segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Mercado de pesca

Autoridades da Islândia se encaminham ao fim da caça à baleia em 2024, decorrente a queda na procura inviabilizando a comercialização, por conta do  regresso do Japão à pesca do animal em 2019,  principal mercado de carne de baleia, reduzindo a procura.  Especialistas informam tratar-se de  atividade que requer grande controle e "mesmo que seja sustentável do ponto de vista biológico", pode não ser no "plano social ou econômico". As quotas da Islândia para 2019-23 permitem  caça de 209 baleias de barbatanas, segunda maior espécie do planeta e 217 baleias anãs,  com poucas empresas em condições de fazê-lo.

A ministra da Alimentação, Agricultura e Pesca da Islândia,  informa que  há poucas evidências de benefício econômico na caça às baleias demonstrando que é economicamente justificável com licenças de pesca  renovadas até 2023, mas,  há poucas razões para acreditar que continuará ser permitida após 2023. Lembra que desde que foi reautorizada para fins comerciais em 2006, número considerável de baleias minke foram capturados.  Diz  ser indiscutível que a pesca não tem grande importância econômica e, nos últimos três anos, nenhuma baleia grande foi capturada, portanto, acredita que os benefícios econômicos da pesca não são grandes.  Ressalta que a pesca tem sido polêmica lembrando que uma rede de varejo dos EUA parou de comercializar produtos islandeses devido ao caso e,  em 1989, o efeito foi maior,  após interrupção na venda de pescado no mercado externo, sendo  que a ministra afirma que  o consumo de carne de baleia está em declínio no Japão,  principal mercado à carne.  A Islândia é um dos últimos três países que caçam baleias comerciais,  apesar das grandes quotas para o período de 2019-2023,  que se deve ao retorno do Japão a caça comercial.  Artigo publicado pelo Morgunbladid, informa que a Islândia, Noruega e Japão são os únicos países do mundo que permitem caça à baleia, apesar das críticas de ativistas ambientais e defensores dos animais e alertas sobre toxicidade da carne além de mercado em retração. As cotas da Islândia, reavaliadas em 2019, permitem caçar 209 baleias-comuns,  segundo maior mamífero marinho depois da baleia azul e 217 baleias minke, um dos maiores cetáceos,  capturados anualmente até o final de 2023. A Islândia, com população de  370 mil  pessoas e economia  voltada ao turismo, enxerga  uma crescente indústria de observação de baleias à visitantes estrangeiros.

Moral da nota: o presidente Vladimir Putin, assinou lei que proíbe captura comercial e costeira de baleias, golfinhos e botos, utilizando o termo "ceráceos" que inclui cachalotes, narvais, belugas, orcas, botos, etc. Mamíferos marinhos eram capturados na Rússia com cotas emitidas pela Agência Federal de Pesca e, após o escândalo da "prisão da baleia", dificilmente foram alocados. Em 2018 centenas de belugas e orcas foram capturadas no Mar de Okhotsk e vendidas ilegalmente a aquários chineses, 11 orcas e 90 belugas foram mantidas ilegalmente em cativeiro na região de Primorsky  e após  ampla repercussão internacional os animais foram liberados.