sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Centro Médico IA

No Chipre, comunicado à imprensa informa que o Instituto Médico Alemão cria o primeiro centro de testes e validação médica IA como parte do projeto de transformação digital Agora 3.0, inserido em parcerias no mercado de inovação em saúde da Índia, com o cientista-chefe Demetris Skourides conduzindo segunda visita de revisão para avaliar o progresso da iniciativa financiada pela Fundação de Pesquisa e Inovação que busca criar o primeiro hospital digitalizado do Chipre. O professor Constantinos Zamboglou, diretor médico do Instituto Médico Alemão, disse que a instalação investiu em um  supercomputador pronto à IA, estabelecendo o primeiro departamento IA dedicado do Chipre à testes e desenvolvimento de diagnóstico médico afirmando que "o Agora 3.0 entra em fase seguinte tornando-se Centro de Testes e Validação IA", concluindo que, "plataforma exclusiva fornecerá ambiente seguro e real para testar dispositivos e ferramentas médicas com tecnologia IA, dando aos pacientes acesso antecipado a tecnologias de ponta." O hub atende empresas internacionais IA que buscam entrar no mercado da UE via Chipre oferecendo suporte regulatório incluindo vias de certificação CE, sendo que o projeto lançou a GMIC, primeira empresa spin-off estabelecendo colaborações com parceiros na Bulgária, Sérvia, Alemanha e EUA incluindo a Universidade de Stanford, com o diretor médico viajando à Índia  como parte de delegação cipriota que participa do ICC Global Business Summit, com o  Instituto Médico Alemão planejando  assinar memorandos de entendimento com a startup indiana de IA ARIA Matrix e o Tata Memorial Cancer Center, esclarecendo que trata-se de "passo de importância estratégica, pois é o primeiro para construir presença no mercado indiano de inovação em saúde", descrevendo a parceria como colaboração com "uma das principais organizações de pesquisa sobre câncer do mundo". O cientista chefe do Instituto Alemão descreveu o foco na comercialização como "divisor de águas à economia cipriota criando novos empregos, oportunidades e melhores condições de saúde aos cidadãos" e posteriores reuniões com o presidente do Chipre e o primeiro-ministro indiano.

O Cientista-Chefe de Pesquisa, Inovação e Tecnologia do Chipre, avalia que houve um tempo que IA parecia conceito de futuro distante, hoje, no entanto, remodela locais de trabalho, promete melhores salários e oportunidades, com estudos mostrando que, mesmo em mercados emergentes, espera-se que a automatização de tarefas rotineiras libere o potencial de trabalhadores menos qualificados, ao passo que no Chipre pode se beneficiar investindo em educação, em graduados em STEM e, por meio de treinamento e requalificação de trabalhadores existentes, com o país devendo quadruplicar taxa de requalificação e adoção IA nos próximos 5 anos. A consultoria de tecnologia Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services, avalia que espera-se que trabalhadores com habilidades IA vejam aumento de pelo menos 30% nos salários, com IA tornando-se carreira emergente como visto pelo aumento de cargos em empresas como AWS, Meta, Google na Europa, cuja capacidade IA ​​em produtividade via automação deve otimizar tomada de decisões com ferramentas analíticas avançadas e impulsionar inovação em produtos e serviços em setores como serviços financeiros, saúde e automotivo, contribuindo com até US$ 13 trilhões globalmente até 2030 de acordo com análise da McKinsey & Company, sendo que as empresas cipriotas particularmente em serviços financeiros podem aproveitar essa onda de crescimento. Os níveis de digitalização nos setores público e privado no Chipre são mais baixos comparados com países desenvolvidos e, em 2021, 70% das PMEs cipriotas tinham nível básico de intensidade digital em que 42,3% usavam mídias sociais e 42,2% usavam armazenamento em nuvem, no entanto, o uso de faturas eletrônicas permaneceu baixo, 13,1%, e as tecnologias de ponta foram subutilizadas com apenas 6,2% das empresas usando big data e 2,6% alavancando IA, daí, o atraso na adoção de tecnologia, no entanto, apresenta oportunidades à graduados universitários que retornam ao Chipre com diplomas STEM, ou, à estudantes que buscam novos e ambiciosos programas de especialização IA em universidades cipriotas, particularmente em áreas como meio ambiente, energia e infraestruturas críticas e,  aos trabalhadores no mercado de trabalho, engenheiros de suporte que investem em habilidades IA podem esperar aumentos salariais de até 30% apoiados por incentivos governamentais, esperando-se que a implementação da estratégia IA do Chipre atraia empresas e multinacionais voltadas à inovação, ao mesmo tempo que aumenta produtividade e receitas em setores como saúde, varejo, hospitalidade, serviços financeiros, jogos, tecnologia de anúncios e martech. O Chipre na busca por tal objetivo,  precisa de estratégia que possa transformar funcionários de meros participantes do processo de criação de valor em partes interessadas e agentes de mudança, com benefícios reais com o  governo oferecendo programas de treinamento subsidiados e gratuitos à funcionários e trabalhadores do conhecimento através da Autoridade de Desenvolvimento de Recursos Humanos enquanto universidades locais oferecem bolsas de estudo à bacharelado e mestrado, focado em IA, recursos de treinamento online acessíveis,  Coursera.org, Udemy, LinkedIn, AWS, Microsoft, Oracle e Google AI, amplamente disponíveis além de eventos como hackathons e conferências internacionais mostrando tecnologias inovadoras que aumentam produtividade e impulsionam inovação, por exemplo, o evento Hackathon realizado em Limassol focou serviços financeiros onde desenvolveram aplicativos visando tornar os serviços mais acessíveis, eficientes e responsivos. Como parte da iniciativa da Fundação de Pesquisa e Inovação do Chipre, RIF, 7 equipes de funcionários da RIF desenvolveram 20 propostas buscando melhorar produtividade, economizar tempo e aprimorar atendimento ao cliente, iniciativa que destaca compromisso em promover inovação e integrar tecnologias de ponta nos processos ao mesmo tempo que fomenta colaboração e criatividade dos funcionários, sendo que a  RIF estabeleceu equipe chamada "Força-Tarefa IA" para explorar dimensões éticas e riscos potenciais associados à IA no local de trabalho, buscando abordar preocupações sobre perda de empregos e privacidade de dados e garantindo que aplicações IA sejam transparentes, justas e responsáveis com a força-tarefa composta por 5 funcionários qualificados encarregados de monitorar as práticas. Importa entender o impacto multifacetado IA ​​na produtividade, no engajamento dos funcionários e na cultura organizacional, cujos líderes devem reconhecer que IA não é apenas atualização tecnológica mas mudança de paradigma com participação e engajamento ativos e, análise da Ernst Young, mostra que IA pode complementar capacidades humanas em vez de substituí-las, já que automação de tarefas rotineiras permite funcionários se concentrarem em atividades estratégicas e criativas e o caminho para integrar IA no local de trabalho é complexo requerendo abordagem que inclua partes interessadas, considerações éticas e aprendizado contínuo e, ao se concentrar em aprimorar capacidades humanas e promover cultura de colaboração e transparência, as organizações podem aproveitar o potencial IA criando força de trabalho mais dinâmica e resiliente, sendo que nos próximos anos, empresas deverão identificar áreas onde IA pode reduz despesas operacionais e melhorar experiência do cliente, investindo em treinamento e avaliando sua maturidade digital e adoção IA. 

Moral da Nota: pesquisadores do Conicet da argentina trabalham no desenvolvimento do MammoInsight, plataforma digital que combina IA com análise de mamografias para promover detecção precoce do câncer de mama, ferramenta que busca melhorar precisão diagnóstica, reduzir sobrecarga da equipe médica, garantir estudos de qualidade e um maior número de pacientes, com  Ernesto Rafael Perez, profissional do Programa de Pessoal de Apoio do CONICET, esclarecendo que,  além de melhorar eficiência, "o objetivo é padronizar a qualidade das avaliações médicas nos centros de saúde aumentando chances de detecção precoce e melhorar taxas de sobrevida dos pacientes",  A detecção de câncer de mama por IA processa automaticamente imagens mamográficas e gera relatório que auxilia médicos  tomarem decisões com algoritmos reduzindo erros na interpretação de imagens e fornecendo resultados mais confiáveis, além disso, ao automatizar parte do trabalho os profissionais podem dedicar tempo a casos mais complexos, sendo outro aspecto importante do sistema a garantia de avaliações consistentes e uniformes que ajudam reduzir lacunas no acesso a diagnósticos de alta qualidade entre diferentes regiões e centros de saúde, oferecendo padrão confiável que permite mais pessoas receberem estudos precisos, mesmo em locais onde a disponibilidade de especialistas treinados pode ser limitada. O MammoInsight está em fase de validação e ajuste fino dos vários módulos, com objetivo de otimizar desempenho do sistema antes da implantação em larga escala com a equipe por trás do projeto trabalhando no desenvolvimento de algoritmos inovadores à assistência médica, incluindo modelos preditivos baseados em dados clínicos e ferramentas que podem ser integrados de forma eficiente às rotinas diárias de hospitais e centros médicos, sendo que esses recursos visam não apenas auxiliar profissionais na interpretação de imagens mamográficas mas agilizar processos clínicos e melhorar eficiência do atendimento ao paciente. Por fim, vale a nota que 8 bebês nasceram no Reino Unido usando material genético de 3 pessoas para prevenir condições devastadoras e fatais, sendo que o método, desenvolvido combina óvulo e esperma de mãe e pai com um  2º óvulo de mulher doadora, sendo que a  técnica é legal há uma década, mas agora tem a primeira prova que está levando crianças nascerem livres de doenças mitocondriais incuráveis, condições normalmente transmitidas de mãe à filho, privando o corpo de energia causando incapacidade grave, com alguns morrendo poucos dias pós nascimento, no entanto, os casais sabem que correm risco se filhos anteriores, familiares ou a mãe tiverem sido afetados. Crianças nascidas pela técnica de três pessoas herdam a maior parte do seu DNA, código genético dos pais e recebem  0,1%, da 2ª mulher, mudança transmitida de geração em geração e nenhuma das famílias que passaram pelo processo falou publicamente para proteger a privacidade, mas emitiram declarações anônimas através do Newcastle Fertility Centre onde os procedimentos ocorreram. As mitocôndrias são estruturas dentro das células, razão pela qual respiramos pois usam oxigênio para converter alimentos na forma de energia que os corpos usam como combustível e mitocôndrias defeituosas podem deixar o corpo com energia insuficiente para manter o coração batendo além de causar danos cerebrais, convulsões, cegueira, fraqueza muscular e falência de órgãos, com um em cada 5 mil bebês nasce com doença mitocondrial e a equipe em Newcastle prevê demanda de 20 a 30 bebês nascidos pelo método de três pessoas a cada ano, sendo que as mitocôndrias são transmitidas apenas de mãe para filho,  portanto, a técnica pioneira de fertilidade utiliza tanto os pais quanto mulher que doa as mitocôndrias saudáveis, sendo que a ciência foi desenvolvida há mais de uma década na Universidade de Newcastle e no Newcastle upon Tyne Hospitals NHS Foundation Trust e um serviço especializado foi inaugurado dentro do NHS em 2017. O Reino Unido não apenas desenvolveu a ciência de bebês de três pessoas, mas se tornou o primeiro país do mundo  introduzir leis que permitiam sua criação pós votação no Parlamento em 2015, no entanto, houve controvérsia já que as mitocôndrias possuem DNA próprio que controla seu funcionamento significando que as crianças herdaram DNA dos pais e 0,1% da doadora, daí, qualquer menina nascida por essa técnica transmitiria isso aos próprios filhos, portanto, é alteração permanente da herança genética humana, passo longe demais para alguns quando a tecnologia foi debatida, gerando temores que abriria portas à bebês "projetados" geneticamente modificados.

Rodapé: a Universidade Deakin, Austrália, revela que efeitos da COVID-19 longa podem ser tão devastadores quanto os de um derrame, artrite reumatoide ou Parkinson, em contexto que a OMS define como condição de sintomas que persistem ou reaparecem 3 meses pós infecção que continuam por pelo menos 2 meses sem outra causa, incluindo como efeitos colaterais, Fadiga intensa, Falta de ar, Confusão mental, Tontura, dores, palpitações e Limitações no trabalho, na socialização e execução de tarefas diárias, visto em estudo com 121 adultos que mostrou 86% dos pacientes atingiram níveis de incapacidade grave comparado com 9% dos australianos em geral, em média, tiveram problemas com atividades diárias por 27 dias/mês, não conseguiam funcionar normalmente por cerca de 18 dias/mês, sendo que os mais vulneráveis foram as mulheres, idosos, fumantes, pessoas com sobrepeso e com doenças crônicas, com especialistas enfatizando necessidade de serviços de reabilitação e apoio, bem como  mais pesquisas para compreender e tratar a condição.