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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Energia

A energia do hidrogênio é alternativa aos combustíveis fósseis que pode representar forma mais limpa de abastecimento energético, conhecendo que o combustível sempre impulsionou tecnologias humanas, desde fogões de lenha que nos permitem cozinhar aos combustíveis fósseis que alimentaram a revolução industrial e possibilitam a vida moderna, no entanto, a queima de combustíveis fósseis estão à luz de alterações climáticas. Cientistas creem que a energia do hidrogênio deverá ser o modo mais limpo e eficiente de abastecimento sendo o hidrogênio um gás natural abundante, em grego significa "formador de água" porque cria água quando queimado, limpo, é  produzido com baixas ou nulas emissões de carbono, o termo também se refere a produtos derivados incluindo combustíveis limpos. Ao lado de outras tecnologias como a energia renovável e biocombustíveis, tem potencial de descarbonizar indústrias incluindo os piores emissores de gases efeito estufa, conforme análise da McKinsey, poderá contribuir à mais de 20% das reduções anuais das emissões globais até 2050, contribuição potencial à alcançar zero líquido e, em maio de 2023, mais de mil projetos de hidrogênio em grande escala foram anunciados a nível mundial totalizando US$ 320 bilhões em investimentos diretos, na Europa, foram investidos US$ 117 bilhões em projetos de hidrogênio com a McKinsey esperando que desempenhe papel significativo no cumprimento da descarbonização. O hidrogênio desencadeia em paralelo, conceitos de Net zero referindo-se ao estado ideal onde a quantidade de emissões de gases efeito estufa liberadas na atmosfera é igual à quantidade removida e, para evitar aquecimento do planeta, as indústrias devem atingir emissões líquidas zero, sendo que a descarbonização, redução do carbono na atmosfera, pode ser alcançada através da mudança à fontes de energia que emitem menos carbono e da neutralização do carbono emitido com organizações e governos comprometendo-se descarbonizar, ou, fazer nos próximos anos, transição à emissões líquidas zero. A maior parte do hidrogênio colhido globalmente é derivado de combustíveis fósseis como carvão ou gás natural e, dentre os métodos tradicionais de colheita,  o vapor em que o gás natural é tratado na presença de catalisador como o níquel, produzindo gases efeito de estufa que, no futuro, terão que ser capturados ou compensados, conhecido como hidrogênio cinza, caso o carbono produzido pelo hidrogênio cinza seja capturado e armazenado, o resultado é denominado hidrogênio azul, no entanto, caso a produção de hidrogênio utilize energia totalmente limpa como solar ou eólica, denominamos hidrogênio verde, prevendo-se que os custos de produção verde diminuam 50% até 2030. Em 2050 o hidrogênio cinza, incluindo custos do carbono, será significativamente mais caro que o azul ou o verde. A indústria siderúrgica, responde por 8% das emissões anuais globais, representando oportunidade particular, com a McKinsey avaliando como participantes do setor siderúrgico europeu que poderia descarbonizar convertendo fábricas para funcionar com hidrogênio verde quando disponível em volumes e custos competitivos e, até 2030, a produção de aço à base de hidrogênio responderá por quase 20% das emissões evitadas através do hidrogênio, considerando que o transporte de longo curso enfrentará mudanças nos próximos anos, com reguladores a nível mundial reforçando padrões de emissões como na Europa por exemplo, a partir de 2030, exigindo redução das emissões de CO2 dos novos caminhões em 30% comparados aos níveis de 2019, nos EUA a meta de redução de emissões até 2027 é quase 50% inferior aos níveis de 2010, com 15 estados americanos com mandatos adicionais em vigor que exigem que 30% dos caminhões vendidos até 2030 tenham emissões zero. A questão, segundo a McKinsey, para compromisso neutralidade carbônica exige investimentos diretos adicionais em hidrogênio de US$ 460 bilhões até 2030, na produção de hidrogênio limpo com US$ 150 bilhões em investimentos até 2030, transmissão, distribuição e armazenamento, com desenvolvimento de infra-estruturas de reabastecimento à veículos ou construção de condutas para abastecer instalações industriais sendo a lacuna de investimento atualmente superior a US$ 165 bilhões e, por fim, aplicações de uso final atendendo procura projetada nas aplicações de utilização final do hidrogênio incluindo produção de aço e transporte com investimentos de US$ 145 bilhões.

Em Dubai, as nações concordaram “fazer transição” do carvão, petróleo e gás e, após 30 anos de reuniões da COP, o mundo compromete-se afastar-se dos impulsionadores das alterações climáticas baseados no carbono, com o Ministro das Alterações Climáticas aos meios de comunicação social esclarecendo que o acordo “envia sinal aos mercados, investidores e empresas que esta é a direção da viagem aos países do mundo”. O acordo é aspiração coletiva e não juridicamente vinculativo, mesmo assim, deve pôr fim ao conceito que a queima de carbono, na Austrália como noutros lugares, pode continuar a escala significativa para além de 2050, pois o carvão como combustível está em extinção há muito tempo e a melhoria da eficiência energética doméstica australiana reduziu o consumo de energia, mesmo com crescimento da economia e a maior parte ocorreu à custa do carvão, tendência que continua à medida que a produção de eletricidade avança às renováveis. O consumo de petróleo na Austrália, sob a forma de gasolina e gás importados, manteve-se estável ao longo da última década e sucessivos governos hesitaram na transição à veículos elétricos, mas se a Austrália quiser chegar perto do objetivo de emissões líquidas zero até 2050, deve enfrentar o setor dos transportes que em 2022 produziu 19% das emissões nacionais mais da metade proveniente de veículos de passageiros e comerciais ligeiros, aqui, o poder de lobby político da indústria automotiva, apoiada por fabricantes estrangeiros interessados em manter mercado no fornecimento remanescente de veículos movidos a gasolina.

Moral da Nota: emergiu em Dubai, um “roteiro agroalimentar global” que visa erradicar fome global, transformando sistemas agroalimentares de emissor líquido em sumidouro de carbono, reconhecendo que o gado é essencial à alimentação do mundo e desempenha papel nas funções ambientais, como manutenção do teor de carbono e fertilidade do solo, necessitando reduzir  impacto climático do setor e identificando 10 “domínios de ação” onde são necessárias medidas concretas. O relatório reconhece que a pecuária desempenha papel econômico crucial, contribuindo à subsistência de 1,7 bilhão de pessoas pobres, fonte de proteínas e micronutrientes de alta qualidade essenciais ao desenvolvimento normal e boa saúde, ao mesmo tempo, afirma que o setor responde diretamente por 26 % das emissões do sistema agroalimentar, cujo objetivo é que as emissões de metano do setor pecuário em 2030 sejam 25% inferiores aos níveis de 2020 e, até 2050, que a produtividade dos fatores pecuários cresça 1,7% ao ano a nível mundial. Por fim, aconselha, melhor produtividade do gado através de melhor genética, Intensificar produção pecuária em locais relevantes e melhorar práticas alimentares, proteger a saúde animal através de melhores serviços veterinários e vigilância de doenças, mudar a indústria de rações e promover fontes de proteínas à rações, restaurar pastagens degradadas e melhorar práticas de manejo de pastoreio, alterar população pecuária para atender necessidades nutricionais, oportunidades e restrições ambientais, mudar em direção a regimes de produção integrados como um regime de produção pecuária floresta integrad, melhorar adoção de certificação e rotulagem, alterar políticas públicas da pecuária realinhadas com objetivos anteriores e, conclui esclarecendo que, há “necessidade de agir e mudar a narrativa”, “sem ações imediatas é improvável que o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima do nível pré-industrial possa ser alcançado”.


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Transição automotiiva

Até 2023, trens movidos a hidrogênio estarão prontos ao mercado na Índia, segundo o ministro das ferrovias, contrapondo a Alemanha que lançou a primeira frota mundial de trens de passageiros movidos a hidrogênio.O ministro indiano explicou que o país desenvolve trens a hidrogênio, prontos em 2023. com o detalhe de ser hidrogênio verde como combustível, oferecendo benefícios que incluem apoio às metas de carbono zero como fonte de energia limpa. A Alstom , empresa francesa,  desenvolve os 14 trens alemães com acionamento por célula de combustível de H2  ao custo de US$ 92 milhões. Na Universidade SOA em Bhubaneswar, o ministro das ferrovias explicou  que a Indian Railways tenta conectar áreas remotas e desconectadas do país com a rede ferroviária através de terminais Gati Shakti, trabalho, em andamento. O ministro acrescentou que os trens Vande Bharat Express são fabricados na ICF e, atualmente, os dois trens operacionais estão entre Nova Delhi-Varanasi e Nova Delhi-Vaishnodevi Katra  explicando que "o Vande Bharat Express, de velocidade semi-alta e, um dos mais rápidos, é desenvolvido de forma nativa com tecnologia interna indiana funcionando sem problemas nos últimos dois anos". Sobre o gerenciamento de trens e trilhos, o ministro  explicou anteriormente que "trabalham em sistema de gerenciamento de trilhos para operar trens de semi-alta ou alta velocidade" informando que após a conclusão bem-sucedida do teste de Vande Bharat, a produção em série dos 72 trens restantes começará em breve. Acrescentou que "a velocidade máxima do terceiro trem Vande Bharat é de 180 kms/h e, atinge 0-100 km/h em 52 segundos, comparado com 55 segs  do trem-bala, sendo que a  primeira geração de trens Vande Bharat atinge 0-100 km/h em 54,6 segs atingindo velocidade máxima de 160 km/h".

Inseridos na transição energética, em agosto de 2022, a Índia obteve seu primeiro ônibus de célula a combustível de hidrogênio desenvolvido pela KPIT-CSIR em Pune. O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia lançou o  ônibus de célula a combustível de hidrogênio e, no evento, classificou o hidrogênio verde como excelente vetor de energia limpa permitindo a descarbonização profunda das emissões de difícil abatimento na indústria de refino, fertilizantes, siderurgia, cimento e no setor de transporte comercial pesado. Informou que a célula de combustível utiliza hidrogênio e ar para gerar eletricidade  e alimentar o ônibus, sendo que o único efluente é a água, devendo se transformar no meio de transporte mais ecológico. Por exemplo, um único ônibus a diesel operando em rotas de longa distância  emite 100 toneladas de CO2 anualmente e, há mais de um milhão desses ônibus na Índia, ao passo que veículos com célula de combustível oferecem zero emissões de gases efeito estufa em contraste com veículos comerciais pesados ​​movidos a diesel que respondem por 12-14% de emissões de CO2 e partículas. Acredita que veículos movidos a hidrogênio fornecem excelente meio para eliminar as emissões rodoviárias do setor de transporte comercial pesado, acrescentando que  a alta eficiência dos veículos movidos a células de combustível e alta densidade de energia do hidrogênio garantem custos operacionais em rúpias/km para caminhões e ônibus com células de combustível menores que veículos movidos a diesel, podendo trazer revolução do frete na Índia. Por fim, explica que a Índia pode saltar de importador líquido de energia fóssil para se tornar exportador líquido de energia de hidrogênio limpo e fornecer liderança global no espaço de hidrogênio, tornando-se grande produtor de hidrogênio verde e fornecedor de equipamentos para hidrogênio verde.

Moral da Nota: o Instituto Indiano de Tecnologia Madras, IITM, testará casos de uso em torno do Hedera Token Service, blockchain público à pagamentos, além de tornar-se membro do conselho Hedera Hashgraph para governança descentralizada. O IIT Madras é um dos principais institutos de educação técnica na Índia,  sob a jurisdição do Ministério da Educação, e como membro do Conselho de Administração Hedera, tornou-se uma das 39 organizações globais que executam nós de rede iniciais para governar o livro-razão público Hedera na tecnologia de livro-razão distribuído, DLT,.. Aprimorará recursos DLT em educação e pesquisa, planejando testar casos de uso em cadeias de bloqueio públicas para pagamentos através do Hedera Consensus Service e do Hedera Token Service. Pesquisadores do IIT lançaram recentemente aplicativo de telefone em blockchain chamado BlockTrack, que ajuda usuários e organizações digitalizar e gerenciar registros médicos.


domingo, 11 de setembro de 2022

Inovação energética

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China,  órgão que supervisiona o desenvolvimento econômico, em parceria com a State Grid Corporation, Southern Power Grid Corporation e duas bolsas de comércio de energia em Pequim e Guangzhou, lançam construção de "um novo sistema de energia" via desenvolvimento de plataforma de energia renovável e regras de mercado ao comércio de energia verde. A Comissão, em nota,  aponta motivos que surgiram em investigações indicando que o momento é propício à iniciativa através de demanda das empresas, com algumas indicando disposição de pagar mais pela energia verde a, outra, é a vontade de construir mercado de comércio renovável além da disponibilidade da tecnologia blockchain e demonstração que a negociação pode ser organizada. Há consenso que o comércio de energia renovável ​​é importante tanto para cumprir metas de emissão de carbono, pico antes de 2030 e neutralidade antes de 2060, quanto integrar a crescente penetração de energias renováveis ​​que comporão a maior parte do futuro sistema elétrico. A Comissão lança piloto em áreas onde há interesse no consumo de energias renováveis e, uma vez lançado, será expandido à outras regiões interessadas no comércio de energia renovável, sendo investigados no piloto a organização da negociação, agendamento, liquidação e mecanismos de preço para fornecer serviços amigáveis ​ refletindo o valor total da energia  negociada. O comércio de energia renovável ​​está entre os casos de uso blockchain mais amplamente implementado no mundo, sendo que a State Grid tem experiência blockchain com projetos à empresa chinesa Hyperchain Hangzhou Qulian Technology para desenvolver solução blockchain IoT e, outra com a Wanchain Guangzhou Wanglu Technology, para desenvolver solução de gerenciamento de dados.

A unidade de adoção blockchain da China procura  utilizar a tecnologia para melhorar protocolos de segurança à plataformas de entrega eletrônica encarregada de gerenciar contêineres importados. Relatório do Global Times informa que  o Ministério dos Transportes da China emitiu rascunho de guia sobre adoção blockchain para proteger contêineres, pedindo opiniões de especialistas sobre como utilizar a tecnologia para garantir segurança robusta à sistemas de entrega eletrônica de contêineres importados. O Ministério dos Transportes está examinando protocolos para garantir armazenamento seguro na cadeia de dados relevantes ao sistema, além de permitir interação entre participantes envolvidos na cadeia de valor do contêiner importado. A necessidade da revisão para cima, segundo o Ministério dos Transportes,  se deve ao fato que a proteção de segurança do sistema eletrônico de entrega de contêineres importados deve estar à altura do nível de segurança utilizado para informações nacionais, havendo necessidade de atualizar protocolos como verificação de assinatura de dados, criptografia robusta e transmissão segura de dados. A mudança faz parte da digitalização progressiva dos portos da China por  tecnologias emergentes como IA, 5G e reconhecimento de imagem, que  automatizarão operações nos portos, melhorando a eficiência geral. A adoção blockchain apoiada pelo Estado começa se estender a várias facetas da vida na China, conforme relatado pelo BTCManager,  preparando para estrear pagamentos salariais em blockchain no yuan digital e, por fim, blockchain apresentada para impulsionar o comércio ferroviário China-Europa.

Moral da Nota: o AEMO,  Australian Energy Market Operator, investiga integração de recursos de energia distribuídos à rede com o projeto EDGE blockchain. O objetivo do EDGE, Energy Demand and Data Exchange,  é demonstrar potencial de agregação de recursos de energia distribuída de propriedade do consumidor, para fornecer serviços de energia ao sistema de energia atacadista e em níveis de rede local. A Austrália adota recursos de propriedade do consumidor, com quase uma em cada quatro casas que se acredita ter energia solar no telhado chegando a 40% no sul e Queensland,  recursos com potencial de desempenhar papel fundamental em sistema de energia descentralizado, juntamente com o crescimento semelhante em  escala de utilidade. O teste EDGE deve durar um ano,  informando mudanças nos processos regulatórios e operacionais para gerenciar efetivamente redes e mercados de eletricidade do país, à medida que a participação de recursos distribuídos aumenta. Os três conjuntos de funções principais entregues são troca de dados de recursos distribuídos eficiente e escalável, integração de mercado atacadista e troca de serviços em nível de distribuição local.

sábado, 1 de janeiro de 2022

Transição energética

Por conta da falta de tecnologias à redução de emissões, emergem alternativas como "um grande negócio", dando esperança de encontrar modos de reduzir a pegada de carbono da indústria pesada. Na Suécia, a parceria entre siderúrgica, mineradora e produtora de eletricidade produziu uma forma de ferro usando um processo quase livre de emissões, por meio da joint venture chamada HYBRIT, buscando usar energia renovável para produzir hidrogênio e, em seguida, junto com pelotas de minério de ferro produzir "ferro esponja" usado para fazer aço. Os parceiros no projeto de aço limpo da SSAB, empresa siderúrgica de número 52 na produção global de aço em 2020 conforme a World Steel Association, são a LKAB, empresa de mineração, e a Vattenfall, empresa de eletricidade, sendo as duas últimas de propriedade do governo sueco enquanto os principais acionistas da SSAB incluem o governo da Finlândia. As empresas relatam serem as primeiras usar esse processo para produzir ferro-esponja em escala piloto, avanço em relação à escala de laboratório e, sinal de avanço para fazê-lo em escala comercial, conforme o CEO da SSAB explica que o avanço tecnológico é passo crítico no caminho ao aço livre de fósseis”.

Governos da Suécia e Finlândia, ao lado da União Européia, auxiliam definir as regras de emissões que estão forçando a indústria do aço se transformar, ao mesmo tempo, com interesse financeiro no sucesso de longo prazo das empresas juntamente com o desejo de reter empregos na indústria. Em comunicado, um dos parceiros por trás da HYBRIT, explica que “o potencial não pode ser subestimado significando alcançar metas climáticas na Suécia e Finlândia e contribuir à redução das emissões na Europa”. A indústria do aço responde por 7% das emissões globais de CO2, com a maior parte produzida pela queima de carvão ou gás natural em altos-fornos, com capacidade de utilizar fornos elétricos para fazer “aço secundário”, decorrente a fusão e reaproveitamento de sucata de aço com a demanda por aço excedendo que pode ser suprido com sucata, aí, as empresas precisam encontrar modos mais limpos de fazer “aço primário” a partir do minério de ferro. O processo usado pela HYBRIT não é o único modo de fazer aço carbono zero, com pesquisas promissoras em outras abordagens, sendo que a HYBRIT está longe de ser a única a trabalhar em processo para usar hidrogênio e fabricar esponja de ferro. Outro exemplo é a ArcelorMittal de Luxemburgo, segundo lugar na produção global de aço em 2020, tendo como objetivo emissões líquidas zero até 2050 com uma fábrica em Hamburgo, Alemanha, trabalhando em processo similar ao da HYBRIT na Suécia.

Moral da Nota: a Carolina do Norte trabalha na grande legislação energética, com líderes legislativos reescrevendo proposta de energia depois que o governador Roy Cooper, um democrata, afirmar que se opõe a versão escrita por líderes republicanos. A versão inicial do projeto de lei, segundo a Utility Dive, pedia um cronograma para o fechamento de usinas termelétricas a carvão com defensores ambientais e democratas opondo-se as disposições que incentivariam a construção de usinas de gás natural para substituir o carvão e tirar autoridade dos reguladores estaduais de serviços públicos, além de opositores do projeto afirmarem que é uma dádiva à maior empresa de serviços públicos do estado, a Duke Energy, que fez parte da redação do projeto.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Mercado de energia

AES Brasil em parceria com a Fohat Corporation, conclui balcão para compra e venda de energia na plataforma blockchain, com operações em ambiente digital e contraparte central garantindo custódia e liquidação dos contratos negociados. A plataforma começou a ser desenvolvida em 2019 com investimento de R$ 3,4 milhões, parte do programa de Pesquisa & Desenvolvimento, P&D, da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, tecnologia que permite conexão Virtual Power Plants, usina virtual, possibilitando agregar em nuvens a capacidade oferecida no sistema à mesa de comercialização. A Fohat, anunciou ainda, parceria com o consórcio R3 da blockchain Corda para "conectar o setor de energia ao setor financeiro", sendo a Corda blockchain desenvolvida por empresas do setor blockchain e financeiro formando o consórcio R3 e, dentre os membros,  estão os bancos Bradesco e Brasil, levando blockchain a setores financeiros além da criptoesfera.

Atualmente a negociação de energia acontece no chamado Ambiente de Contratação Livre, ACL, sem intermediação de contraparte central e, com o "Projeto AES Tietê de Energy Intelligence", ocorrerá a universalização do acesso ao mercado de energia com o consumidor comprando diretamente de geradores ou vendedores no ACL.A previsão, segundo a ANEEL, é o mercado de energia brasileiro tornar-se até 2028 "totalmente livre" e, segundo o CEO da Fohat, a plataforma trará segurança ao consumidor “além de segurança financeira, garantirá confiabilidade de dados e altos volumes de energia transacionados, graças à integração entre ferramentas de inteligência financeira e registro de contratos criptografados através da blockchain.” A empresa integrará a rede blockchain soluções da AES Tietê e, em parceria com a Energy Web Foundation implementará a emissão de certificados de energia renovável, I-RECs, através da plataforma, já que atualmente o Brasil é o 2º maior emissor de I-RECs do mundo com 500 mil emissões no primeiro semestre.

Moral da Nota: a Fohat, startup brasileira, explica que "por esse acordo, usará a Corda Enterprise como base de arquitetura tecnológica blockchain da eFinchain, plataforma destinada às instituições financeiras interessadas em operar serviços no âmbito do Mercado Livre de Energia". A plataforma "foi projetada para que instituições financeiras realizem suporte às atividades de concessão de limite de crédito operacional, custódia e liquidação de contratos de energia, abrindo caminho ao desenvolvimento dos contratos de derivativos de energia, chamados Non Deliverable Forward, NDF,".


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Estaqueamento de energia

A utilização da energia fóssil na mineração Bitcoin pelo alto consumo de energia, encorajou mineiros ecorrerem às energias renováveis ​​e iniciativas que melhoram a sustentabilidade, daí, desenvolvedores blockchain considerar o consumo de energia nas implementações, caso da Ethereum, fazendo a transição de um mecanismo de consenso de prova de trabalho à prova de participação. A prova de aposta em que validadores apostam para participar, oferece potencial à eficiência energética especialmente quando a blockchain é dimensionada e a taxa de transferência da transação é proposta para aumentar potencialmente dezenas de milhares por segundo.

Pesquisa da University College London revela divergências no consumo de energia de diferentes blocos de prova de jogo e, dos seis investigados, todos consumiram pelo menos três ordens de magnitude menores que Bitcoin com níveis de diferença  entre o melhor e o pior desempenho. Dos piores, a Ethereum 2.0 foi calculada sob diferentes suposições de modelagem variando entre 0,01823-0,55713 kWh/tx sob projeção de baixo rendimento, enquanto Hedera, atraindo interesse por moedas digitais do banco central, foi o melhor com 0,00002-0,00004 kWh/tx e, ampliado para uso global, a Ethereum foi maior consumidor de energia em 1.010,6-30.887,5 kW comparado ao Hedera em 3,5-6,9 kW. Os números da prova de aposta são próximos aos dos sistemas de pagamento centralizados tradicionais, como VisaNet sugerindo potencial de redução no futuro. Pesquisadores atribuem diferenças entre diversas tecnologias em relação ao número de validadores, sem sugerir centralização efetiva com a redução, indicando necessidade de considerar opções de design, observando necessidade de seleção adequada de hardware validador sugerindo recomendações padronizadas em auxílio aos operadores na seleção da configuração de hardware mais eficiente em termos de energia.

Moral da Nota: entre as blockchains do setor de energia, a Power Ledger migrou recentemente da Ethereum para Solana, não incluída no estudo, utilizando a prova de história, bem como prova de participação, enquanto a Energy Web Chain utiliza um consenso de prova de autoridade autorizado na Ethereum. Neste conceito, o Energy Web e a Power Ledger oferecem oportunidade de investir, refletindo evolução de ofertas blockchain, abrindo participação mais ampla da comunidade. No caso da Energy Web o staking é ao vivo como versão alfa na rede de teste Volta, usando tokens Volta, VT, enquanto a aposta da Power Ledger é através do seu token POWR na blockchain Solana recém-implementada. O piqueteamento é processo em que detentores de tokens depositam ou bloqueiam seus tokens em uma carteira específica, obtendo acesso para participar de rede blockchain de prova de aposta, ao passo que os validadores, que podem ser stakers, respondem ​​por criar blocos e aprovar transações na rede e, em troca, recebem taxa de rede que compartilham com apostadores na forma de recompensa. O staking é visto como meio de descentralizar a rede, pois, em última análise, permite qualquer usuário com tokens participe de sua funcionalidade e quanto maior a aposta e/ou o período de tempo que é feita, maiores são as recompensas, além de permissão de agrupamento para aumentar seu valor ou delegadas a outra parte. A Power Ledger recruta validadores além de estabelecer estrutura de recompensa aos primeiros quatro anos, ampliando serviços que incluem atualmente comércio ponto a ponto, serviços de flexibilidade e rastreabilidade de energia. A Energy Web mudará seu ‘EWT Escrow Model’ da rede teste com grupo de validadores, ‘prestadores de serviços’ no jargão EW de sua comunidade de validadores atual, descrevendo o lançamento do staking como “passo em direção à infraestrutura descentralizada de software como serviço, dSaaS, permitindo provisão de serviços descentralizada e orientada pela comunidade à serviços e aplicativos de serviços públicos da Energy Web”. O modelo EWT Escrow é de garantia e assinatura à serviços na camada de utilidade EW-DOS, alimentando aplicativos em execução na Cadeia EW e projetado para estabelecer acordos de nível de serviço descentralizado e assinaturas "como um serviço" no contexto de uma rede pública.



domingo, 1 de agosto de 2021

Resíduos e energia

A startup brasileira que transforma lixo em energia, Zeg Ambiental, mitigará o problema sanitário e de energia na Somália, terceiro país mais pobre do mundo, segundo dados do FMI de 2021. A USAID, U.S Agency for International Development, organização que busca soluções aos problemas da África, atualmente, empreitando a crise sanitária e energética da Somália através de projeto que cumpre com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. A USAID tem mandato técnico para selecionar e implementar tecnologias em lixões na África, cujo projeto-piloto será replicado em nações africanas por duas parcerias, a primeira, com o GEEL, Growth, Enterprise, Employment and Livelihoods, projeto na Somália desde 2015 com US$ 74 milhões na promoção do crescimento inclusivo e a outra com a Zeg Ambiental, que enfrenta a questão do lixo via reciclagem utilizando resíduos para produzir energia, resultado de carta convite de 2020 pela USAID, à estudo de viabilidade técnica e econômica criando estratégia com soluções para eliminar os lixões na região.

Um ex-engenheiro da Agência Espacial Francesa e o CEO da Zeg Ambiental, desenvolveram o reator tropicalizado, FlashBox, já que países africanos tem   comunidades com população abaixo de 100 mil habitantes, isoladas, e de infraestrutura precária. O FlashBox, visa atender demandas do Brasil, compatível com necessidades das comunidades africanas, tratando-se de reator de piro-gaseificação com núcleo aquecido à temperatura ultrapassando 1000 ºC, de lava vulcânica, transformando o conteúdo de carbono do resíduo nele inserido, em gás,rapidamente transferido à matriz de energia e transformado em gás combustível, o syngas. Todo resíduo com carbono volátil será convertido em energia em process imitando a natureza, transformando matéria orgânica em óleo e gás ao longo do tempo via temperatura e pressão. Reator 100% integrado no Brasil, de fácil transporte e manuseio, disposto em containers com medida padrão de 40 pés,“plug and play”, flexíveis, automatizados e cuja instalação não demanda mais que dez dias. A planta será operada do Brasil, mecanismo parte da revolução 4.0 decorrente automação, com 100% da mão de obra feminina conforme acordos com a NAGAAD, associação que cuida de mulheres vulneráveis, e a Women in Energy Association, formada por 20 mulheres engenheiras que não conseguem trabalho pela rejeição na sociedade em ocupar cargos na engenharia. O trabalho será em cooperativas de reciclagem, na área administrativa do projeto e na parte técnica da implementação dos FlashBox e da planta de energia. 

Moral da Nota: lixões à céu aberto contaminam solo, ar, lençóis freáticos se tornando locais onde humanos buscam alimento e problema quando incendiados. Tais “montanhas de lixo” se auto incendeiam por reações químicas aliadas ao clima seco, emitindo gases tóxicos, poluindo o ar mundo afora. O lixão de Burão, cidade ao norte da Somália, “no meio de uma fumaça de gases tóxicos e metais pesados", é projeto-piloto de R$ 130 milhões financiados pela Omnea Inc. em parceria com o Hands of Africa, que será replicado em mais de 100 lixões em outros países da África, com investimento de R$ 12 bilhões. O lixão de Burao reciclará plástico, utilizando matéria orgânica para gerar energia mais barata, sustentável e limpa, substituindo combustível fóssil por renovável. O estudo técnico será patrocinado pela USAID e o financiamento em fase final de capitação contará com fundos de investimento de caráter humanitário e de capital prospetado com o IFC, International Finance Corporation, e pelo Banco de Desenvolvimento da África.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Energia e mineração

A Mitsubishi e o Tokyo Tech, Instituto de Tecnologia de Tóquio, desenvolvem Blockchain otimizando a comercialização de energia P2P, permitindo utilização eficiente do excedente gerado por fontes renováveis, garantindo eletricidade disponível aos usuários no mercado. Blockchain P2P permite consumidores e produtores estabelecerem transações diretamente, como compradores e vendedores, reduzindo necessidade de plataforma de terceiros ou sistema de computação intensivo em hardware, em essência, combina e torna pedidos de transação eficientes e contínuos. As empresas criaram método de mineração em servidor de micro-computação, sendo que a blockchain difere de outras pelo algoritmo de otimização distribuída, permitindo computadores dos clientes compartilharem metas e dados comerciais correspondendo de modo eficiente à ordem de transação.

No quesito escalabilidade blockichain, a Norilsk Nickel, empresa russa de metais, apóia o pacto blockchain IBM de fornecimento responsável, RSBN, Rede Blockchain de Fornecimento Responsável da IBM, com fornecimento responsável e produção na mineração. A empresa de mineração de níquel e paládio usa a RSBN para compartilhar dados com membros selecionados, mantendo registro da cadeia de abastecimento da produção mineral. O acordo inclui criação de tokens com suporte de metal na plataforma Atomyze global, representando ativos físicos em formato digital, sendo que as plataformas RSBN e Atomyze são construídas com tecnologia blockchain da IBM e alimentadas pelo Hyperledger Fabric da Linux Foundation. A Nornickel concordou ter suas cadeias de suprimentos auditadas anualmente, conforme principais requisitos de fonte responsável pela RCS Global "acreditando que tecnologias digitais da RSBN e da Atomyze criam caminho à Nornickel e parceiros, participarem de cadeia de valor circular rastreando fluxos de commodities quase em tempo real e substituindo papelada complicada".

Moral da Nota:  negociações justas na plataforma exigem que soluções sejam feitas de modo descentralizado em vários computadores, sendo que  as correspondências são selecionadas aleatoriamente. O encontro das correspondências certas leva partes envolvidas nas transações realizarem transações por preços além do cotado, ou abaixo, sendo que os impossibilitados de negociar podem alterar as ofertas pós avaliação das condições. Este desenvolvimento reduz firmas varejistas de energia, cujos preços tendem flutuar com as condições de mercado, levando a queda no preço de bens de consumo, como carros elétricos por exemplo. Na Tailândia a empresa australiana Power Ledger anunciou parceria com a Thai Digital Energy Development, TDED, no desenvolvimento de plataforma de energia digital blockchain. O país está focado em gerar 25% da eletricidade a partir de renováveis ​​até 2037, com declaração da Power Ledger que alavancará parceria com o TDED para se reunir com outras organizações interessadas na tecnologia de comercialização de energia blockchain. Para finalizar, em 2019 a Glencore PLC, um dos maiores produtores de cobalto, juntou-se à RSBN utilizando a plataforma Hyperledger Fabric da RSBN à produção de cobalto, tornando-se membro completo do consórcio.


domingo, 27 de junho de 2021

Hidrogênio verde

A maior usina fotovoltaica em operação na América Latina, o Complexo Solar Cerro Corredor no deserto do Atacama, norte do Chile, privilegia o país andino na produção de hidrogênio verde promovendo desenvolvimento do novo combustível graças às ótimas condições de geração de energia solar e eólica, no entanto, a necessidade de grande investimento e escassez de água são obstáculos à superar. A Estratégia Nacional chilena de Hidrogênio Verde busca produzir o hidrogênio mais barato do mundo até 2030, tornando-se exportador líder em 2040 e com  capacidade de eletrólise de cinco gigawatts, GW, até 2025. A meta de geração de eletricidade limpa foi elevada no país andino para 40% até 2030 com a inauguração no norte de Antofagasta do Complexo Cerro Dominador, a maior usina solar da América Latina, aí, início da entrada do hidrogênio verde na equação. Cálculos indicam que em 2030 o Chile produzirá hidrogênio a US$ 1,5/Kg, preço competitivo com fontes fósseis, prevendo ao setor de energia mercado potencial de 25 bilhões de dólares nesse ano.

O hidrogênio, elemento mais abundante no universo, utilizado para refinar petróleo, metanol ou aço, por exemplo, era gerado a partir de fontes fósseis contribuindo à emissão de gases efeito estufa. O hidrogênio verde renovável é combustível obtido pela eletrólise da água, processo que separa hidrogênio de oxígênio contidos na água, com eletricidade oriunda de fontes limpas como a solar e eólica, não contribuintes ao aquecimento global, com energia representando 70% de custo no processo, daí, fundamental, multiplicar o declínio sustentado no país dessas fontes. Nessa idéia, está prestes a começar a ser construída na região sul de Magalhães, a Usina Haru Oni onde será aproveitada a abundante energia eólica proporcionada por fortes ventos da região, com investimento de US$ 45 milhões que produzirá metanol ecológico a partir do hidrogênio verde e a gasolina resultante  utilizada em veículos convencionais.

Moral da Nota: a consultora María Isabel González, gerente da empresa de Energia e ex-secretária executiva da Comissão Nacional de Energia do estado, tem dúvidas sobre o compromisso nacional com o chamado combustível do futuro, ao dizer, “produzir hidrogênio verde no Chile é objetivo ambicioso que não se ajusta à realidade. Basta comparar investimentos que países como Austrália dedicam com projetos de mais de 27 gigawatts e um investimento de 36 bilhões de dólares”. Argumentam que o contraste da aposta com a pobreza energética de metade da população chilena, país de 17,5 milhões de habitantes, sem acesso a água quente e residências utilizando lenha à aquecimento, urge, afrontar necessidades básicas da população. Sob a ótica chilena é preciso olhar estratégico sobre o que será feito com a água, resíduos, participação cidadã, transmissão, demandas de espaço, tudo, necessitando transparência e discussão com a comunidade. 


sábado, 19 de junho de 2021

Transição de energia

Na XXX Conferência de Energia La Jolla com participação virtual de funcionários, representantes empresariais e analistas da América Central e Caribe foi discutido avanços na transição energética à matrizes mais limpas, através das energias renováveis ​​e gás. No terceiro turno de debates da Conferência organizado pelo Institute of the Americas (IA) em La Jolla, Califórnia, o secretário executivo da Comissão Nacional de Energia de El Salvador avisou que “na última década, a matriz energética migrou da importação de fósseis à utilização de renováveis” com o leilão de renováveis ​​e usinas de ciclo combinado, gerando no último trimestre mais de 90% das energias renováveis. El Salvador espera que 255 megawatts, Mw, entre em operação com base na queima de gás antes de março de 2022, além da construção pela empresa Energía del Pacífico de planta de regaseificação de GNL, gás liquefeito no leste do país, parte do complexo energético do BID Invest, braço de financiamento privado do Banco Interamericano de Desenvolvimento. O governo salvadorenho almeja ser neutro em carbono em 2050 com emissões poluentes e evitadas zero via energia eólica, solar, fotovoltaica e geotérmica.

A presidente da internacional Energy Intelligence Consulting disse que a “América Central incorporou energias renováveis ​​à matriz energética de todos os países com liderança da Costa Rica pelo forte compromisso ambiental. O Panamá e Guatemala realizaram leilões de eletricidade nos últimos anos com preços baixos, além de haver eletricidade em abundância necessitando aumentar a demanda". Dados da Comissão Econômica à América Latina e Caribe, CEPAL, revela que a maior parte da geração de eletricidade na América Central provém de hidroeletricidade, fósseis, renováveis ​​e geotérmica, nesta ordem, buscando menor dependência de compras externas reduzindo a baixa emissão de carbono. O superintendente de Eletricidade da República Dominicana, destaca que o país tem 37% a partir do gás utilizado como combustível de transição além de aumento nos projetos solares e eólicos, prestes a licitar planta de GNL no norte do país e incorporar 200 MW gerados com gás. Trinidad e Tobago tem “intenção de incorporar energia solar e hidrogênio” no âmbito da Global Alliance Plus Climate Change Initiative, UE e Trinidad constróem parque solar de 110 MW com orçamento de mais de 1,5 milhão de dólares.

Moral da Nota: desafios da evolução energética como necessidade de armazenamento em baterias e hidrogênio a partir do gás ou de fontes renováveis, implicam em  “transformar marco regulatório obsoleto, incluindo armazenamento e hidrogênio, promovendo e aprofundando eficiência energética e reduzindo vulnerabilidade além de otimizar recursos naturais”. El Salvador e Costa Rica são parte da Plataforma de Hidrogênio Verde à América Latina e Caribe, H2LAC, com cooperação alemã e, no caso salvadorenho, projeto geotérmico no leste do país para hidrolisar água e injetar o fluido no Sistema de Interconexão Elétrica dos Países da América Central. A República Dominicana promove revisão da Lei de Energias Renováveis ​​em vigor desde 2007 e “adequá-la ao armazenamento e carros elétricos” e a NewGen, empresa de Trinidad, avança projeto de exploração de hidrogênio utilizando calor da usina de ciclo combinado para eletrolisar água e gerar eletricidade além de produzir amônia verde para fertilizantes. O futuro do transporte, parte da agenda da XXX Conferência, incluiu eletrificação, a perspectiva do gás na América do Sul, cooperação energética entre EUA e México, futuro dos hidrocarbonetos e o financiamento da recuperação econômica pós-COVID.


domingo, 23 de maio de 2021

Energia renovável

Ganha impulso em 2021 os mercados de energia renovável em blockchain com foco na otimização setorial, à medida que ênfase é colocada na conservação e eficiência. A produção de energia, consumo de recursos e seu impacto no meio ambiente é tema dominante de debate no cenário mundial, além dos custos de energia da mineração de Bitcoins e outras criptomoedas de prova de trabalho, frequentemente apontados como desvantagem à essa classe de ativos emergente. Preocupações ambientais, debate sobre o custo da recompensa e projetos de criptomoedas, buscam trazer a blockchain às redes de energia globais como meio de promoção da geração de energia renovável, através de mercado flexível conectando compradores e vendedores de energia. De acordo com o prefeito de Miami, 90% da mineração de bitcoin vem de "energia suja" e com a taxa de consumo de energia do Bitcoin crescendo em 2021, à medida que atingiu níveis elevados de preços, renova discussões sobre questões ambientais da criptomoeda. Analistas do Bank of America argumentam que o Bitcoin é ativo desastroso ao meio ambiente, afirmando que a pegada de carbono de possuir um BTC equivale possuir 60 carros e de acordo com o Digiconomist, Índice de Consumo de Energia do Bitcoin, atingiu recorde histórico em 2021 com consumo anual estimado de 89,9 TWh.

Focados em energia renovável, Energy Web Token, EWT, Power Ledger, POWR, e WePower, WPR, são projetos que tiveram ganhos de três dígitos desde o início de 2021. A Energy Web Token, EWT, é o token operacional do Energy Web Chain, blockchain corporativo de código aberto projetada à apoiar e incentivar desenvolvimento de aplicativos no setor de energia. "Energy Web acelera sistema de eletricidade de baixo carbono centrado no cliente, liberando  tecnologias digitais de código aberto descentralizadas", lançado em 2019 e crescendo à ampla rede de parceiros com empresas como Volkswagen, Siemens e Hitachi. Após totalmente desenvolvida e integrada, sua máquina virtual conectará diversas áreas do setor de energia incluindo operadoras de rede, desenvolvedores de software e fornecedores com seu token listado na Kraken, bolsa de criptomoeda dos EUA, dando impulso ao preço do EWT em 2021. A plataforma Power Ledger, criada em 2016, com sistema operacional à novos mercados de energia comercializa energia renovável e produtos ambientais em escala local e global. Baseado na Austrália usa blockchain para criar sistema em que cada recurso elétrico ou dispositivo de energia, tem identidade digital conectada a mercado em tempo real facilitando transações. Opera na rede Ethereum, ETH, como plataforma de troca de energia ponto a ponto, usando sistema de dois tokens composto por POWR e Sparkz "garantindo consistência na plataforma Power Ledger". O Sparkz é token estável ​​usado ​​na compra e venda de unidades de eletricidade, kWh, na plataforma Power Ledger, sendo que a atividade comercial da POWR se intensificou quando ganhou força debates sobre energias renováveis. WePower é plataforma de comércio de energia verde em blockchain conectando "fornecedores de energia, compradores corporativos e produtores de energia à transações de energia verde fáceis e diretas", é "a maneira mais fácil à empresas adquirirem energia verde diretamente de produtores locais" tornando "aquisição corporativa fácil de energia verde online". O WPR é um token ERC-20 funcionando como método de pagamento na rede WePower, padronizando e aumentando liquidez disponível no sistema de investimento em energia existente e auxiliando baixar os preços aos participantes da rede.

Moral da Nota: a parceria Power Ledger com a Tata Power-DDL, empresa de energia integrada da Índia, emergiu a alta de preços elevando a POWR à $ 0,504, nível mais alto desde 2018. A atividade de negociação e o token WPR se recuperaram no início de 2021 quando o projeto entregou a "primeira plataforma Elemental completa à Mojo Power". Os projetos que usam blockchain para otimizar mercados globais de energia, estão bem posicionados em aumentar sua participação no mercado à medida que a tecnologia de razão distribuída torna-se dominante.


terça-feira, 11 de maio de 2021

Transição energética

A primeira-ministra da Dinamarca falou na Cúpula do Clima recém terminada sobre a ilha de energia limpa que o país construirá para fornecer 10 gigawatts de energia renovável, suficiente para servir quase toda a Nova Inglaterra em tarde de primavera amena. Com 5,8 milhões de habitantes, o país líder global em energia limpa obtém do vento mais que qualquer outro país a maior parcela eletricidade, com metas de cortar 70% até 2030 emissões de carbono em relação aos níveis de 1990. Localizada a kms da costa, parte essencial do plano consequente ao vento mais forte e constante distante da terra, a ilha artificial receberia eletricidade de parques eólicos offshore próximos, armazenaria em baterias e enviaria através de linhas de energia submarinas aos centros populacionais na Dinamarca e países importadores. 

O projeto preliminar exibe plataforma de concreto do tamanho de 20 campos de futebol, com ancoradouros à navios de manutenção das turbinas eólicas, contêineres em forma de trailer para armazenar baterias e edifícios quadrados de escritórios. O parque eólico adjacente a ilha tem capacidade inicial de 3 gigawatts e expansão posterior à 10 gigawatts, números grandes, considerando que a Dinamarca tinha em 2020 cerca 6 gigawatts de capacidade eólica incluindo projetos onshore e offshore. Atrás da China e EUA na geração de energia eólica, pequena em termos de demanda de eletricidade e no entanto, lidera o mundo com mais de 50% na parcela de eletricidade originária do vento conforme a BP Statistical Review of World Energy, seguida pela Lituânia com 39% e EUA 7%. Em 1991 inaugurou o primeiro parque eólico offshore do mundo e, ao lado dos vizinhos escandinavos, mostra transição adiantada à energia limpa com a Noruega líder global na adoção de veículos elétricos. Tem história de resposta na década de 1970 à crise do petróleo, implementando políticas descentralizadas no sistema de energia melhorando eficiência energética conforme descrito no relatório Agora Energiewende de 2015. Mostrou como integrar altos níveis de energia eólica à rede elétrica confiável em climas extremamente frios, daí, o crescimento da energia eólica transformar a Danish Oil and Natural Gas em líder global de energia eólica offshore vendendo em 2017 as operações de petróleo e gás e mudando o nome à Ørsted.

Moral da Nota: no quesito transição energética, encerrou em 2020 a exploração de novas perfurações de petróleo e gás no Mar do Norte cancelando o licenciamento à novos arrendamentos, sendo que a legislação fala que a produção de petróleo e gás dos arrendamentos existentes no Mar do Norte terminarão até 2050. O plano energético prevê dois projetos, um com ilha artificial no Mar do Norte e outro em ilha existente no Mar Báltico. A ilha artificial custaria US$ 34 bilhões e começaria construção em 2026 conforme acordo no parlamento dinamarquês, com o governo detendo 51% do projeto e recrutando a iniciativa privada como parceira. Se localizará a 50 milhas a oeste de Thorsminde, cidade na costa da Jutlândia, a principal península da Dinamarca.

domingo, 2 de maio de 2021

O telhado solar

CEOs da Standard Industries trabalham no projeto telhado solar,  esperando lançar ainda em 2021 com colaboração de pesquisadores do centro de P&D, Pesquisa e Desenvolvimento na Califórnia. A companhia atualmente sediada em Nova York controla o maior fabricante de telhados do país, vendendo mais de 2 mil telhados solares em versão anterior chamada Decotech. Esperam instalar na próxima decada milhões de novos telhados a preço projetado ao grande público via instaladores certificados, tal qual a Internet em 1990 quando tínham décadas de crescimento pela frente, dando início a era de ouro com adoção da tecnologia industrial. A Standard é potência industrial classificando-se em 69º lugar na lista Forbes das maiores empresas privadas dos EUA, cujos negócios interligados sob guarda-chuva Standard Industries e operações de investimento, tendo Millstone-Winter-Heyman como proprietários e valendo mais de US$ 10 bilhões em estimativas da Forbes. A companhia vendeu mais de 2 mil telhados solares nos EUA sendo que uma em cada quatro casas americanas têm potencial de sacudir a indústria usando de tudo, de novos materiais a sensores e IA, imaginando modelo de negócio em que um telhado pode ser, telhado verde, solar ou imóvel para 5G com capacidade de reinventar como vivem as pessoas.

Decifrar o sistema solar do telhado funcional, acessível e estético, mudará a vida do mundo trabalhando no conceito de telhado 5G permitindo que as telecomunicações incorporem a tecnologia de modo mais eficiente. O conglomerado familiar com receita de US$ 6,4 bilhões têm a missão de usar tecnologia para mudar como pensam sobre a noção de ter um teto sobre a cabeça, esperando gastar US$ 1 bilhão nos próximos anos para chegar lá. A Solar é a aposta, dificilmente a única, sendo que em 2020 reformaram dez fábricas em sete meses em velocidade inédita para uma operação industrial, e lançar a nova versão de suas telhas de asfalto, carro-chefe que suporta ventos com força de furacão,trabalhando em protótipo no conceito de telhado 5G incorporando telecomunicações de modo otimizado nos telhados residenciais. Lançaram ferramentas digitais como modelagem 3D e medição aérea, facilitando o trabalho dos mais 12 mil empreiteiros de telhados certificados na pandemia e além dos telhados, têm investimento relacionado a 40 North com cerca de US$ 5 bilhões em ativos na inovação industrial. Em 2016 gastaram US$ 2,3 bilhões adquirindo empresas européias de coberturas Icopal e Braas Monier criando a BMI, movimento da 40 North relacionado à Standard.

Moral da Nota: novas tecnologias mudam negócios da velha guarda e nas fábricas de software de IA auxiliando empresas se tornarem mais produtivas, enquanto sensores mudam negócios tradicionais, de elevadores à construção. A ciência dos materiais abriu opções à produtos como telhados, que não mudaram muito nas últimas décadas, um dos maiores negócios do futuro na energia solar cujo mercado residencial nos EUA cresceu em dez anos de quase nada 19,1 gigawatts de capacidade solar, conforme dados da Solar Energy Industry Association. De futuro brilhante graças ao custo decrescente das células fotovoltaicas, crédito fiscal para  investimento em energia solar e impulso do governo Biden, alavancam o negócio dos telhados solares integrados ao contrário dos painéis solares montados em rack, partícula no total do universo em questão. 


sábado, 1 de maio de 2021

Energia eólica

A continuidade no desenvolvimento da geração de energia a partir de fontes renováveis exige superar limitações como estabilidade fiscal, segurança jurídica e macroeconomia. A energia eólica será tecnologia líder na transformação da matriz energética argentina, levando o país a futuro energético sustentável em tecnologias renováveis ​​autóctones, não poluentes e a preços competitivos. O primeiro CEA Wind Energy Summit organizado pela CEA, Câmara Argentina de Energia Eólica, e Forbes Argentina trataram do tema envolvendo atores públicos e privados. O presidente da Câmara Eólica Argentina e o gerente geral  levantaram desafios do setor com visão da indústria após cinco anos de desenvolvimento de fontes renováveis ​​de energia no país, levando a projetos paralisados ​​com indefinição de futuro e acesso a financiamentos condicionado pela economia local e necessidade de regras claras.

O financiamento ocupa a indústria de capital intensivo como a energia eólica “para taxas adequadas, estabilidade fiscal e segurança jurídica" segundo o presidente da Câmara dos Eólicos. O setor eólico argentino nos últimos quatro anos registrou mais de US$ 4,3 bilhões de investimentos diretos no desenvolvimento de novos parques, contribuindo à eficiência energética gerando através da energia eólica 10.200 GWh/ano, equivalente ao consumo de mais de 1,6 milhão de residências e redução de mais de 2,5 milhões de toneladas de CO2/ano. A geração de eletricidade a partir da energia eólica mostra o setor como um dos motores de investimento e crescimento nacional, com “3 mil MW instalados colocando o recurso eólico próximo de 8% da oferta total da geração de energia elétrica". A indústria eólica argentina enfrenta desafios e oportunidades para sustentar desenvolvimento com alto impacto na economia e objetivos de sustentabilidade, em meio a inevitável tendência global de transição energética.

Apesar do contexto gerado por decisões de governos no mundo em favor da transformação energética para conter e reverter as mudanças climáticas, a situação argentina exige atenção no olhar de empresas. O fomento à geração de energia a partir de fontes renováveis ​​e as diversas medidas, constituem política de Estado como premissa em ampliar a participação das energias limpas na matriz energética nacional. A energia eólica será a tecnologia líder na transformação da matriz argentina, levando a futuro energético sustentável em tecnologias não poluentes e a preços competitivos.


sábado, 24 de abril de 2021

A próxima ruptura

A próxima ruptura se insere na megatendência global da energia alternativa com investimento em renovável crescendo cinco vezes desde 2004, mostrando mudanças no fluxo de capital ao seu desenvolvimento com amplas implicações no futuro. O novo presidente dos EUA leva o país ao mundo pós-carbono via “equidade e inclusão econômica”. A expectativa é Índia, China e em menor medida, Rússia e Brasil fazerem o mesmo tornando o clima sua causa mais popular. O cancelamento da construção da nova fase do oleoduto Keystone XL de Alberta ao centro-oeste e a proibição temporária de perfurações de petróleo e gás em terras federais, não interrompe a mudança climática nos EUA ou em qualquer outro lugar.

No livro “O Prólogo: megatendência de energia alternativa na era da grande competição de energia” Alexander Mirtchev, vice presidente do Atlantic Council, define energia alternativa como megatendência no que se refere à segurança nacional, alavancando  países no contexto da luta de poder entre Ocidente e China. Chamado de “inovador” por Richard Evans, ex-CEO da empreiteira de defesa BAE Systems, considera obra-prima do setor de energia do futuro. Avalia a política de energia como tecno-econômica, sócio-política e ideologicamente orientada e quem crer, segundo o autor, em planeta condenado será favorável ao cancelamento em Keystone, fim da perfuração de petróleo e da produção de energia a carvão, aos moinhos de vento, painéis solares e veículos elétricos, concluindo que quem não estiver preocupado com a inabitabilidade do planeta em uma geração obterá tais fatos de qualquer maneira. A capacidade incerta da megatendência em desempenhar papel estratégico na segurança econômica global, leva Mirtchev avaliar que as tecnologias de energia alternativa prometem soluções para livrar o mundo dos temores das mudanças climáticas. Sob a perspectiva econômica, o autor fala que novas tecnologias “ajudam estabilizar o sistema econômico global, sustentando e criando fontes de crescimento e otimizando o desenvolvimento”. Quanto a energia como questão de segurança, o autor fala em transição à economia pós-carbono com estabilidade, pelo nível de certeza quanto à disponibilidade de recursos “o que é benéfico, já que quanto maior a incerteza menos racional é o comportamento dos participantes do mercado”. Mirtchev não esclarece nada aos questionamentos sobre empregos e locais de ciclo virtuoso da economia, lembra que muitas das cadeias de abastecimento de combustíveis alternativos estão na Ásia especialmente China. Avisa que a Vestas, fabricante holandesa de turbinas eólicas, será majoritariamente abastecida em suprimentos pela China ou sob seu controle. A Tesla tem sua segunda maior fábrica de baterias em Xangai, daí entender que a empresa deve aproveitar a proximidade da cadeia de abastecimento de lítio e produzir baterias por lá. A Alemanha terceirizou suas fontes tradicionais de energia com o carvão à Polônia e nuclear à França, desligando usinas nucleares e conectando-se em plantas eólicas e solares com o detalhe que 50% da eletricidade a partir de fontes não fósseis receberam em 2015 alguma forma de subsídio. 

Moral da Nota: em “Under the Dome” de Al Gore, a repórter da CCTV revela problemas respiratórios da filha pela poluição em Pequim, informando que no banheiro do hotel há máscaras contra poeira caso o céu fique cinza pela fuligem das partículas de carvão. Há duas décadas se disputa energia a renovável como o caso da BP, British Petroleum, informando que BP passou a significar Beyond Petroleum e da Royal Dutch Shell que está investindo em plantas eólicas após sair da energia solar. A Tesla, presente em pequenas cidades dos EUA está em franca expansão e em 15 anos, carros a gasolina serão vistos por lá em feiras de carros clássicos. EUA, Europa e China são foco de negócios e mercados buscando a transformação energética, sendo que os mercados de capitais se formaram em torno de energias renováveis com índices de ações atrelados ao desempenho do setor, como o S&P Global Clean Energy Index ou o Nasdaq Clean Edge Green Energy Index além de Schroders e BNP Paribas, bancos de investimento, proclamarem status verde. Vale lembrar que nos EUA a fila andou parecendo que seguirão passos europeus com vistas a preocupações do governo Biden com mudanças no clima. Mapear e reconstruir o mercado global de energia envolve governos como o caso da China e de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável, a participação direta do investimento público variou entre 12% e 16% do total do setor em média US$ 40 bilhões entre 2013/2015, antes de cair para 8% em 2016 ou US$ 21 bilhões.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Setor de energia

A segunda melhor startup de energia no Brasil é a Fohat, parceira da AES Tietê na plataforma de negociação ou marketplace de energia em blockchain. O Ranking 100 Startups promovido pela 100 Open Startups escolheu a Fohat, depois de figurar entre as seis melhores em 2018 e 2019. A liderança em 2020 pertence a CUBi Energia, startup de monitoramento e gestão de energia na plataforma baseada em IoT e Big Data. A AES Tietê, responsável pelo abastecimento de energia de São Paulo, investiu em 2019 R$ 3,4 milhões no desenvolvimento de plataforma blockchain para negociação de energia, Energy Intelligence, liderado pela Fohat buscando criar mercado de negociação de energia em blockchain. O empreendimento focou à época, confiabilidade de dados, segurança financeira e altos volumes de energia transacionados integrando ferramentas de inteligência financeira e registro de contratos criptografados através da aplicação blockchain.

O setor de energia limpa informa ainda que da Índia emerge o primeiro carro movido a hidrogênio em uma pilha de células de combustível, desenvolvida internamente no Conselho de Pesquisa Científica e Industrial, CSIR, Laboratório Nacional de Química em Pune. A célula de combustível é do tipo PEM, Proton Exchange Membrane, de baixa temperatura, 65ºC/75ºC adequada à aplicações veiculares. O CSIR e a KPIT desenvolveram a pilha de células de combustível LT-PEMFC de grau automotivo de 10 kW, tecnologia que inclui conjunto de membrana de eletrodo de CSIR com engenharia de pilha da KPIT, incluindo placa bipolar de metal leve e design de gaxeta utilizando placas bipolares de metal finas, reduzindo peso da pilha em dois terços.

Moral da Nota: veículo de célula a combustível de hidrogênio, HFC, é um carro elétrico com unidade a bordo de geração elétrica para carregar bateria utilizando hidrogênio como combustível. A reação química da célula a combustível de H2 resulta na geração elétrica que aciona os motores, sendo que a vantagem do veículo HFC é que parece um carro convencional a gasolina ou diesel. O subproduto da reação química após geração de energia elétrica é água que sairá do escapamento do veículo equipado com HCF, quer dizer, considerado um dos meios de transporte disponíveis mais limpos atualmente. Carros com célula de combustível de H2 no mundo atual são o Honda FCX Clarity, Hyundai Nexo e o Toyota Mirai. 

Em tempo: a indústria acredita que a tecnologia HFC é substituto ideal à veículos movidos a combustível fóssil, embora H2 seja um dos gases mais abundantes na Terra é complicado comprimí-lo como combustível e transportá-lo comprimido é desafio ainda maior.


sábado, 29 de agosto de 2020

Energia renovável blockchain

Blockchain para energia verde em redes inteligentes é o conceito em desenvolvimento pelas autoridades de conservação de Ontário. Apresentado no STEP, Programa de Avaliação de Tecnologias Sustentáveis, a Toronto e a TRCA, Autoridade de Conservação da Região, anunciam parceria com a Insolar, empresa blockchain, alavancando tecnologia de gerenciamento de DERs ou Recursos de Energia Distribuída. Conduzem ao lado da Insolar projeto blockchain para teste de gerenciamento de energia renovável, ao passo que a Insolar via plataforma blockchain, Assured Ledger, oferece troca confiável de dados à sistemas de energia transativa, crucial, para viabilizar DERs em escala. Representante da Insolar Energy Projects avisa que o sistema blockchain precisa ser escalável, confiável e automatizado com segurança para obter redução no pico de cargas, evitando blecautes, apoiando acesso a fontes renováveis ​​distribuídas e minimizando custos ao consumidor final.

A blockchain serve como parte crítica da infraestrutura, gerenciando com segurança fluxo e troca de energia renovável ​​distribuída nos sistemas de energia elétrica. As vantagens Blockchain são essencialmente de coordenação e gerenciamento inteligente de dados para demanda de energia em redes complexas. A longo prazo, o plano de energia de Ontário identifica DERs como estratégia política essencial, diminuindo lacuna no fornecimento de eletricidade, de modo que a região trabalha à substituir 30% de sua produção de energia convencional por fontes sustentáveis ​​nos próximos 15 anos. Energia solar e eólica são usadas como backup ou substituição, obtendo mix sustentável coordenados na extremidade da rede elétrica, garantindo que não impeçam concessionárias fornecer suprimento de energia confiável.

Moral da Nota: a Power Ledger, empresa australiana blockchain, e o varejista francês de energia verde ekWateur oferecem a 250 mil residentes franceses oportunidade de personalizar seu mix de energia com blockchain, certificando com segurança a fonte. As empresas apostam que a escolha do consumidor estimula transição ao uso sustentável de energia. A parceria envolve conexão da rede de mais de 220 mil medidores de eletricidade da ekWakteur na França à ferramenta blockchain da Power Ledger chamada Vision. A Power Ledger desenvolvelataforma de negociação de energia renovável blockchain e ferramentas que dão suporte ao comércio de energia, financiamento de ativos renováveis, mercados de crédito de carbono e energia renovável ​​mais eficiente. Lançou seu primeiro teste na tecnologia de comércio de energia ponto a ponto em áreas rurais da Austrália, para estabelecimentos comerciais e fazendas melhorar eficiência da rede elétrica reduzindo custos associados. Realizou lançamento comercial de seu aplicativo de comércio de energia blockchain, permitindo usuários agrupar excesso de armazenamento solar e de bateria em Central Elétrica Virtual para controle e gerenciamento de consumo.

Rodapé: Cientistas do Instituto de Pesquisa Econômica e Social da Irlanda propuseram blockchain no fornecimento da infraestrutura e inovar gerenciamento de energia renovável, via ferramentas que apoiam venda a termo de geração de eletricidade renovável e interação tokenizada entre fornecedores e consumidores de energia.


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Energia, Logística e Corporações

A Forbes avisou que a Shell, quinta maior empresa de gás e petróleo do mundo, investe na startup blockchain nova-iorquina LO3, rastreando energia através da plataforma Exergy. Planeja converter o investimento em tokens nativos XRG da LO3, usados para alavancar a plataforma e necessários para acessar a rede de energia distribuída, baseada na Ethereum com integração ao blockchain EOS. Trata-se do quarto investimento da Shell em empresas blockchain, incluindo  a Vakt, Komgo e Applied Blockchain. A Vakt é plataforma blockchain à negociação de commodities de energia, a qual fazem parte a BP, Shell, Equinor da Noruega,  Mercuria Energy Group, Koch Supply and Trading e Gunvor. Ainda no quesito energia, a startup australiana Power Ledger lançou na Áustria rede peer-to-peer de distribuição de energia para otimizar gerenciamento e mudar para zero-carbono.
O principal fornecedor de blockchain corporativo, a IBM, quebra barreiras em velocidade de processamento de transações, desenvolve criptografia mais avançada, protege transações e contribui com milhões de linhas de código aberto na promoção de blockchain corporativo. Desde 2016, trabalha em serviços de  finanças, cadeia de suprimentos, governo, varejo, gerenciamento de direitos digitais e assistência à saúde, implementando aplicativos blockchain em redes de execução e produção. A plataforma IBM Blockchain na nuvem possui recursos de ponta a ponta para ativar, desenvolver, operar, governar e proteger suas redes de negócios. Um dos primeiros membros do Hyperledger, promove tecnologia blockchain em vários segmentos do mercado. Na logística inclui através da Tradelens o Valenciaport, na IBM Food Trust o Carrefour e com a we.trade uniu forças com ex-bancos do consórcio Batavia, executadas no IBM Blockchain Platform, acelerando desenvolvimento da plataforma de financiamento comercial  estendendo o alcance à 14 países na Europa. A IBM assinou na Ásia um MOU com eTradeConnect para interconectar ambas plataformas em transações comerciais, estendendo a rede combinada à 26 bancos.              
Moral da Nota: a Global Market Insights estima que a blockchain deve alcançar em 2025, lucros de 50% no mercado de energia de 2,43 bilhões de libras esterlinas. A complexidade das redes de energia e a integração de fontes renováveis, além da crescente demanda por sistemas eficientes, otimizará as operações. Operam no mercado de energia em blockchain, a Oracle, Accenture, SAP, Power Ledger e Conjoule entre outros. Para concluir, a Shell, BP e outras empresas de petróleo foram absolvidas nos EUA em processo de fraude, demandado por grupo de negociantes de futuros e derivativos de petróleo, sob alegação de possível envolvimento na manipulação de mercados estrangeiros de petróleo Brent.