Estudo nos EUA sobre a solução potencial à lacuna de tratamento de opioides revela que entre 1999 e 2023, 806 mil norte americanos morreram de overdose de opioides, conforme Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, no entanto, 2,4 milhões de adultos com transtorno por uso de opioides 1 em 4 recebe medicamentos que podem reduzir risco de overdose, vale notar que o potencial da telemedicina tem se mostrado promissor como ferramenta para prevenir mortes por overdose de opioides, no entanto, o financiamento à estudo lançado em 2024 pela economista da saúde Haiden Huskamp que examinou uso e impacto foi encerrado como parte do cancelamento de bolsas federais de pesquisa pelo atual governo, esclarecendo que "muitas das pesquisas, incluindo para esta bolsa, analisam por que poucas pessoas recebem tratamentos baseados em evidências à transtornos por uso de substâncias". O Professor Henry J. Kaiser de Políticas de Saúde na Escola Médica de Harvard nos alerta que "medicamentos à transtornos por uso de opioides são eficazes, reduzem o uso, de overdose e desfechos negativos, salvam vidas", no entanto, a escassez de médicos especializados no tratamento de transtornos por uso de opioides, especialmente em áreas rurais, representa barreira ao recebimento de cuidados, concluindo que, "o trabalho tenta entender, desde a pandemia em particular, quem estava usando telemedicina para transtornos por uso de opioides", e continua, "se a disponibilidade de atendimento, via telemedicina, significa que médicos que tratam transtornos por uso de substâncias estão atendendo mais pacientes em áreas onde não há médicos suficientes para esse trabalho" e, de acordo com o CDC, 217 americanos, em média, morreram em 2023 a cada dia de overdose de opioides. Nos últimos cinco anos, tem se estudado a telemedicina como estratégia para expandir acesso ao tratamento do transtorno do uso de opioides e medicamentos que salvam vidas, como metadona, buprenorfina e medicamento de reversão rápida de overdose, naloxona, esclarecendo que, "dada a epidemia de opioides na qual estamos no meio, a telemedicina pode ser resposta porque pode abordar barreiras ao acesso ao tratamento" e, embora o CDC relate que as mortes por overdose de opioides caíram de 83.140 em 2023 para 54.743 em 2024, o número de mortes continua alto já que em 2023, em média, 217 pessoas morreram a cada dia de overdose de opioides. O estudo de 4 anos de Huskamp, encerrado, possuía equipe de 15 pesquisadores que fornecia informações em evidências sobre a eficácia da telemedicina que pudesse orientar formuladores de políticas no enfrentamento da epidemia de opioides, tratou-se da renovação de uma bolsa anterior que rendeu 24 publicações diferentes cujas descobertas fundamentaram regras da Agência Antidrogas, DEA, para expandir acesso à telemedicina no tratamento da dependência de opioides, financiada pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas, NIA, a pesquisa mais recente buscou examinar atendimento e resultados clínicos, com dados do Medicare, Medicaid, seguros, comerciais e solicitações de reembolso de farmácias nacionais. O uso da telemedicina à transtornos por uso de opioides tornou-se mais difundido no país na pandemia e pesquisadores se mostraram ansiosos para analisar dados se melhorou acesso ao atendimento à pacientes em áreas remotas e como a qualidade do atendimento se compara ao atendimento presencial tradicional.
Dados de 2017 a 2022 sugerem que 14,8 milhões de pessoas injetam drogas no mundo, que representa 0,29% dos adultos de 15 a 64 anos, correndo risco de infecções virais, HIV, hepatite A, HAV, hepatite B, HBV, hepatite C, HCV, e hepatite D, HDV, sendo que 31.800 infecções por HIV foram relatadas nos EUA em 2022, 7%, 2.300, atribuíveis a uso de drogas injetáveis, com risco de transmissão por exposição intravenosa estimado em 0,67% enquanto Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, recomendam que pessoas com deficiência que compartilham equipamentos de injeção façam o teste HIV uma vez por ano, pessoas que não têm HIV devem receber profilaxia pré-exposição que pode diminuir risco de aquisição do HIV em 74% se tomadas conforme prescrito. Em relação a hepatite C 4.848 casos incidentes foram relatados nos EUA em 2022, com o CDC estimando 67.400 de infecções no total pós ajuste à sub-notificação de casos, sendo que o uso de drogas injetáveis foi relatado em 52% das infecções agudas com informações de risco disponíveis enquanto a infectividade pelo compartilhamento de agulhas é estimada em 0,25% por evento de uso de drogas injetáveis, com o CDC recomendando triagem única aos indivíduos com 18 anos ou mais e gestantes com triagem mais frequente recomendada à aqueles com fatores de risco, que compartilham equipamentos de injeção e indivíduos com HIV, valendo notar que Insuficiência hepática, cirrose ou carcinoma hepatocelular se desenvolvem em 10% a 20% dos indivíduos com infecção crônica por hepatite C ao longo de 20 a 30 anos. Em 2022, 2.126 novos casos de Hepatite B foram relatados nos EUA correspondendo estimativa de 13.800 indivíduos pós ajuste à subavaliação e sub-notificação, em que drogas são o fator de risco mais comum à infecção aguda com uso de drogas injetáveis relatado em 24% dos pacientes em comparação com 18% dos 1.338 casos agudos com informações de risco disponíveis em 2011, valendo observar que a hepatite B é transmitida por meio do compartilhamento de equipamentos de injeção não estéreis, transmissão perinatal e sexo sendo que o risco de transmissão por exposição percutânea está entre 6% e 30%, com o O CDC recomendando vacinação aos bebês e crianças do nascimento aos 18 anos, adultos de 19 a 59 anos e indivíduos com risco aumentado com dados de 2001 a 2016 sugerindo que menos de 15% nos EUA com idade entre 29 e 59 anos são vacinados contra hepatite B. A infecção por Hepatite D ocorre apenas como coinfecção e afeta 12 milhões a 72 milhões de pessoas globalmente, quase 5% dos pacientes crônicos, podendo ser transmitida por relações sexuais e uso de drogas injetáveis embora dados sobre o risco de transmissão por exposição percutânea sejam limitados, sendo que o CDC recomenda rastreamento para indivíduos com infecção embora não exista vacina aprovada para prevenir, a vacinação contra o Hepatite B pode prevenir infecção por Hepatite D em indivíduos sem infecção prévia por Hepatite B. Por fim, infecção por Hepatite A e exposição percutânea sejam incomuns dados de infectividade são limitados, pessoas que usam drogas e indivíduos em situação de rua correm risco de adquirir Hepatite A, em 2022, 32% de 927 pacientes com infecções que tinham informações disponíveis sobre uso de drogas relataram uso de drogas injetáveis, dados que representam aumento na porcentagem de indivíduos que injetam drogas comparados a 2,9% de 512 casos com informações de risco disponíveis em 2011.
Moral da Nota: os nitazenos são altamente potentes, exigem quantidades mínimas para causar efeitos extremos, considerados "armadilha do diabo" 15 vezes mais forte que o fentanil, constituindo nova classe de opioides sintéticos chegando aos mercados de drogas ilegais no mundo, levantando preocupações entre autoridades de saúde, extremamente potentes, em alguns casos, superando o fentanil, 50 vezes mais forte que a heroína associados a centenas de mortes por overdose em vários continentes. Dados do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, UNODC, desde que o primeiro caso foi relatado em 2019, pelo menos 26 variantes de nitazenos foram identificadas em 30 países da Europa, Américas, Oceania e Sudeste Asiático, quer dizer, 82% dos incidentes documentados resultam em mortes, muitas delas sem que as vítimas soubessem que consumiram a substância, na Argentina houve um escândalo sobre fornecimento de "droga zumbi" a um bebê, "armadilha do diabo", segundo Tina Harris ao The Wall Street Journal, londrina que usa heroína desde a adolescência e, sem saber, consumiu nitazenos pensando que era fentanil, considerando ainda que a potência da droga fez com que a mulher de 41 anos acordasse no hospital após desmaiar e receber uma injeção de nalaxona, antídoto usado em casos de overdose. Fabricados em laboratórios clandestinos utilizando precursores químicos acessíveis e, devido a alta potência, requerem quantidades mínimas para atingir efeitos extremos, o que os torna opção atraente à redes criminosas que os misturam com drogas tradicionais como cocaína, ecstasy, benzodiazepínicos, ketamina ou heroína, aumentando risco de overdose, com o detalhe que, sua origem pode ser atribuída à escassez global de heroína derivada da proibição do cultivo de papoula no Afeganistão desde 2022 que incentivou a substituição por opioides sintéticos mais fáceis de fabricar e transportar.