quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Empreendedores

A Lban, Latino Business Action Network, associada a Universidade Stanford, promove empreendedores latinos através de programa que combina treinamento executivo e acesso a rede estratégica de contatos para expandir negócios em mercados globais, nesse contexto, o colombiano Robert Parada, CEO da Coco Tecnologías, foi selecionado entre  empreendedores latinos por contribuição ao setor de saúde através de sistema IA que  facilita agendamento de consultas médicas e comunicação com pacientes, no Panamá, Peru, Colômbia, Chile e Costa Rica. Explica que “o programa permiti entender como escalar, construir alianças e adaptar a mercados competitivos, mantendo foco no paciente”, segundo a empresa, a solução tecnológica otimiza recursos das instituições de saúde, reduz custos operacionais em até 40%, aumenta atendimento ao paciente à níveis acima de 90% e, melhora a experiência, destacando que “a participação de Parada no grupo impulsionou estratégia de expansão e escala da startup, Coco Tecnologías, com projeção de tornar-se o próximo unicórnio latino-americano no setor de saúde”. A tecnologia da healthtech busca fechar lacunas no acesso ao sistema de saúde, na Colômbia e globalmente, e, conforme o  índice de inclusão em saúde, que avaliou 40 países, 70% consideram a falta de consultas médicas principal obstáculo ao acesso a cuidados com a  Colômbia situada como país com o problema mais crítico nesse aspecto e em 4º lugar na oferta de horários inconvenientes, além disso, relatório da Fundação Retorno Vital e da Afidro, avalia que 27% dos pacientes no país indicam falta de acesso a consultas como barreira para receber atendimento médico. O Ceo da Coco informa que o “sistema permite instituições otimizarem os horários à oferecer maior disponibilidade, aumentando níveis de atendimento e reduzindo custos operacionais, ao passo que os pacientes podendo agendar consultas em menos de 3 minutos através de múltiplos canais de comunicação, permitindo detecção e tratamento rápido de doenças, além disso, digitaliza processos manuais melhorando a capacidade instalada e aumentando satisfação do usuário”.  O CEO colombiano levou a tecnologia a mais de 1.500 instituições médicas em 5 países, totalizando mais de 34 milhões de consultas agendadas, beneficiando 8,1 milhões de pacientes e apoiando mais de 21.700 profissionais de saúde, destacando que a Lban anunciou chamada para inscrições à Coorte 20 do Programa de Escala de Negócios em formato híbrido com sessões virtuais e 2 reuniões presenciais em Stanford.

A gestão de talentos na América Latina passa por transformação e, à medida que empresas enfrentam rotatividade, ocorre estouros de custos nos processos de contratação e necessidade de treinar funcionários, com a tecnologia se tornando  aliada estratégica, nesse contexto, a UBITS, plataforma de treinamento corporativo, anunciou aquisição da Valu, startup focada em softwares de recursos humanos baseados em IA, cujo objetivo, segundo a empresa, é fechar o ciclo de recursos humanos com ferramentas tecnológicas que permitam contratar com mais rapidez, menor custo e maior transparência. O vice-presidente de Expansão da UBITS, explicou benefícios às empresas e como essa inovação busca reposicionar áreas de talento humano como atores estratégicos nos negócios, esclarecendo que, “busca completar o ciclo completo, ou, recrutamento, avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento e, com a aquisição, encontra 3 pilares fundamentais, ou, empresa baseada em IA, equipe inovadora e fit cultural com a UBITS”, sendo que até agora, se posicionava no mercado como referência em treinamento corporativo online oferecendo conteúdo para treinar funcionários em diferentes países, com a Valu, a empresa expande atuação à espectro mais amplo consolidando plataforma de RH 360°. O compromisso é também financeiro, segundo o executivo, com a integração da Valu "espera que gere US$ 2 milhões em receita adicional e até 2026 o módulo de recrutamento represente entre 10% e 15% da receita total da empresa", atualmente, a UBITS trabalha com mais de mil clientes na América Latina e, com esta nova solução, espera chegar a 1.300, consolidando presença em setores como logística, varejo, tecnologia e serviços financeiros onde volumes de contratação são altos e as empresas buscam eficiência nos processos. Esclarece que, “com o módulo de recrutamento, tempos de contratação podem ser reduzidos em até 60% enquanto os custos associados caem de 40% a 45%, além disso, reduz rotatividade de funcionários em 20%, crucial, em países como a Colômbia onde a rotatividade chega a 41%”, sendo que a principal ferramenta da Valu é o “Serena”, agente IA que automatiza etapas  do processo seletivo, quer dizer, “agenda entrevistas via WhatsApp, e-mail ou telefone, realiza pré-triagem e fornece lista de candidatos já entrevistados, prontos à 2ª etapa.”Por fim, um dos aspectos ​​da integração tecnológica é a transparência na comunicação com os candidatos, ponto crítico histórico nos processos seletivos, concluindo, "o fator humano desumaniza pois os candidatos nunca são informados se foram aprovados ou não, a IA informa os candidatos sobre o resultado e os motivos, o que gera confiança e credibilidade.”

Moral da Nota: empregadores mais dinâmicos tendem ser relativamente jovens, firmas tendem prosperar em locais bem conectados e 64% das empresas de alto crescimento no Brasil têm menos de 5 anos em que o  perfil do trabalhador médio no negócio é de um ano extra de escolaridade que em outros setores, com o Banco Mundial tentando mapear que empresas criarão mais empregos no futuro e por que isso é essencial para oferecer oportunidades à força de trabalho do amanhã em economias em desenvolvimento, com  estudo analisando quadro laboral em países como Brasil, Indonésia e Hungria e, segundo cientistas, 5 temas dão o norte do que será importante no futuro à mais e melhores postos de trabalho. Atualmente, pequeno número de empresas representam parcela desproporcional de novos empregos, com empregadores mais dinâmicos tendendo ser  jovens e as chances de sucesso não estão relacionadas ao tamanho inicial, considerando que empresas que atuam em locais bem conectados prosperam, aceleram quando integradas em cadeias de valor, multinacionais ou fornecedores sofisticados e, outra razão ao sucesso, são habilidades de gestão fortes e adoção de tecnologias, sendo fundamental canalizar capital privado em empregos em larga escala destacando papel estratégico à políticas que apoiem empresas. Em vários setores, pequena parte das empresas criam até dois terços dos novos empregos, conhecidas como empresas de alto crescimento representando menos de 1 em cada 5 empresas formais, que juntas, geram 60% a 65% dos novos postos de trabalho em economias emergentes, enquanto no Brasil, 64% das firmas de alto crescimento têm menos de 5 anos de vida e estão em setores como fabricação de alimentos processados e, em economias em desenvolvimento ou emergentes, a maioria das empresas são pequenas e juntas representam metade do total de empregos, caso de, Camarões, Ruanda e Gana, com até 50% dos empregos em firmas com menos de 10 funcionários, no Brasil, esse número pula à mais de 60% e na Índia chega a 80%. Empresas de alto crescimento são jovens com menos de 5 anos desde o lançamento, na Colômbia, empreendimentos com 4 anos ou menos crescem de 2 a 3 vezes mais rápido que os mais antigos, ao passo que, startups e empresas jovens são as que têm maior probabilidade de enfrentar taxas de saída mais altas. O Banco Mundial avisa que ferramentas analíticas complementares como algoritmos de triagem ou diagnósticos setoriais são necessárias para identificar empresas cujos modelos de negócios, posicionamento no mercado e profundidade gerencial, tornam o crescimento sustentado do emprego mais plausível.