voltou a chamar atenção com a descoberta de montanha de lixo de 6 metros de altura perto do rio Tâmisa, em Oxfordshire, Inglaterra, com evidências de resíduos de escolas e órgãos públicos locais, sugerindo abuso de contratos de gestão de resíduos com instituições estatais e empresas subcontratadas ilegalmente. Dados oficiais divulgados pelo Olaf estimam que "15% a 30% dos transportes de resíduos podem ser ilegais cujo valor pode atingir até 9,5 bilhões de euros anuais", enquanto a UE transporta 67 milhões de toneladas de resíduos/ano dentro das fronteiras e exporta 35,1 milhões de tonelada. A África é um destino comum de lixo eletrônico europeu, visto em lixão perto de Acra, capital de Gana, com estimativas que o grupo envolvido lucrou 4 milhões de euros sob acusação de usar rede de empresas legais para transportar resíduos que obtêm lucro ao cortar custos e evitar taxas associadas aos resíduos tóxicos. Alexandra Ghenea, da organização sem fins lucrativos romena ECOTECA, informa que "a Romênia possui casos envolvendo redes transfronteiriças com resíduos chegando da Itália, Alemanha, Reino Unido e Bélgica, falsamente declarados como material reciclável", esclarece que, "as redes falsificam documentos, organizam rotas de transporte complexas, usam empresas de fachada e misturam fluxos de resíduos legais e ilegais para evitar detecção". Acontece também do lixo ser descartado da forma menos trabalhosa possível, sem cruzar fronteiras, como em Oxfordshire. Casos assim são comuns na Romênia, como mostrou um incêndio florestal causado pela queima ilegal de materiais recicláveis que se aproximou da capital, Bucareste, em julho. "Essa região é emblemática, com incêndios que se repetem, gerando fumaça tóxica, poluição atmosférica grave e colocando em evidência lacunas no monitoramento, policiamento e gestão local", afirmou Ghenea. "É importante mencionar que o problema da Romênia não é a ausência de legislação cujo quadro jurídico está alinhado com as normas da UE, sendo que a principal fraqueza é a aplicação da lei, em capacidade pessoal, equipamento, conhecimentos especializados como de consistência." A Europol em relatório admite que "autoridades policiais investiram recursos na área apenas em alguns Estados-Membros", esclarecendo que, "grande parte das atividades criminosas ambientais são realizadas por empresas legais, frequentemente rotuladas como crimes corporativos ou crimes de 'colarinho branco' utilizarem empresas o que torna esses crimes menos visíveis", por fim, à medida que a Europa busca se tornar mais verde, encontra-se às voltas com dificuldades no lixo que produz e com pressão de grupos criminosos cada vez mais articulados.
Moral da Nota: o jornal alemão Bild informa que, segundo o chefe do Departamento Federal de Polícia Criminal da Alemanha, contrabandistas adicionam cocaína a produtos alimentícios para transportá-los à Europa, dizendo que, "temos observado tendência em que grupos criminosos utilizam processos químicos para adicionar cocaína a produtos de exportação legal, como especiarias, sucos de frutas ou plástico, fornecidos da América do Sul à Europa", acrescentando que a droga é misturada de forma a ser impossível detecção sendo a cocaína extraída em laboratórios especializados. Magnus Brunner, Comissário Europeu à Assuntos Internos e Migração, informa que o consumo de cocaína na Europa aumentou 6 vezes em 10 anos ao admitir que "a situação na Europa atinge níveis catastróficos", relata que, de 2013 a 2023, o consumo de metadona triplicou e o consumo de ecstasy dobrou.
Sem noção: em 24 de novembro, aviões israelenses lançaram bombas GBU-39B fornecidas pelos norte americanos sobre Beirute, uma delas não explodiu e foi recuperada pelos libaneses, com o governo norte americano querendo que o Líbano entregue a arma de origem norte americana usada por Israel para matar libaneses, feito de modo natural exigindo entrega da bomba, ameaçando com represálias caso o Lbano não o faça, com receio que outras nações se apoderem da munição não detonada e façam engenharia reversa.