quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A Questão do Etanol

A Índia utiliza mistura de etanol e gasolina, no entanto, por lá, há questões sobre o assunto, quer dizer, desafios ambientais que não podem ser ignorados decorrente mistura gasolina e etanol, apesar dos benefícios, a produção de etanol não é isenta de preocupações, discussão em que controles ambientais mais rigorosos e práticas ambientais sustentáveis podem ajudar alcançar economia mais limpa e verde.  A mistura de gasolina convencional e etanol na Índia atinge 20% de etanol na gasolina e tem como meta 30% até 2030 sendo que o  governo central anunciou que o país atingiu com sucesso a meta de 20%, embora,  represente marco na missão de combustível verde nacional, a medida gerou preocupação particularmente em relação ao desempenho dos veículos e à pegada ambiental da produção de etanol. O Ministério do Petróleo e Gás Natural emitiu esclarecimento nas redes sociais enfatizando que o combustível misturado com etanol pode reduzir emissões de CO2, diminuir dependência de combustíveis fósseis e, é solução ambientalmente sustentável, quer dizer, na Índia, a  mistura de etanol envolve mistura de gasolina com bioetanol, combustível à base de álcool derivado de fontes vegetais como cana-de-açúcar, milho e resíduos agrícolas, sendo que a Política Nacional de Biocombustíveis permite uso de múltiplas culturas e resíduos à produção de etanol, transformando o excedente agrícola em energia limpa. Estudo constatou que emissões de gases efeito estufa do etanol de cana-de-açúcar são 65% menores que as da gasolina e o etanol de milho emite 50% menos, no entanto, apesar dos benefícios, a produção de etanol não é isenta de preocupações já que a cana-de-açúcar, principal matéria-prima ao etanol na Índia, é cultura que consome muita água e, em ambiente de escassez hídrica, o cultivo em larga escala pode agravar condições de seca em regiões áridas. A destilação do etanol produz vinhaça, subproduto residual com alto teor de poluentes e, sem o tratamento adequado, prejudica ecossistemas locais, além do fato que, segundo os indianos, a expansão do cultivo de etanol exige desmatamento, ameaça à biodiversidade e sumidouros de carbono, ao passo que, o aumento do cultivo de cana-de-açúcar e milho  reduz terra disponível à culturas alimentares essenciais potencialmente levando à inflação e insegurança alimentar. Em consequência, especialistas indianos sugerem que, para que a mistura de etanol seja solução verde, o governo deve diversificar fontes de biocombustíveis, por exemplo, algas, resíduos agrícolas, aplicar controles ambientais mais rigorosos nas indústrias produtoras de etanol e garantir práticas agrícolas sustentáveis, daí, a mistura de etanol pode cumprir a promessa de  economia mais limpa e verde sem criar novos problemas ambientais.

A iniciativa do etanol, também na Índia, visa cortar importações de petróleo e economizar dólares, a mistura de E20 5 anos antes do previsto, 20% de etanol na gasolina, gera economia com o Ministério do Petróleo e Gás Natural emitindo esclarecimento dizendo que preocupações sobre a gasolina misturada com 20% de etanol, E20, prejudica motores ou reduz desempenho são "infundadas e não apoiadas por evidências científicas", no entanto, o governo indiano busca misturar etanol na gasolina focado na política de combustíveis que passa por mudança com a gasolina nas bombas agora contendo mais etanol, não como gesto climático, mas como recalibração estratégica de como a Índia gerencia a segurança energética, economia rural e ambiente urbano. A próxima meta do governo indiano, já à vista, é mistura de 30%, E30, até 2030, trazendo à reboque aposta política estratégica que o etanol doméstico ajuda a Índia reduzir importações de petróleo bruto, reduzir emissões de gases efeito estufa e criar fluxo de renda paralelo aos agricultores, considerando que a Índia importa mais de 85% do petróleo bruto, tornando-a vulnerável à globalização, choques de oferta e volatilidade do dólar e, ao substituir parte da gasolina por etanol, biocombustível produzido internamente, o governo atenua o impacto dos riscos externos. O caso ambiental é crítico com o Ministério do Petróleo destacando que o etanol, de cana-de-açúcar, excedente de arroz, milho ou resíduo agrícola, substitui a gasolina fóssil e emite menos CO2, levando a descoberta que emissões de gases efeito estufa do etanol de cana-de-açúcar são 65% menores que as da gasolina enquanto o etanol de milho reduz em 50%, visto que cidades como Nova Delhi, Mumbai e Kanpur, a transição começa refletir em melhores métricas de qualidade do ar urbano e em menores emissões de CO2 e hidrocarbonetos não queimados. Os desafios no escalar o etanol, mostram que a cana-de-açúcar é intensiva em água e desviar estoque de grãos para combustível levanta questões de segurança alimentar, no entanto, o governo afirma que aborda a questão expandindo fontes de matéria-prima, ou, adicionando grãos danificados, estoques excedentes e promovendo biocombustíveis de segunda geração, 2G, feitos de resíduos agrícolas, com observadores do setor alertando que o sucesso do E30 depende da eficiência no uso da água, da gestão robusta dos estoques de alimentos e de fórmula de preço viável à agricultores e destiladores. Quanto aos veículos, o Ministério do Petróleo descarta temores sobre danos ao motor como "infundados", a implementação do E20 gerou entre consumidores e especialistas em automóveis preocupações, na crença que veículos mais antigos ou "antigos"  especialmente não projetados à misturas mais altas de etanol sejam mais vulneráveis à corrosão, degradação da vedação de borracha e problemas de partida, ou, menor quilometragem ao usar E20 comparada a gasolina convencional, com observadores do setor dizendo que as condições reais, idade do veículo e padrões de manutenção podem produzir resultados variados.

Moral da Nota: o governo indiano através do Ministério do Petróleo foi na plataforma 'X' e deu o ponto de vista oficial sobre a questão, dizendo que artigos/relatórios na mídia levantaram preocupações sobre o potencial impacto negativo da mistura de 20% de etanol, E20, na gasolina, particularmente veículos mais antigos e experiência do cliente, preocupações, no entanto, em grande parte infundadas e não apoiadas por evidências científicas ou análises de especialistas, segundo o governo indiano. Estudos internacionais sobre misturas de etanol-gasolina no desempenho mecânico, energético e ambiental de veículos em  veículos carburados com injeção de combustível a cada 10 mil km nos primeiros 100 mil km, não mostram diferenças na potência, no torque gerados e no consumo de combustível, testes de compatibilidade de materiais e dirigibilidade pela ARAI, Automotive Research Association of India, Indian Institute of Petroleum, IIP, e Indian Oil Corporation, R&D, confirmam que veículos antigos não apresentaram variações significativas, problemas de desempenho ou desgaste anormal quando operados com E20, além disso, o combustível E20 passou nos testes de partida a quente e a frio sem dano ao motor. O etanol, segundo o governo indiano, por ter menor densidade energética que a gasolina, resulta em redução marginal na quilometragem estimada em 1–2% à veículos de 4 rodas calibrados para E20, sendo que a queda marginal na eficiência pode ser minimizada por meio de ajuste do motor e uso de materiais compatíveis com E20, que os fabricantes de automóveis adotaram, com a Sociedade de Fabricantes de Automóveis Indianos, SIAM, confirmando que veículos compatíveis com E20 com componentes atualizados, portanto, a alegação que E20 leva a queda na eficiência de combustível é incorreta. Sobre a corrosão, o ministério avisa que padrões de segurança para E20 com inibidores de corrosão e materiais compatíveis com o sistema de combustível, estão bem estabelecidos via especificações do BIS e Padrões da Indústria Automotiva podendo ser recomendada substituição de peças/juntas de borracha em veículos mais antigos pós uso prolongado e, por fim, o  programa de mistura de etanol da Índia visa  diversificação de matéria-prima tornando a mistura de etanol não apenas tecnicamente viável, mas ambientalmente sustentável com estudo sobre emissões do ciclo de vida do etanol feito pela Niti Aayog avalia que as emissões de GEE no caso do uso de etanol à base de cana-de-açúcar e milho são menores em 65% e 50%, respectivamente, do que as da gasolina. Para concluir o governo indiano enumera que o etanol tem número de octanas maior que a gasolina implicando que misturas de etanol-gasolina têm número de octanas maior que a gasolina tradicional, portanto, o uso do etanol torna-se alternativa parcial para fornecer combustíveis de alta octanagem, necessários à motores modernos de alta taxa de compressão, proporcionando melhor qualidade de passeio sendo que o etanol é caracterizado por ter calor de vaporização maior que a gasolina, aspecto que faz com que a temperatura do coletor de admissão seja menor aumentando a densidade da mistura ar-combustível, portanto, eficiência volumétrica do motor. A mistura de E20 fortalece a segurança energética da Índia, reduz dependência das importações de petróleo bruto, concluindo que, a narrativa que a Mistura de etanol na gasolina prejudica veículos ou causa dificuldades indevidas aos consumidores não se baseia em fatos reais e carece de fundamento técnico, é medida voltada ao futuro, cientificamente comprovada e ambientalmente responsável, trazendo benefícios multidimensionais à nação.