Estudo avalia que a poluição do ar pode aumentar o risco de hospitalização à crianças autistas, induzindo inflamação sistêmica e neuro-inflamação. O número médio diário de internações hospitalares por autismo no período do estudo foi de 8,5 para crianças autistas, maior para meninos que meninas. A pesquisa publicada na revista BMJ Open, relata que admissões por questões como hiperatividade, agressão ou automutilação, podem ser evitadas minimizando exposição dessas crianças à poluição do ar. Pesquisadores do Hospital da Universidade Nacional de Seul, na Coréia, basearam em dados oficiais do governo sobre internações hospitalares diárias por autismo entre crianças de 5 a 14 anos entre 2011 e 2015. Coletaram informações sobre níveis diários nacionais de partículas finas PM 2,5, NO2 e O3 em cada uma das 16 regiões da República da Coreia por até seis dias. Um aumento de 10 µg/m3 nos níveis de PM 2,5 foi associado ao risco 17% maior de internação hospitalar por autismo e um aumento de 10 partes por bilhão em NO2 e O3 foi associado a risco 9% e 3% maior, respectivamente. O TEA, transtorno do espectro autista, é transtorno do desenvolvimento neural com variedade de sintomas e gravidade, muitas vezes, acompanhada por neuro-inflamação e inflamação sistêmica e, significa que medicamentos, suplementos e dieta podem melhorar sintomas principais.
Neste espectro, cientistas, das universidades de Yale e Brown nos EUA e da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, realizaram estudo intitulado "Exposição residencial ao refino de petróleo e acidente vascular cerebral no sul dos EUA", publicado na revista acadêmica Environmental Research Letters. sobre o processo de refino de petróleo conhecido por emitir poluentes associados em pesquisas anteriores a doenças que levam ao derrame, no entanto, a relação entre risco de acidente vascular cerebral e exposição a poluentes quando se vive perto de poços de petróleo e refinarias não foi bem estudada, sendo que subprodutos da produção e refino de petróleo incluem mistura de poluentes que afetam a qualidade do ar, do solo e da água potável em áreas povoadas. Para investigar associação entre exposição a produtos químicos de refinarias e derrames em adultos, cientistas se concentraram no sul dos EUA em área com alta concentração de poços de petróleo e refinarias. A equipe coletou dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, de sete estados do sul dos EUA e analisou áreas dentro de 2,5 kms a 5 kms de refinarias de petróleo, com alta presença de dióxido de enxofre, produto que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e poluente de poços de petróleo e refinarias. Os autores do estudo calcularam que morar próximo a refinarias de petróleo seja a causa de 5,6% dos derrames em adultos, percentual que difere por estado e setor dentro de cada estado, com recorde mantido por uma seção do Texas em que 25,3% dos derrames são aparentemente atribuíveis ao refino de petróleo.
Moral da Nota: o setor de tecnologia médica enfrenta a crise climática decorrente ao fato que Doenças Respiratórias e Cardiovasculares têm sido associadas à piora da qualidade do ar, enquanto eventos climáticos extremos levaram a lesões e mortes prematuras. A mudança climática alterou a prevalência geográfica de certas doenças infecciosas, além de efeitos sobre a saúde mental desses eventos e o risco real de que se tornem mais frequentes e devastadores com o passar dos anos. O setor de saúde global contribui significativamente às mudanças climáticas através dp consumo de energia, transporte e fabricação, uso e descarte de produtos, a ponto do relatório de 2019 da Arup descobrir que a pegada climática da saúde é equivalente a 4,4% das novas emissões globais, duas gigatoneladas de CO2/ano e, se o setor de saúde fosse um país, seria o quinto maior emissor do mundo. Race to Zero é campanha global apoiada pela ONU que busca reunir organizações não estatais, empresas privadas, instituições financeiras e educacionais, regiões e cidades inteiras para tomar medidas imediatas à reduzir pela metade emissões globais até 2030. Mobiliza organizações se juntarem à Climate Ambition Alliance, lançada na Cúpula de Ação Climática do UNSG 2019 e atendendo critérios que demonstrem prontidão para cumprir realisticamente o prazo de 2030 para reduzir pela metade as emissões, antes de atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050, o mais tardar. O setor de tecnologia médica e farmacêutica se junta a grupo de 15 indústrias, com a Philips, por exemplo, buscando obter 75% de seu consumo total de energia de fontes renováveis até 2025 em operações já neutras em carbono, enquanto a Johnson & Johnson comprometeu US$ 800 milhões com a Missão Vidas Saudáveis à melhorar saúde de pessoas e do planeta via processos sustentáveis e inovação. A Race to Zero agora inclui 31 regiões, 733 cidades, 3.067 empresas, 624 instituições de ensino, 173 investidores e mais de 3 mil hospitais de 37 instituições de saúde.