Alterações climáticas perturbam a agricultura mediterrânea aumentando preços dos alimentos e ameaçando estilo de vida da região, com eventos extremos impulsionados por mudanças climáticas reduzindo produção agrícola nos países mediterrâneos, ameaça hábitos alimentares impactando a dieta mediterrânea conhecida por ser uma das mais saudáveis. A dieta mediterrânea, selecionada como a dieta mais saudável por 7 anos consecutivos pelo US News & World Report foi adicionada em 2010 à Lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO, no entanto, vulnerabilidade Mediterrânea à crise climática pressiona seus componentes e, de acordo com o PNUMA, o Mediterrâneo aquece 20% mais rápido que a média global inserido em demanda por água que deve pelo menos dobrar até 2050 e temperaturas subindo entre 1,8 ºC e 3,5 ºC até 2100, com o aumento de 2 ºC na temperatura devendo reduzir a precipitação em 10%-15%. Pesquisa do MIT indica que diminui o número de dias passados ao ar livre em países do Mediterrâneo, no pior cenário, até 2100, o número de dias passados ao ar livre em Portugal pode cair em 33 e em 7 no melhor cenário, na Grécia, espera-se redução de 30 dias no pior cenário e 24 dias no melhor cenário, na Espanha, queda de 13 dias no pior cenário e 3 dias no melhor cenário, no Marrocos, 37 dias no pior cenário e 17 dias no melhor cenário, na Croácia, o pior cenário prevê queda de 22 dias e 3 dias no melhor cenário, na Itália, a redução deve ser de 7 dias no pior cenário, enquanto nenhuma mudança é antecipada no melhor cenário. Já, estudo intitulado "Efeitos das mudanças climáticas na dieta mediterrânea na Itália", conduzido pela Universidade de Pádua, prevê que mudanças climáticas causarão secas e erosão na região aumentando necessidade de irrigação agrícola em 4% a 18%, enquanto a escassez de água deve aumentar de 28% a 48% e as secas hidráulicas que afetam fluxos de rios, devem tornar-se frequentes à medida que o aquecimento global se intensifica e, se atingir 3 ºC a intensidade das secas dobrará no Mediterrâneo, ao passo que, eventos climáticos extremos nos últimos anos, particularmente em 2022, causaram danos à produção de azeite de oliva e, a primavera anormalmente quente, afetou floração, polinização e formação de frutos, prejudicando flores devido luz solar excessiva e vento do Saara, daí, a produção de azeite caiu 39% na Europa, com a Itália, maior produtor, perdendo 54%, Espanha 27%, França 38% e Portugal 39%. A produção de cereais Mediterrânea foi impactada pela crise climática em 2022 com o milho na França caindo 30%, na Espanha 20% e na Itália 23%, o trigo duro na Itália caiu 9% e a produção de trigo mole na Espanha 28%, em 2023, a produção de maçãs na Espanha caiu 15%, pêssegos 26% e tomates 9%, em Portugal, a produção de maçãs caiu 20%, pêssegos 26% e, na Itália, a produção de laranjas caiu 19%, na Grécia, a produção de maçãs diminuiu 32% e tomates 20%. Quanto a pesca, o Parlamento Europeu avisa que mais de 30% dos habitats marinhos do Mediterrâneo estão ameaçados pela poluição, mudanças climáticas, espécies invasoras e pesca excessiva, 21% das espécies são classificadas como "sensíveis" e 11% como "ameaçadas de extinção", ervas marinhas, cruciais à espécies de peixes, estão desaparecendo e espera-se que a perda desses habitats tenha impacto negativo nos ecossistemas e pescarias regionais, daí, entre 1950 e 2011, o Mediterrâneo perdeu 40% das espécies predadoras, mamíferos marinhos e 34% das dos peixes e, até o final do século, espera-se que mais de 30 espécies endêmicas sejam extintas.
No ecossistema urbano, Teerã, a maior cidade do Irã, é considerada capital multipropósito servindo como instituição centralizada essencial oferecendo serviços nos domínios econômico, social, cultural, comercial e político, enquanto a alta densidade populacional tem impacto negativo na estrutura da cidade, portanto, grande população, prédios altos, espaços abertos limitados, rápido desenvolvimento urbano e falta de planejamento adequado representaram desafios ambientais e sociais significativos. Durante o dia, a diferença de temperatura entre o centro da cidade e subúrbios do norte e do sul é tal que, em todas as estações, o subúrbio do sul é mais quente que a cidade e o subúrbio do norte é mais frio, além disso, os subúrbios do oeste e leste são mais quentes que a cidade no verão e outono, na primavera e inverno subúrbios oeste são mais quentes que a cidade enquanto subúrbios leste são mais frios, a noite, em todas as estações há diferença de temperatura entre o centro da cidade e subúrbios, mostrando que a cidade é mais quente comparada com os subúrbios laterais e longitudinais havendo alinhamento de temperaturas anuais no verão e outono com diferenças em comparação a primavera e inverno. A taxa de aumento da temperatura mensal é de 0,28 °C por década/dia e 0,74 °C/noite, aumento na temperatura da superfície noturna de Teerã, totalizando aumento total de 1,48 °C, além disso, a taxa de aumento da temperatura ao dia e a noite em escala mensal e anual mostra que temperatura média mais alta ocorre continuamente à noite em comparação ao dia. A diferença de temperatura entre a cidade e arredores implica que focar nas diferenças de temperatura noturnas devido aos dados estarem próximos de zero com novembro tendo a menor diferença de temperatura em 5,73 °C, enquanto setembro a maior em 6,49 °C ao longo de 19 anos e o ano de 2020 registrou os menores valores no inverno, 4,68 °C, primavera, 5,11 °C, verão, 4,92 °C, outono, 5,67 °C e anualmente 5,09 °C. Ao investigar em Teerã a climatologia da Ilha de Calor Urbana, UHI, com dados diários de Temperatura da Superfície Terrestre, LST, do MODIS-Aqua, com resolução espacial de 1 km, utilizados ao longo de 19 anos, 2003–2021, estudo investiga características climáticas, incluindo diferença de temperatura urbano-rural, pontos críticos de calor urbano, estrutura da Ilha de Calor Urbana de Superfície, SUHI, tendências nas mudanças de LST, papéis da elevação e cobertura vegetal na distribuição espacial de LST, em escalas mensais e anuais. Descobertas revelam que em comparação com dados diurnos do Aqua-MODIS LST, dados noturnos fornecem meio mais confiável de detectar e estudar SUHI em Teerã ao longo do ano, além disso, o emprego de dados noturnos reduz variações sazonais e flutuações mês a mês na diferença de temperatura entre o núcleo quente urbano e áreas circundantes em Teerã, enquanto análise climatológica do LST noturno revelou diferença média anual de temperatura de 6,17 °C entre Teerã e subúrbios vizinhos, que flutuou mensalmente, variando de um mínimo de 5,73 °C em novembro a um máximo de 6,49 °C em setembro e, no geral, menores diferenças de temperatura ocorreram no outono e primavera, enquanto as maiores diferenças foram observadas no verão. A análise revelou aumento na temperatura da superfície de Teerã, com taxa de 0,74 °C por década, totalizando aumento total de 1,48 °C e, ao mesmo tempo, tendência ascendente perceptível no diferencial de temperatura entre áreas urbanas e suburbanas observada nas últimas 2 décadas, com estudo comparativo dos papéis da elevação e cobertura vegetal na distribuição de LST indicando que a diferença de temperatura entre áreas urbanas e suburbanas de Teerã está mais intimamente relacionada à mudanças de elevação do que à distribuição da vegetação.
Moral da Nota: o C40 Cities e o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia, GCoM, buscando financiamento à iniciativas de resíduos sólidos municipais, com mais de 70 participantes incluindo representantes de cidades, autoridades nacionais, especialistas, técnicos e instituições financeiras em Nova Déli para o workshop Financiamento de Resíduos em Cidades Indianas. Reuniu representantes de 11 cidades indianas, incluindo Déli, Mumbai, Chennai e Indore, além do governo nacional e financiadores internacionais como o Banco Mundial, AFD, KfW e outros provedores de financiamento bilaterais e locais com a Diretora Executiva de Regiões e Engajamento de Prefeitos da C40 Cities, esclarecendo que são, “medidas críticas para facilitar parcerias estratégicas entre cidades, instituições financeiras e agências governamentais com missão de acelerar investimento em soluções sustentáveis de gerenciamento de resíduos a Índia, cujo objetivo é capacitar governos locais para garantir financiamento vital aos projetos através de colaboração e alianças estratégicas abrindo caminho à impacto real e transformador nas comunidades e ambiente.” As cidades se envolveram em sessões técnicas ressaltando importância dos dados no setor, desafios na coleta relevantes e precisos e oportunidades para melhorarem gestão de resíduos via medição e dados como ferramenta para tomada de decisão, exploraram cenário de gestão de resíduos da Índia incluindo coleta, desvio, tratamento e descarte enquanto 4 cidades apresentaram projetos de resíduos e receberam feedback de instituições financeiras para entender o que torna projetos de resíduos financiáveis da perspectiva do investidor, ao passo que, representantes de instituições financeiras compartilharam experiências com projetos de gerenciamento de resíduos e descreveram projetos que consideram financeiramente viáveis, em discussões de gerenciamento de resíduos urbanos sobre projetos e prioridades no setor.