quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Retrocesso

Recordando o problema do Ozônio, localiza-śe na estratosfera, camada da terra situada entre 10kms e 50kms acima do solo, absorvendo a radiação ultravioleta do sol que chega a superfície terrestre danificando o ADN de plantas, animais e humanos. A partir de 1970 medições indicaram queda em sua concentração por conta da ação do CFC, gás de geladeira por exemplo. Em consequência foi proibido em 1985 e em 1987, surge o protocolo de Montreal como conjunto de medidas visando a eliminação do gás e contenção da redução dos níveis de ozônio. Os resultados foram promissores principalmente na Antártica e nos polos em geral.
Pesquisa publicada na revista Atmospheric Chemistry and Physics, revela que os níveis de ozônio se enfraqueceram nas latitudes mais baixas. Quer dizer, nas regiões inferiores da extratosfera entre 15kms e 24kms. O detalhe é que em tais regiões estão as maiores concentrações populacionais e daí, sugerem duas possibilidades: a mudança climática altera o padrão de circulação atmosférica levando o ozõnio para regiões dos trópicos. A outra são as substâncias de vida muito curta (VSLs) que contém cloro e bromo, acabam destruindo o ozônio na extratosfera inferior. Os VSLs são usados em solventes, removedores de tinta e desengordurantes, alguns utilizados em substituição ao CFC.
Moral da nota: a recuperação do ozônio não se faz uniforme por conta dos danos causados pela atividade industrial e humana. Como exemplo, Londres está situada na região citada entre 60ºN e 60ºS. Outro detalhe é que os resultados decorrem de pesquisas mais acuradas e evolução do método científico. Fica faltando a evolução na resposta dada pelos atores que se fazem pertinentes.