sábado, 25 de novembro de 2023

Fenasbac

Projetos blockchain, tokenização e IA são o foco da Federação dos Servidores do Banco Central, Fenasbac, ao anunciar abertura de inscrições à 3ª edição do Next, programa de aceleração de fintechs e techfins, constituído por desafio das mantenedoras Mercado Bitcoin, TecBan, Banco do Brasil, Sinqia, ELO, Nuclea, CIP, e Sicredi e apoio da Numerik. Dividido em 3 etapas, Aplicação Online, Entrevistas Técnicas e Pitch Day sendo que selecionados e projetos buscarão acelerar soluções financeiras com orientação regulatória à startups em fase de operação, contando com orientação do mercado financeiro, mantenedores e Fenasbac, desenvolvendo soluções que beneficiem a sociedade e contribuam ao Sistema Financeiro Nacional moderno e competitivo, fortalecendo o ecossistema financeiro brasileiro. A Aceleração Next busca projetos relacionados a IA para hiper personalização de oferta e experiência à clientes, IA Generativa à eficiência do mercado financeiro e IA Generativa relacionamento com clientes e geração de informações. Buscam ainda projetos à Infraestrutura de agregação de serviços financeiros para PME, Infraestrutura de análise de crédito PJ à operações estruturadas tokenizadas, Conexões e integrações via API e disponibilização de interfaces, Integração e interoperabilidade entre redes blockchain e Segurança e fluxos de pagamentos em registros distribuídos.  A Líder de projetos de inovação da Fenasbac, ressalta que o Next é oportunidade aos interessados com projetos financeiros sólidos, base tecnológica e inovadora e alinhados a desafios financeiros da atualidade.  A tokenização trata de processo buscando transformar ativos físicos em representações digitais chamadas tokens, tal como as fichas, surge a dúvida sobre como garantir autenticidade desses tokens quando comprados de terceiros e, neste ponto entra blockchain. Tratando-se de sistema descentralizado, auditável e imutável que registra transações de modo seguro e, com o uso blockchain, trocas  podem ocorrer diretamente entre participantes sem necessidade de intermediários e a confiabilidade dessas transações é garantida, com  Blockchain e tokenização oferecendo, transparência, segurança e simplicidade, com implicações mais amplas e fundamentais à transação e registro de ativos digitais em setores da sociedade moderna.

Neste contexto , o Google lança ‘IA Antilavagem de Dinheiro’ após teste bem-sucedido do HSBC, constituindo ferramenta eficiente melhor que as abordagens tradicionais em regras na detecção de lavagem de dinheiro em escala. O lançamento de serviço "Anti Money Laundering AI", AMLAI, IA Anti Lavagem de Dinheiro, pelo Google Cloud em parceria com o HSBC, sediado em Londres, usa aprendizado de máquina para criar perfis de risco, monitorar transações e analisar dados.  Postagem no blog Google Cloud esclarece que "monitoramento de transações por IA substitui abordagem em regras definidas manualmente aproveitando poder dos dados das instituições financeiras para treinar modelos avançados de aprendizado de máquina, ML, fornecendo visão abrangente das pontuações de risco." O Google Cloud afirma que o HSBC viu aumento de 2 a 4 vezes no número de alertas positivos e redução de 60% nos falsos positivos, sendo que o custo do serviço varia dependendo do número de clientes atendidos diariamente com sistemas de pontuação de risco e AML e quantos são incluídos nos dados de treinamento usado ao modelo. O lançamento do AMLAI sinaliza avanço das ambições do Google e Google Cloud no espaço fintech, embora o foco IA seja centrado em produtos gerativos IA como o chatbot Bard do Google, a empresa marca presença como desenvolvedora fintech e fornecedora de serviços bancários. Na pandemia o Google implementou ferramenta de processamento de empréstimos do programa de proteção de pagamento e, ao longo dos anos, experimentou soluções alternativas de pagamento como seu serviço Google Pay e o advento de cartões de débito patrocinados pelo Google com conectividade de comunicação por campo próximo. O envolvimento adicional do Google no setor AML é sinal positivo à crescente indústria e, de acordo com análise da BlueWeave Consulting, o tamanho do mercado global AML foi estimado em  US$ 3 bilhões em 2022 esperando-se que atinja US$ 8 bilhões até o fins da década. Mitigam o crescimento projetado, o surgimento de pagamentos não tradicionais, paisagem regulatória em constante mudança e aumento no número de casos de lavagem de dinheiro no mundo.

Moral da Nota: o Banco Inter testa blockchain em operações de clientes e entre bancos, um dos aprovados pelo Banco Central no âmbito do Drex para tokenização de títulos do Tesouro. Trata-se, segundo o Valor, de uma das primeiras instituições financeiras do Brasil ofertar conta digital aos clientes, buscando testar blockchain em operações de tesouraria com outros bancos e negociações dos clientes. Ingressou com pedido de registro junto ao INPI, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, à posse da marca “Inter Usend” como “aplicativo baixável à gestão de operações de criptomoedas utilizando blockchain”.  O gerente técnico da fintech considera que uma das possibilidades é a utilização blockchain em negociações compromissadas entre tesourarias de bancos, quando o Banco Inter efetuar empréstimos à outras instituições que precisem de reservas para atingirem metas estabelecidas pelo Banco Central, estaria condicionado a remuneração ao longo do tempo e estabelecida pelo contrato inteligente de modo automatizado. Não comentou sobre o pedido de registro do “Inter Usend” junto ao INPI com possibilidade do Banco Inter se juntar ao Nubank, BTG Pactual, XP e empresas que incorporaram negociação de criptomoedas aos clientes no Brasil via App, embora não esteja clara intenção com a solicitação.  A tokenização de títulos do Tesouro através de consórcio com a Microsoft e a 7Comm, um dos 36 projetos aprovados pelo Banco Central aos primeiros testes utilizando o piloto do Drex, disse que o consórcio busca informações técnicas como o algoritmo de validação de consenso e se o banco será nó validador blockchain do Drex.  Por fim, a Lanistar anunciou implantação do serviço de negociação de criptomoedas no aplicativo da fintech britânica no Brasil, ao passo que o HSBC ingressou com 3 pedidos de patente nos EUA englobando abertura de um banco e oferecimento de cartões no metaverso.