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sábado, 24 de agosto de 2019

Eventos Climáticos

A sequência de eventos climáticos na América do Sul em 2013 e 2014 com ondas de calor e secas se originaram em fenômeno climático no Oceano Índico, motivo de estudo detalhado. O resultado foi publicado na revista 'Nature Geoscience' por cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, pelo Centro ARC de condições meteorológicas extremas na Austrália e NOAA nos EUA, concluindo que o Índico traz calor extremo para América do Sul e Atlântico Sul. O mecanismo se dá por ondas atmosféricas semelhantes à ondas oceânicas, geradas por ventos fortes  que viajam o planeta afetando regiões terrestres e oceânicas. 
Observações entre 1982 e 2016 mostram aumento na freqüência, duração, intensidade e tamanho das ondas de calor se estendendo por 18 dias, 0,05°C mais quentes e 7% maiores por década. O evento australiano Ningaloo no Oceano Índico, dizimou ecossistemas costeiros impactando a pesca local e foi causado pelo La Niña no Pacífico equatorial. Daí a interconecção climática e ambiental que serão capazes de prever eventos climáticos extremos. Outra questão importante é o El Niño em que pesquisa do Instituto da Atmosfera da China junto a cientistas europeus e americanos, concluiu que aquece a atmosfera e resfria o oceano. Trata-se do mais forte distúrbio interanual do sistema climático, dominando a variabilidade anual da temperatura da superfície global, o padrão climático global e o fluxo global de energia oceânica. Afeta temperatura, precipitação, seca, furacões e eventos extremos no mundo, visto através de mudanças na circulação atmosférica global.
Moral da Nota: foi 2016 o ano mais quente registrado em termos de temperatura global da superfície da Terra consequente ao super El Niño em 2015-2016. O Journal of Climate, o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA e o Centro Europeu de Previsão Meteorológica no Médio Prazo do Reino Unido combinaram observaçoes oceãnicas, dados e simulações do sistema Terra e El Niño, buscando entender a distribuição de energia planetária, intercâmbio entre oceano e atmosfera, entre diferentes oceanos, bacias hidrográficas e outros espaços. Concluíram que o Oceano Pacífico tropical está esfriando através de fluxos de calor na atmosfera, impulsionados por temperaturas elevadas da superfície do mar, causando chuva no Pacífico central e aumento das repercussões globais com redistribuição de calor nas latitudes tropicais do Pacífico e Índico. O calor se desloca e descarrega nas regiões equatoriais aquecendo o Atlântico e Índico tropicais.