IoT descentralizada

Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (Ustpo) concedeu a IBM patente de auto-atendimento de dispositivos anônimos de serviço Blockchain em rede, no ambiente de Autonomous Decentralized Peer-to-Peer Telemetry (Adept). A prova de conceito (PoC) para Adept foi em parceria com a Samsung, usando um protocolo blockchain como base à rede distribuída de dispositivos chamada pela Samgsung de “internet das coisas (IoT) descentralizada”. Segundo a IBM controladores de IoT geralmente são centralizados exibindo diferentes fornecedores de soluções proprietárias seguindo arquitetura centralizada, daí uma arquitetura descentralizada oferecendo melhor custo e eficiência operacional.

Na ideia de inovação de IoT, a Equipe Elk desenvolvedu hardware IoT que opera com tecnologia Blockchain permitindo interconectar objetos que compartilham informações via rede de blocos, integrando sistema de mensagens, módulos de armazenamento e conexão WiFi. Poderão controlar remotamente componentes eletrônicos como motores, sensores e  switches. Um sistema de objetos conectados poderia ser construído em poucos minutos através de uma rede de blocos cujos dispositivos utilizam a biblioteca Koyn Arduino, facilitando conexão e programação de dispositivos conectados ao Blockchain. 

Moral da Nota: dispositivos de auto-atendimento aumentam a eficiência do sistema descentralizado, diagnosticando e automatizando soluções à situações como “autodiagnóstico, previsão de falha de equipamento e antecipação”, funcionalidades incluindo mensagens peer-to-peer, compartilhamento de arquivos distribuídos e coordenação entre dispositivos autônomos. 

Saúde e varejo

Em colaboração ao desenvolvimento da rede blockchain nas indústrias de saúde e farmacêutica, a Walmart une-se ao blockchain MediLedger no projeto piloto de rastreamento de produtos farmacêuticos, em conjunto com a admnistração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos. Pioneira na adoção da tecnologia na indústria, a Wallmart em 2016 implementou com a IBM identificação e eliminação de alimentos devolvidos de sua lista de produtos. Associada ao Escritório de Patentes e Marcas Comerciais dos EUA, adquiriu patente de sistema de entrega de produtos em blockchain implementando dispositivos eletrônicos autônomos como drones e robôs autônomos. Em 2018, solicitou aos fornecedores que rastreassem seus produtos vegetais com a tecnologia Blockchain para evitar inconvenientes.

Em relação ao varejo, a Reuters noticiou que o Carrefour relata aumento nas vendas pós implementação do sistema de rastreamento em blockchain. O rastreamento dá ao consumidor capacidade de seguir das fazendas as lojas a cadeia de suprimentos de 20 itens como leite, carne e frutas e com isto, evitar produtos com organismos modificados, antibióticos ou pesticidas. A empresa pretende adicionar mais 100 produtos da linha não-alimentícia relatando amplo uso do sistema na China, Itália e França. 

Moral da Nota: o Carrefour pertence a rede de rastreamento de alimentos blockchain da IBM, o Food Trust, ao lado da Nestlé, Dole Food Co, McCormick e Co, McLane Co, Tyson Foods Inc, Unilever NV e etc. Em conjunto com a Nestlé se associou a IBM, para através da tecnologia da contabilidade distribuída rastrear cadeias de suprimento da Mousline, marca de purê de batata instantâneo. Isto permite ao consumidor verificar variedade de batatas usadas, data e local de fabricação, armazenamento e qualidade.

Sistema ferroviário

Notícia fornecida na I Conference Blockchain Economy em Madri, avisa que a consultoria de transportes espanhola Eurogestión vendeu seu Blockchain ferroviário a Deutsche Bahn, operadora ferroviária alemã. Segundo o El Economista, o sistema implementará a subsidiária espanhola Transfesa, com expectativa de expansão pela Europa. Automatizará a papelada da segurança ferroviária, exigida por complexas regulamentações europeias, estando operacional em outubro. O projeto será implantado gratuitamente na AESF, a empresa de segurança ferroviária espanhola, para ser usado na Renfe, ADIF e no restante das empresas de transporte espanholas.

Nesta reunião, o Diretor Geral da Alastria disse que a tecnologia blockhain está para ficar, promovendo em todos os setores grande impacto. A Alastria é uma  associação sem fins lucrativos criada em 2017, que promove economia digital pelo desenvolvimento de tecnologia descentralizada ou blockchain. Os principais grupos na Europa e América Latina blockchain inspirados pelo consórcio espanhol, contam com mais de 440 empresas, agências governamentais e universidades. O responsável por Fintech e agência de cibersegurança, alertou à explosão de financiamento com criptocorrências chamadas OIC ou Oferta Inicial de Moedas. Disse que "70 a 80% deles têm sido fumaça" defendendo adaptação mútua de regulamentação e tecnologia com flexibilização de ambos.

Moral da Nota: o jornal SigloXXI avisou da criação de sistema de tokenização dando valor digital aos ativos imobiliários. No encontro, a empresa Metrovacesa mostrou o crowdfunding de investimento imobiliário europeu na plataforma Blockchain da Brickex. Enquanto a empresa Everis disse que a Repsol gerirá seu tesouro em Blockchain, encurtando processos de empréstimo intra-empresa em até 80%. Evitará criptomoedas usando um euro eletrônico tokenizado regulado pelo Banco da Espanha.