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segunda-feira, 1 de abril de 2024

Ambiente e tecnologia

A tecnologia transforma radicalmente e abre oportunidades na forma em que se comunica, trabalha e diverte, no entanto, o impacto que esta revolução digital tem no ambiente natural deve ser observado e, para a UE, trata-se de relação necessária e de sucesso e, segundo seus cálculos, cada euro investido em bio economia gera 10 euros de valor para 2025, por isso,  a relação entre ambiente e tecnologia é colaborativa oferece oportunidades sustentáveis ao crescimento econômico, sendo a abordagem que se adota  baseada na proteção e preservação dos recursos naturais com perspectiva de longo prazo. A nova mentalidade da sociedade está consciente da necessidade de vetar ações tomadas em benefício do ambiente, embora com impactos negativos e, dentre eles, o consumo de recursos naturais decorrente produção de dispositivos eletrônicos em obsolescência programada e o desenvolvimento de infraestruturas mais potentes, exigindo  recursos naturais como extração de minerais, metais e combustíveis fósseis  trazendo impactos significativos como desmatamento, degradação do solo ou contaminação da água. A Geração de resíduos eletrônicos decorrente obsolescência e oferta de novos produtos geram grande quantidade de resíduos com substâncias tóxicas, como bromo, mercúrio e arsênico que filtradas no subsolo afetam a água caso não administradas de modo adequado, além disso, o desmantelamento inadequado libera substâncias tóxicsd com risco à saúde. A Contaminação do ar e água na falta de gerenciamento dos resíduos eletrônicos envolve processos industriais intensivos que emitem contaminantes ao ar e água que podem ter efeitos negativos na qualidade, bem como na saúde e sobrevivência de espécies.

A tecnologia e digitalização tornaram-se aliados na proteção do planeta e, a cada dia, surgem aplicativos que preservam e restauram a natureza e, perseguindo diferentes objetivos, as energias renováveis, peça fundamental na proteção do ambiente e transição à futuro sustentável em processo de fontes não limitadas como radiação solar, vento, biomassa, geotermia e energia hidrelétrica cuja exploração não escala resíduos perigosos e, em geral, contribui na redução das emissões de gases efeito estufa e à diminuição na dependência dos combustíveis fósseis, nesse sentido, novas tecnologias favorecem sua utilização em detrimento das energias fósseis em cenários como mobilidade sustentável urbana ou consumo real em edifícios inteligentes em função de demanda e em tempo real. Já a gestão de resíduos implica recolha, tratamento, reciclagem e disposição final adequada de resíduos gerados por atividades humanas, sendo uma das principais estratégias a redução na origem através de práticas como adoção de hábitos de consumo responsáveis ao lado da indústria de reciclagem, componente chave na gestão de resíduos, reduzindo necessidade de extrair novos materiais ou fabricar consumindo menos energia e permitindo implementação de soluções inovadoras como o desenvolvimento de sistemas de classificação automatizada e a separação de resíduos, da mesma forma, a implementação de sensores e tecnologias de rastreamento possibilitam monitoramento dos fluxos de resíduos.  Outra questão é a gestão eficiente de recursos naturais, essencial para garantir durabilidade e reduzir impacto ambiental das atividades, consistindo na utilização dos recursos naturais de modo responsável, otimizando consumo, reutilizando e reduzindo desperdício e, ao lado de IoT e sensores inteligentes permitem monitorar e controlar consumo de água, energia e outros recursos, desta forma, otimiza uso, reduzindo gasto, inserida em aplicação IA e aprendizado automático na agricultura ou silvicultura por exemplo, minimizando emprego de pesticidas e fertilizantes ou maximizando rendimento dos cultivos. Além do desenvolvimento de infraestruturas como rede 5G mais sustentável que as anteriores, com importância no uso da energia reduzindo necessidade que completa a oferta de melhor serviço de telecomunicações, daí, relação entre ambiente e tecnologia é necessária para garantir viabilidade do planeta e, para isso, torna-se crucial promover inovação sustentável e fomento de consciência sobre importância em preservar ambientes naturais e, com abordagem adequada, a tecnologia é ferramenta para construir futuro mais verde e sustentável.

Moral da Nota: a Ericsson e iot squared lançam plataforma de reciclagem sustentável no MWC 2024, liderando  sustentabilidade ambiental no lançamento da plataforma Ericsson Connected Recycling transformando práticas de gestão de resíduos e promovendo economia circular. A iot squared, subsidiária do Grupo stc, e a Ericsson, revelaram a iniciativa inovadora no Mobile World Congress, MWC, em Barcelona 2024, colaboração que introduz a plataforma Ericsson Connected Recycling, ECR, na Arábia Saudita como solução transformadora de software como serviço, empreendimento que revoluciona gestão de resíduos no Reino, digitalizando cadeias de abastecimento reversas, melhorando otimização e promovendo princípios de economia circular. A parceria sublinha compromisso com sustentabilidade ambiental e avanço tecnológico na plataforma ECR concebida para abordar questão da gestão de resíduos e facilitando transformação de resíduos em matérias-primas recicladas, iniciativa que não visa apenas proteger recursos naturais evitando deposição em aterro ou incineração, mas permite que empresas rentabilizem resíduos através de melhor rastreabilidade e transparência, com CEO da iot squared, enfatizando o papel da plataforma em oferecer informações em tempo real à tomada de decisões críticas alinhando-se a missão de transformar cenário tecnológico e de sustentabilidade da Arábia Saudita. A plataforma possui ferramenta de relatórios de sustentabilidade que fornece informações para otimizar operações e apoiar circularidade, além da capacidade de integração em fontes de dados externas para armazenamento seguro e gerenciamento big data, recurso importante, facilitando visualizações de dados visando resíduos sólidos municipais, RSU, sendo que a implementação da plataforma na Arábia Saudita é movimento estratégico para enfrentar desafios ambientais prementes com destaque ao potencial em promover inovação e economia sustentável alinhando-se com a objetivos da Iniciativa Verde Saudita. Aproveitar tecnologia para melhorar práticas de gestão de resíduos tem o potencial de impactar no ambiente e na economia, sendo que a colaboração entre Ericsson e iot squared serve como modelo de como aproveitar inovação tecnológica para enfrentar desafios de sustentabilidade e, à medida que a plataforma ganha força, espera-se que contribua à consecução de futuro sustentável, sendo que mostra potencial das soluções digitais na abordagem das questões ambientais, reforçando importância de esforços colaborativos, testemunho do poder de inovação na promoção de mudanças positivas e promoção de ambiente mais sustentável.


terça-feira, 21 de março de 2023

MetAmazonia

Emerge projeto de conservação da floresta amazônica usando IOT, Web3 e metaverso com proteção de comunidades e natureza, via NFT de impacto AmaLand, e lançamento previsto para 2023. O AmaGroup hub ESG, foca com MetAmazonia combater mudança climática, desmatamento e pobreza, com profissionais de áreas como metaverso, especialistas em dados geográficos e equipe em campo no universo de mais de 30 milhões de espécies em 5,5 milhões de km². Através da EBCF, Empresa Brasileira de Conservação de Florestas, o AmaGroup comprou em 2010,  área de 20 hectares com plano de manejo florestal aprovado pelo Governo do Amazonas, transformando a propriedade na maior reserva privada do Amazonas. Anunciou a criação de metaverso e marketplace próprio para aumentar possibilidades de combate ao desmatamento, proteção da biodiversidade e garantir manutenção do desenvolvimento sustentável de 15 comunidades tradicionais e ribeirinhas vivendo na floresta amazônica as margens do Rio Madeira.

O MetAmazonia pretende reduzir 2,2 milhões de toneladas de CO2, integrado ao Projeto de Carbono da EBCF,  registrado na plataforma internacional à Projetos de redução de emissões, VERRA, sendo que a plataforma é metaverso 3D fotorrealista de última geração na UNREAL Engine. Através do colecionável digital AmaLand, representante digital da floresta amazônica e passaporte de entrada no Metaverso MetAmazonia, com NFT garantindo ao portador lote de terra digital com direito de colaborar em projetos ambientais reais e sociais beneficiando comunidades locais no entorno da reserva, construindo na terra metaverso, investimento, colheita não madeireira, pesquisa e desenvolvimento, escalando ​NFTs AmaLand apresentando AMACO2 na vida real, créditos cadastrados com VERRA, órgão regulador internacional. O projeto quebra barreiras geográficas, democratiza acesso à floresta, amplifica conhecimento e importância do ecossistema, promove desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais e, até o terceiro trimestre de 2023, além do lançamento do token MTZ, lançará os NFTs IMPACT e AMART. O AmaGroup além do objetivo de  “proteger 5 milhões de hectares de florestas nativas na Amazônia nas próximas décadas, promoverá desenvolvimento sustentável de 1 milhão de famílias tradicionais, reduzindo 1 bilhão de toneladas de CO2 emitidas e, em 2024, tem meta de criar uma DAO, desenvolver novas comunidades e escalar a redução de CO2.

Moral dsa Nota:  “AmaLand é um ativo social e climático,  combinando características do mundo físico e digital” com “ blockchain garantindo  transparência, rastreabilidade e escalabilidade para “desenvolver plataforma descentralizada, democratizando e criando mecanismos de incentivo para que a comunidade global participe do esforço de preservação e desenvolvimento sustentável”. “A MetAmazonia foi projetada utilizando blockchain, web3 e IoT garantindo transparência, segurança e escalabilidade para invistir, lucrar, engajar e monitorar conservação da floresta”. O fundador e presidente do AmaGroup, explica que "metaverso é ferramenta que permite integrar acessibilidade e educação à floresta Amazônica, com abordagem disruptiva ao papel da tecnologia no combate às mudanças climáticas, pobreza e desmatamento” além de “programa de crédito de carbono projetado para mitigar de toneladas de carbono focada em mais de 2 milhões de toneladas nos próximos 20 anos” .


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Resíduos sólidos

A Prefeitura de São Paulo usa Ethereum para tokenizar o lixo da capital paulista, solução de desenvolvedores brasileiros no processo de rastreabilidade de resíduos sólidos destinados à reciclagem. A startup Resíduos ID  venceu o desafio socioambiental dla Prefeitura paulista na Virada ODS,  com apoio da UNICEF, UNODC, FAO, PNUMA e  Banco Cora. A solução, além de rastrear destinação do lixo reciclado, tokeniza resíduos para serem vendidos como "Créditos de Destinação Final de Descarte Correto, semelahnte a metodologia  do mercado com Créditos de Carbono. O projeto incentiva coleta e rastreio dos materiais recicláveis, da coleta inicial em grandes dispensadores como condomínios e/ou empresas, passando pela triagem nas cooperativas até a destinação final nas recicladoras. O grupo usa bots no Whatsapp com IA e tokens na Blockchain Ethereum para registro das etapas, daí, financiar descarte apropriado de lixo plástico na capital paulista através da tokenização dos resíduos. A inclusão das informações da coleta, triagem e destinação, em blockchain, bem como mapeamento do descarte, coleta e destinação dos resíduos, ficam mais fáceis de serem auditadas e estudadas por ONGs, organismos internacionais e governos locais. Operadores do processo de coleta serão beneficiados pela geração de tokens comprovando destinação dos resíduos, títulos em blockchain, que serão adquiridos pelas empresas como Créditos de Destinação Final de Descarte Correto.

No conceito de sustentatilidade, a Ifood, empresa de delivery, é parceira da startup Polen para retirar mais de 4 mil toneladas de lixo das praias do Rio de Janeiro através da tecnologia blockchain. A parceria visa equipar quiosques da orla com pontos de coleta até 2024, em espaços de estimulo  aos frequentadores auxiliarem separação correta dos resíduos. O plano prevê 325 pontos de entrega nos 35 kms de praia, sendo que os resíduos são levados ao centro de triagem para separação, compactação e venda por empresas de reciclagem. A startup Polen usa blockchain para tokenizar a ação possibilitando negociação dos tokens entre empresas envolvidas, com estimativa de converter as 4 mil toneladas em R$ 1,7 milhão. A iniciativa, de acordo com o fundador da Pólen, segue a lógica dos créditos de carbono, tokenizados e negociados pela startup MOSS no Brasil. Explica que desde o lançamento pelo iFood de programa de metas ambientais, as negociações foram abertas com a empresa de delivery, até o fechamento de contrato de 3 anos, com possibilidade de expansão.

Moral da Nota:  a Prefeitura de São Paulo avaliou o resultado como melhoria na comunicação entre catadores e cooperativas, rastreabilidade e transparência na reciclagem com recebimento de créditos na logística reversa, além de fornecimento de dados ao poder público, ONGs e FAO/ONU além da distribuição de incentivos e patrocínios via moeda social aos catadores. A startup recebeu premiação de R$ 10 mil da Prefeitura de São Paulo, 10 meses de aceleração no Programa Green Sampa, com oficinas, masterclasses, mentorias individuais, participação em eventos, rodadas de negócios e serviço ativo de networking com iniciativa pública e privada. O próximo passo é alavancar parceiros locais à operação em grande escala, com primeira meta tokenizar mil toneladas de plásticos em seis meses. 

Em tempo: humanos produzem 2.bilhões de toneladas de lixo/ano, destes, 8 milhões de toneladas são lançados nos oceanos, daí, digeridas em forma de micropartículas plásticas. Lixões no mundo são alerta, urgindo modos de mitigar a questão do lixo se não quisermos ser invadidos e contaminados por ele. 


sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Rastreamento de gases

A Siemens rastreia  emissões em toda a cadeia de suprimentos,  incluindo  software chamado SiGreen e sistema de contabilidade distribuído, chamado de rede Estainium, que permite  parceiros de vários setores troquem dados de emissões confiáveis ​​com segurança. Lançou conjunto de ferramentas incluindo dados de emissões dos seus fornecedores, emissões de escopo 3 conhecidas como emissões da cadeia de valor,  representando a maioria das emissões totais de gases  efeito estufa de uma organização, conforme a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Ao obter dados de emissões reais e precisos, em vez de médias do setor como outras ferramentas usam, o sistema da Siemens facilita organizações avaliar sua verdadeira pegada de carbono. As ferramentas devem atender ao crescente número de empresas que priorizam medidas de sustentabilidade decorrente  pressão para reduzir sua pegada de carbono de funcionários, investidores, clientes e reguladores.

Neste sentido, Milão, segunda cidade mais populosa da Itália,  trabalha com a Bloomberg Philanthropies para implantar sensores de baixo custo nas escolas e entender exposição das crianças à poluição do ar,  desenvolvendo dados hiper-locais sobre qualidade do ar O piloto implanta  rede local de monitoramento da qualidade do ar, medindo níveis de poluição do ar em 50 escolas e 10 locais prioritários no período de dois anos. Como parte deste projeto, a Amat, agência da cidade delegada no monitoramento local da qualidade do ar, desenvolve dados hiper-locais sobre qualidade do ar com  plataforma digital para fornecer informações à administração municipal  à fins de planejamento às escolas, pais e comunidade buscando consciência do cidadão sobre poluição do ar. A Italian Climate Network, em parceria com a editora Edizioni Ambiente, lançou campanha educativa nas escolas de Milão, cujos dados e outros recursos são usados ​​para ajudar alunos e famílias melhorar compreensão sobre  fontes de poluição e  importância do ar limpo. Milão está entre as 10 cidades da UE com maiores custos e encargos de mortalidade decorrentes poluição do ar, desenvolvendo Plano Voluntário de Qualidade do Ar e Clima, restringindo veículos poluentes, comprometendo criar área de emissão zero no centro da cidade até 2030, com ruas livres de combustíveis fósseis e fortalecendo monitoramento da qualidade do ar. A Bloomberg Philanthropies desenvolve projetos similares em Londres, Bruxelas, Paris, Mumbai e Jacarta.

Moral da Nota: a governadora de Nova York, Kathy Hochul , anunciou que os novos carros de passeio, picapes e SUVs vendidos no estado devem ter emissões zero até 2035. Para atingir a meta, 2035, espera que 35% dos carros novos precisarão ter emissão zero até 2026 e 68% até 2030 e, ônibus escolares novos têm até 2027 para atender os novos padrões com as frotas obrigadas a  emissão zero até 2035. A legislação que exige carros novos elétricos ou a hidrogênio, vem depois que o conselho de recursos aéreos da Califórnia votou para eliminar gradualmente venda de novos carros movidos a gás no estado, sendo que Nova York é o segundo estado a tal mandato sinalizando que outros seguirão em breve. De acordo com o Clean Air Act de 1970, a Califórnia foi autorizada pelo Congresso a definir seus  padrões de emissões para veículos. Outros estados podem adotar as políticas da Califórnia mas não podem implementar seus padrões, como resultado, a Califórnia deve liderar a trilha para qualquer aplicação estatal de regras de emissões mais rígidas. O governador da Califórnia anunciou investimento de US$ 10 milhões no programa de descontos Drive Clean do estado, que oferece desconto de até US$ 2 mil à compra de mais de 60 modelos de carros elétricos que, ao lado de desconto nos impostos federais de US$ 7.500,  tornam a mudança ao elétrico significativamente mais acessível, sendo que o  estado já emitiu quase 80 mil descontos e gastou mais de US$ 92 milhões no programa. A New York Power Authority anunciou a 100ª instalação de carregador de alta velocidade na rede estadual de carregamento de EV EVolve NY, estações de carregamento encontradas ao longo dos principais corredores de viagem, como de Buffalo a Albany ou de Adirondacks a Long Island, sendo que a  EVolve NY comprometeu US$ 250 milhões até 2025 para expandir sua rede de carregadores. Por fim, Nova York também receberá US$ 175 milhões da alocação de US$ 5 bilhões da conta de infraestrutura para redes de carregamento de veículos elétricos no país e que a expansão da infraestrutura de carregamento disponível ajudará aumentar a venda de veículos elétricos no estado.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Mercado voluntário

O mercado voluntário de carbono opera sem controle de reguladores federais ou locais não tendo limite de quantas toneladas de emissões podem ser compensadas, sendo a supervisão de condução um conjunto de padrões com organizações que validam os créditos de carbono. A Agência de Proteção Ambiental executa programa de chuva ácida, reduzindo emissões de dióxido de enxofre, estabelecendo programa similar de limite e comércio e, sob esse programa, emissores de dióxido de enxofre vendem ou economizam licenças de dióxido de enxofre em excesso; se reduzirem as emissões e tiverem mais que precisam, ou, comprar licenças, se não conseguirem manter emissões abaixo do nível determinado. A Califórnia é o único estado com mercado estadual de limite e comércio para carbono e, até 2030,  pretende reduzir as emissões à 40% abaixo dos níveis de 1990.  Cerca de 450 entidades visadas pelo mercado entregarão redução geral de 15% nas emissões de gases efeito estufa em comparação com o cenário “business as usual” em 2020, sendo que as empresas cobertas pela lei estadual podem comprar certa porcentagem de créditos de carbono para permanecer sob o limite de emissões. Espera-se que os créditos de carbono da Califórnia aumentem em 66% para US$ 41 até 2030, de acordo com a Associação Internacional de Comércio de Emissões. Além da Califórnia, o Oregon considerou lei que limita emissões de setores regulamentados para atingir redução de 45% em relação aos níveis de 1990 até 2035 e  redução de 80% abaixo dos níveis de 1990 até 2050. Washington aprovou lei que limita a quantidade de gases efeito estufa que podem ser emitidos e, em seguida, leiloa licenças à setores poluentes até que esse limite seja atingido.  A meta do estado é reduzir emissões em 95% abaixo dos níveis de 1990 até 2050 com o primeiro período de conformidade do programa começando em 2023.

Já os chineses reduziram em 40% a quantidade de partículas nocivas no ar entre 2013 e 2020, segundo relatório apresentado pelo Instituto de Política de Energia da Universidade de Chicago, EPIC, nos EUA,que realiza medições por satélite. Trata-se da maior redução de poluição do meio ambiente em um país em período tão curto de tempo, por exemplo, os EUA levaram três décadas para atingir objetivo semelhante desde a histórica Lei do Ar Limpo de 1970. Em 2013 a China registrou média de 52,4 µg/m3 de partículas poluentes PM 2,5, dez vezes mais que o limite recomendado pela OMS hoje, sendo que partículas finas PM 2,5 provenientes da combustão de resíduos e combustíveis fósseis, são prejudiciais à saúde devido a capacidade de penetração nas vias respiratórias. No final de 2013, ativou o Plano de Ação Nacional da Qualidade do Ar para reduzir a poluição em um período de quatro anos, com orçamento de US$ 270 bilhões que se somaram outros US$ 120 bilhões de financiamento de Pequim. O governo proibiu construção de novas usinas de carvão nas cidades e regiões mais poluídas e forçou as existentes reduzir as emissões ou mudar para gás natural, só em 2017, foram fechadas 27 minas de carvão na província de Shanxi, a maior produtora na China, enquanto o governo cancelou planos de construir outras 103 usinas. O carvão continua como a principal fonte de eletricidade da China, passou de 67,4% da produção total em 2013 para 56,8% em 2020, segundo dados oficiais. 

Moral da Nota: em 2017 as energias renováveis ​​representavam um quarto da geração total de eletricidade na China, superando os EUA, onde o percentual foi de 18% no mesmo ano promovendo a energia nuclear e, entre 2016 e 2020 dobrou sua capacidade para 47 GW, com 20 novas usinas e até 2035 planeja alcançar 180 gigawatts, o dobro da capacidade atual americana. Comparada ao mundo, a China tem longo caminho pela frente para limpar as cidades sendo que em Pequim é de 37,9 µg/m3 em média, superior aos 6,3 µg/m3 de Nova York, 9 µg/m3 de Londres, 6,9 µg/m3 de Madri, ou 20,7 µg/m3 da Cidade do México e, em Nova Déli, a poluição chega a 107,6 µg/m3 mais de 20 vezes o limite de 5 µg/m3 recomendado pela OMS. Estudo da Universidade de Chicago estima que os habitantes da capital chinesa viverão em média 4,4 anos a mais que em 2013, graças as reduções de partículas poluentes. Os EUA têm a média de 7,1 µg/m3 enquanto Guatemala, Bolívia, El Salvador e Peru estão entre os países com maior poluição ambiental.

sábado, 8 de outubro de 2022

Poluição e saúde

Estudo avalia que a poluição do ar pode aumentar o risco de hospitalização à crianças autistas, induzindo inflamação sistêmica e neuro-inflamação.  O número médio diário de internações hospitalares por autismo no período do estudo foi de 8,5 para crianças autistas, maior para meninos que meninas.  A pesquisa publicada na revista BMJ Open, relata que admissões por questões como hiperatividade, agressão ou automutilação, podem ser evitadas minimizando exposição dessas crianças à poluição do ar. Pesquisadores do Hospital da Universidade Nacional de Seul, na Coréia, basearam em dados oficiais do governo sobre internações hospitalares diárias por autismo entre crianças de 5 a 14 anos entre 2011 e 2015. Coletaram informações sobre níveis diários nacionais de partículas finas PM 2,5, NO2 e O3 em cada uma das 16 regiões da República da Coreia por até seis dias. Um aumento de 10 µg/m3 nos níveis de PM 2,5 foi associado ao  risco 17% maior de internação hospitalar por autismo e um aumento de 10 partes por bilhão em NO2 e O3 foi associado a risco 9% e 3% maior, respectivamente. O TEA, transtorno do espectro autista, é transtorno do desenvolvimento neural com variedade de sintomas e gravidade, muitas vezes,  acompanhada por neuro-inflamação e inflamação sistêmica e, significa que medicamentos, suplementos e dieta podem melhorar sintomas principais.

Neste espectro, cientistas, das universidades de Yale e Brown nos EUA e da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, realizaram estudo intitulado "Exposição residencial ao refino de petróleo e acidente vascular cerebral no sul dos EUA", publicado na revista acadêmica Environmental Research Letters. sobre o processo de refino de petróleo conhecido por emitir poluentes associados em pesquisas anteriores a doenças que levam ao derrame, no entanto, a relação entre risco de acidente vascular cerebral e exposição a poluentes quando se vive perto de poços de petróleo e refinarias não foi bem estudada, sendo que subprodutos da produção e refino de petróleo incluem mistura de poluentes que afetam a qualidade do ar, do solo e da água potável em áreas povoadas. Para investigar associação entre exposição a produtos químicos de refinarias e derrames em adultos, cientistas se concentraram no sul dos EUA em área com alta concentração de poços de petróleo e refinarias. A equipe coletou dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, de sete estados do sul dos EUA e analisou áreas dentro de 2,5 kms a 5 kms de refinarias de petróleo, com  alta presença de dióxido de enxofre, produto que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e poluente de poços de petróleo e refinarias. Os autores do estudo calcularam que morar próximo a refinarias de petróleo seja a causa de 5,6% dos derrames em adultos, percentual que difere por estado e setor dentro de cada estado, com recorde mantido por uma seção do Texas em que 25,3% dos derrames são aparentemente atribuíveis ao refino de petróleo.

Moral da Nota: o setor de tecnologia médica enfrenta a crise climática decorrente ao fato que Doenças Respiratórias e Cardiovasculares têm sido associadas à piora da qualidade do ar, enquanto eventos climáticos extremos levaram a lesões e mortes prematuras.  A mudança climática alterou a prevalência geográfica de certas doenças infecciosas, além de efeitos sobre a saúde mental desses eventos e o risco  real de que se tornem mais frequentes e devastadores com o passar dos anos. O setor de saúde global contribui significativamente às mudanças climáticas através dp consumo de energia, transporte e fabricação, uso e descarte de produtos, a ponto do relatório de 2019 da Arup descobrir que a pegada climática da saúde é equivalente a 4,4% das novas emissões globais, duas gigatoneladas de CO2/ano e, se o setor de saúde fosse um país, seria o quinto maior emissor do mundo. Race to Zero é campanha global apoiada pela ONU que busca reunir organizações não estatais, empresas privadas, instituições financeiras e educacionais, regiões e cidades inteiras para tomar medidas imediatas à reduzir pela metade emissões globais até 2030. Mobiliza organizações se juntarem à Climate Ambition Alliance, lançada na Cúpula de Ação Climática do UNSG 2019 e atendendo critérios  que demonstrem prontidão para cumprir realisticamente o prazo de 2030 para reduzir pela metade as emissões, antes de atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050, o mais tardar. O setor de tecnologia médica e farmacêutica se junta a grupo de 15 indústrias, com a  Philips, por exemplo,   buscando obter 75% de seu consumo total de energia de fontes renováveis ​​até 2025 em operações já neutras em carbono, enquanto a Johnson & Johnson comprometeu US$ 800 milhões com a Missão Vidas Saudáveis ​​à melhorar saúde de pessoas e do planeta via processos sustentáveis e inovação. A Race to Zero agora inclui 31 regiões, 733 cidades, 3.067 empresas, 624 instituições de ensino, 173 investidores e mais de 3 mil hospitais de 37 instituições de saúde.


sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Poluição do ar

Segundo o 'Our World in Data', dados e pesquisas avançam afrontando questões relacionadas a vida atribuindo à poluição a morte de 7 milhões de pessoas/ano. Estudos recentes tendem encontrar número maior de mortes que os  anteriores, não porque a poluição do ar em nível global está piorando, mas por evidências científicas indicando que impactos na saúde da exposição à poluição são maiores do que se pensava anteriormente. A exposição a poluentes aumenta o risco de desenvolver doenças que se enquadram em três categorias, ou, cardiovasculares, respiratórias e cânceres. Pensar nessas estimativas como “mortes evitáveis” indica necessidade de redução da poluição a níveis que não aumentassem o risco de desenvolver tais patologias letais. Estimativas mais citadas e atualizadas regularmente para o número de mortos por poluição do ar vêm da OMS e do estudo Global Burden of Disease do IHME, cujos resultados são próximos uns das outros, 7 milhões e 6,7 milhões de mortes/ano respectivamente, mortes,  atribuídas à poluição interna e externa decorrendo de fontes naturais e artificiais de poluição do ar.

Uma série de poluentes têm impactos negativos na saúde, no entanto, todos os estudos se concentram na matéria particulada. O material particulado,  abreviado como PM,  é tudo no ar que não é gás sendo micro partículas compostas de sulfato, nitratos, amônia, cloreto de sódio, carvão, poeira mineral e água no ar. Partículas com diâmetro de 10  micrômetros, 10 milionésimos de metro ou menos,  penetram  nos pulmões  sendo as menores partículas mais prejudiciais à saúde ou PM 2,5 podendo penetrar no sistema sanguíneo com cerca de um trigésimo do diâmetro de um fio de cabelo humano. Estudos consideram o impacto do ozônio troposférico em que  o número de mortos pelo ozônio é menor que o do PM, no entanto,  respondendo por centenas de milhares de mortes prematuras todos os anos. No passado, pensava-se que a relação entre exposição e consequências à saúde era menos forte, mas em  estudos recentes, acredita-se que  determinado nível de exposição leve à  número maior de mortes que em pesquisas anteriores com a função exposição-resposta mais acentuada que se pensava antes. As funções de exposição-resposta estimada por Heft-Neal et al. em 2018 para a África é mais íngreme  que a maioria dos estudos globais supõe. Para o impacto total da poluição do ar estima-se que a diminuição média da expectativa de vida por pessoa afetada é  de 26,5 anos e, como média à população mundial, a perda de expectativa de vida é de 2,9 anos.

Moral da Nota: pesquisadores observam que o efeito da poluição na expectativa de vida é seis vezes maior que o causado por HIV/Aids e 89 vezes mais elevado que as consequências de guerras e terrorismo. Relatório da Universidade de Chicago indica que poluição por partículas finas reduz globalmente  a expectativa de vida em 2,2 anos, comparada a um mundo hipotético atendendo diretrizes internacionais de saúde. A exposição mundial às chamadas PM 2,5 , matéria com diâmetro de 2,5 mícrons ou menos, tem impacto semelhante ao tabagismo, três vezes maior que o uso de álcool e água insalubre, conforme o Índice de Qualidade de Vida do Ar. O PM 2,5 representa ameaça tão grande que a Organização Mundial da Saúde diminuiu o que considera nível seguro de exposição de 10 microgramas por metro cúbico para 5 microgramas por metro cúbico e, com o novo parâmetro, 97,3% da população global passou à panorama da insegurança, de acordo com o relatório. Os piores impactos da exposição ao PM 2,5 são visíveis no sul da Ásia, onde se concentra mais da metade da carga total de poluição no mundo prevendo-se que moradores da região percam cinco anos de vida em média, se os países mantiverem os níveis de contaminação atuais levando em consideração estudos revelando que desde 2013,  44% do aumento global na emissão de poluentes vieram da Índia. Moradores de Mandalay em Mianmar, Hanói no Vietnã e regiões de Jacarta na Indonésia,  estão sofrendo os maiores impactos e devem perder, em média, três a quatro anos de vida. Se a China começar a cumprir a diretriz da OMS os habitantes podem ganhar 2,6 anos, de acordo com o estudo. A OMS considera que mais de 97% da África Central e Ocidental é insegura pelas recentes diretrizes, nas Américas, o documento só traz dados referentes aos EUA e segundo o índice, ao cumprir orientações revisadas da organização a expectativa de vida norte-americana melhoraria em média, 2,5 meses, enquanto a dos europeus 7,3 meses.

Em tempo: estudo feito nos EUA e publicado no American Journal of Kidney Diseases (AJKD) com pacientes em hemodiálise expostos a níveis mais altos de  poluição, têm mais ataques cardíacos e derrames quando comparados àqueles em condições ambientais menos insalubres. 


terça-feira, 27 de setembro de 2022

Califórnia

Relatório da CoinGecko mostra que usuários da Internet na Califórnia respondem no site de rastreamento de criptomoedas em Bitcoin e Ethereum  por 43% das pesquisas de tráfego Web,  tal fato, considera que a população do estado representa 11,9% da população americana. O estado abriga o Vale do Silício e dentre as empresas que investiram em aplicativos blockchain e startups de criptomoedas, estão a Apple, Google, Meta, PayPal e Wells Fargo. A Coinbase foi uma das primeiras empresas de criptomoedas na Califórnia, embora tenha se mudado, mas  The Graph, Helium, MakerDAO e dYdX são os mais recentes projetos Web3 com presença no Golden State.Universidades de prestígio com departamentos de engenharia e tecnologia de ponta estão localizadas lá, como a Universidade de Stanford, o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade da Califórnia, em Berkeley.A CoinGecko observou que outros estados tem forte interesse nas duas criptomoedas, incluindo, Illinois, Nova York, Flórida e Washington, seguidos por Pensilvânia, Texas, Virgínia, Geórgia e Arizona. Nos 20 principais estados a maioria das pesquisas on-line inclina-se ao Bitcoin, no entanto, revelam que quatro estados em particular viram mais pesquisas Ethereum que seu concorrente. Os dados foram coletados entre maio e agosto de 2022, apenas tráfego da web nos EUA, indexados em escala de 0 a 100, com 100 representando o ponto mais alto de tráfego web, Califórnia, em relação aos demais estados. Pesquisa  do Study.Com revelou que mais de 64% dos pais e graduados universitários americanos com compreensão na tecnologia blockchain, querem que a criptomoeda seja ensinada nas  escolas.

A Califórnia toma dianteira como primeiro estado dos EUA a classificar eventos extremos de ondas de calor, com o governador assinando projeto de lei do sistema de classificação de ondas de calor destinado a preparar o estado para eventos perigosos de calor extremo, lei, que  entra em vigor em janeiro de 2023.  A Agência de Proteção Ambiental da Califórnia tem até 1º de janeiro de 2025 para criar o sistema de classificação de ondas de calor no estado, ainda ser estabelecido. Uma onda de calor opressiva assolou o Golden State marcando uma das mais brutais de setembro já registradas,sendo que  nos últimos dois anos a Califórnia conheceu um dia de 123 º F no Coachella Valley em 2021. O prazo de janeiro de 2025 dá a agência  janela de pouco mais de dois anos para lançar o sistema de classificação que emitiu o primeiro Relatório de Seguro Climático da Califórnia, por exemplo, Sevilha, Espanha, nomeou a primeira onda de calor do mundo, Zoe, levando 18 meses para revelar seu sistema de categorização de ondas de calor ProMeteo, de acordo com o Centro de Resiliência da Fundação Adrienne Arsht-Rockefeller. O projeto de lei californiano descreve fatores a serem considerados em sua criação, incluindo dados climáticos como temperaturas máximas e mínimas, duração de eventos de calor extremo e dados sobre impactos relacionados ao calor na saúde. medidas da gravidade do calor extremo e informações localmente relevantes como efeitos de ilhas de calor urbanas ou medidas de resfriamento.

Moral da Nota: o projeto de lei da Califórnia afirma que o sistema de classificação de calor contará com recomendações sobre limites ou gatilhos à políticas públicas que reduzem impactos do calor extremo na saúde humana, recomendações de métricas para efeitos de curto e longo prazo relacionados ao calor extremo à saúde O sistema de classificação das ondas de calor reforçaria sistemas de alerta existentes, categorizando ondas de calor com base em impactos na saúde humana, segundo a diretora do Centro de Resiliência da Fundação Adrienne Arsht-Rockefeller, em comunicado do Departamento de Seguros da Califórnia, constituindo parte dos esforços do Arsht-Rock Resilience Center para pilotar a categorização de ondas de calor nos EUA e Europa. Comunidades de baixa renda da Califórnia são desproporcionalmente atingidas pelos efeitos do calor extremo e o sistema garantirá que os californianos sejam notificados adequadamente sobre a gravidade dos próximos eventos climáticos relacionados ao calor.

sábado, 24 de setembro de 2022

Emissão de partículas

Uma "estreia mundial" aplaudida no Porto de Marselha é o  "Piana" um ferry sem emissão de partículas, inovação,  que traz esperança ao setor  com grande pegada de carbono. O ferry da empresa La Méridionale opera entre a Córsega e Marselha, cujos motores equipados com filtros neutralizam parte das emissões poluentes, filtro de partículas, apresentado após três anos de testes, não só captura 99% do óxidos de enxofre em conformidade com a legislação,  como elimina 99,9% das partículas finas e ultrafinas mais perigosas à saúde humana. O diretor de inovação da organização regional de monitorização da qualidade do ar, Atmosud,  avisa que os filtros “vão mais longe que os regulamentos exigem, tratando todas as emissões de partículas" e acrescenta que "nunca ouviu falar de tais projetos"  na Europa e Ásia. O ferry funciona com sistema elétrico e, no mar, os  filtros com bicarbonato de sódio reduzem as emissões a praticamente a zero, sendo que a tecnologia é utilizada em terra há vários anos em indústrias como as centrais térmicas. Toneladas de resíduos serão produzidos e enterradas, mal menor à atmosfera, lembrando que  9 milhões de mortes/ano no mundo são causadas pela poluição atmosférica.

Importante lembrar que a UE em Bruxelas  conseguiu  acordo quanto à redução das emissões de gases de estufa em 55% até 2030, comparada aos níveis de 1990. O Pacto Ecológico Europeu é vitória no percurso em direção à neutralidade carbônica nos países da UE e, de acordo com estudo publicado, as emissões de CO2 baixaram 11% na Europa em 2020 decorrente os efeitos da pandemia. A decisão da União Europeia tem lugar pouco mais de cinco anos após a assinatura do Acordo da ONU sobre o Clima, aprovando no orçamento plurianual 30% do pacote recorde de 1,82 trilhão de euros destinado a programas e investimentos em regiões e setores afetados pela transição verde. Cientistas relatam que atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis, abate de florestas e  produção de cimento geram emissões que, por sua vez, aumentam as concentrações de CO2 ocasionando o efeito estufa e, apesar da natureza absorver parte deste CO2, não consegue acompanhar o ritmo das emissões produzidas.  Bom lembrar que antes da COP26 em Glasgow, a ONU publicou relatório que o secretário-geral qualificou como  "sinal de alarme", segundo o qual as metas de redução das emissões de gases fixadas pelos  países, ficam aquém do que é preciso para contrariar as mudanças climáticas. O documento relata que há diferença entre o que os cientistas recomendam e o que as lideranças mundiais estão dispostas a fazer. O relatório diz que o compromisso de países em atingir  "emissões zero" até 2050,  implementado na totalidade, limitaria o aquecimento global a 2,2º C  até fins deste século, valor acima dos 2º C previstos no acordo de Paris.

Moral da nota: iniciativas como da Califórnia, responsabilizando o setor automotivo por zero emissões poluentes até 2035 e consequente proibição de veículos novos movidos a combustível fóssil,  acelera nos EUA, transição energética. Em paralelo, deputados bolivianos propõem substituir o mercúrio por tiouréia na mineração, com a comissão de meio ambiente da Câmara dos Deputados da Bolívia analisando projeto de lei que propõe a substituição  por tiouréia, semelhante à ureia, reduzindo danos ambientais. Legisladores consideram que a tiouréia pode ser agente eficaz ao ouro com  vantagens operacionais melhores que o cianeto e o mercúrio,  propondo produção pela usina de uréia e amônia da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos, YPFB, em Cochabamba. O projeto admitido na Câmara dos Deputados, se aprovado,  seguirá ao Senado e posteriormente ao Executivo à promulgação. A Bolívia importou 1.285,3 toneladas de mercúrio entre 2015 e 2021 no valor de 44,1 milhões de dólares, dados do Instituto Nacional de Estatística, INE, apesar de signatária de acordos como Minamata para reduzir consumo de mercúrio em escala internacional.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Pegada de carbono

Aplicativos como The Earth Hero, Klime, Map My Emissions auxiliam descobrir modos de agir em relação às mudanças climáticas, rastreando e medindo a pegada de carbono e com cerca de 100 ações personalizadas sugerindo mudanças e alternativas na dieta, transporte e estilo de vida.Para verificar as emissões de carbono ao comer um hambúrguer, viajar ao trabalho ou dormir com o ar condicionado ligado, por exemplo,  aplicativos e tecnologia desenvolvidos por startups mitigam ou calculam o impacto de carbono, Conceitualmente, pegada de carbono é a quantidade total de gases  efeito estufa gerados por nossas ações ou atividades, por exemplo, carregar o celular,  pedir hambúrguer online ou se deslocar ao trabalho, há consumo de energia, sendo a maior fonte de emissões de gases efeito estufa. O setor de energia inclui transporte, eletricidade e calor, edifícios, manufatura e construção, emissões fugitivas e queima de outros combustíveis. Empresas têm responsabilidade em relação à emissão de carbono de um país, além de organizações corporativas e indústrias, startups lideram o desenvolvimento de plataformas para resolver problemas relacionados às emissões. A startup indiana Lowsoot trabalha com indivíduos e organizações à calcular, rastrear e compensar a pegada de carbono, incorporando ferramentas digitais e rastreando atividades sustentáveis, Outra empresa, a 3SC Analytics, ajuda empresas, medir, gerenciar, reduzir e monitorar a pegada de carbono, ao mesmo tempo que atingem suas metas de economia de custos. Através da plataforma Carbonex projetada para reduzir a pegada ambiental das cadeias de suprimentos corporativas, usa análises avançadas baseadas em IA e orientadas por dados, permitindo monitoramento, triagem, medição e redução da pegada de carbono de uma organização em cada etapa da jornada da cadeia de suprimentos.

O conceito de Monitoramento do Ar era limitado ao uso científico ou governamental,  no entanto,  o aumento da conscientização  e o avanço tecnológico e, através de sensores de monitoramento do ar, tornaram-se conceito doméstico. A contaminação do meio ambiente afetou a água, alimentação,  ar e saúde, com poluição do ar de fontes internas e externas representando risco ambiental globalmente. Diretrizes Globais de Qualidade do Ar da OMS, AQGs, fornecem evidências  dos danos que a poluição do ar inflige à saúde, em concentrações mais baixas que se entendia antes  e, de acordo com os dados, a cada ano, a exposição à poluição do ar causa 7 milhões de mortes prematuras, 3,2 milhões devido à poluição residencial causada por cozinhar, aquecer, gerar eletricidade e poeira. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA esteve envolvida em pesquisas sobre sensores de ar de baixo custo, através de workshops e avaliações de dispositivos divulgando em 2013 conceitos no Guia do Sensor de Ar.  A OMS divulgou ideias sobre níveis de qualidade do ar recomendados  aos países, com o último relatório de Ações sobre Qualidade do Ar do Programa das Nações Unidas  ao Meio Ambiente, observa que há lacunas no monitoramento da qualidade do ar. O governo  indiano lançou o Programa Nacional do Ar Limpo, NCAP, como estratégia nacional em reduzir níveis de poluição do ar no país e, em 2021, o governo de Delhi experimentou a tecnologia instalando 2 torres Smog de 24 metros de altura registrando níveis de PM 2,5 do ar e, dizem,  purifica o ar em um raio de 1 km² ao redor da estrutura. Dispositivos plug-n-play com sensor de ar são configurados em qualquer sala para verificar a qualidade do ar em uma casa, sendo os  dados coletados apresentados em relatório com sugestão de soluções .

Moral da Nota:: o Parlamento Europeu aprovou pela primeira vez  resolução 2021/0366, aprovada com 453 votos a favor, 57 contra e 123 abstenções,  que abre possibilidade à imposição de sanções comerciais contra países devido o desmatamento. A proposta estabelece que o abastecimento de produtos agropecuários como carne e soja por empresas europeias, seja feito sem gerar desmatamento de florestas e violações de direitos humanos, podendo  elevar barreiras contra produtos cultivados em áreas desmatadas. O Parlamento Europeu ampliou a gama de commodities impactadas pela proposta, incluindo borracha, milho e couro, além de estender a definição de florestas para incluir áreas arborizadas como o cerrado brasileiro, incluiu a necessidade de garantias de respeito aos direitos humanos e de povos indígenas nas cadeias produtivas das empresas. O projeto necessita ser aprovado em cada um dos 27 países-membros da UE.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Incentivo financeiro

A blockchain na tokenização de energia se insere na comercialização de certificados de energia renovável, REC's,  ganhando espaço no Brasil e América Latina,  com a possibilidade de tokenizar esses ativos.  De posse dos certificados, as empresas atestam que a energia foi gerada a partir de fontes renováveis sendo alternativa à maior transparência de RECs em Blockchains. Dentre as vantagens de investir em tokenização no mercado de energia renovável estão a  Flexibilidade e acessibilidade que "permitem troca de ativos tokenizados diariamente, 7 dias por semana  e sem fronteiras", a seguir, a ausência de intermediários  "reduz custos indiretos com burocracia via contratos inteligentes tornando o processo de investimento mais rápido e seguro". Já a Governança, "transforma o processo de venda de estático à dinâmico melhorando transparência e automação e permitindo transferência internacional de tokens em segundos." O Fracionamento do investimento via  "tokenização diversifica o portfólio e, dessa forma, investidores mitigam riscos não precisando comprar 100% do ativo participando de modo parcial.  Por fim, a Segurança com "Auditoria de ativos e documentos legais dentro de padrões que garantem solidez do investimento, daí, a tokenização exigir o cumprimento dos procedimentos KYC, Know-Your-Customer,  além de AML, Anti-Money Launderingl, que protege investidores."

Neste conceito, emerge a stablecoin ANZ usada para comprar créditos de carbono tokenizados através da  compra de unidades na plataforma blockchain BetaCarbon de comércio de carbono. A stablecoin A$DC do ANZ ao comprar créditos de carbono tokenizados na Austrália, fornece evidências críticas dos casos de uso do ativo na economia local, enquanto o banco "Big Four" se tornou a primeira grande instituição financeira australiana cunhar sua  stablecoin depois de supervisionar transação piloto no valor de A$ 20,76 milhões entre o Victor Smorgon Group e o gerente de ativos digitais Zerocap. A stablecoin ANZ é garantida pelo dólar australiano e mantida na conta reservada pelo banco, sendo que até agora, transações A$DC eram feitas através  da blockchain Ethereum.  O Relatório da Australian Financial Review, AFR,  informa que a última transação foi feita por Victor Smorgon para comprar unidades de crédito de carbono australianas, ACCUs. Os créditos de carbono foram tokenizados e fornecidos pela BetaCarbon que emite ativos digitais de valor apelidados de BCAU representando 1 Kg de compensações de carbono por crédito.

Moral da Nota : o mercado de carbono foi criado durante a ECO-92  com objetivo de reduzir a emissão de carbono sendo que as primeiras normas entraram em vigor em 1994 e, desde então,  países signatários se reúnem para buscar soluções visando mitigar o aquecimento global.  O crédito de carbono foi uma das soluções visando incentivos financeiros e de imagem às empresas que aderem  “boas práticas” determinadas pelas entidades participantes. Trata-se de mercado voluntário e de economia circular em que a Ambipar, por exemplo,  faz parte ao lado de outras instituições e governos e através do Ambify fraciona e facilita acesso a compensação de CO2. Da iniciativa Ambipar, conhecida empresa ESG, emerge o Token Ambify que facilita o acesso aos créditos de carbono, listado pela Foxbit , fracionando e facilitando o acesso no varejo aos créditos de carbono.  O whitepaper do projeto informa ser multinacional e presente em 18 países, empresa fundada em 1995,  que desenvolve projetos ligados à práticas ESG focada na criação de  soluções de sustentabilidade e preservação ambiental. A empresa afirma no whitepaper que o token terá outras utilidades no futuro, além da queima e por se  tratar de um token BEP-20  roda em contrato inteligente na BNB, blockchain da Binance Smart Chain, interagindo com o ecossistema da rede. Ambify é um projeto da Ambipar atuando na comercialização do token ABFY, que fraciona créditos de carbono pertencentes à empresa e os disponibiliza à compra em pequenas frações no mercado de varejo. Cada token Ambify é lastreado via número de série com crédito de carbono existente e o investidor pode comprar o ativo e participar indiretamente do mercado de crédito de carbono. No aplicativo da Ambify pode-se calcular a emissão de CO2 pessoal, preenchendo formulários e conhecendo o quanto cada um  “deve” ao ambiente. Com essa informação,  compra-se  quantidade a correspondente de ABFY, enviando-o à carteira do aplicativo para queima, burn,  recebendo certificado de neutralização de crédito de carbono. As vendas dos tokens são um modo da Ambipar financiar projetos de sustentabilidade e, quem compra ABFY investe nestes projetos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Algodão blockchain

Um token se define como representação digital da fração do ativo real visando simplificar negociações dos diversos tipos de bens no mundo, ao passo que, ativos são quaisquer tipos de recursos que possuam valor comercial podendo ser separados em categoria de tangíveis como empreesndimentos, equipamentos, obras de arte e etc  e intangíveis como direitos autorais, marcas registradas, recebíveis de cartão de crédito, avatares, itens de jogos etc.

No entanto, existem diferentes tokens categorizados a partir do ativo que representam com 5 principais tipos , ou, Payment Tokens, Utility Tokens, Security Tokens, Equity Tokens e NFTs. Os Payment Tokens são os mais conhecidos porque são associados às criptomoedas, funcionando como dinheiro e, nesse caso, falamos de moedas digitais como o Bitcoin, por exemplo. Tal modalidade é utilizada como modo de pagamento em ambientes online para finalidade que tenha o objetivo de realizar transferência de capital e, por conta da segurança, é pouco provável que sejam fraudados. Utility Tokens, como o próprio nome diz, possuem utilidade significando que embora também seja um tipo de moeda, só serão utilizados para aplicações específicas que podem ser acesso antecipado a serviço ou produto, físico ou digital, cupons de pré-venda, benefícios à colaboradores, direitos de voto etc. Diferença importante desse tipo de token em relação ao anterior é o fato de ter quantidade pré-determinada contribuindo para que haja escassez e consequente aumento do valor pelo crescimento da demanda, neste caso, o Utility Token costuma gerar lucros aos detentores. Securities são ativos negociáveis, obrigações, débitos, ações, garantias e etc e ter um security é como ter algo ou parte de algo sem necessidade de possuí-lo, como exemplo o ouro: um security de ouro significa posse de  quantidades dele sem necessidade de comprar quilates ou guardá-lo em cofre. Investir em securities visa  arrecadar valores de investidores, estes por sua vez, recebem seus dividendos, taxas geradas por juros ou parte do lucro da companhia ou projeto. A realização do processo através da Blockchain, utilizando tokens tem o nome de  Security Token, daí, Security Tokens serem securities criptográficos comprados por investidores gerando dividendos, dividindo lucros e pagando juros no futuro aos investidores. Devemos entender Equity Tokens como ativos tradicionais de ações que representam  participação em determinadas empresas e, com eles, o direito a parte dos lucros e direito de votos no momento de decisões na empresa. A diferença entre  Equity Tokens e  ações tradicionais reside no fato que as ações são registradas em banco de dados junto a certificado de papel, mesmo que digitalizado, já os tokens ficam registrados na Blockchain, sendo que os Equity Tokens, se divide em classes  oferecidos aos investidores por meio de STO (Security Token Offering) parecidas com as IPO (Initial Public Offering), apresentando suas próprias vantagens. Por fim, NFT é sigla para “Non-fungible Tokens” significando que é único e não pode ser substituído por outro. exemplo, um Bitcoin é passível de substituição, fungível, porque você pode trocá-la por outra criptomoeda e continuar possuindo exatamente o mesmo valor, enquanto um objeto de colecionador por outro lado, não pode ser substituído, isto é, não fungível, por exemplo, o quadro da Monalisa. Os tokens apresentam modo democrática de realizar investimentos, uma vez que é possível comprar tokens por valores baixos, diversificando a carteira de investimentos ao explorar além do mercado tradicional!

Moral da nota: a Renner e Youcom lançaram no Brasil em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, o programa SouABR, Sou de Algodão BrasileiroResponsável, três modelos de jeans femininos 100% rastreados via blockchain. Os  modelos Jean terão todo o ciclo de produção rastreado com blockchain, desde o cultivo de algodão até a confecção de roupas e, conforme as partes envolvidas na iniciativa, a autenticidade será assegurada e qualquer alteração na cadeia de valor será evitada através da digitalização das peças tornando-as mais auditáveis, permitindo acesso à revisão da trajetória via QR code impresso na etiqueta.A certificação fornecida pela Abrapa às fazendas algodoeiras possui 183 itens de verificação, distribuídos em oito frentes, incluindo contrato de trabalho e condições dignas; vetando qualquer tipo de discriminação, saúde e segurança do trabalhador e boas práticas de preservação ambiental. 


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Desafios urbanos

Pesquisa de 2021 enfatiza que percepções dos moradores da cidade como a tecnologia auxilia enfrentar os desafios, foram afetadas pela pandemia e sua aceleração na transformação digital. Neste contexto, Cingapura liderou o índice em universo de 118 cidades, com Zurique e Oslo em segundo e terceiro nomeadas como cidades inteligentes líderes na terceira edição do Índice de Cidades Inteligentes, SCI, IMD-SUTD anual. O SCI é trabalho do Smart City Observatory, analista com o Centro de Competitividade Mundial, WCC, do Institute of Management Development, IMD, ao lado da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura, SUTD, que oferecem visão equilibrada dos aspectos econômicos e tecnológicos de cidades inteligentes, por um lado, e “dimensões humanas” da vida urbana, como qualidade de vida, meio ambiente e inclusão, por outro. Três cidades suíças surgiram entre as dez primeiras, incluindo Lausanne, 5, além de Taipei City, 4, Helsinki, 6, Copenhagen, 7, Genebra, 8, Auckland, 9, e Bilbao, 10, fechando o ranking como três últimas, Bogotá, 116, São Paulo, 117, e Rio de Janeiro,118.

As descobertas iluminam mudanças tectônicas que interromperam as cadeias logísticas e estruturas organizacionais no mundo como resultado da pandemia, olhar, do presidente do Observatório Smart City do IMD. Cerca de 15 mil moradores urbanos foram pesquisados ​​globalmente em 118 cidades e questionados sobre como suas respectivas cidades se saíam em relação a saúde, segurança, mobilidade, atividades, trabalho, escola e governança. Declarações que foram solicitados a concordar ou discordar incluíam “os serviços de reciclagem são satisfatórios? ”, “a segurança pública não é problema?” e “a poluição do ar não é problema?”além de solicitações como selecionar cinco áreas prioritárias à cidade em lista de 15. O acesso a melhor qualidade do ar e serviços de saúde tornou-se prioridade maior nas cidades inteligentes no mundo, desde o surto da pandemia, no entanto, a preocupação número um nas cidades inteligentes é o acesso a moradias populares. O relatório mostra que preocupações dos cidadãos parecem mudar à medida que as cidades se tornam "mais inteligentes", por exemplo, o custo da habitação tende a ser preocupação dominante nas cidades mais bem classificadas, enquanto cidades mais baixas tendem conceder um grau mais alto de prioridade à questões relacionadas à saúde e segurança, sendo que preocupações ambientais comparativamente maiores nas cidades mais ricas.

Moral da Nota: Cingapura é uma das nações mais ricas do mundo, com PIB per capita de 88.155, cidade-estado que abriga o porto mais movimentado globalmente em termos de tonelagem de embarque. A “Suíça da Ásia” é menos caótica e difere do continente por baixas taxas de criminalidade, pobreza e tráfego e, nos últimos anos, o governo implementou estratégia para transformar Cingapura na "cidade em um jardim" com super-árvores movidos a energia solar que atingem 50 metros de altura. Já, Zurique, centro financeiro com vista ao lago combina vida urbana criativa com natureza, considerada centro econômico e educacional da Suíça, um dos lugares mais seguros para se viver na Europa, graças a transporte público limpo e eficiente, qualidade do ar no mesmo nível de cidades menores. Junta-se ainda mais de 300 pontos de coleta de reciclagem e projeto à criação de “sociedade de 2 mil watts” através de residências e escritórios com eficiência energética, tornando-a uma das cidades mais sustentáveis ​​do mundo Por fim, Oslo, faz da luta contra mudanças climáticas uma prioridade com pretensão de reduzir emissões em 95% até 2030 e tornar-se neutra em carbono até 2050, daí, a introdução de ônibus e táxis livres de emissões. Com população de um milhão de habitantes, até o setor da construção é "verde," com edifícios eficientes em termos de energia graças à tecnologia inteligente, sendo campeã de dados abertos em áreas como meio ambiente, saúde, agricultura, tráfego e demografia.

sábado, 6 de agosto de 2022

Land Restoration Fund

Os primeiros créditos de carbono sob o Land Restoration Fund estão em processo de venda por conta da melhoria da cobertura do dossel e regeneração de áreas de floresta como parte do programa de cultivo de carbono.  Criadores de gado no centro de Queensland se tornaram os primeiros a vender créditos de carbono sob o Fundo de Restauração de Terras do governo estadual, devendo capturar mais de 165 mil toneladas nos próximos 25 anos. Os facilitadores de projetos de carbono GreenCollar tem contrato de 10 anos e US$ 2,1 milhões com o governo, sendo que  o cultivo de carbono envolve mudança das práticas de manejo da terra  evitando  emissão de gases efeito estufa ou aumentando o armazenamento de carbono nas árvores ou  solo. Um crédito de carbono, ACCU,  é ganho à cada tonelada de CO2 equivalente armazenado ou evitado, estando atualmente em US$ 18 e, segundo o analista da Thomas Elder Markets,  mercados de carbono tem potencial para ser fonte de receita.

A ministra australiana do Meio Ambiente, disse que na primeira rodada do projeto de cultivo de carbono foram investidos cerca de US$ 100 milhões. Já a operação Progressiva de carne bovina de NSW Wilmot Cattle Co fechou acordo com a Microsoft para vender meio milhão de dólares em créditos de carbono na forma de 40 mil toneladas de carbono do solo sequestrado, que a pecuária alcançou através de manejo sofisticado de pastagem. A Microsoft se comprometeu em tornar-se empresa negativa de carbono até 2030, significando que terá removido do ambiente mais carbono que emite e, até 2050, pretende eliminar o carbono emitido diretamente ou através do uso de eletricidade desde a fundação da empresa, em 1975. Comprou ainda a remoção de 1,3 milhão de toneladas métricas de carbono de 26 projetos no mundo, contribuindo para reduzir as emissões em 2021 em 6%, para 10,9 toneladas. Acredita-se que seja a primeira venda global de crédito de carbono feita por empresa de pastagem australiana e, embora uma gota no oceano do que a Microsoft precisa para cumprir suas metas de carbono neutro, fala das oportunidades aos agricultores se beneficiarem do emergente mercado de carbono . Ao longo da última década, o pastoreio rotativo controlado pelo tempo, o aumento da densidade de estocagem e a diminuição do tamanho dos piquetes levaram a maior cobertura do solo, biomassa e capacidade de retenção de água em mais de 4 mil hectares da Nova Inglaterra. O foco no manejo do pastoreio aumentou a produtividade e lucratividade garantindo que o sobre-pastoreio não ocorresse em anos de seca, resultando no aumento da concentração de carbono orgânico do solo de 2,5% para 4,5% com meta de chegar a 6pc até 2023.

Moral da Nota: o setor bancário adere a agricultura de carbono na Austrália Ocidental, agora vista favoravelmente pela maioria dos bancos e, segundo o Regulador de Energia Limpa, CER, em julho de 2021 havia 999 projetos de carbono no país com 257 em Queensland,  New South Wales 330, Victoria 99 e Western Austrália 141. O National Australia Bank, NAB, e o Rabobank disseram que estavam emprestando à clientes que assumem projetos de carbono enquanto o chefe de desenvolvimento de negócios sustentáveis ​​do Rabobank fala que a instituição financeira vê com bons olhos projetos de carbono, pois "trazem fluxo de renda separado que adiciona benefício inicial ao valor da propriedade ou negócio". No país, foram emitidas 98.888.874 unidades de crédito de carbono australianas, ACCUs, das quais 71.012.829 ACCUs entregues sob contrato, sendo que o leilão mais recente, 12º,  viu o preço médio por tonelada de redução chegar a US$ 15,99 em compromisso total de US$ 108 milhões.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Créditos de carbono

A monetização no combate às mudanças climáticas tornou-se indústria bilionária, a medida que governos pressionam o setor privado para limitar suas emissões de gases efeito estufa, com as maiores empresas do mundo recorrendo a produto financeiro para compensar suas pegadas ambientais, o crédito de carbono. Trata-se  de mercado aquecido, com máximos históricos em volume à caminho de US$ 1 bilhão em 2021 conforme o Ecosystem Marketplace,  publicação de mercado administrada pela Forest Trends, sem fins lucrativos,  de pesquisa de finanças ambientais.  A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, através do Programa Ambiental, emitiu relatório dizendo que os mercados de carbono poderiam “ajudar reduzir as emissões” com regras e transparência claramente definidas.

Um crédito de carbono é uma espécie de licença representando 1 tonelada de CO2 retirada da atmosfera,  podendo ser adquirido por indivíduo ou, mais comumente,  empresa para compensar emissões de CO2 provenientes da produção industrial, veículos de entrega ou viagens. Os créditos de carbono são frequentemente criados através de práticas agrícolas ou florestais, embora um crédito possa ser feito por qualquer projeto que reduza, evite, destrua ou capture emissões.  Indivíduos ou empresas que compensem suas emissões de gases efeito estufa pode comprar esses créditos através de intermediário ou daqueles que capturam diretamente o carbono, por exemplo,  um agricultor que planta árvores, o proprietário recebe dinheiro; a corporação paga para compensar suas emissões e o intermediário, se houver,  lucra ao longo do caminho, isto, vale para chamado  “mercado voluntário”, no entanto, há  o  mercado involuntário ou “compliance”. No mercado de conformidade ou involuntário,  governos estabelecem limites  à quantas toneladas de emissões determinados setores, petróleo, transporte, energia ou gestão de resíduos, podem liberar. Ao ultrapassar o limite de emissões prescrito, a empresa deve comprar ou usar créditos economizados para permanecer abaixo do limite de emissões, economizando ou vendendo créditos, isso é conhecido como mercado de limite e negociação.  O limite é a quantidade de gases  efeito estufa que determinado governo permitirá que seja liberado na atmosfera e os emissores devem negociar para permanecer dentro desse limite. O Acordo de Paris de 2015 no Artigo 6 encarrega líderes nacionais de deslanchar em escala globa el, até agora,  64 mercados de conformidade de carbono estão em operação no mundo, segundo o Banco Mundial, os maiores mercados de conformidade de carbono estão na União Europeia, China, Austrália e Canadá.

Moral da Nota: o mercado voluntário atualmente trilha em torno de  US$ 6,7 bilhões, conforme relatório do Ecosystem Marketplace,  comerciantes do mercado europeu de conformidade projetam que os preços do carbono aumentarão 88% para US$ 67 por tonelada métrica até 2030, conforme  pesquisa divulgada pela Associação Internacional de Comércio de Emissões. Críticos do mercado voluntário, onde a empresa compra créditos de carbono de um negócio fora de bolsa regulamentada, aponta que não diminui a quantidade gases efeito estufa liberados pelos compradores, são simplesmente compensados, dando às empresas modo de afirmar que são ecologicamente corretas sem reduzir suas emissões gerais, a isto, chama-se  “lavagem verde”. Os créditos de carbono podem ser comprados de projetos que aconteceriam, por exemplo, uma empresa de investimento diz que paga aos agricultores para converter campos em florestas e vender tais créditos à corporações e, de acordo com a Bloomberg, vários agricultores afirmam que já plantaram árvores através de programa de conservação do governo. A FIFA comprou créditos para ajudar compensar emissões da Copa do Mundo, logo depois, as árvores foram cortadas e o projeto foi suspenso em 2018 depois que mais árvores foram derrubadas que todos os créditos vendidos.

sábado, 16 de julho de 2022

Nova Zelândia

A Nova Zelândia promulgou lei que exige a bancos, seguradoras e gestores de investimentos relatarem impactos nos negócios das mudanças climáticas. Bancos ou Seguradoras com ativos sob gestão de mais de US$ 703 milhões e emissores de ações e dívidas listados na bolsa de valores do país deverão fazer divulgações. O projeto de lei exige que empresas financeiras expliquem como administrariam riscos e oportunidades relacionadas ao clima, estando nesta categoria as 200 maiores empresas do país e estrangeiras que atendam ao limite requerido pela legislação. O governo neozelandês introduziu políticas para reduzir emissões incluindo promessa de tornar o setor público neutro em carbono até 2025 e comprar apenas ônibus para transporte público com emissões zero.

Pesquisa da Universidade de Utah e Universidade Cornell publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que micro fragmentos plásticos de embalagem e garrafas de refrigerantes viajam na atmosfera carregados por ventos. A maior parte do lixo plástico é enterrada em aterros sanitários, incinerada ou reciclada, no entanto, 18% permanece no ambiente se fragmentando até que sejam lançados no ar. Significa que parte do plástico jogada no mar e na terra apresenta risco potencial aos ecossistemas, embora,  tenha havido progresso com a criação de polímeros biodegradáveis. A pesquisa coletou dados de microplásticos atmosféricos do oeste dos EUA de 2017 a 2019 descobrindo que são depositadas 22 mil toneladas anualmente, além de 14 milhões de toneladas no fundo do mar. No oceano formam ilhas de plástico sendo quebrados em partículas que ficam na camada superior da água, lançadas no ar pelas ondas e vento, além de grandes cidades e fazendas através da poeira nos processos agrícolas. Na atmosfera os plásticos permanecem por até seis dias e meio e, nesse período, "sob condições adequadas são transportados aos oceanos e continentes em viagem ou re-suspensão", sendo EUA, Europa, Oriente Médio, Índia e Ásia Oriental pontos críticos na deposição de plástico em terra.

Moral da Nota: partículas e fibras microplásticas geradas na decomposição de resíduos mal gerenciados são tão predominantes que circulam pela Terra de modo semelhante aos ciclos biogeoquímicos globais. Estradas dominam as fontes de microplásticos no oeste dos EUA seguidas por emissões marítimas, agrícolas e poeira geradas por vento dos centros populacionais.A poluição por plástico é questão ambiental e social urgente no século XXI sendo determinante o papel da atmosfera no transporte, cujo esforço usa dados de deposição espacial e temporal de alta resolução ao lado de fontes de emissões hipotéticas para restringir o plástico atmosférico. 

domingo, 30 de janeiro de 2022

Projetos renováveis

Energia renovável e sustentabilidade são foco no crescente movimento de mudança climática e preocupações com pegada de carbono, cada vez maior, criada por combustíveis fósseis. O setor de energia passa por transformação crítica e a blockchain desempenha papel significativo nessa transição, cujo fluxo linear tradicional de energia dos produtores aos consumidores se fragmenta e se descentraliza com gama de ativos de geração de energia renovável complementando a estrutura energética e Blockchain como tecnologia facilitando a interação direta entre produtores e consumidores permitindo indivíduos, empresas e dispositivos inteligentes como painéis solares e sistemas de bateria interagir e fazer transações diretamente. A energia renovável através da utilização de recursos naturais é fundamental à redução do consumo, com redes de distribuição tornando-se mais complexas à medida que aumenta a tendência para recursos de energia renovável, prevendo-se que a distribuição ineficiente de energia, seu uso ilegal, preços injustos e entrada de produtores individuais no mercado serão questões abordadas. 

Blockchain com capacidade de construir confiança, cria conexões e interrompe cadeias de valor estabelecidas mostrando potencial catalisador que acelera a transição energética, embora progresso significativo tenha sido feito, a tecnologia, governança e regulamentação Blockchain requerem mais trabalho antes de atingir a maturidade, determinando que empresas de energia aprendam e desenvolvam aplicações descentralizadas colaborando com outras para acelerar o desenvolvimento de energia de baixo carbono. Dentre as nações que trabalham por iniciativa verde, a Austrália tem liderança em projetos blockchain focados no mercado de energia renovável, dentre os principais incluem a Power Ledger e Phaeton, com o primeiro se destacando no mercado internacional associado ao mercado de energia renovável e, em comparação, a Phaeton tomou caminho diverso ao construir ecossistema completo com tecnologia blockchain em seu núcleo e, energia renovável como foco principal. A Phaeton está criando ecossistema do zero, em vez de alavancar tecnologia em plataformas e serviços existentes se tornando o primeiro projeto blockchain construir sua própria infraestrutura e data centers, já que a maioria dos principais blockchains dependem de empresas terceirizadas centralizadas, como Google e Amazon, à armazenamento e segurança de dados, algo diverso da filosofia Blockchain de descentralização. A Phaeton está focada na construção de seus próprios data centers no mundo para alimentar variedade de serviços. O Phaeton Blockchain é sistema descentralizado de contabilidade com um tamanho de bloco de 250 kb, potencialmente um milhão de transações e, tempo de criação de cinco segundos, construído com base no algoritmo de consenso de Prova de participação delegada mais tolerância a falhas bizantinas delegadas, DPoS + dBFT, que aumenta a eficiência energética. Continua ser blockchain independente focado em fornecer plataforma à empresas, seja para fins monetários, transacionais, de dados ou contratos inteligentes, capacitando indivíduos hospedar um nó, essencial à velocidade, escalabilidade e segurança Blockchain. O projeto está construindo sociedade descentralizada aos necessitados, sendo que cada aspecto energético seria alimentado por fontes renováveis, como solar, eólica, hídrica e geotérmica, atuando como incubadora  apoiando projetos novos e futuros na expansão do ecossistema Phaeton. Oferece oportunidade genuína de investimento e dividendos através de investimentos do mundo real desenvolvendo plataforma para impacto social positivo, sob forte estrutura de gestão, incuba, desenvolve e colabora com empresas comerciais novas e estabelecidas para enfrentar desafios sociais e ambientais conforme objetivos da agenda das Nações Unidas.

Moral da Nota: a sustentabilidade não se limita a um setor sendo que diversas indústrias e governos se uniram para definir metas de neutralidade de carbono, incluindo tecnologia Blockchain que, em uma década, impactará mais setores que a Internet em seu tempo, tornando-se padrão de armazenamento e compartilhamento de dados com o setor de energia renovável inserindo projetos como Power Ledger e Ph, crescentes, mostrando como projetos blockchain renováveis ​​são o futuro. A Austrália é considerada país com potencial central de energia limpa liderando o setor com projetos vindo de baixo, no entanto, paFim íses promoveram iniciativas semelhantes como a energia da Estônia ou Acciona Energy & Iberdrola da Espanha. Por fim, o National Transport Insurance da Austrália anunciou teste de sistema blockchain à melhorar a integridade da cadeia de abastecimento às exportações de carne bovina, melhorando integridade da cadeia de abastecimento através de parceria entre a NTI e BeefLedger, plataforma australiana de “proveniência integrada, segurança blockchain e pagamentos”, que combina blockchain com IoT para reforçar credenciais do produto na cadeia de abastecimento.


sábado, 22 de janeiro de 2022

Crescimento Verde

O estímulo econômico impulsiona sustentabilidade aumentando emprego, renda e crescimento, fortalecendo resiliência das economias e sociedades decorrente recessão e desafios ambientais, sendo que emergências ambientais como mudanças climáticas e perda de biodiversidade, acarretam danos sociais e econômicos maiores que os determinados ​​pela pandemia. Os programas de recuperação pós-crise são oportunidade de alinhamento de políticas públicas visando objetivos climáticos limitando o risco de bloqueio de infraestrutura em carbono.

Investir em conservação, sustentabilidade e restauração da biodiversidade ajuda no enfrentamento de doenças infecciosas emergentes, proporciona empregos, oportunidades de negócios e outros benefícios à sociedade, ao melhorar a saúde ambiental através de melhor qualidade do ar, água e saneamento, gestão de resíduos, ao lado de esforços para salvaguardar a biodiversidade, reduzindo a vulnerabilidade das comunidades a pandemias melhorando bem-estar e resiliência da sociedade. A pandemia nos mostra inter-relações entre o ambiente e meios de subsistência, com a mudança climática como próximo grande desafio e, alcançar emissões líquidas zero requer transformações tecnológicas, econômicas e sociais , no entanto, o progresso é insuficiente para atingir metas do Acordo de Paris. A recuperação verde é oportunidade de inovação, empreender reestruturação de amplo alcance de setores críticos, acelerando planos ambientais existentes e de projetos ambientalmente sustentáveis em período de preços do petróleo mais baixos, ideal, para aumentar o preço do carbono e reformar subsídios aos combustíveis fósseis, daí, recuperação verde ser vital para enfrentar desafios interconectados das mudanças climáticas e perda de biodiversidade. Governos concentram medidas verdes em setores de energia e transporte de superfície, no entanto, indústria, agricultura, silvicultura e gestão de resíduos importam à recuperação verde e resiliente. Prevê-se que emissões globais de GEE na agricultura aumentarão 4% nos próximos dez anos com pecuária respondendo por mais de 80% desse aumento, urgindo políticas favoráveis ​​ao clima contribuindo à redução global das emissões conforme estabelecido no Acordo de Paris.

Moral da Nota: número crescente de empresas de petróleo e gás definiu metas à transição para emissões de carbono “zero” até 2050, estimando-se que a energia renovável empregue mais pessoas por unidade de investimento e energia que a geração de combustível fóssil, potencialmente mais de 40 milhões de pessoas até 2050, caso a comunidade internacional utilize todo o potencial de energia renovável, o emprego no setor de energia chegaria a 100 milhões em 2050 contra os 58 milhões de hoje. Apenas 10 dos 42 países da OCDE precificam o carbono até mesmo pela metade dos 60 euros/tonelada de referência, estimativa intermediária do custo real das emissões de CO2 para 2020 e estimativa de baixo custo à 2030. Estima-se que o aumento da taxa efetiva de carbono de 1 euro/tonelada de CO2 leva, em média, a redução de 0,73% nas emissões ao longo do tempo e aumentar o preço dos combustíveis com alto teor de carbono encoraja usuários de energia optar por baixo ou zero carbono, criando a certeza aos investidores que vale a pena investir em tecnologias de baixo carbono. Cerca de US$ 6,3 trilhões de investimento anual são necessários até 2030 em infraestrutura de energia, água transporte e telecomunicações, para sustentar o crescimento e aumentar o bem-estar, com critérios ESG buscando conscientizar e fortalecer compromissos corporativos e de investidores.


domingo, 12 de setembro de 2021

Neutralidade de carbono

A brasileira Hashdex investirá parte dos ativos administrados pelo seu ETF BITH11 em créditos de carbono e tecnologia verde. O BITH11, fundo negociado em bolsa, ETF, lançado no Brasil pela empresa de investimentos alternativos focada em criptografia Hashdex Asset Management, afirma ser o primeiro ETF Bitcoin “verde” do país. Planeja neutralizar emissões de carbono associadas pela compra de créditos de carbono, cumprindo os objetivos do ETF, sendo que a Hashdex é parceira do Crypto Carbon Ratings Institute da Alemanha na produção de relatórios anuais estimando o consumo de energia e emissões de carbono que sustentam a criação do Bitcoin, BTC, adquirido pelo fundo. O ETF investe a cada ano 0,15% dos ativos líquidos em créditos e tecnologias ecologicamente corretas de carbono, lançado na Bolsa de Valores Brasileira B3 sob o ticker BITH11.

O Bitcoin é considerado como potencial reserva de valor e sua base monetária previsível, segurança da rede descentralizada e ser ativo descorrelacionado das demais classes de ativos, levaram investidores ao lado do crescimento da rede, fazer com que se valorizasse milhares vezes na última década. O BITH11 oferece acesso ao Bitcoin de forma simples, segura, regulada e sustentável na Bolsa Brasileira, cujo desenvolvimento pela Hashdex busca neutralizar emissões de carbono, um dos poucos fundos de cripto no mundo com essa política. O fundo busca retornos que correspondam à performance em Reais, antes de taxas e despesas, do Nasdaq Bitcoin Reference Price, desenvolvido pela Nasdaq para fornecer em tempo real o preço de referência do Bitcoin. O fundo investirá 95% de seu patrimônio em cotas do fundo de índice alvo, o Hashdex Nasdaq Bitcoin ETF que, investe em ativos financeiros emitidos e/ou negociados no exterior e, em particular, Bitcoin ou em posições compradas no mercado futuro de modo refletir  a performance do NQBTC.

Moral da Nota: a Hashdex, de acordo com a Bloomberg, é emissora de fundos de investimento em criptografia regulamentados lançando seu primeiro ETF em criptografia, o HASH11, e em 2021 valorizou 33% além do HASH11 e do BITH11, oferecendo fundo ponderado do Nasdaq Crypto Index que acompanha o BTC e o Bitcoin Risk Parity Gold Fund. Fundos de criptografia verdes cresceram em popularidade em linha as preocupações com o consumo de energia baseado em combustíveis fósseis, quando as operações de mineração de criptografia tornaram discurso dominante. O emissor canadense de Bitcoin ETF Ninepoint anunciou planos para compensar a pegada de carbono de seu fundo BTC, em parceria com o provedor de serviços de compensação de carbono CarbonX. O gerente de fundos de hedge em criptografia, One River Digital, relatou aumento na demanda por produtos de investimento Bitcoin neutros em carbono. A firma de investimento global SkyBridge Capital, anunciou parceria com provedor de crédito de carbono MOSS Earth para comprar tokens que representam 38.436 toneladas de compensações de carbono.


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Comércio de emissões

O primeiro esquema nacional de comércio de emissões foi lançado na China, maior emissor mundial de gases de efeito estufa, mecanismo de precificação de carbono existente em 45 países sendo o esquema chinês é o maior do mundo. Pesquisadores argumentam necessidade de ambição suficiente para permitir que a China cumpra as metas de redução de emissões, incluindo prazo de 2030 ao pico de emissões e meta de 2060 de emissões líquidas zero. A China usa intensidade das emissões, ou, quantidade de emissões por unidade de energia gerada, em vez de emissões absolutas para ajudar reduzir seu impacto no clima. O esquema chinês se baseia em modelo de limite e comércio, inicialmente com emissores compostos por usinas de energia movidas a carvão e gás recebendo certo número de permissões de emissão até determinado limite ou teto, negociando ou comprando licenças se permanecerem abaixo ou excederem esse valor. O objetivo é expandir o plano à setores como construção, petróleo e produtos químicos, tornando o esquema da China diferente dos que operam em outros países e regiões como a UE, Canadá e Argentina, cuja opção é por se concentrar na redução da intensidade da geração de emissões em vez de emissões absolutas.

As empresas de energia são incentivadas a reduzir a intensidade das emissões, o que significa produzir a mesma ou maior quantidade de energia e, ao mesmo tempo, reduzir suas emissões ou mantê-las no mesmo nível. Significa que as emissões absolutas ainda podem aumentar com o aumento da produção de energia, desde que as empresas estejam reduzindo o volume de emissões por unidade de produção de energia. O limite inicial de emissões de uma empresa é uma função tanto de sua produção de energia atual quanto da intensidade de emissões de suas operações atuais, que se baseia em fatores como o tipo de carvão e equipamentos que usa, segundo o gerente geral do Carbon Market Institute em Melbourne, Austrália. O objetivo é incentivar geração mais eficiente ou menos intensiva em carbono para empresas de energia atualizar equipamentos e instalações mais eficientes e comercializar licenças de emissão economizando ou comprando licenças para cobrir o excesso de emissões. No entanto, a economia chinesa deve crescer 4-5%/ano, significando aumento significativo no consumo de energia e emissões, daí, a meta de intensidade permitir "desenvolvimento econômico futuro" e ao mesmo tempo que significa que a China ainda pode "reduzir a emissão de carbono por unidade de produção econômica", segundo o economista do Centro de Pesquisa de Política Energética e Ambiental da Academia Chinesa de Ciências em Pequim. É preciso notar que, segundo pesquisadores, o fato das licenças iniciais serem muito generosas permitindo preços muito baixos e penalidades leves por não cumprimento o suficiente para um impedimento. Outro desafio à China é garantir a integridade dos relatórios e monitoramento das emissões, decorrente problemas observados nos esquemas-piloto o mecanismo nacional tem padrão mais rígido às empresas que relatam emissões exigindo que forneçam informações técnicas detalhadas como dados sobre o tipo e consumo de carvão. Por fim, a China depende de agências independentes para verificar os dados, de forma semelhante ao esquema da UE, com operadores enviando relatórios anuais de emissões confirmados de forma independente por verificadores credenciados. 

Moral da Nota: o economista ambiental e diretor do Centro de Política Climática e Energética da Universidade Nacional Australiana em Canberra, fala ser sinal positivo que o esquema de comércio de emissões da China tenha começado sendo improvável que tenha efeito sobre emissões em sua forma atual, textualmente explica que "estabelece infraestrutura que poderia ser usada no futuro para reduzir emissões de modo eficaz e eficiente no setor de energia da China". Em 2019, a China foi responsável por 27% das emissões globais de carbono, mais de 10 bilhões de toneladas de CO2, no entanto, as emissões per capita, cerca de 6,8 toneladas de CO2/pessoa são menos da metade de nações como EUA, Austrália e Canadá.