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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Inflexão climática

Pontos de inflexão climática são desencadeados na morte de corais e colapso das camadas de gelo ficando evidente a insuficiência em reduzir ameaças decorrentes o aquecimento global, dito por cientistas do ramo em que práticas sustentáveis ​​à futuro sustentável são necessárias para nos proteger dos crescentes pontos de inflexão, daí, políticas atuais correm risco de desencadear 62% dos pontos de inflexão climática, considerando que causam mudanças ambientais significativas e de longo prazo considerando que depois da Conferência de Estocolmo, em 1972, governos começaram elaborar políticas e tratados relacionados ao ambiente. Artigo publicado no periódico Earth System Dynamics nos esclarece que quando pequena mudança impulsiona ou leva o sistema a um novo estado causando transformação significativa e duradoura, é conhecido como "ponto de inflexão", ou, pontos irreversíveis, com cientistas enfatizando necessidade de práticas mais sustentáveis à futuro sustentável sendo que o documento menciona que, em média, políticas atuais podem desencadear risco de 62% de pontos de inflexão que poderiam ser reduzidos através de caminhos mais sustentáveis como menores emissões de gases efeito estufa. Estudo das Universidades de Exeter e Hamburgo sobre a morte regressiva da floresta amazônica e o degelo do Permafrost, terras geladas eternas, não encontrou nenhuma influência interligada sobre o controle dos efeitos dos pontos de inflexão na Terra, com o autor do estudo, Jakob Deutloff dizendo que a “boa notícia do estudo é que o poder de evitar pontos de inflexão climáticos ainda está em nossas mãos”, concluindo que, “parece que a violação dos pontos de inflexão na Amazônia e região do Permafrost não deve necessariamente desencadear outros”. O estudo avaliou probabilidades de pontos de inflexão em 5 cenários diferentes, conhecidos como SSPs, caminhos socioeconômicos compartilhados ao mencionar perigos representados pelos pontos de inflexão, com o professor Tim Lenton do Instituto de Sistemas Globais de Exeter, nos esclarecendo que, os “pontos de inflexão climáticos podem ter consequências devastadoras à humanidade”, sustentando que, “está claro que estamos em trajetória perigosa com pontos de inflexão provavelmente sendo acionados, a menos que mudemos de rumo rapidamente" e, concluindo que, “precisamos de ação global urgente incluindo desencadeamento de 'pontos de inflexão positivos' nas sociedades e economias para alcançar futuro seguro e sustentável.”

A partir disso, cabe a nota que a cidade de Nova York em 2023 sofreu redução da temperatura em 3°C devido fumaça dos incêndios florestais canadenses, aumentando poluentes e problemas de saúde, considerando que incêndios florestais de 2023 no Canadá foram causados ​​pelas mudanças climáticas e, a queda de 3 ºC está em linha com a má qualidade do ar, em linha com aumento dos problemas de saúde em Nova York e Canadá decorrente poluição, os incêndios no Canadá deixaram o céu de Nova York laranja esfriando inesperadamente a região em fenômeno conhecido como "escurecimento global". A queda de temperatura ocorrida no verão do hemisfério norte, segundo pesquisadores da Rutgers Health, alertaram sobre consequências perigosas ao reter poluentes tóxicos do ar perto do solo, dito pelo estudo publicado na Nature Communications Earth & Environment, valendo dizer que, foram analisadas partículas de fumaça dos incêndios florestais que viajaram 1.000 km até Nova York e Nova Jersey, formando bloqueio de ar tóxico que aumentou exposição à fumaça dos incêndios florestais e poluentes urbanos.  O efeito de resfriamento decorreu devido compostos orgânicos de carbono marrom dispersando luz solar para longe da superfície da Terra, bloqueando radiação solar e causando queda da temperatura, limitando ainda circulação natural do ar impedindo que a poluição se dispersasse aprisionando partículas nocivas próximo a superfície, no evento, Nova York registrou níveis sem precedentes de partículas finas, PM2,5, excedendo diretrizes da EPA em 3 vezes e recomendações da OMS em 8 vezes. Estudo complementar da Rutgers revelou que 9,2 miligramas de partículas de fumaça foram depositadas nos pulmões de indivíduos expostos prejudicando a capacidade das células imunológicas pulmonares combaterem infecções em até 50%, com dados epidemiológicos confirmando aumento em visitas de emergência relacionadas à asma, 44% e 82%, no pico de fumaça dos incêndios florestais. Alerta de máscara foi emitido recomendando que moradores limitassem atividades ao ar livre já que o norte dos EUA estava coberto por espessa camada de fumaça, com o Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York emitindo alerta de saúde à condados como Nova York, Bronx e Queens. O prefeito de Nova York em comunicado avisou que a qualidade do ar estava "muito insalubre", com o IQA, Índice de Qualidade do Ar da EPA, Agência de Proteção Ambiental, subindo à 218, decorrente a informação que no Canadá  4,3 milhões de hectares foram queimados, 15 vezes a média dos últimos 10 anos e mais de 120 mil pessoas forçadas a deixar suas casas, pelo menos temporariamente e, para concluir, depois de Nova York, a fumaça do incêndio florestal canadense cobriu Washington à medida que avançou pela costa atlântica.

Moral da Nota: a resseguradora Swiss Re, SRENH.S, em relatório informa que os custos dos desastres climáticos se projetam a US$ 145 bilhões em 2025, quase 6% a mais que em 2024, um dos anos mais caros já registrados, cujos principais contribuintes foram os incêndios florestais em Los Angeles com perdas seguradas estimadas em US$ 40 bilhões, com o relatório informando que as perdas totais decorrentes catástrofes naturais incluindo as não cobertas por seguros chegaram a US$ 318 bilhões em 2024, valor superior aos US$ 292 bilhões registrados em 2023 e acima das médias de longo prazo. Vale a nota que o governo americano demitiu todo o painel climático dos EUA, 400 autores da Avaliação Climática Nacional, NCA, impactando pesquisa climática e impedindo que se conheça seus impactos agravando efeitos em comunidades vulneráveis, além de interromper a pesquisa científica da NOAA, Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA. A NCA é o programa governamental formado pelo Programa de Pesquisa sobre Mudanças Globais dos EUA, USGCRP, que lançou seu primeiro relatório sobre impacto das mudanças climáticas nos EUA em 2000, divulgados em padrão de 5 anos enquanto, o próximo relatório, 6º, estava programado para ser divulgado em 2027 lembrando que os 5 relatórios divulgados pela NCA concentraram-se nos efeitos das mudanças climáticas na economia dos EUA e, em seus cidadãos, além de estudos sobre emissões de gases de efeito estufa e como agravam mudanças climáticas. Outra nota é que mudanças nas monções ameaçam a Baía de Bengala que cobre menos de 1% do oceano global e fornece 8% da produção pesqueira mundial, incluindo espécies como a hilsa, alimento básico à comunidades costeiras, com estudo publicado na Nature Geoscience revelando que eventos climáticos extremos causados ​​pelo clima nas monções de verão da Índia podem prejudicar a produtividade marinha da Baía de Bengala colocando em risco segurança alimentar de milhões de pessoas. Monções mais fortes aumentarão o escoamento de água doce enquanto ventos mais fracos não neutralizarão a estratificação bloqueando fluxo de nutrientes de águas mais profundas ao plâncton da superfície, impactando mais 150 milhões de pessoas que dependem da pesca da Baía para obter proteína e subsistência, considerando que a pesca artesanal que constitui 80% da pesca marinha de Bangladesh enfrenta pressões de sobrepesca levando estoques abaixo de níveis sustentáveis. Para concluir, David Attenborough lança iniciativa para proteger 30% dos oceanos do mundo e, para lidar com a sobrepesca e mudanças climáticas, a iniciativa liderada pela ONG Dynamic Planet e o programa Pristine Seas da National Geographic Society auxiliará comunidades locais nos esforços em estabelecer "áreas marinhas protegidas" nas águas costeiras.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Mercado de pesca

Autoridades da Islândia se encaminham ao fim da caça à baleia em 2024, decorrente a queda na procura inviabilizando a comercialização, por conta do  regresso do Japão à pesca do animal em 2019,  principal mercado de carne de baleia, reduzindo a procura.  Especialistas informam tratar-se de  atividade que requer grande controle e "mesmo que seja sustentável do ponto de vista biológico", pode não ser no "plano social ou econômico". As quotas da Islândia para 2019-23 permitem  caça de 209 baleias de barbatanas, segunda maior espécie do planeta e 217 baleias anãs,  com poucas empresas em condições de fazê-lo.

A ministra da Alimentação, Agricultura e Pesca da Islândia,  informa que  há poucas evidências de benefício econômico na caça às baleias demonstrando que é economicamente justificável com licenças de pesca  renovadas até 2023, mas,  há poucas razões para acreditar que continuará ser permitida após 2023. Lembra que desde que foi reautorizada para fins comerciais em 2006, número considerável de baleias minke foram capturados.  Diz  ser indiscutível que a pesca não tem grande importância econômica e, nos últimos três anos, nenhuma baleia grande foi capturada, portanto, acredita que os benefícios econômicos da pesca não são grandes.  Ressalta que a pesca tem sido polêmica lembrando que uma rede de varejo dos EUA parou de comercializar produtos islandeses devido ao caso e,  em 1989, o efeito foi maior,  após interrupção na venda de pescado no mercado externo, sendo  que a ministra afirma que  o consumo de carne de baleia está em declínio no Japão,  principal mercado à carne.  A Islândia é um dos últimos três países que caçam baleias comerciais,  apesar das grandes quotas para o período de 2019-2023,  que se deve ao retorno do Japão a caça comercial.  Artigo publicado pelo Morgunbladid, informa que a Islândia, Noruega e Japão são os únicos países do mundo que permitem caça à baleia, apesar das críticas de ativistas ambientais e defensores dos animais e alertas sobre toxicidade da carne além de mercado em retração. As cotas da Islândia, reavaliadas em 2019, permitem caçar 209 baleias-comuns,  segundo maior mamífero marinho depois da baleia azul e 217 baleias minke, um dos maiores cetáceos,  capturados anualmente até o final de 2023. A Islândia, com população de  370 mil  pessoas e economia  voltada ao turismo, enxerga  uma crescente indústria de observação de baleias à visitantes estrangeiros.

Moral da nota: o presidente Vladimir Putin, assinou lei que proíbe captura comercial e costeira de baleias, golfinhos e botos, utilizando o termo "ceráceos" que inclui cachalotes, narvais, belugas, orcas, botos, etc. Mamíferos marinhos eram capturados na Rússia com cotas emitidas pela Agência Federal de Pesca e, após o escândalo da "prisão da baleia", dificilmente foram alocados. Em 2018 centenas de belugas e orcas foram capturadas no Mar de Okhotsk e vendidas ilegalmente a aquários chineses, 11 orcas e 90 belugas foram mantidas ilegalmente em cativeiro na região de Primorsky  e após  ampla repercussão internacional os animais foram liberados.