quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Tokenização e IA

A tokenização avança no Brasil com lançamento de 3 tokens lastreados em ativos seguindo regras da CVM, Comissão de Valores Mobiliários, dando oportunidades de investimento em mercados antes inacessíveis aos pequenos investidores. A Vórtx QR Tokenizadora anunciou a 1ª emissão no Brasil de cotas tokenizadas de fundo multimercado em parceria com a AGBI, gestora de recursos independente especializada em investimentos nos ativos reais brasileiros, constituindo 30 mil cotas comercializadas a R$ 1 mil cada e totalizando montante de R$ 30 milhões em 1º momento, sendo que tais ativos chegarão a investidores profissionais no mercado secundário cujos valores das cotas tokenizadas representando a cota do fundo no dia da compra, com oferta e negociação realizadas através da plataforma administrada pela Vórtx QR Tokenizadora e coordenada pela Vórtx DTVM. A Tokenizadora emitiu R$ 182 milhões em valores mobiliários digitais, ou, security tokens, dos quais 74 mil são debêntures da Salinas Participações com coordenação do Itaú BBA, em volume de R$ 74 milhões, 60 mil debêntures da Pravaler, no montante de R$ 60 milhões, coordenado pelo Itaú BBA, 40 mil debêntures da Indigo, coordenado pelo Santander, R$ 40 milhões, e 8 mil cotas de FIDC, fundo de investimento em direitos creditórios, do QR Rispar Crédito Cripto FIDC, lançado pela QR Asset, em operação de R$ 8 milhões. Os outros 2 novos tokens são da Bloxs lançando CRIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários, e CRAs, Certificados de Recebíveis do Agronegócio, tokenizados e, segundo o Valor Econômico, ofertas de R$ 3 milhões, CRA, e R$ 1,5 milhões, CRI.

No ecossistema disruptivo, o presidente do Banco Central avisa que IA é o próximo destino da modernização financeira brasileira, devendo incorporar  pacote de modernizações no sistema financeiro do Brasil em até 2 anos, dito, no seminário promovido pela DrmWave, startup de tecnologia financeira. A incorporação disruptiva deverá ser a última etapa do processo de inovação financeira no país, dividida em 4 blocos, ou, Pix, sistema de transações instantâneas, open finance, integração bancária e de produtos financeiros, internacionalização da moeda, facilitação de transações internacionais a partir da mudança das leis e Drex, versão brasileira de moeda digital emitida por banco central ou CBDC. A utilização IA, segundo a autoridade monetária, qualificada como “a última milha do plano” será explorada em canal intermediário disputado pelas empresas através de “aplicativos para integrar contas”, acrescentando que “assim que tivermos o processo concluído, blocos integrados, poderemosusar IA para fazer o processo melhorar, com educação financeira, aconselhamento financeiro para consumo de produtos financeiros de modo melhor, mais eficiente e seguro”. Sobre o Pix, esclareceu que a plataforma de liquidações do BC já oferece “a maioria das vantagens de pagamentos”, no open finance, disse que “é bem mais abrangente em comparação ao sistema open banking em outros lugares” em que clientes e produtos financeiros podem compartilhar informações entre diferentes instituições financeiras, representando versão mais abrangente cujo lançamento aconteceu em 2021. Quanto ao Drex, falou em “inserir mais tecnologia e menos custo” salientando que a CBDC brasileira vai baratear processos que necessitam intermediação e que os “bancos começarão olhar ao ativo e ao passivo de forma mais tokenizada, melhorando eficiência de securitização e gerenciamento de risco”.

Moral da Nota: a Modular Crypto promove Airdrops, que são eventos nos quais tokens de um projeto do mercado cripto como novas blockchains ou aplicações, são distribuídos recompensando usuários que interagem com esses projetos em estágios iniciais, sendo que a ‘caça’ por airdrops se popularizou após projetos como Optimism, OP, Aptos, APT, Arbitrum, ARB, Celestia, TIA, e Blur, BLUR, recompensarem por esforços relativamente baixos.  “Uniswap, Arbitrum, ENS e Optimism são alguns dos nomes do mercado cripto que recompensaram ‘early adopters’ de seus protocolos com airdrop”, recompensas, que variam de acordo com critérios estabelecidos, embora a quantidade de interações e o volume transacionado seja uma linha seguida por diferentes protocolos, como exemplo, o airdrop de TIA, token nativo da blockchain modular Celestia, “uma blockchain modular que fez seu airdrop e recompensou usuários com mais de R$ 3 mil por terem realizado  transações nas maiores layer 2, blockchain de 2ª camada da Ethereum, até 31 de janeiro de 2023”. Outra do mercado cripto, é que a registradora brasileira de ativos financeiros CSD BR se uniu a Cboe Digital, braço de criptoativos da bolsa de opções de Chicago, a Chicago Board Options Exchange, Cboe, voltado a tokenização de ativos e negócios blockchain, base das criptomoedas, sendo que a Cboe tornou-se acionista da CSD BR em 2022 e, em 2023, comitiva da bolsa esteve no Brasil a convite da registradora contando com o vice-presidente da Cboe e do presidente da BIDS Trading. A parceria, segundo o Valor, acontece no avanço da infraestrutura do mercado brasileiro com regulamentação do mercado cripto e desenvolvimento do Drex, versão da moeda digital emitida por banco central, CBDC, justificando união entre exploração dos ganhos de eficiência com blockchain nos serviços aos players nacionais das finanças tradicionais e oportunidades futuras voltadas aos criptoativos. A perspectiva é a expansão do grupo a partir do ingresso de outras instituições sendo que a atuação do BC em projetos no desenvolvimento da infraestrutura de criptoativos serviu como catalisador da união com a Cboe Digital, na esteira  da regulamentação, sendo que a CSD BR pode disponibilizar plataforma de serviços para que instituições financeiras tradicionais desempenhem funções semelhantes às atuais, porém em ambiente digital, na blockchain, porque, a ideia da empresa é “encontrar modos de revolucionar o mercado com segurança.”