A Comissão Nacional de Valores Mobiliários, CNV, da Argentina já havia lançado o Sandbox regulatório, ambiente de teste, à imóveis, commodities e fundos de investimento e, a partir daí, abriu portas à ativos negociados publicamente usando essa metodologia através da tokenização que permite representação digital de ativos na blockchain possibilitando negociação desses instrumentos com vantagens como, fracionamento, propriedade de um ativo ser dividida em quantas partes forem desejadas para operar com valores baixos, imutabilidade em que os dados da blockchain não podem ser alterados, transparência que permite rastreabilidade em tempo real e facilidade de operação através de carteiras. Nesta segunda fase, haverá abertura a instrumentos do mercado de ações,como CEDEAR, títulos corporativos e ações com participação de provedores de serviços de ativos virtuais, PSAV, e agentes de compensação e liquidação abrangente, ALyC, assim, a agência lançou sandbox regulatório por um ano, metáfora ao lugar onde brincam na praça, em que as empresas podem experimentar sem danos enquanto o regulador ajusta as regulamentações, período que terminará em 21 de agosto de 2026, data em que dependendo dos resultados a CNV poderá estender, modificar ou encerrar o regime. O advogado e analista financeiro fintech, Ivan Bolé, esclarece que "a Argentina caminha à era de inovação, devendo-se à maturidade da indústria fintech e a regulador que finalmente entende o que está em jogo", para o especialista, "o sandbox regulatório é importante e, em futuro próximo, ações de Wall Street serão executadas na blockchain e serão token", por sua vez, José Bano, analista de mercado, garante que a medida tem benefícios, ou, "redução nos custos de transação não apenas as taxas cobradas pelos ALyCs, mas os próprios mercados, não porque sejam caros, mas porque têm custos operacionais que a tokenização pode reduzir" permitindo que mais instituições ofereçam ativos embora corretoras já o façam. Francisco Chaves del Valle, professor do ITBA e consultor de fintech, afirma "o usuário desbancarizado que utiliza carteiras terá nova ferramenta de investimento, são clientes que não experimentam muitas opções mas podem incorporar novas ofertas de sua carteira", enfatizando que, "a CNV e os mercados têm papel central na adaptação, a IA já se tornou 'agente' e até resolve reservas de passagens aéreas", isso também está acontecendo em investimentos automatizados. O setor de fintech espera que o governo lance pacote de regulamentações beneficiando empresas de criptomoedas antes do final do ano, uma delas é a redução do imposto sobre crédito e débito, ou, "imposto sobre cheques", que tributa transferências de dinheiro em 1,2%, antes, esse imposto tinha alíquota reduzida de 0,15% para bancos e carteiras,mas a ARCA aplicou a alíquota integral a aplicativos cripto, outra questão que aguarda resolução é a possibilidade de bancos e carteiras oferecerem serviços de criptomoedas, possibilidade que o Banco Central proibiu poucos dias depois que Galicia e Brubank em associação com Lirium e Ualá junto com Bitso, a lançaram, já que a visão da autoridade monetária é que toda transação envolvendo ativos virtuais é, em essência, transação cambial, critério que se tornou obsoleto pós suspensão dos controles cambiais.
Ainda com relação aos argentinos, emerge plano da YPF usar tecnologia de criptografia à distribuição de eletricidade através de plataforma blockchain projetada para automatizar comercialização de eletricidade no país, iniciativa, que busca transformar o modo como a eletricidade é contratada, liquidada e auditada, introduzindo camada de transparência e eficiência em setor caracterizado por processos complexos, múltiplos intermediários e forte pressão regulatória. Com a ferramenta, a energia contratada será representada na forma de tokens digitais que registram atributos-chave como origem, preço, prazos de entrega e condições, de modo imutável e verificável na rede distribuída, sendo que a tokenização de energia está no cerne do projeto, quer dizer, a cada quilowatt comprometido em um contrato é convertido em unidade digital que pode ser automaticamente transacionada, fracionada e reconciliada através de contratos inteligentes que permitem ações imediatas como liquidações, relatórios ou transferências, quando condições pré-estabelecidas são atendidas, reduzindo tempos de fechamento e minimizando disputas por discrepâncias de medição. O sistema, permite participantes do mercado acesso a sistema de auditoria instantânea que valida a origem renovável da energia, facilita cumprimento das regulamentações ambientais e responde às crescentes demandas por transparência de clientes industriais e reguladores, na prática, a plataforma integrará medição, contratos e faturamento em um único sistema em que cada bloco de energia será representado digitalmente e, quando o consumo for verificado nos medidores, os contratos inteligentes acionarão automaticamente a liquidação correspondente eliminando necessidade de reconciliações manuais, reduzindo possibilidade de erro humano e acelerando geração de relatórios regulatórios. Além disso, como cada transação é registrada na blockchain, qualquer auditor ou parte interessada revisará as informações de forma independente e em tempo real gerando ecossistema de confiança em mercado historicamente marcado pela opacidade e complexidade administrativa, quer dizer, passo em direção à modernização do mercado de energia elétrica, já que a primeira fase da plataforma estará operacional antes do final de 2025 e se concentrará em contratos do Mercado de Energia a Prazo, MATER, segmento em que grandes consumidores industriais contratam diretamente energia renovável e, para esses players terem informações rastreáveis sobre origem da eletricidade, vital na estratégia de descarbonização e à prestação de contas ESG a investidores e autoridades. O roteiro inclui, em fases posteriores, abertura à outros geradores e tecnologias com ambição de consolidar espaço interoperável para escalar regionalmente e se tornar referência à América Latina, visão de longo prazo que essa infraestrutura se torne espinha dorsal digital capaz de hospedar diferentes produtos de energia e modalidades de contratação e, de acordo com a EnergíaOnLine o desenvolvimento permitirá "novas formas de contratar energia e modernizar o mercado elétrico", enquanto o cofundador e CEO da Justoken enfatiza que a integração entre gerador de grande porte e tokenização de energia constitui "avanço histórico em transparência e liquidez". Dentre os benefícios destacam a transparência em que cada transação é registrada de forma inalterável na blockchain acessível as partes, aumentando confiança e reduzindo os custos de verificação, eficiência, em que a automatização de reconciliações e liquidações elimina atritos e encurta prazos, aliviando carga administrativa e liberando recursos atualmente alocados a processos manuais, flexibilidade, já que a tokenização permite desenho de contratos mais adaptados a perfis de consumo variáveis dividindo blocos de energia e oferecendo maior diversidade de produtos e, conformidade regulatória, em que a geração automática de relatórios facilita diálogo com autoridades e órgãos reguladores em contexto de mudanças nos marcos legais e requisitos de transparência cada vez mais rigorosos.
Moral da Nota: o Professor Associado Titular na COMSATS University Islamabad, Paquistão e Ph.D. pela North Dakota State University, EUA, Assad Abbas, se concentrando em tecnologias avançadas, computação em nuvem, edge, análise de big data e IA, avalia que IA transforma o conhecimento, escreve textos, gera imagens, compõe músicas e resolve problemas complexos, em consequência surge uma questão, pode ser criativa ou apenas repete e reorganiza o que aprendeu com dados anteriores? Em resposta, a criatividade funciona envolvendo emoção, originalidade e conexão de ideias distantes ou não relacionadas com atos criativos surgindo da experiência pessoal e pensamento inconsciente, por exemplo, a música não segue regras rígidas, é viva e expressiva, advindo de processos mentais flexíveis e dinâmicos com a neurociência ensinando que o pensamento criativo está associado à mudança na atividade cerebral em diversas regiões permitindo estrutura e espontaneidade. Sistemas IA funcionam via estrutura e previsibilidade treinados em conjuntos de dados para identificar padrões e gerar respostas com base no aprendizado em que ferramentas como DALL E 3 produzem arte, no entanto, as imagens parecem familiares ou repetitivas e, em plataformas como X, usuários descrevem histórias geradas por IA como previsíveis ou emocionalmente monótonas porque IA não se baseia em experiências vividas ou emoções pessoais, pode simular criatividade, carecendo de contexto que dá profundidade à expressão humana. O cientista enfoca que criatividade humana funciona na ambiguidade, emoção e surpresa enquanto IA depende de ordem, lógica e regras fixas e, para auxiliar ir além da cópia de padrões podem ser necessário nova metodologia através de abordagem em algoritmo de caos inspirado em teoria do caos que introduziria elementos de aleatoriedade, disrupção e imprevisibilidade em sistemas IA produzindo resultados mais originais e menos limitados por dados passados. Um algoritmo de caos introduz aleatoriedade em sistemas IA não se tratando de ruído desestruturado, auxilia o modelo romper com padrões fixos e explorar novas direções, conceito que apoia a criatividade na IA permitindo que siga trilhas incertas, teste combinações incomuns e tolere erros que podem levar a resultados positivos, considerando que sistemas IA atuais, incluindo modelos como GPT-4, Claude 3 e DALL E 3, são treinados para reduzir erros seguindo padrões estatísticos em conjuntos de dados, como resultado, tendem produzir resultados que refletem dados os quais foram treinados dificultando geração de ideias inovadoras. Daí, algoritmos de caos buscam aumentar flexibilidade em modelos IA, introduzindo desordem controlada no processo de aprendizagem e geração, ao contrário de métodos tradicionais que se concentram na precisão e repetição de padrões permitem que o modelo ignore temporariamente regras de otimização e que o sistema vá além de soluções familiares e explore possibilidades menos óbvias, em consequência, surge abordagem comum introduzindo mudanças aleatórias no processamento interno que auxiliam o modelo evitar repetição dos mesmos caminhos e o incentivam considerar direções alternativas que podem incluir componentes de algoritmos evolucionários que utilizam conceitos como recombinação e mutação auxiliando geração de ampla gama de saídas possíveis, por exemplo, um modelo de linguagem treinado para escrever contos em que o sistema sempre gera finais previsíveis com base em padrões familiares os resultados podem carecer de originalidade, no entanto, introduzindo mecanismo de recompensa que favorece narrativas incomuns como um final que resolve a história de forma coerente e original, o modelo aprende explorar possibilidades criativas, abordagem que melhora a capacidade do modelo gerar conteúdo inovador mantendo estrutura lógica e consistência interna. A criatividade humana segue trilha não linear em que ideias e descobertas surgem inesperadamente ou resultam de conceitos não relacionados, elemento de imprevisibilidade desempenhando papel fundamental no modo como pessoas pensam e geram novas ideias, com desordem e flexibilidade como características naturais do pensamento humano com momentos que podem levar a conceitos originais em que profissionais criativos como escritores e cientistas relatam que novas ideias surgem em períodos de descanso ou reflexão e não por meio de etapas planejadas e, ao resolverem problemas, os humanos exploram direções não relacionadas ou incomuns enquanto afastam-se da tarefa ou considerar perspectivas alternativas podendo levar a soluções inesperadas, ao contrário das máquinas que seguem regras definidas, a criatividade humana se beneficia da desordem, da variação e liberdade em quebrar padrões. Por fim, exemplo notável é o AlfaFold, desenvolvido pela DeepMind, que aborda o desafio científico de prever estruturas de proteínas e, em vez de depender estritamente de regras fixas, combinou técnicas de modelagem estruturada com estimativas flexíveis baseadas em dados e, ao incorporar variações e permitir grau de incerteza nas etapas intermediárias o sistema foi capaz de explorar múltiplas configurações possíveis, variação controlada que permitiu o AlphaFold identificar estruturas de proteínas precisas incluindo aquelas que métodos tradicionais baseados em regras ou determinísticos não resolveram anteriormente, sendo que a introdução de aleatoriedade controlada na IA permite que modelos gerem resultados mais originais e diversos, no entanto, a flexibilidade criativa deve ser gerenciada pois variabilidade descontrolada pode levar a resultados não confiáveis em áreas críticas como saúde ou direito expondo ou reforçando vieses ocultos presentes nos dados de treinamento.
OBS: relatório da Computing Power Conference, segundo o Global Times, informa que a capacidade de computação inteligente chinesa crescerá mais de 40% em 2025 impulsionada por IA, com analistas afirmando que entra em nova fase caracterizada por "desenvolvimento de alta qualidade e em larga escala", implicando rápido progresso nas capacidades IA, impulsionando inovação nos setores, destacando que o foco chinês no avanço IA busca impulsionar competitividade econômica, pesquisa científica e transformação digital.