O economista Marshall Burke e seu grupo da Universidade de Stanford, comparou taxas de suicídio com índices de temperatura em condados americanos e municípios do México. O trabalho com o título 'Temperaturas mais altas aumentam as taxas de suicídio nos Estados Unidos e no México,' Marshall Burke, Felipe González, Patrick Baylis, Sam Heft-Neal, Ceren Baysan, Sanjay Basu e Solomon Hsiang foi publicado na Nature Climate Change. Prevê um aumento da taxa de suicídios como efeito colateral à mudança do clima, que segundo a pesquisa, continua como uma das principais causas de morte no mundo, superando "todas as formas de violência interpessoal e intergrupal combinadas" como homicídio por exemplo.
Concluíram que as taxas de suicídio atingiram o pico nos meses mais quentes em particular primavera e início do verão, sendo que o calor em si pode não ser o fator determinante, podendo haver outras associações sazonais a serem consideradas como o desemprego. Ao analisar as redes sociais e preferencialmente o Twitter, mergulharam nos dados possíveis em cerca de 600 milhões de tweets, onde buscaram mensagens com termos como "suicida," "presa (o)," e "solitário (a)." A ideia remetida foi de que o clima quente aumenta a taxa de suicídio e o nível de linguagem depressiva no Twitter.
Moral da Nota: nos EUA há 123 suicídios/dia e a temperatura da terra aumentará entre 3ºC e 5ºC e com este aumento em 2050 poderiam aumentar as taxas de suicídio em 1,4% nos EUA e 2,3% no México ou 9 mil/40 mil adicionais em ambos os países. Importante dizer que os autores deixam claro que a mudança climática não está causando diretamente um aumento de suicídios e sim, a elevação da temperatura pode aumentar o risco de um indivíduo decidir se prejudicar.