Startup argentina ZoomAgri, oferece serviços de determinação de variedades de cevada à gigantes da indústria cervejeira bem como trigo e soja aos exportadores, através de IA revolucionando agricultura que envolve treinamento de algoritmos para reconhecimento de imagens em tempo real. Constituída por 60 funcionários que examinam amostras de cevada, trigo e soja, nos restantes fusos horários, mais 10 realizam a mesma tarefa, por escritórios em Madrid, Londrina e Perth cujos acontecimentos históricos confirmados e explicados relativos à digitalização dos testes, inspecção e certificação de cereais e oleaginosas em mercado analógico de US$ 2 bilhões anuais há pelo menos 2 décadas. A Quilmes, principal cliente, carregaria toneladas de cevada nos silos esperando 5 dias pelos resultados da análise de DNA para verificar se fornecedores entregaram pelo menos 95% de pureza varietal, gastando US$ 50 testando amostragem, sendo que a ZoomAgri analisa qualidade e pureza dos grãos usando fotos e IA com resposta de 99%. Todos os possíveis defeitos de qualidade física são avaliados, o mesmo acontecendo com trigo e a soja, obtendo um banco de 200 milhões de imagens de grãos para treinar algoritmos, com interoperação em tempo real dos sistemas de localização, percepção ambiental, planeamento e controle em veículos autônomos nível 4, daí, medir qualidade dos grãos com foto. O aperfeiçoado e seleção de scanners importados fornecidos pela Canon e Epson e o software em meio a equipe de 20 desenvolvedores IA trabalhando em diferentes cidades, propôs oferecerem às indústrias e fornecedores, auxílio do processamento de imagens e reconhecimento em tempo real e, assim, “revolucionar cadeias agroindustriais” através do hardware ZoomAgriOne, destinado à determinação varietal e posteriormente o ZoomAgriSpex, à análise de qualidade física. Os fundadores do ZoomAgri esclarecem que “trata-se de empresa de software que vende serviços”, afirmando que “combinam hardware de baixo custo, robusto e escalável, capaz de funcionar em locais não tão adequados à fotos, com software preciso”, sendo que nos primeiros 3 anos receberam US$ 1,45 milhão de investidores e da aceleradora Glocal de Rosário e, em agosto de 2021 arrecadaram US$ 3,3 milhões em rodada liderada pelo fundo brasileiro SP Ventures e, com os australianos Artesian e GrainInnovate, o mesmo com Série A de US$ 6 milhões, liderada pela GrainCorp, um dos clientes mais importantes. A Zion Market Research, informa que o tamanho do mercado de análise de grãos vale US$ 2,12 bilhões estimando-se que cresça à US$ 3,45 bilhões até 2030, com digitalização do setor agroalimentar ascendendo a US$ 23 bilhões, concluindo que embora a quota de mercado de testes, inspecção e certificação de produtos agrícolas já digitalizados seja estatisticamente insignificante, qualquer concorrência analógica parece impossível face ao novo sistema, daí, tratar-se de “mercado aberto”. Por fim, trata-se de aplicação IA para processamento de imagens gerando valor na Argentina e, crescendo, “sem deixar de inovar”, desta forma, a empresa terá condições de reter talentos e conseguir retorno dos engenheiros da equipe inicial, hoje, cientistas de algoritmos ou dados na Austrália e Alemanha.
Situando a questão em relação a COP28, documentos internos e fontes informam quea consultora McKinsey & Company promoveu em reuniões preparatórias à COP28, Conferência Climática Africana, projetos de créditos de carbono, ferramenta criticada mas cobiçada por clientes de combustíveis fósseis em compensar emissões de carbono. Os documentos mostraram que a empresa, que assessora ExxonMobil e Saudi Aramco, trabalhou para influenciar agenda da Conferência Africana do Clima, em Setembro de 2023, no Quênia, reunião preparatória à COP28 em Dubai, sendo que um de 9 documentos promove Iniciativa Africana aos Mercados de Carbono, ACMI, que a McKinsey declarou ter ajudado desenvolver defendendo criação de mercado de US$ 6 bilhões à créditos de carbono no Continente Africano, apresentados como modo dos grandes poluidores como empresas petrolíferas, compensarem emissões através do apoio a projetos verdes, por exemplo, preservação das florestas, com especialistas questionando se a prática serve para combater o aquecimento global criticando como lavagem de imagem. Carta ao presidente queniano de mais de 500 associações da sociedade civil, antes da reunião, alertou que a McKinsey "influenciou indevidamente" a conferência via documentos que redigiu em nome do país anfitrião, com o chefe do grupo de investigação Power Shift Africa explicando que “quando a McKinsey se envolveu no planejamento da conferência procurou beneficiar de quaisquer acordos comerciais que surgissem”, indicou que teve papel predominante na elaboração do documento criticado por assessores por superestimar papel dos mercados de carbono. A McKinsey negou irregularidade e o Ministro do Ambiente do Quênia insistiu que está "longe da verdade" dizer que teve tanto peso na conferência esclarecendo que era “parceiro técnico”, um dos consultores que apoiam preparativos, e que os documentos foram “aprovados na Coferência Africana do Clima e pelo governo queniano”. Reconhece que promove sua experiência no mercado de carbono sendo que a empresa citou empresas que assessorou como Chevron, BP e a siderúrgica Tata Steel, mencionando trabalho em energia solar, eólica, gás e eletrificação e “transformação do desempenho” de empresas que operam usinas de carvão e petróleo, com estudo realizado em 2023 concluindo que pequena fração parece cumprir o Mercado de Carbono enquanto relatório da ONU avalia que “atores não estatais participam em mercado voluntário” marcado por “preços baixos e falta de orientação clara”.
Moral da Nota: o Nightshade é ferramenta que combate empresas IA que utilizam obras de artistas para treinar modelos sem autorização do criador e, usá-lo, "envenena" dados de treinamento danificando iterações de modelos IA de geração de imagens, como DALL-E, Midjourney e Stable Diffusion, tornando inúteis alguns resultados como transformar cães em gatos, carros em vacas, etc. O MIT Technology Review deu prévia da pesquisa que passou por revisão por pares na conferência de segurança cibernética Usenix, sendo que OpenAI, Meta, Google e Stability AI enfrentam ações judiciais de artistas que alegam que material protegido por direitos autorais e informações pessoais foram roubados sem consentimento ou compensação, com o professor da Universidade de Chicago que liderou a equipe por trás do Nightshade esperando que a ferramenta ajude inclinar a balança de poder das empresas IA aos artistas. O objetivo é criar elemento dissuasor contra violação dos direitos de autor e da propriedade intelectual dos artistas, no entanto, a equipe de Chicago desenvolveu o Glaze, ferramenta que permite artistas “mascarar” estilo pessoal para evitar que empresas IA o copiem, funcionando de modo semelhante ao Nightshade, ou, alterando pixels da imagem de modos sutis invisíveis ao olho humano, manipulando modelos de aprendizado de máquina para interpretar imagem como algo diferente do que realmente mostra. A equipe pretende integrar o Nightshade ao Glaze e os artistas escolherão se querem usar a ferramenta de envenenamento de dados ou não, além disso, planejam tornar o Nightshade de código aberto, permitindo que outros o usem e criem suas próprias versões e, quanto mais pessoas usarem e criarem suas próprias versões, mais poderosa será a ferramenta.