O Grupo G10 Favelas promove iniciativas blockchain com a 'eSolidar' desenvolvendo aplicativo blockchain e disponibilizando aos moradores valores diários usados para compras do dia a dia, como comida, gás e produtos de higiene. Contratou equipe de médicos, enfermeiros e ambulâncias para afrontar o coronavírus em Paraisólpolis, favela da cidade de São Paulo. Por conta do Covid-19 foram nomeados 420 "presidentes de rua”, voluntários responsáveis por trechos de vias predefinidas zelando por cerca de 50 casas cada. Têm o compromisso de monitorar se o morador tem sintomas da Covid-19 e se precisa de atendimento médico, identificando famílias com renda reduzida ou sem renda que esteja passando fome. A iniciativa tem base no fundo de financiamento coletivo, crowdfunding, do 'eSolidar', pretendendo arrecadar R$ 2 milhões para desenvolver negócios nas maiores favelas do Brasil, destinando 15% do valor aos moradores de Paraisópolis, com restante para desenvolver e gerar negócios nas comunidades integrantes do G10. Foram arrecadados R$ 230 mil reais, considerado inssuficiente frente as necessidades, para população com 42 mil habitantes.
Na ideia de inclusão, o consório blockchain R3 apóia a fintech construída no Complexo da Maré, Rio de janeiro, lançando a 'Bolsa de Valores' nacional blockchain à startups. O R3 dá suporte a fintech Banco Maré, para pessoas físicas e investidores institucionais comprarem ações de empresas de tecnologia de impacto social. Batizada de [BVM]12, o empreendimento acessa pessoas físicas e clientes de baixa renda investirem em startups, gerando dividendos aos investidores e criando mercado de financiamento às empresas. Integra o projeto a aceleradora de negócios de impacto social 'Artemísia' e o escritório de advocacia 'Vieira Resende'. Entre os projetos com interesse em serem listados na nova Bolsa de Valores estão a gestora de condomínios 'SmartSíndico', o app de vagas de emprego 'Taqe' e a plataforma de educação 'Redação Online'. A idéia é a tokenização do projeto com estruturação, intermediação e liquidação através de tokens blockchain na parceria do r3.
Moral da Nota: pesquisa “Economia das Favelas” dos institutos Data Favela e Locomotiva em 465 comunidades de 116 cidades, revela que a maioria dos moradores ou 71% trabalham no mercado formal ou informal e 15% vivem com aposentadoria ou pensão, com mais de R$ 119 bilhões em poder de compra ávidos por tecnologia. Alexander Albuquerque, CEO do Banco Maré e idealizador do projeto [BVM]12, diz textualmente "conseguir investimento na favela é difícil. Fundos de investimento querem saber o que as startups estão fazendo e quando descobrem que atuam nas regiões mais perigosas da América Latina, não querem mais." A aceleradora de fintechs, Rede Celer, anunciou parceria com o Banco Maré para 'impulsionar' a adoção de criptomoeda social criada pela startup que se chama 'Palafita'. O MCTIC, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, através do FUNTTEL, Conselho Gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações, investe R$ 43 milhões em incentivos à projetos blockchain e IoT, parte do PAR, Plano de Aplicação de Recursos de 2019 a 2021 da Fundação CPqD, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.