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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

A Exxon Mobil

O relatório de 2019 'Qualidade do ar na Europa da Agência Europeia do Ambiente, AEA, informa que europeus urbanos estão expostos a níveis de poluição negativos à saúde e a economia, causando 500 mil mortes prematuras anualmente. Em 2017, a poluição excedeu diretrizes de qualidade do ar da OMS em 69% das estações de monitoramento européias. Valores-limites da UE são altos na Bulgária, Croácia, República Tcheca, Itália, Polônia, Romênia e Eslováquia. O CE Delft 2018 estimou o custo da poluição do ar no tráfego rodoviário europeu entre 67 e 80 bilhões de euros, 75% a 83% consequente emissões de veículos a diesel. 
Os principais poluentes são fuligem, óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, amônia, monóxido de carbono e metano e etc. A AEA considera 'partículas finas e grossas', sendo as grossas ou PM 10 ou menores que 10 µm, podendo ser transportadas profundamente aos pulmões, causando inflamação ou agravando a condição dos que sofrem de problemas cardíacos e pulmonares. As 'partículas finas' ou PM 2,5 ou menores que 2,5µm, são aquelas cujos impactos deletérios à saúde, pela toxidade, são mais graves que a PM 10. As Emissões de óxidos de nitrogênio representam a maior parcela dos custos dos poluentes ou 65%, seguidos pelas PM 2,5 ou 32%. O transporte rodoviário causa 18% da poluição e o custo total no sistema de saúde ultrapassa 60 bilhões de euros/ano.
Moral da Nota: “A América enganou” é o título do relatório de acadêmicos da Universidade George Mason, Harvard e Bristol, expondo como o setor fóssil financiou a “campanha de desinformação” para “suprimir a ação e proteger o 'status quo' nas suas operações econômicas”. Durante décadas as petroleiras utilizaram desinformação sobre seu papel nas alterações climáticas, com "táticas de negação e adiamento retiradas diretamente do manual de estratégia das tabaqueiras". O documento exemplifica a Exxon Mobil que será julgada em Nova York por fraude, acusada pela Procuradoria-Geral de enganar acionistas sobre o impacto que teria nas contas leis de combate à alterações climáticas. Documentos da petroleira entre 1977 e 1998, mostram que "os cientistas no setor dos combustíveis fósseis conheciam desde 1950 potenciais efeitos de aquecimento das emissões de CO2" e "estavam conscientes" dos riscos associados a seus produtos. O relatório inclui estratégias de combate à técnicas negacionistas que "semeiam dúvida nas pessoas", disponibiliza anotações sobre documentos da Exxon Mobil e um anúncio do ano 2000 no "The New York Times" com "argumentos falsos".