Lá se vão 40 anos desde o lançamento do primeiro relatório crível sobre o efeito do CO2 no ambiente em que se previu a mudança climática. Em Massachusetts, o Oceanografic Institute Woods Hole instalou em 1979 a primeira sessão do “Grupo Ad Hoc sobre CO2 e Clima” resultando no Relatório Charney, avaliação abrangente das mudanças climáticas pelo CO2, estabelecendo a ciência do aquecimento global. O relatório do grupo do MIT composto por 10 cientistas do clima, concluiu que o aquecimento pela duplicação das emissões de CO2 seria próximo a 3ºC com margem de erro de 1,5℃. Desde então a concentração média anual de CO₂ atmosférico medida em Mauna Loa no Havaí, aumentou 21% e a temperatura média global da superfície terrestre 0,66ºC, esperado na duplicação de CO₂, aumentando 2,5º de aquecimento e pouco abaixo da melhor estimativa.
Em 1824 Joseph Fourier escreveu que "a temperatura da Terra pode ser aumentada pela interposição da atmosfera, porque o calor no estado de luz encontra menos resistência em penetrar o ar do que em repassar para o ar quando convertido em calor não-luminoso". Em fins de 1850 John Tyndall investigou a absorção de calor por gases, publicando um artigo sobre a Absorção e Radiação de Calor por Gases e Vapores e a Conexão Física da Radiação, Absorção e Condução. Tyndall demonstrou que os gases na atmosfera absorvem calor em graus diferentes, base molecular do efeito estufa. Em um salto aos anos 50 do século XX, cientistas previram aumento da temperatura causado pela queima de combustíveis fósseis e em 1972, o chefe de pesquisa do Escritório Meteorológico do Reino Unido, escreveu na Nature que estava em andamento aquecimento de quase 0,6 ℃ até fins do século XX, controverso nos anos 70 pelo resfriamento do início do século e a ideia que íamos à nova era glacial.
Moral da Nota: foram em doses hoemopáticas a conscientização dos resultados científicos, desde o traço de ozônio com oxigênio visto por Tyndall até a compreensão da natureza do efeito estufa. É comprovação científica que o aquecimento natural dominado pelo vapor de água, é amplificado por pequenos traços de gás suficiente para serem medidos em partes por milhão ou bilhão. Hoje não se discute se pequenas quantidades de gases altamente absorventes, dominam quantidades maiores de gases menos absorventes como o ozônio por exemplo.