O governo de Kentucky prioriza a indústria solar através da Kentucky Solar industry na pequena indústria solar de telhados, decorrente decisão da Comissão de Serviço Público rejeitando a proposta da concessionária Kentucky Power de eliminar medição líquida, permitindo proprietários de energia solar nos telhados vender o excesso de eletricidade de volta à rede. Os clientes da Kentucky Power com energia solar no telhado, obtém tarifa total de varejo ao excesso de eletricidade e a concessionária propôs taxa de 4 centavos/Kwatt/hora sendo que a comissão determinou 10 centavos por quilowatt-hora. As concessionárias de energia do Kentucky e seus funcionários trabalharam para impedir que a energia solar de telhado ganhasse posição, argumentando que os clientes de energia solar não pagam parcela adequada dos custos de manutenção da rede, mesmo que o estado tenha muito pouco em energia solar de telhado. O Kentucky ficou no 40º lugar em 2020 na geração de eletricidade no país a partir de pequenos sistemas solares, atrás do Arkansas e à frente de Kansas, conforme a Administração de Informações de Energia.
A lei de 2019 prevê que novos clientes de energia solar não receberão mais o preço total de varejo pelo excesso de eletricidade e as concessionárias teriam que apresentar à comissão propostas de novas taxas. A Kentucky Power, subsidiária da American Electric Power, propôs novas taxas na oportunidade da comissão em mostrar como interpretaria a lei, discordando dos argumentos da Kentucky Power concluiu que a concessionária subestimava benefícios financeiros da energia solar de telhado à rede, com apenas 46 famílias se beneficiando da medição líquida no território da concessionária em 2020. As famílias recebem subsídio injusto da medição líquida de cerca de US$ 40 mil/ano e, segundo a comissão, este "suposto subsídio" equivale a 24 centavos/ano para cada um dos clientes não solares da concessionária, pequena fração de outros subsídios embutidos nas tarifas da Kentucky Power. A indústria de energia solar em telhados tem desafios em Kentucky com a lei estabelecendo limite à quantidade de geração de eletricidade de propriedade do cliente que pode ficar online, antes que haja um corte drástico nas taxas de medição líquidas. Esta lei, antecedendo a legislação de medição líquida de 2019, entrará em vigor quando a energia solar no telhado e outros recursos pertencentes ao cliente atingirem 1% do pico de demanda de eletricidade no território de cada concessionária, no entanto, a existência do limite é problema porque impõe teto ao crescimento das empresas de energia solar. Decisões de comissões regulatórias estaduais nos EUA sobre medição líquida e a decisão de Kentucky, se destacam pela maneira metódica como desmonta argumentos comuns contra a energia solar de telhado e sobre como os clientes não solares estão subsidiando pesadamente os clientes com energia solar.
Moral da Nota: em relação a transição de energia, relato da Motor Trend informa que Biden fez um test drive com o F-150 elétrico da Ford, versão elétrica antecipada do veículo mais vendido no país. O presidente disse que o veículo foi de zero a 60 mph em cerca de "4,3" segundos, no entanto, a maior questão sobre o F-150 Lightning é quantos compradores de caminhões Ford irão querer com resposta emergindo na chegada às concessionárias. Outra questão é que a AIE, Agência Internacional de Energia, divulgou relatório sobre como o mundo pode chegar a emissões líquidas zero até 2050, recomendando aos investidores parar de financiar projetos de petróleo e gás. O mundo precisa até 2050 de 90% de geração de eletricidade de fontes renováveis, com o restante oriundo da energia nuclear e, segundo o presidente-executivo da Enel, maior grupo privado de energia renovável do mundo, “é estudo empolgante indicando direção de esperança”. Por fim, a Califórnia deve fechar sua última usina nuclear com interrogações em como o proprietário da Diablo Canyon está se preparando para fechar a usina, já que defensores do ambiente temem que o estado não tenha plano para substituir a eletricidade por energia de fontes limpas. O Los Angeles Times diz que “se Diablo Canyon é o diabo que os californianos conhecem, o diabo que eles não conhecem é o que acontece quando ele fecha” em forte impulso para subsidiar a usina para que continue gerar eletricidade sem carbono.