quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Mercado de energia

AES Brasil em parceria com a Fohat Corporation, conclui balcão para compra e venda de energia na plataforma blockchain, com operações em ambiente digital e contraparte central garantindo custódia e liquidação dos contratos negociados. A plataforma começou a ser desenvolvida em 2019 com investimento de R$ 3,4 milhões, parte do programa de Pesquisa & Desenvolvimento, P&D, da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, tecnologia que permite conexão Virtual Power Plants, usina virtual, possibilitando agregar em nuvens a capacidade oferecida no sistema à mesa de comercialização. A Fohat, anunciou ainda, parceria com o consórcio R3 da blockchain Corda para "conectar o setor de energia ao setor financeiro", sendo a Corda blockchain desenvolvida por empresas do setor blockchain e financeiro formando o consórcio R3 e, dentre os membros,  estão os bancos Bradesco e Brasil, levando blockchain a setores financeiros além da criptoesfera.

Atualmente a negociação de energia acontece no chamado Ambiente de Contratação Livre, ACL, sem intermediação de contraparte central e, com o "Projeto AES Tietê de Energy Intelligence", ocorrerá a universalização do acesso ao mercado de energia com o consumidor comprando diretamente de geradores ou vendedores no ACL.A previsão, segundo a ANEEL, é o mercado de energia brasileiro tornar-se até 2028 "totalmente livre" e, segundo o CEO da Fohat, a plataforma trará segurança ao consumidor “além de segurança financeira, garantirá confiabilidade de dados e altos volumes de energia transacionados, graças à integração entre ferramentas de inteligência financeira e registro de contratos criptografados através da blockchain.” A empresa integrará a rede blockchain soluções da AES Tietê e, em parceria com a Energy Web Foundation implementará a emissão de certificados de energia renovável, I-RECs, através da plataforma, já que atualmente o Brasil é o 2º maior emissor de I-RECs do mundo com 500 mil emissões no primeiro semestre.

Moral da Nota: a Fohat, startup brasileira, explica que "por esse acordo, usará a Corda Enterprise como base de arquitetura tecnológica blockchain da eFinchain, plataforma destinada às instituições financeiras interessadas em operar serviços no âmbito do Mercado Livre de Energia". A plataforma "foi projetada para que instituições financeiras realizem suporte às atividades de concessão de limite de crédito operacional, custódia e liquidação de contratos de energia, abrindo caminho ao desenvolvimento dos contratos de derivativos de energia, chamados Non Deliverable Forward, NDF,".