quarta-feira, 2 de julho de 2025

Revisão

Por conta de novo estudo e boletim, cientistas pedem revisão dos protocolos de créditos de carbono florestal  decorrente novos indicadores liderados pela Força-Tarefa para o Ar Limpo, CATF, revelando que protocolos que regem créditos de carbono florestal são falhos estando na raiz de problemas enfrentados pelo mercado de compensação de carbono. Divulgado por cientistas florestais, avalia 20 protocolos de créditos de carbono florestal em mercados voluntários e de conformidade na América do Norte, com a Diretora do Programa de Sistemas Terrestres da CATF nos explicando  que,  “o novo estudo constata que a maioria dos protocolos de carbono florestal são atualmente frágeis para garantir que os créditos emitidos sejam de alta qualidade” e, concluindo que, “dado o volume de créditos de carbono florestal no mercado é hora de reformular os protocolos. Embora a supervisão federal mais rigorosa seja útil, não é necessária para aprimorar os protocolos pois registros e estados podem revisá-los implementar recomendações e empresas com metas climáticas podendo exigir maior qualidade, considerando que, créditos de carbono florestal representam 40% do mercado voluntário global de carbono até o momento já que atividades que impulsionam o armazenamento de carbono nas florestas ajudam desacelerar as mudanças climáticas. O estudo destaca desafios decorrente preocupações com a permanência considerando que o carbono florestal é vulnerável a reversões devido incêndios florestais, pragas e mudanças no uso da terra, no entanto, protocolos não levam em conta adequadamente a realidade desses riscos de longo prazo ao aplicar suposições uniformes em vez de dados baseados em locais. Além disso, desafia a falta de adicionalidade com regras fracas permitindo suposições simplistas, levando alguns projetos alegarem incorretamente que proporcionam reduções de carbono além do que teria ocorrido sem o projeto, se inserem emissões indiretas por vazamento em que muitos protocolos não contabilizam até que ponto o aumento do carbono florestal por meio de mudanças na gestão em um local pode levar ao aumento da perda de carbono florestal em outro lugar e, por fim, deficiências de monitoramento e verificação com transparência limitada, grande poder discricionário do desenvolvedor e suposições amplas levantando questões sobre confiabilidade da quantificação de créditos de carbono. Cientistas identificam áreas onde os protocolos podem ser melhorados integrando melhor ciência disponível, incluindo aí, especificar uso de dados atualizados em locais de entidades independentes para melhorar a precisão e confiabilidade da quantificação de carbono, desenvolver métodos para considerar condições variáveis como impactos climáticos e pressão econômica ao estimando impacto da intervenção do projeto ao longo do tempo, além da estruturação de protocolos para permitir atualizações de classificações de risco, novos métodos de monitoramento de carbono e parâmetros para refletir melhor ciência com melhoria de monitoramento e verificação, aumentando  a transparência exigindo que protocolos evoluam com melhorias na ciência e tecnologia e, por fim, melhorias na transparência, alívio de conflitos de interesse de verificadores em mercados de carbono e considerações sobre impactos climáticos não relacionados a gases efeito estufa. Na COP29 negociadores alcançaram avanço no Artigo 6 do Acordo de Paris estabelecendo estrutura internacional à comercialização de créditos de carbono provenientes de reduções e remoções de emissões, no entanto, a confiança nos mercados de carbono diminuiu e a CATF enfatizou necessidade de supervisão para restabelecer a confiança, prevenir fraudes e garantir benefícios climáticos e, à medida que os mercados se desenvolvem, a CATF defende protocolos sólidos que produzam créditos de qualidade, particularmente carbono florestal e remoção de carbono a partir de biomassa para impulsionar ações climáticas. O mercado voluntário de carbono atingiu pico de US$ 2 bilhões em 2022 e enfrenta escrutínio devido preocupações com a integridade do crédito, enquanto projeções de mercado sugerem que pode encolher mais ou crescer à US$ 1 trilhão até 2050 dependendo da qualidade do crédito e do desenvolvimento dos mercados de carbono.

Eilia Jafar especialista em gestão de desastres, governança, adaptação às mudanças climáticas e inclusão de gênero, alerta que a Índia necessita de plano nacional de ação contra ondas de calor, em previsão que as temperaturas devem chegar a 45°C no Rajastão impactando ilhas de calor urbanas e contribuindo em riscos à saúde nas cidades como Nova Déli. Daí, sugere que urbanistas devem proteger e expandir zonas verdes, ao passo que substituí-los por concreto agrava os problemas relacionados ao calor além da necessidade de impor padrões de construção que apoiem tais projetos, já que o aumento das temperaturas na Índia ameaça a vida e meios de subsistência com ondas de calor   frequentes, mais longas e extremas a cada ano, pedindo resposta nacional à necessidade urgente. Globalmente, mortes causadas pelo calor atingiram média de 489 mil/ano entre 2000 e 2019, quase metade delas na Ásia, com o Departamento Meteorológico da Índia, IMD, prevendo que entre abril e junho de 2025, 10 a 11 dias de ondas de calor podem ocorrer em lugares como Uttar Pradesh, Jharkhand, Chhattisgarh e Odisha, com previsão de temperaturas em 45°C urgindo reduzir calor nas superfícies urbanas com telhados escuros e estradas asfaltadas, absorvendo ao longo do dia por materiais que retêm calor e tornam as cidades mais quentes, especialmente à noite, sugere, uso de telhados frios e pavimentos refletivos, materiais de cores claras refletindo luz solar reduzindo a temperatura da superfície. Jardins em terraços ajudam, reduzem temperatura interna e consumo de energia e, com incentivos certos, mais famílias e instituições podem adotá-los, árvores reduzem temperatura do ar quando combinadas com corpos d'água aumentando efeito de resfriamento, caso de Mumbai com a Floresta Urbana do Rio Mithi reduzindo temperaturas ao redor, além de aderir ao conceito construir ao clima com projetos dos edifícios afetando a temperatura interna, ventilação adequada, janelas sombreadas e isolamento térmico reduzindo calor em ambientes  eliminando necessidade de ar-condicionado. Dados de temperatura em tempo real direciona recursos onde são necessários, mapas de calor de alta resolução e estações meteorológicas identificam pontos críticos sendo que os dados devem ser usados ​​à orientar planejamento urbano, respostas a emergências e desenvolvimento de espaços verdes, além de pavimentos permeáveis, telhados verdes e jardins de chuva controlando águas pluviais ajudam resfriar ambientes inseridos em sistemas de drenagem urbana sustentável, SUDS, fazendo parte dos planos de desenvolvimento urbano. Importante lembrar a proteção dos trabalhadores ao ar livre, construção civil, vendedores ambulantes, agentes de saneamento e trabalhadores agrícolas correndo risco no calor extremo, daí, parar de trabalhar ao ar livre das 12h às 16h em dias de muito calor, intervalos de 10 minutos a cada hora em áreas sombreadas, garantir ingestão de água ou eletrólitos a cada 30 minutos, roupas claras e largas, chapéus, áreas de descanso sombreadas nos locais de trabalho, abrigos comunitários de resfriamento em templos, escolas e salões, medidas que reduzem o estresse por calor e previnem mortes.

Moral da Nota: o Diretor-Geral da OIT, nos avisa que um dos principais desafios da economia informal é a falta de visibilidade, IA oferece visibilidade e dignidade já que muitos trabalhadores operam fora do alcance das estatísticas nacionais, da proteção trabalhista eficaz ou dos sistemas de verificação digital, multilíngues, multi qualificados, móveis e mal documentados. Ferramentas IA baseadas em voz, alimentadas por processamento de linguagem natural, permitem que trabalhadores naveguem em plataformas em dialetos que entendam considerando que a visão computacional pode verificar reconhecimento de imagem permitindo criação de portfólios portáteis, algoritmos de aprendizado de máquina combinando trabalhadores a tarefas com base na disponibilidade, proximidade e avaliações de pares. Um trabalhador da construção civil poderia ser combinado a projeto com base no desempenho anterior, verificado por avaliações de clientes, uma babá poderia ser avaliada quanto à pontualidade e confiabilidade entre empregadores criando histórico de trabalho verificável, reconhecendo participação econômica de forma que lhes dá controle, continuidade e credibilidade. Na África, a Área de Livre Comércio Continental Africana aspira mobilidade da mão de obra e cooperação econômica através de plataformas apoiadas por IA harmonizando classificações de empregos, padronizando reconhecimento de habilidades e traduzindo descrições de cargos à vários idiomas, enquanto análise preditiva ajudaria governos rastrear tendências trabalhistas, antecipar fluxos migratórios informais ou prever demanda por habilidades em regiões de fronteira. No Sul da Ásia e América Latina, existem dinâmicas semelhantes em que IA permitiria identidades digitais portáteis dando aos trabalhadores informais reputações e certificações entre regiões, ferramentas que ajudam desbloquear o potencial da integração regional tornando mobilidade mais segura, inteligente e inclusiva. À medida que os sistemas evoluem, testemunhamos mudança do trabalho em plataforma como estratégia onde trabalhadores de colarinho azul operam com a mesma vantagem em dados antes reservada às grandes empresas, daí, necessidade de acessibilidade equitativa e governada com cuidado significando construir plataformas que falem línguas locais, integrem-se a ferramentas financeiras informais e priorizem propriedade dos dados e a reputação dos trabalhadores. O Modern Diplomacy destaca que a concretização desses benefícios exige "abordagem holística" que reúna governos, indústrias e parceiros internacionais para tornar a requalificação prioridade máxima com "incentivos estratégicos" adequados, esforços no preencher lacunas de qualificação promovendo inclusão garantindo progresso impulsionado pela IA se traduzindo em crescimento econômico sustentável e equitativo em que 2 bilhões de pessoas informais poderão estar conectadas em serviços por meio de plataformas IA criadas à elas.