Na COP29 quatro países lançaram aliança que poucos no mundo podem aderir, ou, dos países neutros em emissões de carbono, ou, com balanço negativo, aí, se inserem, Butão, Suriname, Panamá e Madagascar, batizada G-Zero, pedindo status oficial na ONU e recursos à se manter na condição G-zero, com Madagascar correndo risco de perder a condição de sumidouro de carbono, ou seja, mais absorve que emite CO2 e gases equivalentes na atmosfera. O maiores emissores, quer dizer, maiores potencias da terra, negociam Novo Objetivo Coletivo Quantificado, maior desafio da COP atual, inseridos em apelo de países menores com pouca influência diplomática, econômica e demográfica chamando atenção, e quando se trata de clima, os últimos da lista podem ser os melhores exemplos, considerando que as Conferências do Clima servem para que vozes inaudíveis, sejam ouvidas, em par de igualdade com as habituadas dominar o debate. A neutralidade de carbono ilustra a questão, no propósito de inverter a curva das emissões de gases efeito estufa emitidos por atividades humanas e estabilizar o clima na Terra, dura missão envolvendo proteção e desenvolvimento de sumidouros naturais de carbono, como solos, florestas, manguezais, corais e oceanos que absorvem mais que emitem, valendo a ideia que, muitos países almejam tal equilíbrio até 2050 e, aqueles que o fazem hoje, em 2024, alegam que merecem reconhecimento, considerando que Butão, Panamá, Suriname e Madagascar absorvem mais CO2 que emitem, em Baku, lançaram o clube G-Zero, cuja presidência rotativa e o secretariado permanente é sediado no Butão, com objetivo de ser oficialmente reconhecido como Estados-Parte da Convenção do Clima da ONU, atualmente, não existe designação da ONU à países neutros ou negativos em emissões de carbono, com este status terão voz diplomática com maior influência e legitimidade para receber remuneração pelos serviços prestados ao planeta. Dados oficiais indicam que 760 mil butaneses e suas atividades emitiram 3,8 milhões de toneladas de CO2 em 2015, que as florestas sequestraram 9,4 milhões de toneladas dos gases poluentes, com o reino do Himalaia se autodenominando negativo em carbono desde 2009, sendo que 4 outras nações poderiam reivindicar a mesma situação, ou, Gabão, Comores, Guiana e ilha de Niue, valendo considerar o ministro do Meio Ambiente madagascarense, ao dizer que, “tínhamos que unir forças à influenciar o debate e alertar parceiros da importância em manter o status nos 4 países, porque se seguirmos a atual trajetória de crescimento demográfico e de industrialização, corremos risco de perdê-lo”, concluindo que, “há países com natureza incrível, mas que se tornaram emissores”. O objetivo da neutralidade de carbono, mais fácil de obter quando a população é menor que 5 milhões de habitantes, caso do Panamá, e o território coberto por florestas, caso do Suriname, 90% da área, ou, o Panamá, 68% em 2021, aumento de 3% em 10 anos, além disso, tratam-se de florestas primárias mais eficientes na captura de carbono,considerando ainda que desde 2008, a Constituição do Butão por exemplo, exige pelo menos 60% de cobertura florestal no país em detrimento do desenvolvimento da agricultura nacional, que em 2016, afirmou que a identidade butanesa é preservar o meio ambiente. O desenvolvimento sustentável é contínuo na política do Butão há mais de meio século, favorecido por tradição cultural e espiritual no respeito e cuidado da natureza, onde surgiu o índice de crescimento não econômico, o FIB, Felicidade Interna Bruta, declarado pelo rei Jigme Sinye Wangchuck em 1972, ano da publicação do relatório Meadows sobre limites do planeta Terra por cientistas do MIT, sendo que ecologia é pilar da FIB, única no mundo e constitucional no país e, para financiar o modelo, o reino cobra imposto sobre o turismo sustentável e, graças aos glaciares, o estado asiático tornou-se gigante em energia hidroelétrica exportada aos vizinhos Índia e Bangladesh lhe permitindo renda a longo prazo. Nada é garantido e as mudanças climáticas no futuro podem fazer a sorte virar, considerando que o Butão está exposto, pela 1ª vez, ao derretimento das massas glaciais do Himalaia ameaçando transbordar lagos de grande altitude, sofrendo com o aumento das temperaturas, as mais elevadas já vistas por lá, suscitando receios quanto ao ressurgimento de doenças e pragas, já que o padrão das monções pode tornar-se menos previsível e perturbar a agricultura.
No 1º dia da COP29 a presidência do evento anunciou que os países participantes chegaram a acordo para definir regras de funcionamento, sob supervisão da ONU, de mercado de créditos de carbono, com observadores da sociedade civil e governos mais vulneráveis temendo que disperse a discussão sobre financiamento climático que os países desenvolvidos devem entregar às nações em desenvolvimento, envolvendo países ou empresas de emissões de CO₂ previstas no artigo 6 do Acordo de Paris sobre Clima, sendo que o objetivo é estimular ações que reduzam emissões de gases efeito estufa ou capturem CO2 e equivalentes da atmosfera, como reflorestamento, no entanto, discordam até aqui sobre o mecanismo, de modo garantir eficiência, transparência e credibilidade, e assim, tornar-se ferramenta confiável para limitar o aquecimento do planeta. Espera que contribua para cortar custos de implementação dos planos climáticos pelos países, de US$ 250 bilhões/ano, que pode chegar a US$ 1 trilhão/ano até 2050, caso seja eficaz, com a presidente do Comitê Supervisor do Artigo 6.4, celebrando o avanço pós quase 10 anos de negociações, considerando que um dos receios de países vulneráveis, comoTuvalu e ONGs que acompanham as negociações é que os valores negociados na forma de créditos de carbono acabem por entrar na conta do financiamento climático cujos países deveriam chegar a acordo sobre qual valor destinado pelas nações desenvolvidas às em desenvolvimento a partir de 2026, com cifras mais baixas avaliando US$ 1,5 trilhão/ano. Transações de créditos de CO₂ são operacionais no setor privado, mas não são contabilizadas nas metas de redução de emissões de um país e, países cuja economia depende da exploração dos combustíveis fósseis, como os do Golfo, estão entre interessados na formalização do mercado de carbono, neste exemplo, financiariam plantação de árvores em país florestal cuja captura natural de CO₂ compensa parte das emissões geradas pela indústria petroleira, nesta ideia, Baku busca assegurar que não haverá dupla contagem de créditos no balanço nacional de emissões, tanto pelo país que deixou de emitir, quanto pelo que comprou os créditos.
Moral da Nota: crescimento econômico gera desafios de ordem ambiental e, para abordar o tema, modelo chamado GSFCM foi desenvolvido para analisar interação entre fatores econômicos, sociais e ambientais no delta do Yangtze e, entre 2015 e 2020, notou aumento no status socioeconômico e ambiental das 41 cidades da região com desigualdades, cidades como Hangzhou, Xangai e Zhoushan notaram alta coordenação de acoplamento, ou, união do eixo-motriz e o eixo acionado, enquanto Bozhou, Suzhou e Fuyang mostraram menores índices, considerando que, fatores socioeconômicos foram identificados como os mais influentes contribuindo com 82% no aprimoramento da coordenação, contra 11% dos fatores ambientais, daí, o PIB per capita, do valor agregado da indústria terciária e a concentração de PM 2,5 são os principais determinantes do acoplamento e, para promover equilíbrio entre crescimento econômico e proteção ambiental, recomendam-se políticas de colaboração regional, atualização industrial e investimento em infraestrutura ambiental com a expectativa que essas informações auxiliem formulação de políticas de desenvolvimento sustentável. A urbanização está em rápida ascensão, prevendo-se até 2030, que 60% da população mundial viva em áreas urbanas, com a China alcançando 65% em 2022, embora com benefícios econômicos e melhoria na qualidade de vida, gera desafios como esgotamento de recursos, poluição e redução da biodiversidade que ameaçam desenvolvimento sustentável, daí, políticas são necessárias para gerenciar interação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental em áreas ecologicamente frágeis, com a Região do Delta do Rio Yangtze, exemplo de desenvolvimento sustentável na China, enfrentando problemas ambientais como poluição e degradação do solo, pedindo estratégias à promoção do crescimento ao mesmo tempo que se preserva o meio ambiente. A ideia de combinação de pesos baseada na teoria dos jogos é o equilíbrio de Nash, usado para prever perfil de estratégia à determinado jogo, ou, interação entre tomadores de decisão, em um jogo de tomada de decisão em que jogadores têm opção de adotar estratégia mista, uma distribuição probabilística das estratégias do jogador, um equilíbrio de Nash em estratégias mistas incorpora estado de interdependência estratégica onde a estratégia probabilística do jogador maximiza retorno esperado dadas estratégias mistas de outros jogadores, resultando em resultado estável onde nenhum jogador tem incentivo para alterar sozinho sua estratégia à retornos maiores. Quer dizer, no estudo, o equilíbrio de Nash é usado para coordenar conflitos e maximizar benefícios considerando relação entre indicadores, equilibrando pesos subjetivos e objetivos e otimizando valores de peso de indicadores, em que 5 métodos de ponderação são empregados como estratégias na estrutura da teoria dos jogos.