domingo, 3 de fevereiro de 2019

Argo

Argo é um sistema de observação oceânica consistindo de sondas robóticas posicionadas e submersas a profundidades de até 2 km, disponibilizando dados sobre clima, tempo, oceanografia e pesca em tempo real. Projetado posicionar inicialmente 3.000 sondas que flutuam ou mergulham à superfície, arrastados pelas correntes marítimas armazenando o resultado da informação. Emerge até a superfície a cada 10 dias, permanecendo entre 6 e 12 horas, transmitindo informações via satélite de condutividade, temperatura, densidade e salinidade.
Em consequência, análises do Argo mostram aceleração do aquecimento oceânico e para o conjunto de águas oceânicas e da terra, 2018 foi o ano mais quente. O Argo combinado com trabalho paralelo de registros oceânicos anteriores, permitiu reconstruir temperaturas oceânicas desde 1960. O estudo liderado pelo Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências, combinou velhos e novos resultados provando que não apenas os oceanos se aquecem mas o processo se acelera. O relatório avisa que os Oceanos, principal memória da mudança climática, absorvem 93% do desequilbrio energético da terra decorrente ao aumento de gases poluentes da atividade humana, contribuindo ao aumento do nível do mar e eventos extremos.   
Moral da Nota: o relatório alerta que a partir de 2080, os oceanos terão aquecido seis vezes mais que nos últimos 60 anos. 80% a 90% do aquecimento global envolve aquecer águas oceânicas retendo mais calor que a atmosfera. Investigadores afirmam que a temperatura superficial dos oceanos é mais significativa que a temperatura terrestre ou atmosférica e seu conteúdo térmico, representa quase 90% do total ou 1000 vezes o da atmosfera.