sábado, 20 de janeiro de 2024

Eficiência e Clima

O presidente do Banco Mundial, BM, em entrevista na sede do Banco em Washington, evidencia eficiência e setor privado como receita na luta contra alterações climáticas e transição energética, que exigem bilhões de dólares, não sendo possível sem apoio financeiro do setor privado.  Convencer empresas aderirem as iniciativas necessita continuar reformas e acelerar execução dos projetos, reconhecendo necessidade do Banco ser "mais rápido e focado nos resultados" observando que “governos e bancos multilaterais não têm dinheiro suficiente” para financiar a luta contra o aquecimento global", daí,  “necessidade do envolvimento do setor privado.” Já, relatório do G 20 destaca necessidade de triplicar o capital do Banco Mundial,  "excelente ideia” segundo seu presidente, mas “insuficiente para atingir os trilhões” necessários “à transição energética”, enquanto o Banco pressiona  por “mais eficiência e melhor financiamento” capaz de responder missão de “erradicar pobreza em planeta habitável”. Esclarece ser essencial para “criar credibilidade necessária e fazer com que financiadores queiram contribuir com dinheiro” iniciativas apoiadas pelo Bancol, há necessidade de mudar e evoluir, ponto que ficou sublinhado”, em particular, a instituição deve encurtar prazos de execução dos projetos, um dos objetivos traçados, que espera reduzir em 30% os 27 meses atualmente necessários em discussões preliminares e os primeiros desembolsos. Explica que “os países do Sul reconhecem que não se pode combater pobreza sem combater alterações climáticas, a diferença é o que entendemos por ‘alterações climáticas’”, sublinhando que “aos países desenvolvidos, significa limitar alterações climáticas e isso significa emissões de gases efeito de estufa, enquanto o mundo em desenvolvimento pensa em termos de adaptação porque vêem o impacto do aquecimento em termos de irrigação, chuvas, degradação do solo, perda de recursos e de biodiversidade". Anunciou que 45% do financiamento será atribuído a projetos de “limitação ou adaptação” às alterações climáticas, “metade à limitação e outra metade à adaptação”, já que é "importante aos países beneficiários, porque  podem ver que metade dos 45% é atribuída a questões que lhes dizem respeito e os restantes 55% ainda estão disponíveis e, aos países doadores, saber que metade dos 45% é atribuída a projetos de mitigação".

Neste conceito de inicio de ano possíveis tendências climáticas ganharam relevo por conta do planeta vivenciar os 12 meses mais quentes dos últimos 125 mil anos, com inundações na Califórnia, África Oriental e Índia, onda de calor na América do Sul com temperaturas acima de 100 º F  no inverno e calor na parte do sul dos EUA estimulando  31 dias em Phoenix com temperaturas acima de 110 ºF, além do El Nino intensificar condições meteorológicas extremas fortalecidas pelas alterações climáticas, daí, os EUA contaram desastres climáticos de US$ 25 bilhões de dólares, mais que em qualquer outro ano. No entanto, a devastação foi acompanhada por alguns dos maiores ganhos na ação climática com líderes mundiais concordando pela primeira vez em “fazer a transição”  petróleo e gás na conferência anual da ONU sobre clima organizada em Dubai.  A Lei de Redução da Inflação nos EUA distribuiu fundos às empresas e municípios inserida em disparada de vendas de veículos elétricos, jovens se inscrevendo no primeiro American Climate Corps e empresas concordando pagar bilhões de dólares à remover produtos químicos nocivos chamados PFAS do abastecimento de água potável. Previsões retratam mundo à beira de mudanças à respeito do clima, bons e ruins, compromissos financeiros internacionais duramente conquistados, batalhas pela mineração do lítio e   expansão das energias renováveis envolvendo Política, Energia, Negócios, Tecnologia, Justiça Ambiental, uso da terra e Impactos climáticos. Resumindo, o American Climate Corps inicia oficialmente no verão de 2024 nos EUA enviando 20 mil jovens entre 18 e 26 anos à todo o país e instalar projetos solares, mitigar risco de incêndios florestais e tornar casas mais eficientes em termos energéticos, sendo que o programa segue o modelo do Climate Conservation Corps de Roosevelt e atraiu 100 mil candidatos, tudo,  inserido na campanha presidencial americana. O ‘Greenhushing’ se espalha à medida que as empresas procuram evitar ações judiciais e, no meio de  regulamentações contra o falso marketing ambiental e de acumulação de ações judiciais de lavagem verde, empresas juntam-se para esconder compromissos climáticos e evitar escrutínio, sendo que a tendência de “greenhushing” intensificou-se em 2023,quando 1 em cada 5 empresas se recusou divulgar  metas de sustentabilidade, 3 vezes superior a 2022, embora avance na Califórnia nova lei “anti-greenwashing”, em vigor em 1 de Janeiro, resolvendo transparência e exigindo que empresas divulguem suas emissões de carbono.

Moral da Nota: há espaço para falar de supply chain em números, emergindo 10%, ou, a parcela do comércio global que viaja de navio através do Mar Vermelho a caminho ou a partir de Suez, daí, a constatação que os volumes despencaram à medida que companhias de transporte de contêineres e transportadores de petróleo desviaram as viagens através do Mar Vermelho após ataques de militantes Houthi que operam a partir do Iêmen. Os navios que evitam o Mar Vermelho são obrigados a percorrer caminho mais longo, contornando a África e o Cabo da Boa Esperança para chegar aos destinos, na Europa, na Costa Leste dos EUA e em outros portos.