quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Controle Cripto

O FED deixa de monitorar nos bancos atividades de criptomoedas, seguindo ordem executiva do presidente norte americano   buscando proteger a indústria digital encerrando programa de controle cripto alinhando sua política com a administração dos EUA, sendo que a decisão está em linha com a ordem executiva assinada pelo presidente coibindo o desbanking injustificado de projetos de criptomoedas o que pode ser interpretado como sinal positivo ao setor.  Criticado pela recusa em reduzir as taxas de juros, confirmou que flexibilizará regulamentações sobre criptomoedas marcando reviravolta que beneficia o ecossistema de ativos digitais, mudança, que ocorre pós críticas do presidente norte americano que liderou ofensiva política contra políticas restritivas e emitiu ordens executivas à coibir bloqueios bancários injustificados no setor cripto, especificando que "retornará ao monitoramento das novas atividades dos bancos através do processo normal de supervisão", acrescentando que, "desde que o Conselho iniciou o programa à supervisionar atividades de criptomoedas e fintechs em bancos, fortaleceu compreensão dessas atividades" explicando que esse conhecimento motivou o encerramento do programa. A decisão indica que interações dos bancos com criptomoedas serão integradas aos processos normais de supervisão reduzindo escrutínio em vigor desde o lançamento do programa, embora o efeito sobre os mercados não esteja claro, analistas consideraram o relaxamento como mudança otimista ao setor alinhada à estratégia política em favor do ecossistema  cripto, considerando que, o presidente autorizou inclusão de criptomoedas em fundos de aposentadoria nos EUA, marco histórico ao ecossistema global cripto, primeira vez que esses fundos podem investir diretamente em criptoativos abrindo caminho para que bilhões de dólares institucionais fluam para esse mercado, com o CEO da Bitso Argentina enfatizando que a medida não é isolada, mas, parte de iniciativas nos EUA que impulsionam adoção de criptomoedas globalmente e na América Latina incluindo a aprovação de ETFs  Bitcoin e regulamentações claras à stablecoins. Vale conseiderar que o Tesouro dos EUA considera verificação de identidade digital em DeFi para combater finanças ilícitas como parte da consulta sobre a Lei GENIUS sobre ferramentas de conformidade  cripto, com o Departamento do Tesouro buscando entender como ferramentas de identidade digital e outras tecnologias emergentes podem ser usadas para combater finanças ilícitas em mercados cripto com opção incluindo incorporação de verificações de identidade em contratos inteligentes de finanças descentralizadas, DeFi. A consulta decorre da Lei de Orientação e Estabelecimento de Inovação Nacional à Stablecoins dos EUA, Lei GENIUS, em vigor a partir de julho que estabelece estrutura regulatória à emissores stablecoins de pagamento, orientando o Tesouro explorar  tecnologias de conformidade incluindo interfaces de programação de aplicativos, APIs, IA, verificação de identidade digital e monitoramento blockchain além da possibilidade de protocolos DeFi integrarem credenciais de identidade digital diretamente em seu código, sob este modelo, um contrato inteligente poderia verificar automaticamente credenciais do usuário antes de executar uma transação incorporando efetivamente salvaguardas de conhecimento do cliente, KYC, e anti-lavagem de dinheiro, AML, na infraestrutura blockchain. O Tesouro norte americano informa que soluções de identidade digital podem incluir IDs governamentais, biometria ou credenciais vestíveis reduzindo custos de conformidade e fortalecendo proteções de privacidade, tornando mais fácil à instituições financeiras e serviços DeFi detectar lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo ou evasão de sanções antes que as transações ocorram reconhecendo potenciais desafios incluindo preocupações com privacidade de dados e necessidade de equilibrar inovação com supervisão regulatória. Grupos bancários dos EUA liderados pelo Bank Policy Institute, BPI, instaram o Congresso endurecer regras do GENIUS Act, alertando que uma brecha permitiria que emissores de stablecoins contornassem restrições ao pagamento de juros e em carta o BPI afirmou que a brecha poderia permitir que emissores fizessem parcerias com bolsas ou afiliadas à oferecer rendimentos, minando a intenção da lei alertando que o crescimento descontrolado de stablecoins com rendimento poderia levar a saída de depósitos de US$ 6,6 trilhões de bancos tradicionais colocando em risco acesso das empresas ao crédito.

Relatório MEXC, corretora global de criptomoedas, informa que o México lidera uso diário de criptomoedas na América Latina, impulsionado pela inflação, remessas e inclusão financeira, se posicionando como um dos países com maior adoção do mundo e, conforme  o Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis o México ocupa a 14ª posição na sua adoção no mundo, entre 151 países.  Explica  que, com Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, concentraria 84% do uso de criptomoedas na América Latina que o levou liderar a adoção para uso cotidiano e, de acordo com dados recentes, as remessas cripto no México cresceram 40% em 2024 impulsionadas pela velocidade, baixo custo e acessibilidade das tecnologias, evolução que refletiria mudança estrutural na forma como interagem com o dinheiro especialmente em contextos marcados por inflação, desvalorização e exclusão bancária. Na Argentina, por exemplo, espera-se que o volume de transações cripto atinja US$ 91,1 bilhões em 2024, aumento de 6,7% em relação a 2024, considerando  que a alta inflação e instabilidade do peso levaram usuários buscar alternativas digitais à proteger suas economias, com Maggie Wu, CEO da TruBit informando que  “movimentar dinheiro globalmente será tão natural quanto enviar mensagem de texto", além de utilização à remessas, as criptomoedas ganharam destaque na inclusão financeira e, em setores não bancarizados como autônomos ou trabalhadores informais os ativos digitais permitem que operem e recebam pagamentos em diferentes moedas sem necessidade de conta bancária tradicional. Tracy Jin, COO da MEXC, informa que “testemunhamos mudança em que o uso diário cripto não é mais uma exceção”, além de relato de casos que corroboram a tendência em agências de viagens online na América Latina relatando aumento nos pagamentos cripto,  entre usuários com menos de 35 anos, por outro lado, destacam que, em abril de 2025, a Cidade do Panamá anunciou que permitiria pagamento de impostos municipais com criptomoedas através de acordo com o Towerbank posicionando-se como referência na adoção institucional de ativos digitais e, por fim,  acrescentam que espera-se que mais governos e empresas na região promovam políticas que integrem cripto aos sistemas financeiros tradicionais, promovendo inclusão, eficiência e transparência nas operações econômicas diárias.

Moral da Nota:  argentinos criam IA que ajuda cuidar da saúde arrecadando US$ 1,2 milhão através da startup Motivia com a participação da Alaya Capital sediada em Córdoba e a Sancor Seguros Ventures, fundo de capital de risco do grupo segurador homônimo, além dos fundos internacionais Don't Quit Ventures que investe em iniciativas IA em mercados emergentes e Malbec Ventures que investe em healthtechs orientadas por dados.  Trata-se do segundo investimento de capital captado pela plataforma de gestão preventiva baseada em IA que monitora dados clínicos e comportamentais em tempo real de pacientes com obesidade, hipertensão, diabetes e câncer, considerando que em 2 anos a empresa captou US$ 400 mil de investidores, iniciativa, de 4 sócios fundadores, Juan Cruz Forgioni, CEO, e Pablo Kruls, CBO, trabalhando nos Laboratórios Bagó no processo de scale-up do Labbi, marketplace B2B à farmácias com presença na Argentina, Uruguai e Bolívia que lideraram até o primeiro trimestre de 2023 quando decidiram deixar a empresa para cofundar a Motivia. Maximiliano Abrutsky, CTO da iniciativa, ocupou o mesmo cargo na Betterfly, unicórnio chileno do setor de bem-estar e liderou fábrica de software especializada em desenvolvimentos tecnológicos aos setores de saúde e esportes e Lucas Gamarnik, CSO da Motivia, sócio e consultor da Segal, Turner & Associates, cofundador da LifeLong em Londres, Inglaterra, e CEO da FUTLAB Argentina, além de coordenar projetos públicos no âmbito do G20 e OCDE. Descreve como crise sanitária urgente "na América Latina, a pirâmide populacional invertida e baixa taxa de natalidade causam envelhecimento da população, enquanto isso, 75% das mortes estão associadas a doenças crônicas em que os sistemas de saúde tradicionais em parte reativos contribuem marginalmente ou negativamente no controle e manejo dessas patologias." A Motivia possui convênios com seguradoras de saúde pré-pagas e centros de saúde como a Clínica Cormillot, considerando que  5.500.000 mortes por doenças não transmissíveis ocorrem anualmente no continente e 2.200.000 delas entre pessoas com menos de 70 anos segundo a OPAS, enquanto doenças cardiovasculares constituem a maioria, seguidas por câncer, doenças respiratórias e diabetes, que juntas respondem por mais de 80% das mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis. Indica que o "segmento de doenças crônicas representa mais de 70% dos gastos globais com saúde, perspectiva que confirma urgência e oportunidade de soluções como a Motivia, que busca aprimorar prevenção e gerenciamento de doenças crônicas em larga escala, esperando-se que o mercado global de healthtech e saúde digital cresça para US$ 660 bilhões até 2030 com taxa composta de crescimento anual próxima a 18,6%, conforme a Precedence Research". A iniciativa foca na adesão ao tratamento e desenvolvimento de hábitos saudáveis, combinando médicos e especialistas em IA com sede em Buenos Aires,  "usando modelos IA que entendem motivações das pessoas e detectam obstáculos para gerar intervenções personalizadas e gamificadas", composta por equipe de 19 pessoas descrita  como "interdisciplinar" operando como " plataforma de suporte e monitoramento tecnológico sem realizar procedimentos médicos ou emitir diagnósticos diretos, e os serviços são coordenados com profissionais e entidades autorizadas em cumprimento  as leis vigentes sobre proteção de dados pessoais e registros médicos nos países atuam, como, por exemplo, a Lei 25.326 e a Lei 26.529 na Argentina aplicando  protocolos de confidencialidade e segurança". Acrescenta que estão em "processo de obtenção da certificação ISO 27001 e trabalham na infraestrutura da Amazon Web Services utilizando serviços voltados ao setor de saúde que permite garantir padrões de segurança, disponibilidade e qualidade, integrando protocolos de interoperabilidade como HL7 e FHIR para garantir comunicação fluida e segura entre sistemas e atores do ecossistema de saúde" em modelo de negócios B2B, através da venda de licenças e serviços à seguradoras, hospitais, seguradoras de pré-pago, empresas farmacêuticas, fabricantes de dispositivos médicos e corporações. A lista de  clientes e parceiros da Motivia inclui Medtronic, Clínica Cormillot, IQVIA, Astellas, Adium e Omint, com a empresa planejando aumentar a receita de US$ 40 mil em 2024 à US$ 500 mil em 2025 impulsionada pela expansão regional e aquisição de novos contratos sendo que o principal objetivo dos recursos captados no recente desembolso é acelerar a presença comercial no México e Colômbia alavancando redes de investidores. Planeja contratar profissionais seniores nas áreas de tecnologia e ciência de dados desenvolvimento de produtos e operações clínicas para fortalecer desenvolvimentos IA e aprimorar funcionalidades da plataforma, projeções que coincidem com a visão do cofundador e sócio-gerente da Alaya Capital, fundo que liderou a rodada pré-seed da Motivia.