segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Resíduos sólidos

A Prefeitura de São Paulo usa Ethereum para tokenizar o lixo da capital paulista, solução de desenvolvedores brasileiros no processo de rastreabilidade de resíduos sólidos destinados à reciclagem. A startup Resíduos ID  venceu o desafio socioambiental dla Prefeitura paulista na Virada ODS,  com apoio da UNICEF, UNODC, FAO, PNUMA e  Banco Cora. A solução, além de rastrear destinação do lixo reciclado, tokeniza resíduos para serem vendidos como "Créditos de Destinação Final de Descarte Correto, semelahnte a metodologia  do mercado com Créditos de Carbono. O projeto incentiva coleta e rastreio dos materiais recicláveis, da coleta inicial em grandes dispensadores como condomínios e/ou empresas, passando pela triagem nas cooperativas até a destinação final nas recicladoras. O grupo usa bots no Whatsapp com IA e tokens na Blockchain Ethereum para registro das etapas, daí, financiar descarte apropriado de lixo plástico na capital paulista através da tokenização dos resíduos. A inclusão das informações da coleta, triagem e destinação, em blockchain, bem como mapeamento do descarte, coleta e destinação dos resíduos, ficam mais fáceis de serem auditadas e estudadas por ONGs, organismos internacionais e governos locais. Operadores do processo de coleta serão beneficiados pela geração de tokens comprovando destinação dos resíduos, títulos em blockchain, que serão adquiridos pelas empresas como Créditos de Destinação Final de Descarte Correto.

No conceito de sustentatilidade, a Ifood, empresa de delivery, é parceira da startup Polen para retirar mais de 4 mil toneladas de lixo das praias do Rio de Janeiro através da tecnologia blockchain. A parceria visa equipar quiosques da orla com pontos de coleta até 2024, em espaços de estimulo  aos frequentadores auxiliarem separação correta dos resíduos. O plano prevê 325 pontos de entrega nos 35 kms de praia, sendo que os resíduos são levados ao centro de triagem para separação, compactação e venda por empresas de reciclagem. A startup Polen usa blockchain para tokenizar a ação possibilitando negociação dos tokens entre empresas envolvidas, com estimativa de converter as 4 mil toneladas em R$ 1,7 milhão. A iniciativa, de acordo com o fundador da Pólen, segue a lógica dos créditos de carbono, tokenizados e negociados pela startup MOSS no Brasil. Explica que desde o lançamento pelo iFood de programa de metas ambientais, as negociações foram abertas com a empresa de delivery, até o fechamento de contrato de 3 anos, com possibilidade de expansão.

Moral da Nota:  a Prefeitura de São Paulo avaliou o resultado como melhoria na comunicação entre catadores e cooperativas, rastreabilidade e transparência na reciclagem com recebimento de créditos na logística reversa, além de fornecimento de dados ao poder público, ONGs e FAO/ONU além da distribuição de incentivos e patrocínios via moeda social aos catadores. A startup recebeu premiação de R$ 10 mil da Prefeitura de São Paulo, 10 meses de aceleração no Programa Green Sampa, com oficinas, masterclasses, mentorias individuais, participação em eventos, rodadas de negócios e serviço ativo de networking com iniciativa pública e privada. O próximo passo é alavancar parceiros locais à operação em grande escala, com primeira meta tokenizar mil toneladas de plásticos em seis meses. 

Em tempo: humanos produzem 2.bilhões de toneladas de lixo/ano, destes, 8 milhões de toneladas são lançados nos oceanos, daí, digeridas em forma de micropartículas plásticas. Lixões no mundo são alerta, urgindo modos de mitigar a questão do lixo se não quisermos ser invadidos e contaminados por ele.