quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Mais ainda

Desde fins do século XIX o nível médio dos mares subiu 20cm e desde meados do século XX a temperatura média subiu 1,5ºC. Até 1960 quase todos os anos o Rio Danúbio congelava em sua parte inferior, daí em diante só o fez cinco vezes, sendo duas delas no século atual. Antigamente congelava em dezembro indo até março, com uma média de 27 dias congelado.
Já o caso do degelo Ártico, o aquecimento é mais pronunciado por conta de um fenômeno chamado de amplificação do Ártico, em que o aquecimento é até três vezes maior que no restante do hemisfério norte. A matemática é simples: o gelo derretido expõe grandes áreas aquosas absorvendo radiação solar extra, com massa gelada restante refletindo menos radiação e acabando por alimentar o processo. Tudo devidamente observado por satélites da Nasa nos avisando que os invernos de 2015, 2016 e 2017 a porção gelada do oceano Ártico tem sido a menor desde que foram inventados os satélites. 
Moral da Nota: 84 cientistas de 44 organizações publicaram na Nature a perda de gelo que ocorre na Antártida. Em decorrência, o derretimento elevou o nível do mar em 7,6 mms desde 1992 corroborado pelo relatório do Centro Oceanográfico Nacional do Reino Unido, quantificando o custo de derretimento em U$ 14 trihões de dólares em 2100, tudo devidamente creditado a inundações marinhas, tempestades costeiras ou tsunamis.  
Em tempo: caso as emissões começassem se reduzir amanhã, o nível do mar continuaria se elevando e o planeta se aquecendo pelo menos até 2300.