O Reino Unido é o primeiro país desenvolvido se livrar da energia a carvão, marco na virada das fontes fósseis, ponto de partida da era industrial moderna às energias renováveis que limitam aquecimento do planeta, ao investir em parques eólicos offshore, como o Hartlepool, Inglaterra, marco que ocorre com o fechamento da última usina a carvão do país, sonho de qualquer um na região de Nottingham ter oportunidade de trabalhar no local, com a central de Ratcliffe-on-Soar fornecendo energia aos britânicos por quase 60 anos. A primeira termelétrica do mundo foi aberta em Londres por Thomas Edison, inventor da lâmpada, em 1882, agora, inova mais uma vez ao serem pioneiros no fim da energia mais poluente, com a usina de Ratcliffe, inaugurada em 1967 busca garantir que as instalações deem lugar a outro empreendimento à comunidade já que a última usina a carvão do Reino Unido, Ratcliffe-on-Soar, fechou as portas no dia 30 de setembro de 2024 com a companhia alemã Uniper, proprietária da central, afirmando que será desmantelada antes do fim da década para dar lugar a um "centro de energia e tecnologia livre de carbono" cujos detalhes não foram esclarecidos. Apesar das preocupações locais, o fechamento é passo fundamental no cumprimento da promessa britânica de chegar 2030 com 100% da energia neutra em emissões de CO2 e equivalentes, responsáveis pelo aumento da temperatura na Terra e, até os anos 1980, o carvão representava 70% do aporte de eletricidade nacional caindo a partir dos anos 2010, graças, em primeiro momento, à substituição pelo gás natural do Mar do Norte e, depois, por centrais eólicas e solares, virada decorrente a Lei de Energia do governo do então primeiro-ministro David Cameron que limitou atratividade de investimentos em fontes fósseis, em especial o carvão, ao mesmo tempo que estimulou a produção de energias limpas.
O gás, das fontes fósseis, a menos poluente, representa um terço da matriz energética britânica enquanto o outro terço vem do petróleo e o restante dividido entre nuclear e renováveis, 17%, com o analista do think tank Energy and Climate Intelligence Unit nos informando que "para o resto do mundo realmente podemos fazer isso, falavam de apagão, cortes de luz, hoje, vemos que é possível trocar por renováveis já que solar e eólica estão mais baratas e as baterias para estocar energia começam a aparecer” ao passo que "colocar fim do carvão no Reino Unido marca virada no mundo”. O governo britânico assegura que o fechamento "é fim de era", iniciando "uma nova”, com a criação de empregos nas energias solar e eólica e o desenvolvimento de outras, como o hidrogênio ao esclarecer que "investir em renováveis, eólicas offshore, garantir que a infraestrutura de transmissão de energia suporta esse volume na rede, é desafiador, com opiniões que é possível se políticas adequadas forem adotadas” e, segundo a AIE, Agência Internacional de Energia, restam 9 mil centrais a carvão no mundo que emitem um terço do total de gases efeito estufa lançados anualmente na atmosfera, enquanto no G7 de 2024, as economias mais desenvolvidas se comprometeram eliminar estas usinas até 2035, com os italianos prometendo atingir o objetivo em 2025, a França, em 2027, e o Canadá, em 2030, já, aos alemães, a meta parece “irrealista” conforme definiu o ministro das Finanças que Berlim avessa à energia nuclear, visava o fim do carvão em 2038. O gerente de projetos do IEMA, Instituto de Energia e Meio Ambiente de São Paulo, avisa que, "uso do carvão é problema na maior parte dos países do mundo, aí, o G20, onde Índia e China tem grande dependência e EUA o substituem por gás natural considerando que tinham 40% de matriz de carvão, média mundial”, concluindo que, "o carvão é muito presente, fonte barata de energia e será dificuldade grande continuar tirá-lo de vários desses países”, enquanto é desafio menor no Brasil, cuja matriz energética é majoritariamente renovável, graças à rede hidrelétrica e, conforme necessidades e condições meteorológicas, o país recorre a mais carvão e, ao lado da Argentina, é o único da América Latina com planos de construir novas usinas enquanto o projeto que regulamenta eólicas offshore chegou a incluir subsídios às centrais a carvão até 2050. A recente promulgação da Política Nacional de Transição Energética busca atrair R$ 2 bilhões em 10 anos em investimentos na diversificação energética, entretanto, cronograma e plano de ação permanecem vagos quanto à substituição das fontes fósseis, considerando entre nós que "o Brasil faz lição de casa na parte das renováveis, cresce de modo intenso em eólica e solar, sendo que, do G20 é o que está mais alinhado com a meta de triplicar renováveis até 2030”, concluindo que, "por outro lado, a descontinuidade das fontes não está acontecendo com o carvão, que tem lobby no Congresso e conseguiu manter subsídios."
Moral da Nota: em ambientes agrícolas, abelhas são rotineiramente expostas a combinações de pesticidas e na maioria das vezes, a exposição as misturas não resulta em efeitos letais agudos, mas sabemos muito pouco sobre potenciais efeitos subletais e consequências no sucesso reprodutivo e dinâmica populacional com estudo, expondo fêmeas recém-emergidas da abelha solitária a níveis ambientalmente relevantes de acetamiprida, neonicotinoide ciano-substituído, isoladamente e em combinação com tebuconazol, fungicida inibidor da biossíntese de esteróis, SBI. A quantidade de solução de alimentação consumida na fase de exposição foi menor em abelhas expostas à mistura de pesticidas e após a exposição, as fêmeas foram marcadas individualmente e liberadas em gaiolas de campo à monitorar desempenho de nidificação e avaliar sucesso reprodutivo que foram semelhantes aos das abelhas controle e resultaram em aumento populacional, em contraste, abelhas expostas à mistura de pesticidas apresentaram menor estabelecimento, período de nidificação mais curto e fecundidade reduzida, juntos, esses efeitos levaram a redução populacional com o estudo mostrando como a exposição subletal a pesticidas afeta componentes do sucesso reprodutivo das abelhas e, em última análise, crescimento populacional. Para concluir, poluição do ar pode impactar de modo duradouro na substância branca dos cérebros jovens na gravidez e primeira infância levando a alterações duradouras na substância branca do cérebro que desempenha papel essencial no sistema nervoso, conforme estudo publicado na Environmental Research, liderado pelo centro de pesquisa do Barcelona Institute for Global Health, ISGlobal, em evidências que sugerem que a poluição do ar afeta desenvolvimento do cérebro causando problemas de saúde no coração e pulmões com resultados destacando "importância de abordar poluição do ar como problema de saúde pública, particularmente mulheres grávidas e crianças”. Padrões de qualidade do ar da UE são menos rigorosos aos poluentes que os níveis de diretrizes de qualidade do ar da OMS, e a poluição do ar continua como "grande preocupação de saúde aos europeus", conforme a Agência Europeia do Meio Ambiente e, nos EUA, a EPA, Agência de Proteção Ambiental, revisou Padrões Nacionais de Qualidade do Ar Ambiente, NAAQS, à partículas para 9,0 microgramas por metro cúbico, o dobro das diretrizes da OMS. Pesquisadores acreditam que partículas que entram no cérebro ou inflamação de origem pulmonar provocam danos à mielina afetando capacidade dos nervos de enviar e receber sinais elétricos, como em doenças desmielinizantes da EM, esclerose múltipla, e ADEM, encefalomielite disseminada aguda, sendo que a substância branca consiste em fibras nervosas conectando regiões e transmitindo sinais no cérebro e entre o cérebro e medula espinhal, sendo que as descobertas sugerem que o efeito prejudicial dos poluentes do ar na microestrutura branca ocorre e, persiste, à medida que as crianças envelhecem, sendo que a equipe acompanhou mais de 4 mil participantes do Generation R Study em Roterdã, na Holanda, do nascimento à adolescência. Estimaram a quantidade de exposição a 14 poluentes atmosféricos diferentes, como partículas finas, PM 2,5, e gases como óxidos de nitrogênio, com base no local onde viviam enquanto partículas finas e óxidos de nitrogênio são subprodutos da combustão de emissões de automóveis, usinas de energia e indústrias ou fontes como canteiros de obras e incêndios e, para 1.314 crianças, os pesquisadores usaram dados de duas varreduras cerebrais, uma realizada por volta dos 10 anos e outra por volta dos 14 anos para examinar mudanças na microestrutura da substância branca. Descobriram que a maior exposição a poluentes atmosféricos foi associada a níveis mais baixos de anisotropia fracionada, AF, que mede como as moléculas de água se espalham no cérebro, ou seja, quanto menos maduro o cérebro, mais água flui nas direções e menor o nível de anisotropia fracionada e, cada aumento no nível de exposição à poluição do ar corresponde atraso de 5 meses no desenvolvimento da AF, enquanto certos poluentes causaram mudanças na difusividade média, medida da integridade da substância branca do cérebro, que declina com a idade, e mudanças que diminuíram conforme as crianças ficaram mais velhas, enquanto outras persistiram, os cientistas avisam que mais pesquisas são necessárias para determinar precisamente como as mudanças ocorrem considerando que “anisotropia fracionada menor é provavelmente resultado de mudanças na mielina, a bainha protetora que se forma ao redor dos nervos, em vez de, na estrutura ou empacotamento das fibras nervosas” conforme a pesquisadora do ISGlobal autora do estudo.