A Gulf News, agência de notícias, avisa que os Emirados Árabes Unidos (EAU) e a Arábia Saudita trabalham na criação em conjunto de criptomoeda própria visando transações transfronteiriças. Informam que o recurso será indisponível ao varejo e disponível à instituições privadas e exlusivamente interbancárias. A Central Bank Digital Currency ou CBDC, trata-se de parceria entre o Banco Central dos Emirados Árabes Unidos ou, emirados de Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah com o parceiro saudita via Autoridade Monetária da Arábia Saudita ou SAMA.
O Presidente do Banco Central dos EAU avisa que esta é a primeira vez que autoridades monetárias de nações diversas cooperam nesta questão, com a SAMA, buscam desenvolvimento de prova de conceito envolvendo uma criptomoeda própria utilizando DLT. A ideia é, segundo a Gulf News, a transferência de propriedade de um ativo do Banco Central ou criptoativo entre os participantes. Procuram conscientizar o mercado e reguladores no entendimento dos riscos envolvidos e maneiras de monitorar e mitigar via regulamentos e salvaguardas ao sistema financeiro e proteção dos consumidores.
Moral da Nota: aqui duas coisas: a primeira é a diversidade de pontos de vista entre os envolvidos e atitudes. Nos EAU a política em relação aos criptoativos é de distensão, permitindo ofertas inciais de moeda ou ICO como meio de financiamento, buscando inserir as ações dentro da lei islâmica. Já em relação aos sauditas, advertem que o comércio de criptomoedas é ilegal no país. A segunda questão nos diz respeito ao FMI, pela sua diretora geral avisando que é hora de "considerar a possibilidade de emitir moedas digitais."