sábado, 19 de outubro de 2024

Demência

Pesquisas mostram que estilo de vida saudável reduz chances de desenvolver demência, mesmo para pessoas cujos genes as colocam em maior risco considerando que mais de 55 milhões vivem com demência, uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo além de, iniciativa do Wef, Davos Alzheimer's Collaborative, investindo US$ 700 milhões em 6 anos no desenvolvimento de medicamentos e diagnósticos de saúde para combater a doença. Descobriram que os genes as colocam em risco de demência podendo reduzir chances de desenvolvê-la se seguirem hábitos de vida saudável, com a OMS esclarecendo que a demência é a 7ª principal causa de morte entre doenças no mundo respondendo por milhões de idosos em incapacidade e dependência, cuja proporção aumenta nos países com a Alzheimer's Disease International esperando que os casos de demência aumentem para 139 milhões até 2050. Estudo da Academia Americana de Neurologia investigou se o risco genético poderia reduzir chances de desenvolver a doença ao acompanhar 12 mil pessoas por 30 anos pontuando conforme seguiam o Life's Simple 7 da American Heart Association, AHA, lista de hábitos de estilo de vida ligados à boa saúde cardiovascular que adicionou um 8º hábito, o sono, e a lista agora é chamada de Life's Essential 8. Os hábitos são, controle da pressão arterial na faixa saudável reduzindo pressão sobre coração, artérias e rins, controle do colesterol, redução da glicose no sangue, atividade aumentando duração e qualidade de vida, dieta saudável como prevenção de doenças cardiovasculares, perda de peso reduzindo carga sobre coração, pulmões, vasos sanguíneos e esqueleto, não fumar prevenindo doenças cardíacas. Os participantes do estudo de demência foram solicitados se pontuarem em escala de 0 a 14, dependendo dos 7 hábitos saudáveis, enquanto pesquisadores calcularam risco genético, com base se tinham variantes ligadas a chance maior ou menor de ter Alzheimer, uma das principais causas de demência, sendo que os participantes tinham idade média de 54 anos quando a pesquisa começou, cerca de 9 mil tinham ascendência europeia e 3 mil ascendência africana. No final do estudo, 1.603 pessoas com ascendência europeia e 631 pessoas com ascendência africana desenvolveram demência enquanto aqueles com maiores pontuações para seguir estilo de vida saudável eram menos propensos a demência, incluindo participantes que tinham variantes genéticas ligadas ao Alzheimer, no entanto, há ainda estudo mais recente identificando que tratar problemas de visão e colesterol pode diminuir risco de desenvolver demência.

A taxa de mortalidade por doença de Alzheimer nos EUA de 2000 a 2021 por 100 mil habitantes coloca a demência entre as 10 principais causas de morte e, naqueles com ascendência europeia, os participantes com maiores pontuações à vida saudável tiveram até 43% menos probabilidade de ter demência que aqueles com pontuações mais baixas, enquanto aqueles com ascendência africana, seguir hábitos saudáveis ​​foi associado a risco 17% menor de desenvolver a condição, embora autores do estudo falem que o menor número de pessoas com herança africana participando significa que as descobertas são menos certas para este grupo, necessitando mais pesquisas. A pesquisadora, Rosa Sancho, da Alzheimer's Research UK, esclarece que, “o risco de demência depende de muitos fatores, alguns, como idade e constituição genética, enquanto outros, como dieta e exercícios, que podemos mudar, com o estudo apoiando o conceito que o que é bom para o coração também o é ao cérebro .” Adotar hábitos saudáveis, tratar visão e colesterol alto pode reduzir o número de pessoas com demência, não apenas os indivíduos que se beneficiarão já que a OMS diz que a demência também tem altos custos sociais e econômicos globais em que 'Cuidadores Informais' incluindo familiares e amigos passam uma média de 5 horas por dia cuidando dos doentes e a conta financeira global deve chegar a US$ 2 trilhões até 2030, com organizações ao redor do mundo trabalhando para acelerar avanços na prevenção e tratamento da doença com a Davos Alzheimer's Collaborative liderada pelo Fórum Econômico Mundial e pela Global CEO Initiative on Alzheimer's Disease investindo na pesquisa e diagnóstico.

Moral da Nota: critérios revisados ​​ao diagnóstico e estadiamento da doença de Alzheimer, DA, do Alzheimer's Association Workgroup em que DA era o diagnóstico que permanecia depois do descarte de outras causas de demência com exames de sangue e imagens e, de acordo com artigo recente, DA será descartada usando biomarcadores no sangue quando pacientes vierem preocupados com comprometimento cognitivo leve, CCL, ou demência leve. Dois anticorpos monoclonais aprovados pela FDA retardam a progressão do comprometimento cognitivo em indivíduos com DCL ou demência leve por DA, e outros medicamentos em desenvolvimento à DA nas três fases, pré-clínica, sem sintomas, DCL, indivíduo com comprometimento cognitivo que não interfere nas atividades diárias e demência com comprometimento cognitivo que interfere nas atividades diárias. O princípio-chave estabelece que DA é definida pela biologia como alterações neuropatológicas no cérebro como deposição de proteína amiloide e tau, antes, descobertas que só podiam ser vistas na autópsia e, atualmente, biomarcadores para diagnóstico preciso estão disponíveis através de testes de fluido cerebrospinal que requer punção lombar ou tomografia por emissão de pósitrons, PET scan, sendo que esses testes podem ser invasivos e caros exigindo encaminhamento a especialista, agora, teremos biomarcadores no sangue que permitirão diagnosticar DA com alto grau de precisão incluindo o Beta-amiloide 42, Beta-amiloide híbrido 42/40 e a Proteína tau fosforilada, p-tau. Artigo recente no JAMA mostrou que biomarcadores no sangue, usando a proporção de 2 proteínas tau e 2 proteínas amiloides foram precisos na identificação da DA em mais de 90% das vezes com valores preditivos positivos e negativos excedendo 90%. A importância dos testes em sangue para resultados depende do contexto clínico no qual o teste é solicitado, testes não recomendados para uso em indivíduos assintomáticos.


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Menos detalhado

A OpenAI torna o ChatGPT ‘menos detalhado’, confundindo distinção entre escritor e IA, revelou versão atualizada do GPT-4 Turbo, um dos modelos que potencializam experiência conversacional ChatGPT, versão atualizada que permite ferramenta IA participar de conversas mais naturais, sendo que a empresa esclarece que o modelo mais recente “gpt-4-turbo-2024-04-09”, apresenta melhorias de escrita, matemática, raciocínio lógico e codificação, junto com base de conhecimento atualizada. No entanto, a atualização mais recente foi treinada em dados acessíveis ao público até dezembro de 2023 enquanto a versão anterior só podia basear-se em material até abril de 2023, segundo a OpenAI em post no X, “ao escrever com ChatGPT com o novo GPT-4 Turbo as respostas serão mais diretas, menos detalhadas e usarão linguagem mais coloquial”, no entanto, esta atualização piora o desafio contínuo dos escritores que parecem IA apesar de terem escrito com os próprios artigos, com Paul Graham, cofundador da influente aceleradora de startups Y Combinator concluindo que e-mail incluindo a palavra “aprofundar” deve ter sido escrito com ajuda IA. Argumentou que a palavra não era usada nas conversas cotidianas, embora africanos principalmente nigerianos contra-atacaram dizendo que usavam a palavra com frequência e, desde então, a conversa mudou o fato que pessoas de diferentes partes do mundo usam o vocabulário inglês de diversos modos sendo que a postagem de Graham implica que escritores que falam inglês como 2ª língua podem perder seus empregos porque o trabalho pode ser considerado semelhante ao conteúdo gerado por IA. A atualização segue o lançamento de novos modelos na API OpenAI, incluindo GPT-4 Turbo com Vision incorporando recursos de compreensão de imagem e, conforme documentação o desenvolvedor IA OpenAI atualizou o conjunto de dados de treinamento do GPT-4 Turbo para ser relevante a partir de dezembro de 2023, implementada com intuito de reduzir o que os desenvolvedores chamam de “preguiça” em modelo que não completa tarefas solicitadas, com a empresa eliminando necessidade dos usuários criarem conta para acessar a ferramenta IA generativa amplamente utilizada, ChatGPT-3.5 para tornar “mais fácil experimentar o potencial IA”, no entanto, usuários sem contas não podem armazenar histórico de interações anteriores.

A startup Splight anunciou que levantou US$12 milhões para abordar desafío da transição em escala a energia limpa, por conta de modelo de infraestrutura como serviço, basado em IA e liderada pela NOA, a rodada de investimentos incluiu fundos especializados em tecnologia climática EDP e Elewit com os pares Draper Cygnus, Draper B1, Ascent Energy, Fen, Reaction Global, Barn e a Universidade da Califórnia em Berkeley. O capital de mais US$ 2 milhões apoiará evolução da presença global da empresa cujos 52 funcionários se localizam na sede em San Mateo, Califórnia e em escritórios comerciais em Austin, Texas, e Santiago, Chile, além disso, a empresa opera na Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido em que a equipe fundadora combina conhecimento, desenvolvimento de software e tecnologia de especialista em IA pela Universidade de Toronto, com liderança em empresas do setor, do CEO e antigo diretor executivo da Distrocuyo enquanto a experiência científica do mestre em Física pelo Instituto Balseiro, doutor em Ciência e Tecnologia pela Universidade Nacional de Quilmes e ex-pesquisador em IA pela Universidade de Washington. A Splight desenvolveu tecnologia IA para resolver congestionamento nas redes elétricas, um dos obstáculos à transição energética devido elevados custos e, segundo dados da empresa, ultrapassam US$ 20 bilhões somente nos EUA decorrente ao fato da capacidade de transmissão não utilizada das redes elétricas atingir até 50% da capacidade instalada e 40% da geração de energia renovável ser perdida por não poder ser injetada na rede e, como se não bastasse, existem 930 gigawatts de projetos de energia renovável só nos EUA, em espera, porque não têm possibilidade de ligação à rede. Trabalha baseada em novos ativos de geração renovável chamados de recursos baseados em investimentos, fontes de eletricidade conectadas ao mesmo tempo à rede elétrica via conversor eletrônico de energia, em abordagem que utiliza dados e algoritmos em tempo real para permitir que recursos renováveis ​​funcionem como ativos capazes de proporcionar flexibilidade às redes de energia e, com a tecnologia, a Splight fará face às contingências em tempo real e aumentará até o dobro a capacidade de transmissão. A questão que a starpup argentina opera no exterior embora o país enfrente cenário de necessidade de investimentos em infra-estruturas energéticas que se conjuga com dificuldade de acesso ao capital necessário para financiar desembolsos, considera que a estrutura do mercado eléctrico é ideal à implementação da tecnologia desenvolvida, sendo que a camada operacional em tempo real e o aumento da confiabilidade da rede que o Splight promete, baseado na flexibilidade, permitiria vislumbrar futuro de adoção em massa de veículos elétricos e recursos energéticos distribuídos além de aproveitar utilização de baterias sem necessidade de construção de novos ativos físicos, embora o cofundador da iniciativa alerta que o setor energético argentino continua atrasado em termos de adoção tecnológica.

Moral da Nota: o mercado imobiliário se expande impulsionado pelo aumento da oferta de arrendamento como pelo aumento da procura de aquisição de imóveis, com o Secretário de Imóveis do Mercado Livre, destacando que “o ano é promissor na plataforma com a seção imobiliária oferecendo mais de 600 mil imóveis ”, além disso, acrescentou que “contam com a colaboração de mais de 5.500 imobiliárias e recebem visitas em mais de 22 milhões de publicações". Destaca que os preços dos imóveis começaram se recuperar pós queda significativa de mais de 20% em relação aos níveis pré-pandemia, tendência de recuperação observada após período de queda de 10 meses, em particular, na Cidade Autônoma de Buenos Aires, CABA, cujos preços de venda de agosto de 2024 são 8,4% superiores aos de 2023, além disso, a procura de imóveis cresceu mais de 80% face a 2023, aumento impulsionado pela reativação do mercado imobiliário que se reflete no aumento das escrituras. No entanto, observa que a diferença entre preço publicado e preço de fechamento diminuiu significativamente, passando de mais de 10% há 2 anos à menos de 5% hoje, embora o Mercado Libre facilite conexão entre compradores e imobiliárias não gerencia preço final das transações, considerando ainda que a oferta de aluguel na plataforma aumentou com mais de 20 mil moradias disponíveis na Área Metropolitana de Buenos Aires, AMBA, o que triplica a oferta de 2023. O relatório mensal do Mercado Libre Inmuebles e da Universidade de San Andrés, UdeSA, destaca que, apesar do número crescente os preços dos aluguéis em Buenos Aires aumentaram durante o 1ª semestre embora os aumentos não tenham sido superiores à inflação acumulada no mesmo período sendo que a categoria Mercado Libre Imobiliário existe desde 2004 e hoje conta com 600 mil anúncios ativos e 22 milhões de visitas mensais, com o estudo revelando que os valores de um aluguel na CABA e sua variação desde dezembro de 2023 reportou aumentos de até 29% com 59% dos imóveis oferecidos em moeda local e 41% em dólares. O aumento dos aluguéis em pesos mostrou mudança na tendência do mercado imobiliário mais permeável às necessidades e possibilidades dos inquilinos, situação que, segundo o estudo, minimizou barreiras de acesso no atual contexto recessivo e entre as áreas que registaram os maiores aumentos, o estudo da UdeSA destaca a GBA Norte onde as rendas aumentaram 6,0%, seguida da GBA Sul e GBA Oeste com aumentos de 4,2% e 3,5% respetivamente com o especialista indicando que “a queda nas barreiras fiscais que historicamente limitaram a fluidez dos mercados favorece a ambiente econômico mais dinâmico, facilitando oportunidades de investimento”.